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Seguros de Pessoas 2017 - Funenseg

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11a edição
Rio de Janeiro
2017
SEGUROS DE PESSOAS
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
REALIZAÇÃO
 Escola Nacional de Seguros
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
 Diretoria de Ensino Técnico
ASSESSORIA TÉCNICA
 Elizabeth Vieira Valente Bartolo – 2017/2016
 Bruno Kelly – 2015
CAPA
 Coordenadoria de Comunicação Social
DIAGRAMAÇÃO
 Info Action Editoração Eletrônica
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG
E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Seguros de pessoas/Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; 
assessoria técnica de Elizabeth Vieira Valente Bartolo. – 11. ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2017.
 136 p.; 28 cm
 1. Seguros de pessoas. I. Bartolo, Elizabeth Vieira Valente. II. Título. 
0016-1771 CDU 368.91(072)
A Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização 
e resseguro cada vez mais qualificado. 
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho 
para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes 
e a competitividade é cada vez maior. 
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
SEGUROS DE PESSOAS4
SUMÁRIO 5
Sumário
2
1 CONCEITOS BÁSICOS 9
Um Pouco de História 11
O Seguro de Pessoas no Tempo 11
O Seguro de Pessoas no Código Civil Brasileiro (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002) 12
Noções Gerais 14
Sujeitos da Operação 15
Formas de Contratação 17
Custeio do Seguro 17
Modalidades de Estruturação das Coberturas 17
Benefício Definido 17
Contribuição Variável 18
Valores Garantidos 19
Assistência Financeira 20
Com Cobertura por Sobrevivência 20
Com Coberturas de Riscos 20
Carregamento 21
Migração de Apólices 21
Fixando Conceitos 1 23
COBERTURAS DE RISCO 27
Introdução 29
Contratação 29
Proposta de Contratação 30
Proposta de Adesão 30
Apólice 31
Certificado Individual 31
Período de Cobertura 32
Cálculo do Prêmio 32
Coberturas 33
Morte (Natural ou Acidental) 33
Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD) 33
Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD) 34
Doenças Graves 35
Acidentes Pessoais 35
Diárias por Incapacidade (DI) 40
Diárias por Internação Hospitalar (DIH) 40
Perda de Renda 41
Auxílio Funeral 41
Cobertura para Segurados Dependentes 42
Seguro Educacional 43
Seguro Prestamista 44
Capital Segurado 45
Vigência 46
SEGUROS DE PESSOAS6
5
4
3
Carência 46
Cessação de Cobertura 47
Carregamento 47
Perda de Direitos 47
Cancelamento e Reabilitação da Apólice 48
Renovação da Apólice 50
Riscos Excluídos 50
Distribuição de Excedente Técnico 51
Forma de Pagamento da Indenização 53
Fixando Conceitos 2 55
COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA 63
Considerações Iniciais 65
Características da Cobertura por Sobrevivência 66
Modalidades de Renda 70
Parâmetros Técnicos 71
Carregamento 72
Resgate 73
Portabilidade 74
Fixando Conceitos 3 77
NOÇÕES DE UTILIZAÇÃO DA TÁBUA DE MORTALIDADE 83
Considerações Iniciais 85
O que é uma Tábua de Mortalidade 85
Taxa Pura 85
Fixando Conceitos 4 89
NOÇÕES DE SUBSCRIÇÃO 91
Considerações Iniciais 93
Finalidade da Subscrição 94
Óticas Econômica, Financeira e Moral 94
A Proposta 95
Declaração Pessoal de Saúde 95
Classificação dos Riscos 96
Agravo da Taxa do Prêmio ou Percentagem Extra 96
Agravamento Temporário 96
Agravamento Permanente 96
Fixando Conceitos 5 97
SUMÁRIO 7
7
6 NOÇÕES DE REGULAÇÃO DE SINISTROS 99
Considerações Iniciais 101
Fraude 101
Regulação do Processo de Sinistro 102
Fixando Conceitos 6 103
ATUALIZAÇÃO DE VALORES 105
Uma Noção Histórica 107
As Regras Atuais 107
Fixando Conceitos 7 109
TESTANDO CONHECIMENTOS 111
ESTUDOS DE CASO 117
ANEXOS 119
Anexo 1 – Tábuas de Mortalidade 121
Anexo 2 – Tábuas BR-EMS 125
Anexo 3 – Exemplo de Tabela para Cálculo da Indenização em Caso de Invalidez Permanente 129
GABARITO 133
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 135 
SEGUROS DE PESSOAS8
UNIDADE 1 9
CONCEITOS 
BÁSICOS11
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Reconhecer os principais artigos do Código Civil Brasileiro aplicados aos Seguros de Pessoas.
• Diferenciar as coberturas oferecidas nos planos de Seguros de Pessoas.
• Identificar os sujeitos envolvidos na contratação de um plano de Seguro de Pessoas e descrever 
o papel exercido pelo Estipulante.
• Distinguir as formas de contratação de um plano de Seguro de Pessoas e as modalidades pelas 
quais tal Plano pode ser custeado.
• Diferenciar um Plano estruturado na modalidade de benefício definido de um estruturado na 
modalidade de contribuição variável.
• Listar os quatro valores garantidos que podem/devem existir em um plano de Seguro de 
Pessoas.
• Definir o que é Assistência Financeira, quando ela pode ser concedida e em que Planos ela pode 
ser oferecida.
• Determinar o percentual de carregamento que pode ser cobrado em um plano de Seguro 
de Pessoas.
• Explicar o que é Migração de Apólice.
SEGUROS DE PESSOAS10
UNIDADE 1 11
 UM POUCO DE HISTÓRIA
A necessidade de segurança é inerente ao ser humano. Desde sua origem, 
sofrendo as consequências das situações climáticas e dos ataques de animais 
e de outros homens, de doenças, invalidez e morte, o Homem sentiu a 
necessidade de buscar formas de proteção, desde a integração em tribos ou 
grupos, até a criação de moradias que minimizassem certos perigos. O ser 
humano necessita se proteger. 
Posteriormente, o Homem comprovou haver situações que podiam 
determinar a perda de seus bens e observou que, para desenvolver suas 
atividades comerciais, teria que descobrir alguma maneira de estar protegido. 
Surgiu, então, a “ideia” do seguro.
Curiosidade
Os antigos romanos organizavam os serviços funerários e de 
beneficência através de seus collegia, que equivaliam Montepios. 
Os membros dos collegia contribuíam, antecipadamente, para a criação 
de um Fundo que assumia as despesas ocasionadas pelos enterros. 
Esses collegia chegaram a se especializar, existindo, por exemplo, o 
da milícia, que concedia pensões aos membros que se encontrassem 
em situações de incapacidade, provocadas por feridas sofridas em 
combate, ou outorgava rendas de aposentadoria a quem atingisse o 
limite da idade militar.
Já no século XIX, a vida dos escravos transportados por mar era segurada 
sob forma coletiva, por um só contrato de vida, que garantia ao 
proprietário o pagamento de uma determinada quantia para cada escravo 
que morresse durante a viagem. Registra-se, também, no final daquele 
século, a contratação de seguros coletivos de trabalhadores, pelos quais 
os empregadores estipulavam Seguros de Vida em benefício de seus 
empregados.
O conceito de seguro contra Acidentes Pessoais também vem de longa 
data. Há registro de que se praticava esse seguro na Idade Média. 
Era relacionado, principalmente, aos riscos de mar e de guerra. 
No campo comercial, seu aparecimento amplo ocorreu com o início 
do desenvolvimento industrial.
 O Seguro de Pessoas no Tempo
O Código Comercial Brasileiro, publicado em 1850 e ainda hoje em vigor – 
apenas nos itens referentes ao Direito Comercial Marítimo –, determinava a 
proibição da contratação de Seguros de Vida de pessoas livres. Era permitida 
somente a contratação de seguros para as vidas dos escravos, não consideradospessoas. Assim, no Brasil, o Seguro de Vida teve sua prática retardada por ter 
sido considerado, durante longo tempo, uma especulação imoral.
SEGUROS DE PESSOAS12
Em 1905, surgiu um “plano” que cobria as vidas dos empregados de uma cadeia 
de armazéns varejistas, contratado por meio de diversas apólices individuais 
que exigiam a realização prévia de exames médicos. O “plano” utilizado foi o 
denominado seguro temporário renovável automaticamente e os prêmios das 
apólices eram recolhidos e pagos à Seguradora pelo empregador.
Em 1910, foi emitida, nos EUA, a primeira apólice de Seguro de Vida em 
Grupo, que apresentava como condições: não realização dos exames médicos 
individuais prévios, prêmios quitados pelos segurados e o benefício por morte 
do funcionário pago ao beneficiário por ele indicado.
O Código Civil Brasileiro, publicado em 1916 e já inteiramente revogado, 
passou a considerar a vida e as faculdades humanas objetos seguráveis, o que 
foi mantido pelo Código Civil publicado em 2002 (Lei 10.406/02).
Em 1929, o Seguro de Vida em Grupo surgiu no Brasil, época na qual o 
referido ramo já estava consolidado e modernizado nos EUA. Foi introduzido 
em nosso mercado, seguindo o modelo americano no que se referia a taxas 
e a condições.
Em 1954, no Brasil, foi publicada uma Portaria que definiu padrões para o 
Ramo de Acidentes Pessoais, sendo aquele ano considerado o marco inicial 
para o desenvolvimento da carteira.
 O SEGURO DE PESSOAS NO 
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
(LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO 
DE 2002)
O Código Civil Brasileiro apresenta uma série de artigos aplicáveis a seguros, 
sendo alguns voltados, exclusivamente, para os contratos de Seguros de 
Pessoas. É muito importante ler atentamente os artigos apresentados a seguir 
e ter as diretrizes sempre em mente, pois ajudam a esclarecer diversas dúvidas 
dos segurados.
Importante
Com a publicação do Código Civil Brasileiro, 
em 2002, foi necessário que a SUSEP e o 
CNSP revisassem todos os normativos, 
inclusive aqueles relacionados aos Seguros 
de Pessoas. Naquela oportunidade, foram 
consolidadas disposições dispersas em 
inúmeros normativos, com o objetivo de 
propiciar aos segurados mais informações 
e transparência quanto às suas obrigações 
e direitos. 
UNIDADE 1 13
[...]
Art. 789 – Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipulado 
pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre o 
mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.
Art. 790 – No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a 
declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse pela preservação 
da vida do segurado.
 Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interesse, 
quando o segurado é cônjuge, ascendente ou descendente 
do proponente.
Art. 791 – Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não 
tiver como causa declarada a garantia de alguma obrigação, é 
lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de 
última vontade.
 Parágrafo único. O segurador, que não for cientificado oportunamente 
da substituição, desobrigar-se-á pagando o capital segurado ao 
antigo beneficiário.
Art. 792 – Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer 
motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado será 
pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, e o 
restante aos herdeiros do segurado, obedecida a ordem da vocação 
hereditária.
 Parágrafo único. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, serão 
beneficiários os que provarem que a morte do segurado os privou 
dos meios necessários à subsistência.
Art. 793 – É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao 
tempo do contrato o segurado era separado judicialmente, ou já 
se encontrava separado de fato.
Art. 794 – No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, 
o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem 
se considera herança para todos os efeitos de direito.
Art. 795 – É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamento 
reduzido do capital segurado.
Art. 796 – O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, 
ou por toda a vida do segurado.
 Parágrafo único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o 
segurador não terá ação para cobrar o prêmio vencido, cuja falta 
de pagamento, nos prazos previstos, acarretará, conforme se 
estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já 
formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente 
ao prêmio pago.
Art. 797 – No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um 
prazo de carência, durante o qual o segurador não responde pela 
ocorrência do sinistro.
 Parágrafo único. No caso deste artigo, o segurador é obrigado a 
devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada.
SEGUROS DE PESSOAS14
Art. 798 – O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o 
segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do 
contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado 
o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
 Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é 
nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por 
suicídio do segurado.
Art. 799 – O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda 
que da apólice conste a restrição, se a morte ou a incapacidade 
do segurado provier da utilização de meio de transporte mais 
arriscado, da prestação de serviço militar, da prática de esporte, 
ou de atos de humanidade em auxílio de outrem.
Art. 800 – Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos 
direitos e ações do segurado, ou do beneficiário, contra o causador 
do sinistro.
Art. 801 – O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou 
jurídica em proveito do grupo que a ela, de qualquer modo, se 
vincule.
 § 1o O estipulante não representa o segurador perante o grupo 
segurado, e é o único responsável, para com o segurador, pelo 
cumprimento de todas as obrigações contratuais.
 § 2o A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência 
expressa de segurados que representam 3/4 do grupo.
Art. 802 – Não se compreende nas disposições desta Seção a garantia do 
reembolso de despesas hospitalares ou de tratamento médico, nem 
o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado.”
 NOÇÕES GERAIS
Os planos de Seguros de Pessoas são aqueles destinados a oferecer coberturas 
de risco (por exemplo, morte, invalidez, doenças graves) e/ou coberturas 
por sobrevivência. 
Atenção
A cobertura por sobrevivência é aquela que garante o pagamento 
do capital segurado pela sobrevivência do segurado ao período de 
diferimento contratado ou a compra, mediante pagamento único, 
de renda imediata.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas 
cujo evento gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data 
predeterminada.
Em resumo, todas aquelas situações que não se enquadrarem no conceito 
de cobertura de sobrevivência apresentado acima, automaticamente, 
são entendidas como cobertura de risco.
UNIDADE 1 15
 SUJEITOS DA OPERAÇÃO
Na contratação de um plano de Seguros de Pessoas estão envolvidas as 
seguintes partes:
• segurado – pessoa física que contrata ou, no caso de contratação sob a 
forma coletiva, adere ao plano;
• seguradora – pessoa jurídica obrigatoriamente constituída sob a forma de 
sociedade anônima – S/A, que assume a responsabilidade pela cobertura 
dos riscos especificados na apólice, mediante o recebimento do prêmio 
correspondente;
• corretor – pessoa física ou jurídica que faz a intermediação da contratação 
do plano;
• beneficiário – pessoa física ou jurídica livremente indicada pelo segurado, 
respeitadas as determinações legais e regulamentares, para receber osvalores dos capitais segurados – indenizações –, na hipótese de ocorrência 
do sinistro; e
• estipulante – pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano 
coletivo, ficando investido de poderes de representação do segurado, nos 
termos da legislação e regulamentação em vigor.
 Sobre o Estipulante
O Estipulante só pode ser beneficiário em um plano de Seguros de Pessoas se 
comprovado o legítimo interesse para que ele figure nessa condição.
Esse é o caso, por exemplo, do Seguro Prestamista, que veremos mais adiante. 
Nesse tipo de seguro, os segurados convencionam pagar prestações ao 
estipulante para amortizar dívida contraída ou para atender a um compromisso 
assumido. O primeiro beneficiário será sempre o estipulante, pelo valor do 
saldo da dívida ou do compromisso, devendo a diferença que ultrapassá-lo, 
quando for o caso, ser paga ao beneficiário indicado pelo segurado, aos seus 
herdeiros legais ou ao próprio segurado no caso de invalidez.
O estipulante será identificado como:
• estipulante-instituidor – aquele que participa, total ou parcialmente do 
custeio do plano; e
• estipulante-averbador – aquele que não participa do custeio do plano.
 
Não podem ser estipulantes, salvo quando estiverem estipulando apólices 
para seus próprios funcionários:
• corretoras de seguros, seus sócios, dirigentes, administradores, empregados, 
prepostos ou representantes;
• corretores; e
• sociedades seguradoras, seus dirigentes, administradores, empregados, 
prepostos ou representantes.
Atenção
A fi gura do Estipulante existe somente nos 
planos de seguros coletivos.
SEGUROS DE PESSOAS16
O estipulante tem várias obrigações a cumprir, como:
• fornecer à seguradora todas as informações necessárias para a análise e a 
aceitação do risco;
• manter a seguradora informada a respeito dos dados cadastrais dos 
segurados, alterações na natureza do risco coberto, bem como quaisquer 
eventos que possam, no futuro, resultar em sinistro;
• fornecer ao segurado, sempre que solicitado, quaisquer informações relativas 
ao contrato de seguro;
• comunicar, de imediato, à seguradora, a ocorrência de qualquer sinistro, 
ou expectativa de sinistro, referente ao grupo que representa, assim 
que delas tiver conhecimento, quando tal comunicação estiver sob sua 
responsabilidade;
• dar ciência aos segurados dos procedimentos e prazos estipulados para 
a liquidação dos sinistros; e
• comunicar, de imediato, à SUSEP, quaisquer procedimentos que considerar 
irregulares quanto ao seguro contratado, bem como fornecer àquela 
autarquia quaisquer informações solicitadas, dentro do prazo por ela 
estabelecido.
Sempre que houver qualquer alteração nas condições contratuais que implique 
modificação nas escolhas dos segurados, ônus ou dever para eles, a referida 
alteração somente será válida com a anuência prévia e expressa de segurados 
que representem, no mínimo, 3/4 do grupo segurado. 
Não é considerada estipulante a pessoa jurídica que, sem ter subscrito proposta 
de contratação, tem sua participação restrita à condição de consignante, 
responsável, exclusivamente, pela efetivação dos descontos correspondentes 
aos prêmios na folha de pagamento do respectivo segurado e o consequente 
repasse em favor da sociedade seguradora.
Quando o plano for contratado com previsão de consignação em folha, as 
condições gerais deverão conter dispositivo determinando que a ausência do 
repasse dos valores dos prêmios recolhidos dos segurados pelo consignante à 
seguradora não poderá causar qualquer prejuízo aos segurados ou respectivos 
beneficiários, no que se refere à cobertura e demais direitos. 
Nos seguros contributários, o não repasse dos valores dos prêmios recolhidos 
dos segurados pelo estipulante à seguradora, nos prazos contratualmente 
estabelecidos, poderá acarretar a suspensão ou o cancelamento da cobertura, a 
critério da seguradora, além de sujeitar o estipulante às cominações legais.
Nas apólices coletivas, em que o estipulante possui com o grupo segurado 
exclusivamente o vínculo de natureza securitária referente à contratação do 
seguro, deverá haver tratamento de apólice individual, no que concerne ao 
relacionamento dos segurados com a seguradora.
UNIDADE 1 17
Vinculados ao estipulante, temos alguns sujeitos, caracterizados da 
seguinte forma:
• componente segurado – pessoa que já aderiu ao seguro, tendo sido aceita 
pela sociedade seguradora, ou seja, que já participa do plano coletivo de 
Seguros de Pessoas contratado pelo estipulante; e
• componente segurável – pessoa que pode vir a ser incluída no plano, ou 
seja, pessoa passível de se tornar um componente segurado.
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO
Podem ser contratados de duas formas: individual ou coletiva. 
• individual – aquelas nas quais a relação entre os segurados e a seguradora 
é direta; e
• coletiva – aquelas nas quais a relação entre os segurados e a seguradora 
é indireta, por meio do estipulante.
 CUSTEIO DO PLANO
O custeio do plano pode ser:
• não contributário – quando os segurados não pagam os valores dos 
prêmios, sendo o plano inteiramente custeado pelo estipulante; ou
• contributário – quando os segurados são responsáveis pelo pagamento, 
total ou parcial, dos valores dos prêmios.
 MODALIDADES DE ESTRUTURAÇÃO 
DAS COBERTURAS
As coberturas podem ser estruturadas na forma de benefício definido ou de 
contribuição variável.
 Benefício Definido
A cobertura estruturada na forma de benefício definido é aquela na qual o valor 
do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de renda, e o 
valor do prêmio são estabelecidos previamente na proposta.
Você sabia
A regulamentação vigente 
estabelece que na proposta e 
nas condições gerais do plano 
deverá constar a informação 
de que o segurado poderá 
consultar a situação cadastral 
de seu corretor de seguros 
no site www.susep.gov.br, 
por meio do número de seu 
registro na SUSEP, nome 
completo, CNPJ ou CPF.
Atenção
A contratação coletiva se destina a garantir 
coberturas para grupos de pessoas que, 
de uma forma lícita, vinculem-se ao 
estipulante, devendo o vínculo entre essas 
pessoas e o estipulante estar defi nido no 
contrato de forma clara e objetiva.
Importante
Todas as cober turas de r isco são 
estruturadas na modalidade de benefício 
defi nido. 
Exemplos:
1) Quando o segurado contrata um plano 
com cobertura de morte (cobertura 
de risco), ele está contratando uma 
cober tura que é estruturada na 
modalidade de benefício defi nido, pois 
os valores do capital segurado e do 
prêmio já estão defi nidos previamente 
na proposta.
2) Quando o segurado contrata um plano, 
defi nindo, no momento da contratação, 
o valor do capital segurado que ele 
receberá à vista, ao fi nal do período 
de diferimento, se e somente se ele 
estiver vivo, ele está contratando uma 
cobertura estruturada na modalidade 
de benefício defi nido.
SEGUROS DE PESSOAS18
 Contribuição Variável
A cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável é aquela 
na qual o valor da contribuição e o prazo de pagamento dos prêmios 
podem ser definidos previamente na proposta. Destaca-se que o valor do 
capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de renda, será 
calculado ao final do período de diferimento, com base no saldo acumulado 
na Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBaC) e no fator de 
cálculo.
Importante
Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na 
modalidade de contribuição variável.
Exemplo: o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – é um plano em 
que o segurado paga prêmios que podem ou não ter os seus valores 
estabelecidos previamente. Ao final do período de diferimento, 
a seguradora calcula o valor do capital segurado, pago sob a 
forma de renda, com base no valor acumulado na PMBaC e no 
fator de cálculo.É fácil imaginar que quanto mais o segurado tiver 
acumulado, maior será o valor de renda que ele irá receber.
Relembrando
Conforme estudamos em Introdução à Precificação e Atuária do 
Seguro, existem os seguintes regimes financeiros:
Repartição Simples – estrutura técnica em que os prêmios pagos por 
todos os segurados do plano, em um determinado período, destinam-se 
ao custeio das despesas de administração e das indenizações a serem 
pagas no próprio período.
Repartição de Capitais e Cobertura – estrutura técnica em que os 
prêmios pagos por todos os segurados do plano, em um determinado 
período, deverão ser suficientes para constituir as Provisões Matemáticas 
de Benefícios Concedidos decorrentes dos eventos ocorridos no 
período. 
Capitalização – estrutura técnica que prevê acumulação de recursos 
em um primeiro momento, para fazer face aos compromissos futuros 
com o pagamento de sinistros. 
Período de diferimento
Período compreendido entre a 
data de início de vigência da 
cobertura por sobrevivência e a 
data contratualmente prevista 
para início do pagamento do 
capital segurado. 
Fator de cálculo
Resultado numérico calculado 
mediante a utilização de 
taxa de juros e tábua de 
mortalidade, quando for o 
caso, utilizado para obtenção 
do capital segurado a ser pago 
sob a forma de renda.
UNIDADE 1 19
 VALORES GARANTIDOS
Representam direitos dos segurados e/ou dos beneficiários previstos, 
normalmente, nos planos com cobertura de morte estruturada no 
regime financeiro de capitalização e nos planos com cobertura por 
sobrevivência.
Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão de 
dois valores garantidos: resgate e portabilidade.
• resgate – corresponde ao direito que os segurados e, quando tecnicamente 
possível, os beneficiários têm de retirar os recursos da PMBaC durante o 
período de diferimento, desde que observadas determinadas regras; e
• portabilidade – é o direito garantido aos segurados de movimentar 
os recursos da PMBaC durante o período de diferimento, desde que 
observadas determinadas regras.
Em contrapartida, nos planos com cobertura de risco, e desde que tal 
cobertura seja estruturada no regime financeiro de capitalização, é possível 
a previsão dos seguintes valores garantidos: resgate, saldamento, seguro 
prolongado e portabilidade.
• resgate – permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro, retirar os 
recursos da PMBaC;
• portabilidade – permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro, 
movimentar os recursos da PMBaC para outro plano, seja com cobertura 
de risco ou com cobertura por sobrevivência;
• saldamento – consiste na manutenção da cobertura originalmente 
contratada, com redução proporcional do capital segurado contratado, 
na eventualidade da paralisação do pagamento dos prêmios. 
 Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser 
efetuado automaticamente pela sociedade seguradora, quando o 
segurado deixa de pagar o plano e não solicita o resgate dos recursos 
acumulados na provisão matemática de benefícios a conceder. 
Nesses casos, a sociedade seguradora deve comunicar ao segurado o 
fato, de forma a ficar claro que o segurado tem direito a uma cobertura 
com capital segurado menor do que aquele inicialmente contratado 
sem a necessidade de continuar a pagar prêmios; e
• seguro prolongado – consiste na manutenção temporária da cobertura 
contratada, mantendo o capital segurado originalmente contratado, na 
eventualidade de ocorrer a paralisação do pagamento dos prêmios. 
Atenção
No caso de portabilidade, os recursos 
fi nanceiros deverão ser movimentados 
d i re t amente en t re as soc iedades 
seguradoras, f ic ando vedado que 
transitem, de qualquer forma, pelo 
segurado ou pelo estipulante. 
O saldamento e o seguro prolongado 
deverão manter as principais características 
da cobertura originalmente contratada, 
sendo facultada a utilização de tábua 
de mortalidade distinta para cálculo do 
seguro prolongado, desde que prevista 
na nota técnica atuarial. 
SEGUROS DE PESSOAS20
 ASSISTÊNCIA FINANCEIRA
A assistência financeira é o empréstimo financeiro concedido ao titular do 
plano, sendo vedada sua concessão a segurado que possua, exclusivamente, 
plano estruturado no regime financeiro de repartição.
É concedida mediante contrato firmado entre o segurado e a seguradora e 
somente poderá ser concedida durante o período anterior à concessão da 
indenização.
 Com Cobertura por Sobrevivência
A assistência financeira concedida a titular de plano, com cobertura por 
sobrevivência durante o período de diferimento, deverá observar as seguintes 
disposições:
• resgate automático, pela seguradora, do valor da contraprestação, na 
respectiva data de vencimento, retirado do saldo da PMBaC, relativa à 
cobertura por sobrevivência a que faz jus o titular; e 
• quitação, pela seguradora, do(s) saldo(s) devedor(es), mediante resgate 
automático do respectivo valor do saldo da PMBaC, relativa à cobertura 
por sobrevivência a que faz jus o titular, nas seguintes hipóteses:
– quando o saldo devedor atingir percentual do saldo da PMBaC, fixado 
no contrato de assistência financeira, não podendo esse percentual 
maior do que 70%;
– no dia útil imediatamente anterior à data de término do período de 
diferimento; ou
– no caso de morte ou de invalidez total e permanente do titular.
• contraprestações periódicas da assistência financeira, que poderão 
ser quitadas pelo titular por meio de carnê, débito em conta corrente, 
consignação em folha de pagamento ou outra forma de cobrança 
legalmente permitida desde que esteja claramente estabelecida no contrato 
de assistência financeira.
 
 As contraprestações, quando consignadas, deverão ser pagas por meio da 
utilização de código específico na folha de pagamento, de modo que fiquem 
segregados os débitos correspondentes ao pagamento dos prêmios.
 Com Coberturas de Riscos
A assistência financeira concedida a titular de planos com cobertura de 
risco, estruturado no regime financeiro de capitalização, deverá observar as 
seguintes disposições:
• o prazo para amortização deverá estar fixado no contrato de assistência 
financeira;
• a qualquer momento, o somatório do valor do(s) saldo(s) devedor(es) da(s) 
assistência(s) financeira(s) concedida(s) a um mesmo titular não poderá 
ser superior a valor equivalente a 80% do saldo da PMBAC, conforme 
estabelecido no contrato de assistência financeira;
Atenção
Fica facultado à sociedade seguradora 
cobrar as contraprestações ou o saldo 
devedor da assistência financeira até o 
seu vencimento por outro meio que não o 
resgate automático.
O saldo da provisão matemática de 
benef íc ios a conceder será aquele 
constituído com o somatório dos recursos 
do valor nominal dos prêmios pagos pelo 
titular, inclusive aqueles decorrentes de 
valores portados para o plano.
UNIDADE 1 21
• ocorrerá a quitação do somatório do valor do(s) saldo(s) devedor(es) 
da(s) assistência(s) financeira(s) concedida(s) de cada titular, com o devido 
cancelamento do plano, nas seguintes hipóteses:
– quando valor atingir montante equivalente a 80% do saldo da 
PMBaC; e
– no caso de ocorrência da morte ou da invalidez total e permanente 
do titular.
 CARREGAMENTO
 
O carregamento é uma parcela inserida no cálculo do prêmio líquido, com 
objetivo de custear as despesas administrativas e despesas comerciais 
da seguradora.
O valor ou o percentual de carregamento, o critério e a forma de cobrança 
deverão constar da proposta (ou propostas), da nota técnica atuarial e do 
regulamento, devendo ser observados os seguintes limites, conforme o tipo 
de estruturação:
• Coberturas de Sobrevivência:
– 10%, para as coberturas estruturadas na modalidade de contribuição 
variável; e
– 30%, para as coberturas estruturadasna modalidade de benefício 
definido.
• Coberturas de Risco:
– Não há limite de carregamento.
 MIGRAÇÃO DE APÓLICES
A migração de apólices consiste na transferência de apólice coletiva, em 
período não coincidente com o término da respectiva vigência.
No caso de recepção de grupo de segurados e assistidos, originado em processo 
de migração de apólices, deverão ser admitidos todos os componentes do grupo 
cuja cobertura esteja em vigor, inclusive aqueles afastados do serviço ativo por 
acidente ou doença, podendo ser estendidas à nova seguradora as condições 
gerais, as condições especiais, o contrato e a nota técnica atuarial, mediante 
autorização da SUSEP, na forma da regulação específica. 
Nos casos de migração de apólices, não será iniciada a contagem de novo 
prazo de carência para segurados já incluídos no seguro pela apólice anterior, 
em relação às coberturas e aos respectivos valores já contratados.
Importante
Existem planos que admitem a cobrança 
de carregamento em percentual superior 
aos 30%, aplicados, exclusivamente, sobre 
os prêmios pagos durante os primeiros 
120 dias de vigência do plano, desde que 
o valor do carregamento nivelado durante 
a vigência do plano não seja superior a 
30% do prêmio efetuado para a cobertura 
de sobrevivência, e a periodicidade de 
pagamento do prêmio seja, no máximo, 
anual.
A s soc iedades seguradoras f i c am 
obrigadas, caso estruturem planos na 
forma prevista acima, a devolverem 100% 
dos prêmios pagos referentes à cobertura 
por sobrevivência, bem como a parcela do 
prêmio da cobertura de risco referente ao 
risco a decorrer, no caso de solicitação 
de cancelamento do plano, por qualquer 
motivo, dentro dos primeiros 120 dias de 
vigência do plano.
SEGUROS DE PESSOAS22
FIXANDO CONCEITOS 1 23
Anotações:
Fixando Conceitos 1
[1] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
Analisando o Código Civil Brasileiro, podemos afirmar que:
(a) No Seguro de Vida, para o caso de morte, não se pode ter prazo de 
carência.
(b) O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado 
se suicida nos primeiros três anos de vigência inicial do contrato.
(c) O Seguro de Pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou 
jurídica.
(d) O prêmio, no Seguro de Vida, será convencionado somente por prazo 
determinado.
(e) Nos Seguros de Pessoas, apesar de o capital segurado poder ser 
livremente estipulado pelo proponente, este não pode contratar mais 
de um seguro sobre o mesmo interesse com a mesma seguradora.
[2] ANALISE AS ALTERNATIVAS ABAIXO E MARQUE A CORRETA:
(a) Os planos de Seguros de Pessoas são aqueles destinados a oferecer 
somente coberturas de risco.
(b) Na contratação de um plano de Seguros de Pessoas, o estipulante é 
uma parte que sempre está envolvida.
(c) Nos Seguros Prestamistas, o primeiro beneficiário será sempre o 
cônjuge do segurado.
(d) Na proposta e nas condições gerais do plano de Seguros de Pessoas, 
deverá constar a informação de que o segurado poderá consultar a 
situação cadastral de seu corretor de seguros no site da SUSEP.
(e) Nos planos de Seguros de Pessoas contratado de forma individual, o 
segurado adere a uma apólice contratada pelo estipulante.
[3] ANALISE AS ALTERNATIVAS ABAIXO E MARQUE A CORRETA:
(a) Os Seguros de Pessoas podem ser contratados de forma individual ou 
coletiva.
(b) Os Seguros de Pessoas somente podem ser contributários.
(c) Nos Seguros de Pessoas contributários, os segurados são responsáveis 
pelo pagamento total dos prêmios.
(d) O estipulante somente pode ser uma pessoa jurídica.
(e) A pessoa jurídica que, sem ter subscrito proposta de contratação, 
tenha sua participação restrita à condição de consignante, também é 
considerada estipulante.
SEGUROS DE PESSOAS24
Anotações:
Fixando Conceitos 1
[4] Sobre o estipulante, podemos afirmar que:
(a) Será identificado como estipulante-instituidor quando não participar 
do custeio do plano.
(b) Uma corretora de seguros nunca pode ser estipulante.
(c) Somente seguradoras podem ser estipulantes.
(d) O estipulante deve fornecer à SUSEP quaisquer informações solicitadas, 
dentro dos prazos estabelecidos por aquela autarquia.
(e) O estipulante representa a seguradora perante o grupo segurado.
[5] Podemos afirmar que a alternativa correta é:
(a) Nos seguros contributários, sempre que houver alteração nas condições 
contratuais que implique em modificação nas escolhas dos segurados, 
em ônus ou em dever para eles, referida alteração somente será válida 
com a anuência prévia e expressa de segurados que representem, no 
máximo, 3/4 do grupo segurado.
(b) Nos seguros contributários, o não repasse dos prêmios à seguradora, 
nos prazos contratualmente estabelecidos, não poderá acarretar a 
suspensão ou o cancelamento da cobertura.
(c) Componente segurado é a pessoa que pode vir a ser incluída no 
plano.
(d) Migração de apólice consiste na transferência de apólice coletiva, em 
período não coincidente com o término da respectiva vigência.
(e) Quando o estipulante paga parte dos prêmios, fica facultado a ele 
rescindir o contrato, sem necessidade de anuência dos segurados.
[6] Sobre as modalidades de estruturação de uma cobertura de Seguros de 
Pessoas, podemos afirmar que a(s):
(a) Coberturas dos Seguros de Pessoas somente podem ser estruturadas 
na modalidade de benefício definido.
(b) Cobertura estruturada na modalidade de benefício definido é aquela 
na qual os valores do capital segurado e do prêmio podem ser 
estabelecidos previamente, na proposta.
(c) Cobertura por sobrevivência é sempre estruturada na modalidade de 
benefício definido.
(d) Cobertura de morte natural não pode ser estruturada na modalidade 
de benefício definido.
(e) Cobertura de invalidez é sempre estruturada na modalidade de 
benefício definido.
FIXANDO CONCEITOS 1 25
Anotações:
Fixando Conceitos 1
[7] Podemos afirmar que a alternativa correta é:
(a) Somente a cobertura por sobrevivência pode ser estruturada na 
modalidade de benefício definido.
(b) O VGBL é um exemplo de um plano com cobertura por sobrevivência, 
estruturado na modalidade de benefício definido.
(c) A cobertura estruturada na modalidade de contribuição variável é 
aquela na qual o valor e o prazo de pagamento dos prêmios podem 
ser definidos previamente, na proposta.
(d) O valor do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma 
de renda, de uma cobertura de risco somente é conhecido no momento 
do sinistro.
(e) A cobertura por sobrevivência estruturada na modalidade de 
contribuição variável implica, necessariamente, na definição do valor 
do capital segurado, pagável de uma única vez ou sob a forma de 
renda, na proposta.
[8] Sobre os valores garantidos, podemos afirmar que:
(a) Nos planos com cobertura por sobrevivência, é obrigatória a previsão 
de dois valores garantidos: resgate e saldamento.
(b) Nos planos com cobertura por sobrevivência, é possível que os 
beneficiários retirem os recursos da PMBaC.
(c) Nos planos com cobertura por sobrevivência, a portabilidade dos 
recursos é um direito garantido ao segurado e seus beneficiários.
(d) Nos planos com coberturas de risco, estruturadas no regime financeiro 
de repartição, é possível a previsão de saldamento.
(e) O saldamento somente é possível nos planos com cobertura por 
sobrevivência.
[9] Sobre os valores garantidos, podemos afirmar que:
(a) O seguro prolongado consiste na manutenção da cobertura 
originalmente contratada, com redução proporcional do capital 
segurado contratado, na eventualidade de paralisação do pagamento 
dos prêmios. 
(b) Quando previsto nas condições gerais, o saldamento pode ser efetuado 
automaticamente pela seguradora, quando o segurado deixa de 
pagar o plano e não solicita o resgate dos recursos acumulados na 
PMBaC.
(c) A portabilidade não é umvalor garantido para as coberturas de risco.
(d) O resgate é um direito garantido que os planos com cobertura de 
risco têm, desde que essas coberturas sejam estruturadas no regime 
financeiro de repartição de capitais de cobertura.
(e) É obrigatória a previsão do resgate sempre que as coberturas de risco 
forem estruturadas no regime financeiro de capitalização.
SEGUROS DE PESSOAS26
Anotações:
Fixando Conceitos 1
[10] Podemos afirmar que a alternativa correta é:
(a) Desde que prevista em nota técnica atuarial, é facultada à seguradora 
a utilização de tábua de mortalidade distinta para cálculo do 
saldamento. 
(b) Na portabilidade, os recursos são depositados em conta corrente 
bancária do segurado, devendo, em seguida, serem transferidos para 
outra seguradora.
(c) É vedada a concessão de assistência financeira a segurado que 
possua, exclusivamente, plano estruturado no regime financeiro de 
repartição.
(d) A assistência financeira será concedida mediante contrato firmado 
entre a seguradora e o titular do Plano e pode ser concedida durante 
o período de pagamento do capital segurado sob a forma de renda.
(e) A qualquer momento, o somatório do valor do(s) saldo(s) devedor(es) 
da(s) assistência(s) financeira(s) concedida(s) a um mesmo titular de 
um plano, com coberturas de risco estruturadas no regime financeiro 
de capitalização, não poderá ser superior a valor equivalente a 70% 
do saldo da PMBaC, conforme estabelecido no contrato de assistência 
financeira.
UNIDADE 2 27
COBERTURAS 
DE RISCO22
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Listar e distinguir os instrumentos utilizados na contratação de um plano.
• Determinar o valor do prêmio de uma cobertura de Morte.
• Enumerar as diversas coberturas de risco que podem ser oferecidas em um plano.
• Explicar cada uma das coberturas de risco.
• Diferenciar a Invalidez Laborativa da Invalidez Funcional.
• Distinguir Seguro Funeral de Assistência Funeral.
• Descrever o que é Seguro Educacional.
• Explicar o que é capital segurado e como ele é definido.
• Descrever o que significa vigência e carência.
• Determinar como ocorre a cessação da cobertura do segurado, e as formas como os prêmios são pagos.
• Identificar as situações em que o segurado perde direito à indenização.
• Descrever como ocorre a renovação e a reabilitação da apólice, bem como o cancelamento do seguro.
• Listar os riscos comumente excluídos do contrato de Seguros de Pessoas.
• Explicar o que é excedente técnico e como ocorre a sua apuração.
• Diferenciar as formas de pagamento da indenização.
SEGUROS DE PESSOAS28
UNIDADE 2 29
 INTRODUÇÃO
O s planos com coberturas de risco (morte, invalidez, doenças graves) têm 
por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segurado e 
aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as garantias 
contratadas. 
Como exemplo desses planos, temos o Seguro de Vida, o Seguro Funeral, 
o Seguro de Acidentes Pessoais, o Seguro Educacional, o Seguro Viagem, o 
Seguro Prestamista, o Seguro de Diária por Internação Hospitalar, o Seguro 
Desemprego (perda de renda), o Seguro de Diária por Incapacidade e o Seguro 
de Perda de Certificado de Habilitação de Voo.
As coberturas de risco são aquelas coberturas dos Seguros de Pessoas cujo evento 
gerador não é a sobrevivência do segurado a uma data predeterminada.
Indenização é o valor a ser pago pela seguradora na ocorrência do sinistro, 
limitado ao valor do capital segurado da respectiva cobertura contratada.
 CONTRATAÇÃO
Na formalização da contratação de um plano de Seguros de Pessoas com 
cobertura de risco são utilizados os seguintes instrumentos contratuais: 
proposta de contratação, proposta de adesão, apólice e certificado 
individual. 
Quando da assinatura da proposta ou da solicitação de aumento do valor 
do capital segurado, para efeito de subscrição, é facultado à seguradora 
solicitar informação ao proponente ou ao segurado quanto a contratação de 
outros Seguros de Pessoas com coberturas concomitantes. Por outro lado, é 
vedado o estabelecimento de cláusula que obrigue o segurado a comunicar à 
seguradora sobre a contratação posterior de outros Seguros de Pessoas com 
coberturas concomitantes.
A rejeição de proponente pela razão única de ser portador de deficiência 
configurará discriminação e será passível de punição, nos termos da legislação 
específica. 
Nas condições contratuais, é vedada a inclusão de cláusula de concorrência 
de apólices, exceto no caso de coberturas que garantam o reembolso 
de despesas.
Observação
A denominação de qualquer plano de 
seguro como de Vida, exceto quando 
prevista a cobertura por sobrevivência, 
está condicionada ao oferecimento da 
cobertura de morte por causas naturais 
e acidentais.
SEGUROS DE PESSOAS30
Atenção
A contratação de um plano de Seguros de Pessoas deverá ser efetivada 
por meio de preenchimento de proposta de contratação.
Nos planos coletivos, a adesão à apólice pelos proponentes deverá 
ser precedida do preenchimento de proposta de adesão. 
A seguradora somente poderá aceitar o protocolo de proposta 
preenchida, datada e assinada pelo proponente, por seu representante 
legal (pai, mãe, Procurador ou tutor) ou pelo corretor de seguros, exceto 
quando a contratação se der por meio de bilhete.
Nos planos coletivos, a seguradora deverá ter a comprovação da data 
de protocolo da proposta de cada proponente.
O preenchimento de proposta de adesão é obrigatório, exceto no 
caso de Seguros de Pessoas com capital global e contratação sob a 
forma de bilhete.
Seguros de Pessoas com capital global é a modalidade de contratação 
coletiva de coberturas de risco em que o valor do capital segurado 
referente a cada componente sofre variações decorrentes de mudanças 
na composição do grupo segurado.
 Proposta de Contratação
A proposta de contratação é o documento que contém a declaração do risco 
e dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de contratação, o proponente, pessoa física ou jurídica, expressa 
a intenção de contratar uma cobertura (ou coberturas), manifestando pleno 
conhecimento das condições contratuais.
 Proposta de Adesão
A proposta de adesão é o documento que contém a declaração do risco e 
dos elementos essenciais do interesse a ser garantido.
Na proposta de adesão, o proponente, pessoa física, expressa a intenção de 
aderir à contratação coletiva, manifestando pleno conhecimento das condições 
contratuais.
Com o objetivo de dar transparência aos segurados quanto aos seus direitos 
e suas obrigações, a regulamentação das coberturas de risco prevê que as 
propostas de contratação e as de adesão deverão:
• informar o percentual (ou percentuais) de reversão de excedente técnico, 
bem como o prazo de carência, quando previsto pelo plano;
• fazer constar: a) os valores, em moeda corrente nacional, do prêmio à vista, 
e, quando for o caso, do prêmio total fracionado de cada uma das parcelas; 
b) a taxa de juros remuneratórios pactuada; c) o número e a periodicidade das 
parcelas; d) os juros de mora e/ou outros acréscimos legalmente previstos;
Atenção
Proponente é o interessado em contratar 
a cobertura (ou coberturas), no caso 
de contratação individual, ou aderir ao 
contrato, no caso de contratação coletiva.
Na contratação de um plano Coletivo, 
quem assina a proposta de contratação 
é o estipulante. Já na contratação de 
um plano de Individual, quem assina a 
proposta de contratação é o segurado.
UNIDADE 2 31
• discriminar a forma e o critério de custeio de cada cobertura contratada;
• estabelecer os valores dos prêmios e dos capitais segurados, discriminados 
por cobertura. Os valores deverão ser estabelecidos na proposta de 
contratação, nos casos de planos individuais, e na proposta de adesão, 
nos casosde planos coletivos; e
• conter a informação de que:
– se o segurado, seu representante legal, ou seu corretor de seguros 
fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir 
na aceitação da proposta ou no valor do prêmio, ficará prejudicado o 
direito à indenização, além de estar o segurado obrigado ao pagamento 
do prêmio vencido;
– a aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco;
– o registro do plano na SUSEP não implica, por parte da SUSEP, incentivo 
ou recomendação à sua comercialização; e
– o segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de 
seguros, no site www.susep.gov.br, utilizando-se do número de registro 
profissional na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
 Apólice
Após receber a proposta de contratação, a seguradora emite a apólice, assinada 
por um representante legal da seguradora, que é o documento que formaliza 
a aceitação da cobertura solicitada pelo proponente, nos planos individuais, 
ou pelo estipulante, nos planos coletivos.
 Certificado Individual
O certificado individual é o documento destinado ao segurado, emitido 
pela seguradora no caso de contratação coletiva, quando da aceitação do 
proponente, das renovações do seguro ou nas alterações de valores 
do capital segurado ou do prêmio. Seu envio aos segurados é obrigatório, 
apenas não se aplicando nos casos de Seguros de Pessoas com capital global.
A mesma regulamentação estabelece, ainda, que:
• deverão constar da proposta de contratação (no caso de planos individuais) 
ou da proposta de adesão (no caso de planos coletivos) e da respectiva 
apólice os valores do prêmio à vista e, quando for o caso, do prêmio total 
fracionado de cada uma das parcelas, ambos expressos em moeda nacional, 
além da taxa de juros remuneratórios pactuada, do número de parcelas, 
sua periodicidade e os juros de mora e/ou outros acréscimos legalmente 
previstos;
• o início e o final da vigência das coberturas contratadas deverão ser 
especificados na apólice, no certificado individual e nas propostas de 
contratação e de adesão; e
• para os seguros que não tenham cobertura vitalícia, deverá constar em 
destaque na proposta de contratação, na proposta de adesão, na apólice e 
do certificado individual, a seguinte informação: “Este seguro é por prazo 
determinado, tendo a seguradora a faculdade de não renovar a apólice 
na data de vencimento, sem devolução dos prêmios pagos nos termos da 
apólice”.
Importante
A informação do registro do plano na 
SUSEP não implica, por parte daquela 
Autarquia, incentivo ou recomendação 
à sua comercialização. Essa informação 
deverá ser inserida, necessariamente, em 
todo e qualquer material de comercialização 
e propaganda utilizado pela seguradora.
SEGUROS DE PESSOAS32
 PERÍODO DE COBERTURA
O período de cobertura é aquele durante o qual o segurado ou os beneficiários, 
quando for o caso, farão jus aos capitais segurados contratados. O período 
de cobertura pode ser temporário ou vitalício.
Período de cobertura temporário é aquele em que o pagamento do 
capital segurado somente será feito se o evento ocorrer dentro de período 
perfeitamente determinado no contrato. 
Período de cobertura vitalício é aquele em que o pagamento do capital 
segurado será feito quando ocorrer o evento, a qualquer tempo.
 CÁLCULO DO PRÊMIO
O valor do prêmio é fundamental para a manutenção dos níveis de equilíbrio 
das Apólices. 
Seu cálculo leva em consideração o perfil do proponente ou do segurado, 
bem como da cobertura contratada.
É da junção desses dois fatores que os subscritores, após analisar a massa 
segurada nos casos de contratação coletiva, precificam o valor do prêmio.
Nesse sentido, é importantíssimo que sejam analisadas a idade do 
proponente/segurado, em paralelo com seu perfil médico, componentes 
hereditários, esportes praticados, estilo de vida (profissão, sedentarismo, 
tabagismo, obesidade) e doenças preexistentes. 
Tal análise deve ser acrescida pela das coberturas contratadas, já que o 
subscritor terá que levar em consideração a junção das características pessoais 
do proponente/segurado com as coberturas pretendidas, para poder fixar o 
valor do prêmio. Exemplo: se o proponente pretende a contratação de uma 
cobertura de acidentes pessoais e de seu perfil consta que ele pratica salto 
de paraquedas, a fixação do valor do prêmio levará em consideração essa 
junção do perfil com a cobertura contratada gerando, possivelmente, um 
prêmio agravado.
Assim, podemos dizer que a fixação do valor do prêmio influencia, sobremodo, 
nos custos da apólice e, consequentemente, na comissão de corretagem 
da renovação, na distribuição do Excedente Técnico e na manutenção do 
relacionamento das partes envolvidas na contratação.
Nas contratações de planos coletivos, o primeiro passo para o cálculo do prêmio 
é calcular a taxa pura. Essa taxa pode ser única para todo o grupo segurado 
ou diferenciada por idade ou faixa etária. Ela é chamada de “pura” porque 
não considera os carregamentos para custeios comerciais e administrativos, 
mas apenas o risco.
Exemplo
Um plano de Seguros de Pessoas com 
cobertura de morte por qualquer causa 
pode ter um per íodo de cober tura 
temporário ou vitalício. No primeiro 
caso, os benef iciários do segurado 
somente receberão o capital segurado 
se a morte do segurado ocorrer dentro 
de período perfeitamente determinado 
no contrato, enquanto no segundo caso, 
o capital segurado será pago quando 
ocorrer a morte do segurado, a qualquer 
tempo.
UNIDADE 2 33
Atenção
É importante que fique claro para o segurado que, além da atualização 
monetária, o valor dos prêmios sofrerá acréscimo anualmente, em 
decorrência da mudança de idade do segurado. Sofrerá acréscimo, 
também em consequência do aumento do risco, com a finalidade de 
manter o equilíbrio atuarial, financeiro e econômico do plano.
Para os seguros que prevejam alteração de taxa por faixa etária, 
deverá ser estabelecido, nas condições gerais, que os prêmios serão 
alterados de acordo com a faixa etária do segurado.
Nos planos contratados da forma coletiva, a forma como os prêmios 
serão alterados de acordo com a faixa etária do segurado, incluindo 
os valores ou percentuais, deverão constar das condições contratuais 
e ser disponibilizados aos proponentes quando da adesão ao seguro. 
No caso dos planos contratados de forma individual, deverá constar 
das condições gerais, item estabelecendo a forma como os prêmios 
serão alterados de acordo com a faixa etária do segurado, incluindo 
os valores ou percentuais.
A nova regulamentação, diferentemente da anterior, não estabelece 
mais as taxas para as coberturas, devendo a nota técnica atuarial 
especificá-las. 
 COBERTURAS
Os planos podem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos de 
coberturas:
• Morte (Natural ou Acidental);
• Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença (ILPD);
• Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD);
• Doenças Graves; e
• Acidentes Pessoais.
 Morte (Natural ou Acidental)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento do capital segurado ao 
beneficiário em caso de morte do segurado principal, tanto por causas naturais 
como acidentais.
 Invalidez Laborativa Permanente 
Total por Doença (ILPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em caso 
de invalidez laborativa permanente total, consequente de doença.
A invalidez laborativa permanente total por doença é aquela para a qual não 
se pode esperar recuperação ou reabilitação, com os recursos terapêuticos 
disponíveis no momento de sua constatação, para a atividade laborativa principal 
do segurado, ou seja, para aquela pela qual o segurado obteve maior renda 
dentro de determinado exercício anual, definido nas condições contratuais.
Importante
A denominação de qualquer plano de 
seguro comode Vida, exceto quando 
prevista a cobertura por sobrevivência, 
está condicionada ao oferecimento da 
cobertura de morte por causas naturais 
e acidentais.
A garantia de morte para os segurados 
menores de 14 anos destina-se ao 
reembolso das despesas com funeral, 
devidamente comprovadas.
SEGUROS DE PESSOAS34
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos, para efeitos dessa 
cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal atestada por 
profissional legalmente habilitado.
Não podem figurar como segurados dessa cobertura as pessoas que não 
exerçam qualquer atividade laborativa, sendo vedado o oferecimento e a 
cobrança de prêmio para o seu custeio, por parte da seguradora.
Reconhecida a invalidez laborativa pela seguradora, a indenização deve ser 
paga de uma só vez ou sob a forma de renda certa, temporária ou vitalícia, em 
prestações mensais, iguais e sucessivas, conforme acordado entre as partes.
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga sob a 
forma de renda, o segurado poderá ser, automaticamente excluído da apólice, 
conforme a estruturação técnica do plano, com a consequente devolução de 
valores eventualmente pagos após a constatação da invalidez, devidamente 
atualizados nos termos da regulamentação específica.
No caso de o segurado não ser excluído da apólice, se o estado de invalidez 
laborativa cessar antes do término do pagamento da renda contratada, o valor 
do capital segurado da cobertura de ILPD será reintegrado.
Após o pagamento da indenização ou da primeira parcela, quando paga sob 
a forma de renda, caso o segurado permaneça na apólice, o valor do prêmio 
deverá ser ajustado, de acordo com as coberturas remanescentes, a partir da 
respectiva data de pagamento da indenização.
 Invalidez Funcional Permanente 
Total por Doença (IFPD)
O objetivo desta cobertura é garantir o pagamento de indenização em caso 
de invalidez funcional permanente total, consequente de doença que cause 
a perda da existência independente do segurado.
É considerada perda da existência independente do segurado a ocorrência 
de quadro clínico incapacitante que inviabilize de forma irreversível o pleno 
exercício das relações autonômicas do segurado, comprovado na forma 
definida nas condições gerais e/ou especiais do seguro.
Consideram-se, também, total e permanentemente inválidos para os efeitos 
dessa cobertura, os segurados portadores de doença em fase terminal, 
atestada por profissional legalmente habilitado.
A forma e a periodicidade de pagamento da indenização seguem os mesmos 
critérios da garantia de invalidez laborativa permanente total por doença.
Importante
Os casos de invalidez permanente por doença, previstos nas 
coberturas apresentadas anteriormente, devem ser comprovados pela 
apresentação de declaração médica. 
A aposentadoria por invalidez concedida por instituições oficiais 
de Previdência ou assemelhadas, não caracteriza por si só o estado de 
invalidez permanente.
Atenção
É vedado o oferecimento de cobertura 
em que o pagamento da indenização 
esteja condicionado à impossibilidade 
do exercício, pelo segurado, de toda e 
qualquer atividade laborativa.
Importante
No caso de divergências sobre a causa, 
natureza ou extensão de lesões, bem 
como sobre a avaliação da incapacidade 
relacionada ao segurado, a seguradora 
deverá propor ao segurado, por meio de 
correspondência escrita, dentro do prazo 
de 15 dias, a contar da data da contestação, 
a constituição de junta médica. Essa junta 
será formada por 3 membros, sendo um 
nomeado pela seguradora, outro pelo 
segurado e um terceiro, desempatador, 
escolhido pelos dois nomeados. Cada uma 
das partes pagará os honorários do médico 
que tiver designado; os do terceiro serão 
pagos, em partes iguais, pelo segurado e 
pela seguradora.
O prazo para a constituição da junta 
médica será de, no máximo, 15 dias a 
contar da data da indicação do membro 
nomeado pelo segurado.
UNIDADE 2 35
Esclarecimentos
A antiga cobertura de Invalidez Permanente por Doença – IPD, prevista 
na Circular SUSEP 17/92, trazia diversos problemas aos consumidores, 
com a negativa dos pedidos de indenização em virtude da abrangência 
do conceito de invalidez e divergências na sua caracterização.
Com vistas a resolver essa questão, a nova regulamentação expedida 
pela SUSEP vedou a comercialização de cobertura em que o pagamento 
da indenização esteja condicionado à impossibilidade do exercício, 
pelo segurado, de toda e qualquer atividade laborativa. 
Dessa forma, fica claro que a SUSEP não proibiu a comercialização 
de invalidez por doença, mas apenas determinou que o seu conceito 
seja bem especificado e transparente para os consumidores. 
A seguradora pode comercializar outros tipos de coberturas de 
invalidez relacionada à doença, que tenham sua caracterização bem 
definida, como, por exemplo, a Invalidez Funcional Permanente Total 
por Doença e a Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença, 
previstas na Circular SUSEP 302/05, além de outros tipos elaborados 
pela seguradora.
 Doenças Graves
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização em 
decorrência de diagnóstico de doenças devidamente especificadas e 
caracterizadas nas condições gerais e/ou especiais do plano de seguro 
como “graves”, sendo vedada a estipulação de critérios de cálculo do capital 
segurado com base nas despesas médicas e/ou hospitalares incorridas pelo 
segurado para o tratamento da doença.
 Acidentes Pessoais
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais, normalmente incluídas nos planos 
de Seguro de Acidentes Pessoais, têm por objetivo garantir aos beneficiários 
do segurado ou a ele próprio o pagamento de uma indenização, caso venha a 
falecer ou se tornar inválido em decorrência de acidente pessoal ou, ainda, tenha 
a necessidade de se submeter a tratamento médico em função de acidente.
Incluem-se no conceito de acidente pessoal, os danos físicos decorrentes de:
• suicídio, ou a sua tentativa, que será equiparado, para fins de indenização, 
a acidente pessoal, exceto nos 2 anos de vigência da cobertura ou de sua 
recondução depois de suspenso;
• ação da temperatura do ambiente ou influência atmosférica, quando a 
elas o segurado ficar sujeito, em decorrência de acidente coberto;
• escapamento acidental de gases e vapores;
• sequestros e tentativas de sequestros; e
• alterações anatômicas ou funcionais da coluna vertebral, de origem 
traumática, causadas, exclusivamente, por fraturas ou luxações, radiologicamente 
comprovadas.
Observação
Acidente pessoal é o evento com data 
caracterizada, exclusivo e diretamente 
externo, súbito, involuntário, violento e 
causador de lesão física que, por si só e 
independentemente de toda e qualquer 
outra causa, tenha como consequência 
direta a morte ou a invalidez permanente, 
total ou parcial, do segurado ou que torne 
necessário tratamento médico.
SEGUROS DE PESSOAS36
Estão excluídos do conceito de acidentes pessoais:
• doenças, incluídas as profissionais, quaisquer que sejam suas 
causas, ainda que provocadas, desencadeadas ou agravadas, direta 
ou indiretamente por acidente, ressalvadas as infecções, estados 
septicêmicos e embolias, resultantes de ferimento visível causado em 
decorrência de acidente coberto;
• intercorrências ou complicações consequentes da realização de 
exames, tratamentos clínicos ou cirúrgicos, quando não decorrentes 
de acidente coberto;
• lesões decorrentes, dependentes, predispostas ou facilitadas por esforços 
repetitivos ou microtraumas cumulativos, ou que tenham relação de 
causa e efeito com eles, assim como as lesões classificadas como: Lesão 
por Esforços Repetitivos – LER, Doenças Osteomusculares Relacionadas 
ao Trabalho – DORT, Lesão por Trauma Continuado ou Contínuo – LTC 
ou similares, que venhama ser aceitas pela classe médico-científica, 
bem como as suas consequências pós-tratamentos, inclusive cirúrgicos, 
em qualquer tempo; e 
• situações reconhecidas por instituições oficiais de Previdência ou 
assemelhadas, como “invalidez acidentária”, nas quais o evento causador 
da lesão não se enquadre integralmente na caracterização de invalidez 
por acidente pessoal. 
 Morte Acidental
Esta cobertura tem por objetivo garantir aos beneficiários designados pelo 
segurado o pagamento de indenização específica, caso o falecimento do 
segurado tenha sido ocasionado por acidente pessoal coberto.
 Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA)
Esta cobertura tem por objetivo garantir ao próprio segurado o pagamento de 
uma indenização referente à perda, redução ou impotência funcional definitiva, 
total ou parcial, de membros ou órgãos, ocasionada por acidente coberto.
Exemplos
As situações descritas a seguir evidenciam 
riscos cobertos, ou seja, apresentam casos 
que dão direito à cobertura de Acidentes 
Pessoais:
1) um segurado sofre um grave acidente 
que o impossibilita de se locomover 
em busca de socorro. Se as condições 
meteorológicas forem adversas, como 
chuva e frio, fi cando o segurado por 
muito tempo exposto até ser socorrido 
e, em decorrência disso, contrair 
pneumonia que lhe venha a ser fatal, 
este evento terá cobertura, visto ter 
sido motivado por traumatismos que 
impediram a sua mobilidade;
2) um segurado sofre um atropelamento 
e, em consequência desse acidente, 
tem um braço amputado; e
3) um segurado é vítima de assalto, 
ocasião em que é ferido. O ferimento 
gera séria infecção.
UNIDADE 2 37
Observação
As indenizações por morte ou invalidez permanente total ou parcial por 
acidente geralmente são pagas de uma só vez, podendo haver a opção 
expressa, do segurado, pela transformação da indenização em renda.
Na hipótese de indenização sob a forma de renda, a taxa de juros deve 
observar o limite máximo de 6% a.a. ou sua equivalente efetiva mensal. 
As indenizações pagáveis por morte e por invalidez permanente total ou 
parcial por acidente não são cumulativas. Assim, se o segurado receber 
indenização por invalidez decorrente de acidente e, mais tarde, vier a 
falecer em função do mesmo acidente, a indenização recebida pela 
invalidez será deduzida daquela que lhe é devida por morte.
A indenização paga por invalidez permanente total ou parcial por 
acidente é devida ao próprio segurado, quando caracterizada sua 
invalidez. Após a conclusão do tratamento, ou esgotados os recursos 
terapêuticos disponíveis para sua recuperação, e constatada e avaliada 
a invalidez permanente quando da alta médica definitiva, a seguradora 
deve pagar a respectiva indenização, de acordo com os percentuais 
estabelecidos nas condições gerais e/ou especiais do seguro.
Não ficando abolidas por completo as funções do membro ou órgão lesado, a 
indenização por perda parcial é calculada pela aplicação, à percentagem prevista 
no plano para sua perda total, do grau de redução funcional apresentado.
A tabela para o cálculo da indenização da cobertura de IPA usualmente 
utilizada pelo mercado consta do Anexo 3 deste manual.
SEGUROS DE PESSOAS38
Atenção
Quando a indicação médica sobre a extensão das lesões for estabelecida 
em termos de grau máximo, médio ou mínimo, sem a indicação 
exata do grau de redução funcional apresentado, a indenização será 
calculada, respectivamente, com base nas seguintes percentagens:
• Grau máximo: 75% dos percentuais constantes da tabela;
• Grau médio: 50% dos percentuais constantes da tabela; e
• Grau mínimo: 25% dos percentuais constantes da tabela.
Exemplo:
Um segurado contratou uma cobertura de Acidentes Pessoais com 
capital de R$ 100.000,00 na garantia de IPA (Invalidez Permanente Total 
ou Parcial por Acidente) e sofre um acidente que lhe atinge ambos os pés. 
Segundo a indicação médica, trata-se de uma lesão de grau mínimo.
Supondo-se que a tabela constante do Anexo 3 tenha sido utilizada, 
verifica-se que a percentagem para a perda total de uso dos pés é de 
50% da importância segurada. Logo, a indenização do segurado seria 
de R$ 50.000,00.
Todavia, como o médico indicou que o grau da lesão foi mínimo, ele 
só terá direito a 25% desses R$ 50.000,00. Assim, sua indenização 
será de R$ 12.500,00.
São ainda procedimentos relativos à invalidez permanente total ou parcial 
por acidente:
• nos casos cuja especificação não consta da tabela, a indenização deve 
ser estabelecida, levando em consideração a diminuição permanente da 
capacidade física do segurado, sem que a sua profissão tenha qualquer 
peso nesta aferição; e
• se mais de um órgão ou membro for lesionado no mesmo acidente, a 
indenização será determinada pela soma dos percentuais respectivos 
constantes da tabela. A indenização daí resultante não poderá, em 
qualquer hipótese, ser superior a 100% do capital segurado.
• quando membros ou órgãos não forem íntegros ou inteiramente funcionais 
antes do acidente, a indenização será estabelecida deduzindo-se, da 
percentagem indicada na tabela, a percentagem correspondente à 
invalidez preexistente;
• os danos de natureza estética, ou seja, aqueles que apenas afetam 
a aparência do segurado, sem implicarem perda ou redução da 
funcionalidade das partes afetadas, estão excluídos da cobertura 
de invalidez permanente, assim como a perda de dentes;
Aplicação prática
Em um mesmo acidente pessoal, um 
segurado sofreu perda total do uso de 
uma das mãos e perda total da visão de 
ambos os olhos. Considerando-se que 
ele contratou um seguro com garantia 
básica (IPA) de R$ 100.000,00, contendo 
a Tabela de Indenização apresentada 
no Anexo 3, verificamos que ele teria 
direito à seguinte indenização: 60% do 
capital segurado pela perda da mão 
(R$ 60.000,00) e 100% do capi tal 
segurado pela perda da visão de ambos 
os olhos (R$ 100.000,00).
Logo, a indenização total ser ia de 
R$ 160.000,00.
Todavia, como o máximo a ser pago num 
mesmo acidente é 100% do capital da 
garantia contratada, o segurado receberá 
R$ 100.000,00.
UNIDADE 2 39
• a invalidez permanente indenizável deve sempre ser comprovada 
mediante a apresentação de laudo médico detalhado à seguradora; e
• no caso de divergências sobre a causa, natureza ou extensão de 
lesões, bem como sobre a avaliação da incapacidade relacionada ao 
segurado, a seguradora deverá propor ao segurado, por meio de 
correspondência escrita, dentro do prazo de 15 dias, a contar 
da data da contestação, a constituição de junta médica. Essa junta 
será formada por três membros, sendo um nomeado pela seguradora, 
outro pelo segurado e um terceiro, desempatador, escolhido pelos dois 
nomeados. Cada uma das partes pagará os honorários do médico que 
tiver designado; os do terceiro serão pagos, em partes iguais, pelo 
segurado e pela seguradora. O prazo para a constituição da junta 
médica será de, no máximo, 15 dias a contar da data da indicação 
do membro nomeado pelo segurado.
 Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas 
(DMHO)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o reembolso, limitado ao capital 
segurado, das despesas efetuadas pelo segurado para o tratamento das 
consequências de acidente coberto, iniciado, sob orientação médica, nos 30 
primeiros dias contados da data do acidente. Ela cobre as despesas médicas e 
dentárias, assim como os custos de diárias hospitalares que, a critério médico, 
sejam necessárias à recuperação do segurado.
Cabe ao segurado a livre escolha dos prestadores dos serviços médico-
hospitalares e odontológicos, desde que legalmente habilitados.
As seguradoras estão autorizadas a estabelecer acordos ou convênios com 
prestadores de serviços médico-hospitalares e odontológicos, a fim de facilitar 
a prestação da assistência ao segurado, mas preservando semprea livre escolha 
que esse segurado venha a fazer fora daquela rede.
É possível a contratação da cláusula prevendo franquia dedutível do total a 
reembolsar, com redução da taxa.
• Franquia – valor previsto na apólice com o qual o segurado participará 
em caso de sinistro.
• Franquia dedutível – tipo de franquia mais utilizado, cujo valor é deduzido 
de todos os prejuízos.
Para fins de ressarcimento, parcial ou total, das despesas médico-hospitalares 
efetuadas, são exigidos comprovantes originais e relatórios do médico 
assistente ou do dentista.
São ressarcidas, também, as despesas cobertas efetuadas no exterior. 
Nesse caso, o ressarcimento toma como base o câmbio oficial de venda da 
moeda estrangeira na data do efetivo pagamento realizado pelo segurado. 
A conversão à moeda nacional é atualizada monetariamente, pela seguradora, 
quando da liquidação do sinistro.
Importante
Não estão abrangidas as despesas 
decorrentes de:
• acompanhantes;
• estados de convalescença (após o 
recebimento da alta médica); e
• aparelhos referentes a órteses de 
qualquer natureza e a próteses de caráter 
permanente, excetuadas as próteses pela 
perda de dentes naturais.
SEGUROS DE PESSOAS40
Importante
As coberturas relacionadas a acidentes pessoais podem ser oferecidas 
em um plano de Seguro de Acidentes Pessoais, ou em qualquer outro 
plano de Seguros de Pessoas, como, por exemplo, o Seguro de Vida 
em Grupo.
Um plano de Seguros de Pessoas bastante comum no mercado é 
o Seguro Viagem, que tem por objetivo garantir aos segurados, 
durante período de viagem previamente determinado, o pagamento 
de indenização quando da ocorrência de riscos previstos e cobertos 
nos termos das condições gerais e especiais contratadas.
Entretanto, deve-se observar que este tipo de seguro deve oferecer, 
no mínimo, as coberturas básicas de morte acidental e/ou invalidez 
permanente total ou parcial por acidente.
Além disso, outras coberturas poderão ser oferecidas no Seguro 
Viagem, desde que estejam relacionadas a viagem. Um exemplo seria 
a indenização referente à perda de bagagem.
 Diárias por Incapacidade (DI)
Esta cobertura consiste no pagamento de diárias, a partir da caracterização da 
impossibilidade contínua e ininterrupta de o segurado exercer a sua profissão 
ou ocupação.
O pagamento das diárias se dá durante o período em que o segurado se 
encontrar sob tratamento, sendo efetuado a partir do 1o dia após o período 
de franquia de, no máximo, 15 dias.
Geralmente, é oferecido o limite máximo de 360 diárias por período contratual. 
Esse limite também é o máximo pagável por um mesmo evento.
 Diárias por Internação Hospitalar (DIH)
Esta cobertura tem por objetivo garantir o pagamento de indenização 
proporcional ao período de internação do segurado, observados o período 
de franquia e o limite contratual máximo por evento, fixado nas condições 
gerais e/ou especiais.
O período de franquia deve ser de, no máximo, 15 dias, a contar da data 
do evento, e o valor do capital segurado deve ser estabelecido sob a forma 
de diária, independentemente das despesas efetuadas pelo segurado.
Importante
As coberturas de Diárias por Incapacidade 
(DI) e Diárias por Internação Hospitalar 
(DIH) podem ser decorrentes de acidente 
pessoal ou não. A abrangência dessas 
coberturas é determinada pela seguradora 
nas condições gerais do plano.
UNIDADE 2 41
 Perda de Renda
Esta cobertura garante o pagamento de indenização em caso de perda 
de emprego. 
Deverão ser observados os critérios estabelecidos no plano, tais como: tempo 
mínimo de carteira profissional assinada, tempo mínimo no último emprego, 
motivos de demissão, entre outros.
 Auxílio Funeral
Esta cobertura garante o reembolso das despesas com o funeral até o limite 
do capital segurado. 
É importante destacar que, ainda que a seguradora ofereça a alternativa de 
prestação de serviços, é garantida a livre escolha dos prestadores de serviço 
pelos beneficiários, com o respectivo reembolso das despesas efetuadas.
Atenção
Você sabe qual é a diferença entre o Seguro Auxílio Funeral e a 
Assistência Funeral?
O Seguro Auxílio Funeral é uma modalidade do Seguros de Pessoas. 
Portanto, todas as seguradoras autorizadas a operar no Ramo Vida 
podem comercializar esta cobertura, desde que incluída em algum 
plano devidamente protocolado na SUSEP.
A cobertura de Auxílio Funeral, geralmente com capital segurado de 
baixo valor, tem por objetivo reembolsar os gastos referentes ao funeral 
no caso de morte do segurado. A sua caracterização como seguro 
está condicionada à livre escolha dos prestadores de serviços, com 
cobrança de prêmio e constituição de provisão.
De forma distinta, a Assistência Funeral é tratada como um serviço 
complementar ao contrato de seguro, não havendo direito à livre 
escolha, ou seja, o segurado fica limitado aos prestadores de serviço 
indicados pela seguradora. 
Neste caso, deve ser observado que:
1) os serviços não podem ser prestados diretamente pela seguradora;
2) os serviços terão seus regulamentos previstos em documento 
próprio apartado das condições contratuais do seguro;
3) quando cobrado do segurado, o pagamento dos serviços deverá 
estar discriminado em apartado ao prêmio de seguro; e
4) o regulamento não poderá prever o pagamento em espécie ou 
reembolso ao segurado.
SEGUROS DE PESSOAS42
 Cobertura para Segurados Dependentes
Trata-se da possibilidade de se contratar um seguro onde existe mais de um 
segurado. Nos seguros coletivos, o segurado titular seria aquele que mantém 
vínculo com o estipulante (por exemplo, o funcionário da empresa que 
contratou a apólice), e os segurados dependentes poderiam ser o cônjuge 
e filhos.
Podem ser admitidos como segurados, desde que previsto no plano e 
contratados pelo estipulante: o cônjuge, o(a) companheiro(a), os filhos, 
os enteados e os menores, considerados dependentes econômicos do 
componente principal do grupo, bem como outros membros da família.
As duas cláusulas que permitem a inclusão de coberturas para os componentes 
dependentes são: cláusula suplementar de inclusão de cônjuge e cláusula 
suplementar de inclusão de filhos.
A cláusula suplementar de inclusão de cônjuge define a inclusão no plano dos 
cônjuges dos segurados principais, que pode ser feita das seguintes formas:
• automática – quando abranger os cônjuges de todos os segurados 
principais; e
• facultativa – quando abranger os cônjuges dos segurados principais que 
assim o autorizarem.
A cláusula suplementar de inclusão de filhos define a inclusão no plano 
dos filhos do segurado principal e/ou do cônjuge segurado pela cláusula 
suplementar de inclusão de cônjuge, que pode ser feita das seguintes 
formas:
• automática – quando abranger os filhos de todos os segurados principais 
e/ou dos cônjuges segurados; e
• facultativa – quando abranger os filhos dos segurados principais e/ou dos 
cônjuges segurados que assim o autorizarem.
Importante
Equiparam-se aos cônjuges os companheiros 
dos segurados principais, se ao tempo 
do contrato o segurado era separado 
judicialmente ou já se encontrava separado 
de fato.
O capital segurado do cônjuge e dos 
filhos não pode ser superior a 100% 
do capital segurado do respectivo segurado 
principal.
UNIDADE 2 43
Importante
Para os menores de 14 anos é permitido, exclusivamente, o oferecimento 
e a contratação de coberturas relacionadas ao reembolso de despesas, 
seja na condição de segurado principal ou de dependente.
Equiparam-se aos filhos, os enteados e os menores considerados 
dependentes econômicos do segurado principal. 
Nos planos coletivos, quando ambos os cônjuges forem segurados 
principais do mesmo grupo segurado, os filhos podem ser incluídos uma 
única vez, como dependentes daquele de maior capital segurado, sendo 
este denominado

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