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RESENHA RESUMO Técnica, espaço, tempo Globalização e meio técnico científico informacional

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Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Maria Clara de Souza Santos
Resenha resumo sobre o: “Capítulo IV, Técnica, espaço, tempo Globalização e meio técnico científico informacional”
Salvador, 2017
A EXPANSÃO DO MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL 
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: EDUSP, 1994.
O capítulo resenhado “O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL”, foi retirado da obra, publicada primeiramente em 1985 pela Editora Hucitec, e republicada posteriormente pela Editora da Universidade de São Paulo. Inicialmente contendo 190 páginas e mais tarde 174. 
Nascido em Brotas de Macaúbas, município brasileiro do estado da Bahia, Milton Santos foi um grande Doutor em Geografia, Bacharel em Direito. Viveu entre os anos de 1926 à 2001, trilhando seu caminho por doze universidades brasileiras e sete universidades estrangeiras, das quais recebeu os títulos de Doutor Honoris Causa.
Durante 1954-1964 trabalhou como jornalista e redator do jornal A Tarde, entre 1959-1961 foi diretor da Imprensa Oficial da Bahia e criou o Laboratório de Geociências da UFBA. Enquanto isso, tornou-se representante da Casa Civil do presidente Jânio Quadros, na Bahia, e foi presidente da Fundação Comissão de Planejamento Econômico do Estado da Bahia, no decurso de 1962 à 1964. Entretanto, por conta da ditadura militar, em 1964, Milton Santos deixa o Brasil de forma compulsória. Fruto desse contexto, dar-se-á o início de sua carreira internacional itinerante como, pesquisador e professor convidado em grandes universidades de diferentes países do globo. 
	Só em 1977 retorna ao Brasil, e dois anos depois volta a lecionar nas universidades brasileiras. Então em 1983, Milton Santos ingressa, por concurso, na Universidade de São Paulo, onde ministra aulas até sua aposentadoria compulsória em 1997, recebendo o título de Professor Emérito da USP, continuando a pesquisar, publicar e orientar estudantes até o final de sua vida.
	No contexto em que a obra foi escrita, suas pesquisas, aulas e publicações reuniram esforços epistemológicos para dotar a geografia latino-americana de categorias de análise apropriadas. O capítulo resenhado trata da nova urbanização impulsionada pelo meio técnico-científico-informacional.
 	O capítulo é dividido em 6 tópicos principais, são eles: a ‘Introdução’, ‘Criar a consciência de uma época: novos fatores a considerar’, ‘Elementos do discurso analítico’, ‘Os três níveis de análise’, ‘A modernidade e seus indicadores geográficos’, ‘Um exemplo concreto: o caso de São Paulo’. 
Logo no início do texto, o autor valoriza a capacidade de compreender a época a que somos contemporâneos e ressalta a importância de ser um cidadão consciente, capaz de se reconhecer no presente percebendo a totalidade. Todo o capítulo é construído, sobretudo, de acordo com o campo de estudo do espaço territorial, espaço humano. 
Milton Santos compara a nova fase histórica com a do passado constatando a interdependência da ciência e da técnica em todos os aspectos da vida à nível global, em um contexto de revolução científico-técnica. 
Antes, os sistemas técnicos eram apenas locais, ou regionais, e tão numerosos quantos eram os lugares ou regiões. Quando apresentavam traços semelhantes não havia contemporaneidade entre eles, e muito menos in­terdependência funcional.[...]
Nesta nova fase histórica é perceptível a concepção de simultaneidade, cada momento compreende em todos os lugares, eventos que são independentes, incluídos em um mesmo sistema de relações. Os signos se manifestam de formas diferentes do passado, sendo eles:
[...]a multinacionalização das firmas e a internacionalização da produção e do produto; a generalização do fenómeno do crédito, que reforça as características da economização da vida social; os novos papéis do Estado em uma sociedade e urna economia mundializadas; o frenesi de uma circulação tornada fator essencial da acumulação; a grande revolução da informação que liga instantaneamente os lugares, graças aos progressos da informática.
Então, o autor nos apresenta a unicidade técnica e da mais-valia. De acordo com ele, em todos os lugares do mundo, os conjuntos técnicos pre­sentes são, por alto, os mesmos, ainda que existam diferenças no grau de complexidade; e a fragmentação do processo produtivo em escala internacional se realiza em função dessa mesma unicidade técnica, sendo a mais valia mundializada por intermédio das firmas e dos bancos internacionais.
Logo mais no texto, Milton Santos trabalha os elementos do discurso analítico. Primeiramente introduz o conceito de Tecnosfera, sendo uma suposta “natureza artificializada”. Esta constitui-se de uma complexa cadeia de sistemas articulados entre si, resultantes de uma evolução tecnológica contínua desenvolvida pela humanidade. Logo em seguida afirma que: o desenvolvimento das técnicas permitiu que se produzisse mais em áreas menos extensas, aumentando a importância dos capitais fixos e dos capitais constantes. Esse cenário permite, segundo o autor, o ampliamento da economização da vida social, mudando a escala de valores culturais, favorecendo o processo de alienação. 
Para tornar-se mais produtiva, as firmas distribuem suas partes onde seja mais favorável, tornando a localização das diversas etapas do processo produtivo, muitas vezes, espalhadas pelo globo, cada uma destas funcionando de forma dissociada e autónoma. A estruturação desses circuitos produtivos, afirma Milton Santos, são determinados pela circulação de produtos, e as cidades são definidas como pontos nodais, onde os círculos de valor desigual se encontram e se superpõem. Mais adiante, o autor argumenta que, para compreender a questão, é necessário analisá-la através de três níveis: planetário, nacional e regional. Sendo cada um desses níveis, respectivamente, mais específicos que o anterior. 
Milton Santos finaliza o capítulo trazendo um exemplo concreto: a difusão do período técnico-científico no caso de São Paulo. Ele sustenta que o estado de São Paulo desde a industrialização e agricultura moderna reconhecia seu desenvolvimento crescente, que este soube se adaptar ao cenário atual de novas divisões territoriais do trabalho no nível mundial, nacional e regional, para satisfazer as demandas modernas; o que levou à fugaz transformação intensa na organização do sistema urbano. 	
Salvador, 2017

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