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GESTÃO DO ESTRESSE NO CONTEXTO LABORAL

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Ouro Preto –UFOP
Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas
Curso de Engenharia de Produção
ESTRATÉGIAS PARA A GESTÃO DO ESTRESSE NO CONTEXTO LABORAL
Luís Eduardo Duarte Lana – luisinduarte@hotmail.com
Raphael Ornelas Rezende – raphaelorezende@gmail.com
Sabrina Guedes Lacerda – ssabrinalacerda.ep@gmail.com 
Samira Mayda Merhi de Souza – samiramerhi@hotmail.com
Vitor Moreira Felix –vitorvaldpl@gmail.com 
João Monlevade 
08 de março de 2017
RESUMO
O estresse no contexto laboral é um fator que influencia diretamente a produtividade e qualidade de vida dos indivíduos. Por isso, a gestão do estresse é de suma importância para a prosperidade das organizações. Neste contexto, o presente artigo teve como objetivo expor quais são as causas e consequências do estresse no contexto laboral, além de mostrar estratégias que podem ser adotadas para combater o mesmo. Para isso, foi realizada pesquisa bibliográfica em artigos relacionados ao tema.
INTRODUÇÃO
Este artigo discute uma série de questões acerca dos problemas que o estresse ocasiona no contexto laboral, pontuando algumas estratégias para melhor gestão deste problema.
 A cada dia que passa as empresas cobram de seus funcionários maior complexidade de atividades em curtos espaços de tempo. Este crescimento de demanda exige um maior esforço físico e psíquico do trabalhador, comprometendo assim sua qualidade de vida e afetando muitas vezes seu contexto social, tanto interno quanto externo a empresa.
Stanley e Burrows (2005) configuram o estresse mais como um processo do que um diagnóstico, quando o indivíduo se percebe incapaz de suportar a demanda, ocorre consequências físicas ou psicológicas. Esta percepção poder vir de fontes externas ou de expectativas impostas acerca de uma situação ou atividade.
O estresse ocupacional foi associado inicialmente à ambientes de escritório, com o avançar de estudos acadêmicos este termo passou a ser usado em diversas áreas e em todos níveis estruturais de uma organização (Moraes; Ladeira; Kilimnik,1994).
Devido a presença do estresse em diversos contextos de trabalho e nos diversos níveis hierárquicos, se enfatiza a importância de se ampliar estudos nesta área, abrangendo a diversas categorias profissionais (Sant’anna; Costa; Moraes, 2000).
O presente trabalho teve como objetivo expor os conceitos de estresse, tanto negativo quanto positivo, e como eles influenciam um indivíduo em seu contexto laboral. Além de evidenciar estratégias para o combate do mesmo.
REVISÃO TEÓRICA
 Definição de Estresse
Segundo Selye (1974) Estresse é uma resposta não específica do organismo a uma demanda feita a ele, são diversos os fatores que podem causar estresse, por exemplo vivenciar situações de risco, pressão por resultados, comoção pela perda de pessoas, dentre outras várias situações. Ele ressalta que apesar das situações serem totalmente distintas o corpo sempre procura retornar ao seu estado de equilíbrio anterior.
Cooper, Dewe e O’Driscoll (2001) utilizam uma abordagem do estresse como não partindo somente do indivíduo ou do meio em que o mesmo está exposto, mas sim na relação entre os dois.
Selye (1974) analisa que se a situação é agradável ou desagradável não importa, mas sim a intensidade da demanda cujo o corpo necessita para retornar ao seu equilíbrio. Tanto as situações de alegria quanto as de tristeza podem gerar estresse, e mesmo sendo situações totalmente opostas podem ter o mesmo efeito sobre o organismo. Porém tem-se que salientar de que respostas negativas aos estímulos do estresse podem acarretar doenças.
O estresse é uma reação do organismo perante alguma situação enfrentada pelo indivíduo, seja algum acontecimento bom ou mau, ou que altere a rotina e qualidade de vida desse indivíduo. Existem níveis de estresse que devem ser levados em consideração. O estresse pode ser considerado adequado quando possibilita que o indivíduo tenha respostas positivas quanto ao desenvolvimento de alguma atividade ou mesmo diante alguma circunstância, e é considerado excessivo quando é prejudicial ao sujeito. (TRONCOSO, 2012)
Foi nomeado como Síndrome Geral de Adaptação (SEYLE,1974) o conjunto de modificações não especificas que ocorrem no organismo. Ela consiste em 3 fases: reação de alarme, fase de resistência e fase de exaustão. Durante estas fases o organismo sofre mudanças psicofisiológicas, caso a intensidade de reação perante o agente estressor seja alta, podemos ter o surgimento de doenças.
Estudos de Córdova (1988) e Malagris (1992) confirmam a relação entre estresse e algumas doenças. Kahn e Byosere (1992) também relacionam o estresse com o risco de algumas doenças fisiológicas.
Limongi e Rodrigues (1996) ressaltam que o estresse por si só não é suficiente para causar doenças, e sim julga esta vulnerabilidade causada pelo estresse como a forma do indivíduo de enfrentar esta situação estressante.
Cooper (2005) considera vários fatores como possíveis agentes de elevação de estresse. O deslocamento da casa para o trabalho, caso haja dificuldades perante o percurso, a inclusão de novas tecnologias, devido a possível dificuldade de aprendizado da mesma, a pressão de tempo e prazos que ultrapassam a capacidade do funcionário exercida pelos superiores.
Para Levi (2005) São vários os agentes causadores de estresse, e que a medida que o indivíduo é exposto a eles, pode-se ter diversas reações emocionais distintas.
Moraes et al (1995) crê que o estresse é algo natural do organismo humano, causado por agentes estressores presentes no meio cujo humano está presente. Para Couto (1987) monotonia e trabalhos pouco desafiantes também são geradores de estresse.
 Influência da Organização do Trabalho no Bem-estar do Trabalhador
No contexto laboral, é de suma importância saber definir a estrutura e a organização do trabalho, pois pode afetar diretamente o bem-estar do indivíduo no seu local de trabalho. Estabelecer relações entre as pessoas e os recursos disponíveis tendo em vista os objetivos que a empresa se propõe atingir.
A departamentalização consiste em agrupar funções semelhantes ou atividades em unidades separadas.
Conforme Siqueira e Padovam (2008), o bem-estar no trabalho vem acompanhado de três conceitos, satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Estes conceitos representam vínculos positivos com o trabalho e com a organização, segundo Siqueira e Godin Jr. (2004).
Satisfação no trabalho: “[...] um estado emocional positivo ou de prazer, resultante de um trabalho ou de experiências de trabalho. ” (Locke, 1976, p. 1.300).
Envolvimento com o trabalho: “[...] grau em que o desempenho de uma pessoa no trabalho afeta sua autoestima” (Lodahl & Kejner, 1965, p. 25). 
Comprometimento organizacional afetivo: “[...] um estado no qual um indivíduo se identifica com uma organização particular e com seus objetivos, desejando manter-se afiliado a ela com vista a realizar tais objetivos” (Mowday, Steers & Porter, 1979, p. 225).
É necessário avançar a análise sobre estas concepções para se integrar o conceito de bem-estar no trabalho.
Siqueira e Padovam (2008) apontam aspectos específicos desta satisfação, tais como bom relacionamento com colegas e chefia, salário pago pela empresa e a satisfação com tarefa realizada.
Ao final do dia, o indivíduo costuma sentir exaustão em seu corpo e mesmo assim ter uma situação agradável de bem-estar. Uma atividade pode ser extremamente gratificante quando desperta grande interesse na pessoa.
 Causadores de Estresse
Alguns estudos vêm comprovando que altas demandas são fontes geradoras de estresse, Cooper; et al apud Sant’ana; Costa; Moraes (2000) define este um problema negativo, levando o indivíduo a incapacidade de enfrentar este problema de trabalho, prejudicando sua saúde física e mental, e tendo reflexos na produtividade da empresa, devido a incapacidade do funcionário de estar realizando um trabalho condizente com o possível.Segundo Santos; Moraes e Kilimnik (1999) a insatisfação de relacionamentos interpessoais, impossibilidade de crescimento, baixa qualidade de vida, carga de trabalho excessiva, estão todos relacionados ao estresse.
Baseados no estudo de Cooper, et al,Robins (2002) pode-se enumerar algumas fontes potenciais de estresse no contexto laboral, dentre os fatores organizacionais podemos citar as exigências da tarefa (relacionada as condições de trabalho, riscos) exigências de papel (conflitos), exigências interpessoais (problemas de relacionamento), estrutura organizacional (regras, falta de participação em decisões), estilo de liderança (pressão por desempenho em curto prazo). Os fatores individuais incluem problemas familiares, dificuldades conciliação entre família e trabalho, fatores econômicos, características referentes a personalidade do indivíduo.
Estudos de Friedman e Rosenman apud Córdova (1988) classificaram padrões de conduta de acordo com as características de personalidade, sendo que um indivíduo tipo A estão mais sujeitos a estresse. Trata-se de indivíduos com grande necessidade de reconhecimento, buscando superação a todo momento, com tendência forte de competição e vontade de vencer. Costumam estar ligados a várias atividades simultâneas, mesmo que não tenha tempo hábil para realização das mesmas.
Segundo Dejours (1994) o trabalho pode ser fonte de prazer ou sofrimento, dependendo de como este trabalho permite ou não a diminuição da carga psíquica. Ele define esta carga como os elementos qualitativos, afetivos e relacionais presentes no trabalho, quando um trabalho é livremente escolhido ou organizado, o trabalha se torna satisfatório. Porém a organização do trabalho muitas vezes entra em conflito com o desejo do trabalhador impondo um modo prescrito para realização das atividades. Quanto maior a imposição de modos operatórios feitos pela empresa, maior a carga psíquica e sentimentos de desprazer e tensão no indivíduo. Nos estudos de Bouchard (1996) ele revela que a imposição feita pelas empresas reduz os funcionários à simples operadores, tornando-os invisíveis e sem importância. Esta situação fez com que os trabalhadores desta empresa ficassem insatisfeitos e desmotivados acerca de seu trabalho, conflitos envolvendo chefias e empregados, culminando com vários atos grevistas ocorridos na França.
Dejours (1994) afirma que o corpo do trabalhador sofre desgastes tanto físico quanto psíquico. O envelhecimento e doenças são ocasionados devido as condições de trabalho cujo indivíduo está inserido, já os problemas que abrangem afetividade e relacionamentos interpessoais, tais como hierarquia, divisão de tarefas, são responsáveis pelo sofrimento psíquico do indivíduo.
Para Dejours (1999) são vários fatores que geram este sofrimento psíquico no trabalho, podemos citar a pressão vinda dos superiores, ou até mesmo a pressão imposta por outros indivíduos do seu trabalho, o medo da incompetência, falta de reconhecimento pelo trabalho bem feito.
Consequências do Estresse no Contexto Laboral
 A busca por produtividade extrema, teve sua limitação na capacidade produtiva do indivíduo e resultou no aumento de seu sofrimento. Desta forma propiciou o surgimento da teoria do estresse.
 Os indivíduos muitas vezes definem o estresse não explicitamente pelo seu conceito, e sim pelos fatores e situações que levam ao estresse. Os fatores mais comuns são a sobrecarga de trabalho que exige em excesso do trabalhador, levando-o a sensação de estar sempre no limite de situações estressantes, acarretando impaciência e cansaço.
 A maneira como se trata as pessoas presentes em seu meio, descontrole emocional, agressividade nas relações interpessoais é desagradável e prejudicial, podendo ocorrer controle no local de trabalho e descontrole no convívio familiar.
 A dificuldade de conciliação das atividades impostas pelo serviço, esta sobrecarga, encorpada pela necessidade do indivíduo de manter exigências pessoais, como convívio familiar, atividades fora do serviço, causando em muitos casos a frustração do indivíduo.
 Algo comum em indivíduos com estresse, é explícito o sentimento de impotência perante as situações cuja esta presencia, tanto no âmbito familiar quanto no laboral.
 Uma das consequências mais marcantes do estresse no contexto laboral, é chamado por Maslach (1998) de síndrome de Burnout. Sua definição está relacionada a tensão emocional crônica pelo contato frequente, excessivo e agentes estressores com as tarefas do trabalho. A pessoa perde o interesse em relação com a sua atividade, e passa a entender tudo que estiver ligado ao trabalho como uma forma de tortura. Esta síndrome é caracterizada inicialmente pela exaustão emocional cuja pessoa desacredita no seu potencial de realizar esta atividade. Posteriormente vem a despersonalização, o indivíduo desenvolve uma negatividade acerca de seus sentimentos e atitudes. Também tem-se a manifestação do sentimento de falta de realização pessoal no trabalho que afeta a produtividade, a eficiência e adequação a qualquer variabilidade na organização. Por fim, vem a depressão, doença que tem sintomas físicos e emocionais incapacitantes (Franças e Rodrigues,1999).
 Desta forma podemos mensurar uma análise geral acerca das consequências do estresse no ambiente de trabalho, como sendo maléfico, tanto ao indivíduo, pois pode gerar diversos problemas físicos e psíquicos, quanto para a organização que sofrerá com a possibilidade de inúmeras situações negativas acerca de qualquer atividade ou relacionamento em que este trabalhador está inserido.
Prevenção e Combate ao Estresse
 O estresse é um problema de saúde pública, ele afeta várias camadas da sociedade e grande parte pode ser relacionada com o modelo socioeconômico presente na sociedade atual. Esta gestão de estresse corporativo é uma ação de responsabilidade social digna de empresas comprometidas com o desenvolvimento equilibrado de nossa sociedade (Nahas 2003).
 Este é um assunto de extrema importância, França e Rodrigues (1999) propõe um modelo para gerir e avaliar o estresse, baseado em seis aspectos importantes ao modo de viver do indivíduo. Este modelo aponta que atividades físicas regulares, alimentação adequada, tempo de descanso suficiente as suas necessidades, realizar atividades que gerem prazer e diversão, possibilidade de realização profissional e inserção em grupos sociais ativos como colaboradores para prevenir o indivíduo de vir a apresentar o estresse.
 A gestão do estresse no ambiente de trabalho deve se ter por objetivo principal à melhoria da qualidade de vida, e a empresa tem grande importância em desempenhar tal função, visando que se o trabalhador está bem, suas atividades serão realizadas com maior afinco, todos saem ganhando. Em programas de gestão do estresse na empresa todos os níveis de liderança devem ter responsabilidade e comprometimento. A organização deve avaliar a sistemática dos níveis de estresse no ambiente de trabalho. Aumentar variedade de rotinas, tais como rodízio de tarefas, descaracterizando assim a monotonia de trabalhos repetitivos. O excesso de horas extras pode acarretar um desgaste orgânico, desta forma deve ser evitado a frequência das mesmas, ou talvez selecionar pessoas com maior aptidão física para suportar maior volume de horas no trabalho. Proporcionar ao seu trabalhador as melhores condições físicas para realizar o trabalho, tanto ferramentas como softwares que faça com que as tarefas sejam realizadas de modo mais adequado possível.
 Profissionalizar seu trabalhador, através de cursos, sendo na esfera do aperfeiçoamento profissional quanto do pessoal. O uso de gratificações simbólicas aos funcionários perante as tarefas realizadas com grande empenho e dedicação. Escutar as ideias dos funcionários acerca de melhorias nas atividades da empresa.
 França e Rodrigues (1999) oferecem uma lista de intervenções, objetivando uma boa gestão dos níveis de estresse da organização e do indivíduo, dentre elas temos: técnicasde relaxamento; alimentação balanceada; exercício físico regular; repouso, lazer e diversão; tempo de sono apropriado a necessidade fisiológica do indivíduo; terapia e vivência que favoreçam o autoconhecimento; aprendizado de estratégias de enfrentamento; administração do tempo livre para atividades ativas e prazerosas; administração entre conflitos em pares e grupos; revisão e reestruturação das formas de organização do trabalho e educação para saúde.
 A gestão desse estresse deve ser dividida em etapas, onde deve-se identificar o problema, verificar o padrão deste problema, discutir as características individuais e planejar programas visando promover a implementação de agentes para resolver este problema. É necessária uma visão abrangente acerca destas situações, pois seu estímulo deve contemplar aspectos econômicos, afetivos, culturais, físicos e ambientais e alcançar o maior número de pessoas possível.
 Uma questão abordada por Kahn e Byosere (1992) é o fato de que na maioria das vezes o combate ao estresse é concentrado na redução dos efeitos, sendo que uma solução mais simples e efetiva poderia estar na redução da presença de estressores no trabalho. Porém isto já é algo que envolve uma camada superior, até onde as empresas desejariam diminuir sua produtividade ou atividades com preocupação acerca da saúde de seus funcionários, é algo difícil de ser mensurado.
ESTUDO DE CASO
 Nesta seção é apresentado um estudo de caso em unidades de saúde do município de Ribeirão Preto, que apresentava equipes de saúde da família mantidas exclusivamente pela Secretaria Municipal de Saúde e qualificadas pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) até janeiro de 2005. Tal estudo faz parte do artigo “Estratégias de gerenciamento de riscos psicossociais no trabalho das equipes de saúde da família” que foi desenvolvido pelas autoras Camelo e Angerami.
 Os sujeitos deste estudo são médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde pertencentes a seis equipes de saúde da família, sendo um elemento de cada categoria profissional, escolhidos conforme disponibilidade para participação no ato da coleta de dados, perfazendo um total de 24 sujeitos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Os resultados mostram que a equipe é predominantemente feminina (87,5%), sendo mais evidente para os trabalhadores de enfermagem de nível médio e superior e agentes comunitários de saúde. Entre os trabalhadores de nível universitário, embora haja predomínio do sexo feminino, há presença masculina (50%) entre os médicos. Esta situação se confirma em uma pesquisa que relata que o PSF absorve mais mulheres em suas equipes de trabalho.
 Quando se olha para o perfil etário dos trabalhadores entrevistados, verifica-se que todos eles se encontram na faixa etária entre 35 e 56 anos, apontando para uma equipe que provavelmente teve oportunidade de vivenciar outras experiências profissionais e pessoais diversas, o que pode contribuir para um melhor desempenho no trabalho junto à Equipe de Saúde da Família.
 Em relação ao estado civil, 16 (66%) dos sujeitos são casados, cinco (20,8%) solteiros e quatro (12,5%) divorciados. Ao verificarmos que a maior parte dos trabalhadores de nossa pesquisa é casada, pode-se configurar um aumento do número de tarefas e responsabilidades. Este trabalhador deverá conciliar o trabalho e a família, de maneira que nenhuma das partes fique prejudicada.
Estratégias de gerenciamento dos riscos no ambiente de trabalho
 A análise dos discursos identificou estratégias de gerenciamento dos riscos existentes no ambiente de trabalho, utilizadas pelo trabalhador, bem como, estratégias estabelecidas pela instituição, as quais estarão nas unidades temáticas que passaremos a descrever.
 A partir da identificação destas estratégias foram construídas unidades temáticas relacionadas a elas, sendo: “Estratégias individuais” e “Estratégias de equipe”.
Estratégias individuais:
 Eu procuro ir andando pra casa, fazer caminhada, pra poder ir relaxando e voltar relaxada...” (ACS- Equipe 3).
 O trabalho desenvolvido pelas Equipes de Saúde da Família envolve a presença de riscos psicossociais que podem levar ao estresse. Estes riscos, presentes nas condições de trabalho, podem estar relacionados a cultura e função organizacional, o papel na organização, desenvolvimento na carreira, decisão e controle, relacionamento interpessoal no trabalho, interface trabalho-família,ambiente e equipamento de trabalho, planejamento de tarefas, cargas e local de trabalho e, finalmente, esquema de trabalho(5)
 A identificação de estressores no ambiente laboral pressupõe a elaboração de estratégias para o seu controle a fim de evitar danos à saúde dos trabalhadores.
Existem estratégias para enfrentar os riscos no ambiente de trabalho que podem ser realizadas pelo trabalhador, independente da instituição, quais sejam: exercícios físicos, mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada, entre outras.
 Os discursos revelam algumas destas estratégias utilizadas pelos trabalhadores para amenizar os efeitos desgastantes do seu trabalho.
 Hoje, eu faço ginástica, tenho alguns cuidados, faço drenagem linfática uma vez por semana porque me faz bem... (MED- Equipe 4).
 ...Na minha vida pessoal, faço uma caminhada, nado um pouco. Em termos de lazer, eu vou ao cinema é isso... (MED- Equipe5).
 Eu estava me desgastando! Eu não conseguia mais me aturar! É uma cobrança em cima da outra e você nunca está bem, você está sempre no regular... porque você malha, malha, malha e o paciente não faz. Então eu acho que isso desgasta e eu acabo ficando tensa. E eu fui buscar a saída em um curso de auto-conhecimento, e eu melhorei muito... (ENF – Equipe 2).
 Os discursos revelam que as estratégias utilizadas pelos trabalhadores, como atividade física, repouso, terapia cognitivo comportamental, lazer, são de caráter pessoal, e indicam a busca do bem-estar emocional e atitudes adequadas para o enfrentamento desta realidade. Estas estratégias dependem única e exclusivamente do trabalhador para a sua realização.
 Estudos mostram que geralmente há mais práticas de intervenção a nível individual para redução da exposição de riscos no ambiente de trabalho do que aquelas relacionadas a mudanças organizacionais. A maioria dos programas de gerenciamento do estresse no trabalho focaliza técnicas como relaxamento e outras habilidades comportamentais, meditação, biofeedback e reestruturação cognitiva ou a combinação de algumas delas.
 A carga horária, as longas horas de trabalho, o número de atividades desenvolvidas com a comunidade são riscos psicossociais percebidos pelos trabalhadorese interferem decisivamente no tempo dedicado a si próprio, como aparece nos discursos dos entrevistados.
 Eu faço hidroginástica, quando eu consigo assim adaptar meu horário direitinho eu faço academia, faço hidroginástica, quando eu não consigo fazer nada disso no horário certo eu faço caminhada, ouço música, leio, com os meus recursos (MED- Equipe 1).
 Verificamos que o trabalho situa-se em primeiro plano na vida desses profissionais e somente quando a carga horária permite, é que eles vão em busca de estratégias para aliviar as tensões do ambiente laboral.
 O exercício físico foi a estratégia mais abordada pelos trabalhadores de nossa pesquisa, 45% dos sujeitos da pesquisa. Segundo Weinberg e Gould(15), as pesquisas apontam que indivíduos fisicamente ativos tendem a ter melhor saúde, demonstram energia, têm atitudes mais positivas em relação ao trabalho e revelam uma maior capacidade de lidar com o estresse e com a tensão.
 A complexidade do Programa de Saúde da Família exige que os profissionais tenham clareza de suas diferentes dimensões: interesses e visões sobre os modelos de saúde, especialmente do PSF; visões sobre trabalho em equipe e compreensão da dinâmica das relações interpessoais entre equipe e comunidade. É preciso competência para intervir na trágica realidade sanitária brasileira,para que não assuma uma atitude acrítica e acomodada, pela insegurança em situar-se e atuar no Programa de Saúde da Família. A falta destes conhecimentos e habilidades deve provocar desgaste e insatisfação no trabalho.
 Os trabalhadores de nosso estudo reconhecem a necessidade de aprimoramento técnico-científico a fim de lidar com as situações que se apresentam no cotidiano do trabalho, mas consideram que as estratégias utilizadas para aliviar as tensões favorecem esquecer os problemas e/ou dificuldades com os quais se deparam.
 As entrevistas revelaram que os trabalhadores utilizam estratégias de gerenciamento ou controle das situações desgastantes após sofrerem o desgaste físico e/ou mental. Para alguns trabalhadores, a rotina intensa do trabalho faz com que ele procure uma ajuda somente quando se sente completamente desgastado.
 Eu faço tricô... isso virou um hobby... agora quando eu estou estressada...eu faço pintura, artesanato queria aprender para ensinar o pessoal, mas acabou virando a minha terapia (ENF -Equipe 4).
 Quando eu estou muito tensa, eu vou andar no supermercado ou ler... eu gosto muito de ler romance... às vezes eu estou tão cansada que eu não consigo fazer nada (AUX-Equipe 2).
 As atividades desenvolvidas neste programa, não impedem os trabalhadores de procurarem descobrir novas formas de enfrentamento das situações adversas, como é o caso da religião.
 Minha distração que alivia um pouco meu estresse são os cultos mesmo, a parte espiritual, a parte física não dá tempo (AUX- Equipe 1).
 A religião foi referenciada pelos auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde como uma estratégia para aliviar as tensões do trabalho. Ela deve propocionar a paz interior e ser o abrigo para o amparo espiritual de que as pessoas necessitam.
 A religião pode melhorar a saúde promovendo práticas saudáveis de vida, melhorando o suporte social, oferecendo conforto em situações de estresse e sofrimento e até alterando substâncias químicas cerebrais que regulam o humor e a ansiedade. Portanto, ela parece ser um fator psicossocial benéfico na recuperação das doenças físicas e mentais. Uma das funções das crenças religiosas pode ser a de alterarem a atividade do sistema imunológico, prevenindo dessa forma o estresse. Assim, pessoas religiosas teriam mais resistência aos fatores estressores do dia-a-dia, ou seja, melhor adaptação psicológica a elas.
 No momento em que os profissionais das Equipes de Saúde da Família fazem o máximo para atender às múltiplas exigências do trabalho altamente responsável, se deparando com situações desgastantes no dia-a-dia, enfrentam um desequilíbrio psicobiológico que pode vir a afetar não somente a eles como pessoa, mas também a comunidade assistida. Portanto, faz-se necessário que este trabalhador seja preparado para enfrentar esta realidade além de receber um suporte emocional adequado.
 Um passo importante no gerenciamento das situações de risco é compreender nossas necessidades pessoais e profissionais em cada estágio de nossas vidas e reconhecer quando elas não estão sendo satisfeitas.  
 Quando as pessoas estão perturbadas por algo que as está preocupando, isso as torna incapazes de operar adequadamente no trabalho.
 Eu chego em casa e às vezes choro muito! Tem dia que eu nem como, porque tem coisa que você encontra... tem coisa que dá pra você tirar de letra, mas tem coisa que te emociona muito. Você encontra a pessoa numa situação muito difícil, aí é difícil para você. Aí eu acho que é só chorando mesmo para aliviar. A gente se apega muito nas pessoas.. (ACS- Equipe 2).
 Esta fala retrata que, além do exercício físico, da leitura, religião, os trabalhadores também utilizam estratégias como o “choro” para aliviar as tensões do trabalho.
Estratégias da equipe:
 [...] Temos as nossas reuniões de equipe, onde a gente coloca as nossas alegrias, as nossas frustrações, as dificuldades que a gente está encontrando (ACS-Equipe 5).
 De acordo com os discursos anteriores, podemos dizer que os trabalhadores encontram várias maneiras para aliviar as tensões do ambiente de trabalho. Mas não podemos esquecer que o local de trabalho pode ser uma fonte de ajuda ao trabalhador. A oferta de ajuda profissional é sempre bem-vinda.
 Além das estratégias individuais, os trabalhadores utilizam estratégias coletivas como forma de aliviar as tensões do ambiente de trabalho, bem como melhorar o relacionamento entre os membros da equipe, que são as reuniões semanais de discussões de casos promovidas pela instituição.
 Existem reuniões na instituição... essas reuniões, na realidade, elas são feitas pra gente tá buscando os nomes, os problemas, é mais assim uma troca entre as agentes comunitárias, equipe de enfermagem e a equipe do PSF da unidade. Então é uma troca de informação entre agente comunitária e a equipe do PSF, pra gente estar buscando essas informações e priorizando quais são as visitas mais importantes pra gente.. (AUX- Equipe 1).    
 A gente tem reunião semanal... aí a gente conversa de tudo, casos, agendar coisas, férias, informes, tudo... é uma reunião onde se fala de tudo. Se alguém está precisando desabafar alguma coisa é ali, é tudo ali. São umas duas horas de reunião (ENF - Equipe 5).
 As reuniões aparecem em nossa pesquisa como uma estratégia comum a todas as equipes, onde há participação de todos os profissionais, com exposição das situações problemas e/ou necessidades da população, bem como, soluções para o cotidiano de seu trabalho. Geralmente estas reuniões são coordenadas por um membro da equipe, e realizadas em dia da semana pré-definido pela equipe ou gerente da unidade, mas existe a possibilidade de marcar encontros em outros períodos, de acordo com a necessidade.
 Além desses encontros, não foi citado nos discursos dos trabalhadores outro tipo de estratégia oferecida pela instituição a que pertencem e observa-se nas suas falas a necessidade de um suporte para enfrentar as situações no cotidiano do trabalho.
 [...]A instituição não oferece nada, inclusive foi um pedido nosso. É muito difícil você trabalhar porque a gente tem agente comunitário de saúde que tem primeiro grau, tem agente que é mais...É muito difícil você lidar com esse grupo... Ás vezes o próprio grupo de agentes entra numas brigas entre eles, e pedimos uma assessoria, mas até agora não conseguimos (ENF- Equipe 1).
 Através dos discursos, podemos observar que a falta de suporte institucional e a formação diferenciada dos membros da equipe gera desgaste para o grupo. 
 A menos que a organização tome uma posição clara com relação à questão do gerenciamento de situações estressantes, quaisquer ações individuais para tentar resolver o problema terão efeito limitado, particularmente dadas às inibições com relação a tratar do assunto.
 A instituição tem um papel fundamental no desenvolvimento de estratégias para o gerenciamento dos riscos do ambiente de trabalho.
 Weimberg e Creed propõem um enfoque baseado em evidências para melhorar o ambiente de trabalho que deveria ter dois componentes:
um serviço de assistência individual ao funcionário, ou algum outro tratamento psicológico para assegurar a prevenção e o tratamento de doenças depressivas e suporte àquele que tem conflito entre suas funções clínicas e gerenciais fornecido pela organização.
 Programas específicos de gerenciamento do estresse devem ser criados pelos serviços para cada situação. Os programas de manejo de estresse ocupacional podem ser focados na organização do trabalho e/ou no trabalhador. Intervenções focadas na organização são voltadas para a modificação de estressores do ambiente de trabalho, podendo incluir mudanças na estrutura organizacional, condições de trabalho, treinamento e desenvolvimento, participação e autonomia no trabalho e relações interpessoais no trabalho. Intervenções focadas no indivíduo almejam reduzir o impacto de riscos já existentes, através do desenvolvimento de um adequado repertório de estratégiasde enfrentamento individuais.
 As organizações de trabalho devem ter o objetivo de restaurar o equilíbrio e funcionamento psicobiológico do trabalhador, para pelo menos amenizar problemas de estresse presentes.
CONCLUSÃO
 Diante do trabalho apresentado, podemos observar que o processo de trabalho pode afetar diretamente na qualidade vida e saúde das pessoas. Para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos de uma organização é necessário que seja feita a gestão do estresse, e para a empresa é muito importante que essa função seja desempenhada. Pois, se o trabalhador estiver bem, suas atividades serão realizadas com mais sucesso, e ambas as partes estarão beneficiadas, prevenindo assim maiores consequências, tanto para o colaborador quanto para a organização. É importante que seja feito um trabalho de prevenção e acompanhamento pela empresa, desta forma têm-se trabalhadores mais dedicados, felizes com o trabalho, com maior desenvolvimento, interação com os colegas, diminui os conflitos, e obtêm-se mais resultados eficazes e satisfatórios para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMELO S. H. H.; ANGERAMI E. L. S. Estratégias de gerenciamento de riscos psicossociais no trabalho das equipes de saúde da família. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2008;10(4):915-23. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a04.htm.>. Acessado em: 02 de março de 2017.
COOPER, C. L. & PAYNE, R. (Eds.), (1988). Causes, Coping and Consequences of Stress atWork. Chichester: Wiley.
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