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MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 1 EXERCÍCIOS SOBRE EQUILÍBRIOS QUÍMICO RESPOSTAS 1. A uma temperatura, a reação: 2HI(g) ⇌H2(g) + I2(g) Apresenta as seguintes concentrações no equilíbrio: [HI] = 2,2 ∙ 10−2 mols/L [H2] = 1,0 ∙ 10 −3 mols/L [I2] = 2,5 ∙ 10 −2 mols/L Calcular a constante Kc, dessa reação: RESPOSTA Comentário: Para encontrarmos a resposta desta questão basta aplicarmos a fórmula de Kc haja visto que foram dadas as concentrações já no equilíbrio. Kc = [H2] × [I2] [HI]2 = 1,0 ∙ 10−3 ×2,5 ∙ 10−2 (2,2 ∙ 10−2)² = 2,5 ∙ 10−5 4,84 ∙ 10−4 ≅ 0,516 ∙ 10−1 mols/l ∴ Kc = 5,16 ∙ 10 −2 2. A 127 ºC, em um recipiente de 500 ml encontram-se, em equilíbrio, 0,46 g de NO2 e 1,84 g de N2O4 . Calcular as constantes de equilíbrio Kc e Kp da reação 2NO2(g) ⇌ N2O4(g) . Dados: Massas molares: NO2 = 46 g/mol; N2O4 = 92 g/mol. R = 8,2 ∙ 10−2 atm ∙ L ∙ K−1 ∙ mol−1 RESPOSTA Comentário: Nesta questão, primeiro calculamos a molaridade de cada participante já no equilíbrio, depois calculamos Kc e com Kc calculamos Kp [Lembre − se que Kp = Kc ∙ (RT) ∆n]. Cálculo da molaridade → Para o NO2 𝓂 = mg V ∙ MM = 0,46 0,5 ∙ 46 = 0,46 23 = 0,02 mols/L 𝓂 = 0,02 mols/L → Para o N2O4 𝓂 = mg V ∙ MM = 1,84 0,5 ∙ 92 = 1,84 46 = 0,04 mols/L 𝓂 = 0,04 mols/L Cálculo de Kc Kc = [N2O4] [NO2]² = 0,04 (0,02)² = 0,04 0,0004 = 100 (mols/L)−1 MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 2 ∴ Kc = 100 (mols/L) −1 Cálculo de Kp Kp = Kc ∙ (RT) ∆n ∆n = Variação do número de mosl ∆n = 1 − 2 = −1 → ∆n= −1 KP = 100 × [8,2 ∙ 10 −2 × (127+ 273)]−1 KP = 100 × [8,2 ∙ 10 −2 × 400]−1 KP = 100 × (8,2 ∙ 10 −2)−1 × 400−1 Kp = 100 × 1 8,2 ∙ 10−2 ∙ 1 400 Kp = 1 8,2 ∙ 10−2 × 4 Kp = 1 32,8 × 10−2 ≅ 0,03048 ∴ Kp = 0,0304 3. Na reação PCl5(g) ⇌ PCl3(g) +Cl2(g), a constante Kc vale 32,8 a 727 ºC. Em um recipiente estão em equilíbrio 1,5 ∙ 10−3 mols/L de PCl5 e 2,0 ∙ 10 −1 mols/L de Cl2 . Calcular: a) A concentração molar do PCl3 nesse equilíbrio. b) O valor da constante de equilíbrio Kp. RESPOSTA Comentário: No item “a” nos pede a concentração de PCl3 , ora, nos foi dado Kc e as concentrações molares de PCl5 e Cl2 tão logo facilmente poderemos obter a concentração de PCl3 fazendo as devidas manipulações matemáticas. No item “b” aplicamos o mesmo procedimento da questão anterior. → Para o item “a” Kc = [PCl3] × [Cl2] [PCl5] ⟹ Kp × [PCl5] [Cl2] = [PCl3] [PCl3] = Kp × [PCl5] [Cl2] [PCl3] = 32,8 × 1,5 ∙ 10−3 2,0 ∙ 10−1 ∴ [PCl3] = 2,46 ∙ 10 −1 mols/L → Para o item “b” Kp = Kc ∙ (RT) ∆n Kp = 32,8 × T ∆n × R∆n MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 3 Kp = 32,8 × (727+ 273) 1× (8,2 ∙ 10−2)1 Kp = 3,28 ∙ 10 4 × 8,2 ∙ 10−2 Kp = 2,6896 ∙ 10 3 = 2689,6 ∴ Kp = 2689,6 4. No sistema em equilíbrio N2(g) + 3H2(g) ⇌ 2NH3(g) , a 27ºC, as pressões parciais de cada gás são: pN2 = 0,4 atm, pH2 = 1,0 Atm e pNH3 = 0,2 atm. Calcular as constantes de equilíbrio Kp e Kc desse equilíbrio, na temperatura dada. RESPOSTA Comentário: Facilmente percebemos que esta questão se assemelha às que já foram respondidas, a única diferença é que no lugar de concentração molar temos a pressão parcial de cada gás. Como já foi nos fornecido as pressões já em equilíbrio, a aplicação da fórmula de Kc torna-se imediata. → Para Kp Kp = pNH3 2 pN2 × pH2³ = (0,2)² (0,4) × (1,0)3 = 0,04 0,4 = 0,1 atm−2 Kp = 0,1 atm −2 → Para Kc Kp = Kc ∙ (RT) ∆n⟹ Kc = KP (RT)∆n Kc = KP (RT)∆n = 0,1 (8,2 ∙ 10−2)−2 × (27 + 273)−2 = 1 10 ∙ (8,2 ∙ 10−2)2 × (27 + 273)2 Kc = 1 10 ∙ (67,24 ∙ 10−4) × (9,0 ∙ 104) Kc = 6,0516 ∙ 10 1 = 60,516 ∴ Kc = 60,516 5. A uma dada temperatura, 2,0 mols de H2 e 1,5 mols de I2 foram colocados em um balão de 10,0 litros. Estabelecido o equilíbrio H2(g) + I2(g) ⇌ 2HI2(g), encontram-se no balão 1,0 mols de HI. Calcular a constante de equilíbrio Kc do sistema. RESPOSTA Comentário: Nesta questão as concentrações não estão no equilíbrio, isso significa devemos montar uma tabela de contabilidade estequiométrica e calcularmos quantos mols reagiram e quantos mols foram formados. Tabela de contabilidade estequiométrica H2 + I2 ⇌ 2HI Início 2,0 1,5 0,0 Reagem 0,5 0,5 1,0 Final 1,5 1,0 1,0 Mols/L Final 0,15 0,1 0,1 MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 4 Kc = [HI]² [H2] × [I2] = (0,1)² (0,15)× (0,1) = 0,01 0,015 ≅ 0,667 ∴ Kc = 6,67 ∙ 10 −1 6. Na precipitação da chuva ácida, um dos ácidos responsáveis pela acidez e o sulfúrico. Um equilíbrio envolvido na formação desse ácido na água da chuva ácida está representado pela equação: 2SO2(g) + O2(g) ⇌ 2SO3(g) Calcular o valor da constante de equilíbrio Kc nas condições em que 6,0 mols/L de SO2 com 5,0 mols/L de O2 , obtêm 4,0 mols SO3 quando o sistema atinge o equilíbrio. RESPOSTA Comentário: Está questão segue o mesmo raciocínio da questão anterior. Tabela de contabilidade estequiométrica 2SO2 + O2 ⇌ 2SO3 Início 6,0 5,0 0,0 Reagem 4,0 2,0 4,0 Mols finais 2,0 3,0 4,0 Mols/L finais 2,0 3,0 4,0 Kc = [SO3]² [SO2]²× [O2] = (4,0)² (2,0)²× (3,0) = 4 3 = 1,333 (mols/L)−1 ∴ Kc = 0,333 (mols/L) −1 7. A 458°C, o equilíbrio 2HI2(g) ⇌ H2(g) + I2(g) apresenta Kc = 2,0 × 10 −2. Numa experiência realizada naquela temperatura, 1,0 mols de HI é colocado num recipiente de 5,0 litros. Quais as concentrações molares de HI, I2 e H2 depois de estabelecido o equilíbrio. RESPOSTA Comentário: Nesta questão já nos foi dado o valor de Kc, para respondemos esta questão devemos montar a tabela de contabilidade estequiométrica. Tabela de contabilidade estequiométrica 2HI ⇌ H2 + I2 Início 1,0 0,0 0,0 Reagem 2x x x Mols finais 1 − 2x x x Mols/L finais 1 − 2x V x V x V → Para Kc MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 5 Kc = [H2] ∙ [I2] [HI]² = x V × x V ( 1 − 2x V )² = ( x V)² ( 1 − 2x V )² = x2 V2 (1 − 2x)2 V2 = x2 (1 − 2x) Kc = x2 (1 − 2x)² → 2,0 × 10−2 = x2 (1 − 2x)² → 2,0 × 10−2 = x² 1 − 4x + 2x² 2,0 × 10−2 = x² (1 − 4x + 2x2) → 0,02 = x² (1 − 4x + 2x2) 0,02 − 0,08x + 0,04x2 = x² x² − 0,04x2 + 0,08x − 0,02 = 0 0,96x² + 0,08x − 0,02 = 0 Aplicamos a fórmula de Báskhara: ∆= b2 − 4 ∙ a ∙ c ∆= (0,08)2 −4 ∙ (0,96) ∙ (−0,02) ∆= 0,0832 x = −b ±√∆ 2a x ′ = −(0,08)+ √0,0832 2 ∙ (0,96) = −0,084 + 0,288 1,92 ≅ 0,11 → x = 0,11 Descartamos o valor de x ′′ uma vez que ele é negativo. Retornando a tabela: 2HI ⇌ H2 + I2 Início 1,0 0,0 0,0 Reagem 0,22 0,11 0,11 Mols finais 0,78 0,11 0,11 Mols/L finais ∴ 1,56 ∙ 10−1 ∴ 2,2 ∙ 10−2 ∴ 2,2 ∙ 10−2 8. Em um recipiente de 1,0 litros, colocou-se 1,0 mols de PCl5(g) Supondo o equilíbrio PClg(g) ⇌ PCl3(g) + Cl2(g) em temperaturatal que o PCl5 este 80% dissociado, calcular a constante de equilíbrio Kc. RESPOSTA Comentário: Não foram dadas as concentrações molares no equilíbrio logo devemos calcula-las usando o conceito de grau de dissociação "a", que nesse caso é 80%. O grau de dissociação nos diz o quanto de PCl5 reagiu e o quanto de PCl3 e Cl2 formou. Podemos fazer estes cálculos usando a tabela de contabilidade estequiométrica MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 6 PCl5 ⇌ PCl3 + Cl2 Início 1,0 0,0 0,0 Reagem 0,8 0,8 0,8 Mols finais 0,2 0,8 0,8 Mols/L finais 0,2 0,8 0,8 Kc = [PCl3] × [Cl2] [PCl5] = 0,8 ∙ 0,8 0,2 = 3,2 mols/L ∴ Kc = 3,2 (mols/L) −1 9. Sob determinadas condições, um mol de HI gasoso encontra-se 20% dissociado em H2 e I2 segundo a equação da reação: 2HI(g) ⇌ H2(g) + I2(g) . Calcule a constante de equilíbrio Kc da reação: RESPOSTA Comentário: Questão que segue o mesmo raciocínio da questão anterior Tabela de contabilidade estequiométrica 2HI ⇌ H2 + I2 Início 1,0 0,0 0,0 Reagem 0,2 0,1 0,1 Mols finais 0,8 0,1 0,1 Mols/L finais 0,8 0,1 0,1 Kc = [H2] ∙ [I2] [HI]² = 0,1 × 0,1 (0,8)² = 0,01 0,64 ≅ 0,0156 ∴ Kc = 1,56 ∙ 10 −2 10. Para o equilíbrio 2SO3(g) ⇌ 2SO2(g) +O2(g) o valor da constante de equilíbrio Kc é 4,8 ∙ 10−3 a 700°C. Se, no recipiente, as concentrações das três substâncias acima são: [SO3] = 0,60 mols/L, [SO2] = 0,15 mols/L e [O2] = 0,025 mols/L, de que maneira estas concentrações mudarão, à medida que o sistema se aproxima do equilíbrio, se a temperatura for mantida constante a 700°C? RESPOSTA Comentário: O sistema em equilíbrio apresenta Kc = 4,8 ∙ 10 −3 . Devemos constatar se o Kc das concentrações que foram dadas é menor, igual ou maior que o valor de Kc no equilíbrio. Após isso deveremos decidir para que lado à reação deva se deslocar para que se atinja o equilíbrio de Kc dado na questão. → Kc das concentrações dadas: MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 7 Kc = [SO2]² × [O2] [SO3]² = (0,15)²× (0,025) (0,6)² = 0,0005625 0,36 ≅ 1,56 ∙ 10−3 ∴ Kc = 1,56 ∙ 10 −3 Veja que 1,56 ∙ 10−3 < 4,8 ∙ 10−3, nesse caso o que deverá acontecer para que 1,56 ∙ 10−3 aumente até o ponto de se igualar a 4,8 ∙ 10−3? Evidentemente isso só ocorrerá com o deslocamento da reação para o sentido direto, ou seja, aumento dos produtos e diminuição do reagente. 11. Para a reação PClg(g) ⇌ PCl3(g) + Cl2(g) Kc = 1,77 a 250ºC. Um recipiente de 4,5 litros contém 2,57 mols de PCl5 , 6,39 mols de PCl3 e 3,20 mols Cl2 , a 250°C. O sistema está em equilíbrio? RESPOSTA Comentário: Esta questão basta que calculemos o valor de Kc no instante em que as concentrações das substâncias em mols são de 2,57 mols de PCl5 , 6,39 mols de PCl3 e 3,20 mols Cl2 . Se valor for igual a 1,77 (dado na reação) a reação está em equilíbrio, caso contrário, não. Kc = [PCl3] × [Cl2] [PCl5] = 6,39 V × 3,20 V 2,57 V = 7,96 V = 7,96 4,5 ≅ 1,77 ∴ Logo a Reação está em equilíbrio 12. Considere a reação: 2Cl2(g) + 2H2O(g) ⇌ 4HCl(g) + O2(g) ∆H= +113 kJ Admita que o sistema esteja em equilíbrio. O que acorrerá ao número de mols de H2O no recipiente se: a) For adicionado O2(g) Reação se deslocará no sentido inverso aumentando o número de mols de H2O(g) b) For adicionado Cl2(g) Reação se deslocará no sentido direto diminuindo o número de mols de H2O(g) c) For retirado HCl(g) Reação se deslocará no sentido direto diminuindo o número de mols de H2O(g) d) O volume do recipiente for diminuído. A pressão aumentaria e a reação de deslocaria para o sentido de menor volume, sentido inverso, ocasionando o aumento do número de mols de H2O(g) e) A temperatura for diminuída. O aumento da temperatura desloca a reação para o sentido endotérmico. A diminuição desloca para o sentido exotérmico. Neste caso a reação se deslocaria para o sentido exotérmico produzindo maiores quantidades de H2O(g) . 13. Dada a reação em equilíbrio: N2(g) + O2(g) ⇌ 2NO(g) ∆H= −43,2 kJ MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 8 Determine o que ocorre com esse equilíbrio se: a) For adicionado N2(g) . Reação se desloca para o sentido direito (⇀). b) For retirado NO(g) . Reação se desloca para o sentido direito (⇀). c) For aumentado a temperatura. Desloca a reação para o sentido endotérmico, sentido inverso (↼). d) For aumentado a pressão. Aumento da pressão desloca a reação para o sentido de menor volume. Nesse caso os dois lados apresentam o mesmo volume. O aumento da pressão não deslocaria o equilíbrio para nenhum lado. 14. A obtenção de ferro metálico nas usinas siderúrgicas, a partir da hematita, envolve o equilíbrio Fe2O3(s) +3CO(g) ⇌ 2Fe(s) +3CO2(g) . a) Escreva a expressão da constante de equilíbrio de reação em função das concentrações. RESPOSTA Esse item nos parece que a resolução é imediata, e terá como resposta: Kc = [Fe(s)]²× [CO2(g)]³ [Fe2O3(s)] × [CO(g)]³ Porém não é. Devemos observar que temos substâncias sólidas e gasosas neste equilíbrio, o que caracteriza um equilíbrio heterogêneo. As quantidades dos sólidos permanecem praticamente constante, mesmo se alterarmos os coeficientes da reação. Então se temos Fe(s) no numerador e Fe2O3(s) no denominador e que ambos são praticamente constantes, logo a razão entre os dois resultaria em uma outra constante simbolizada aqui por k. Ki = k ∙ [CO2(g)] 3 [CO(g)] 3 ⟹ Ki k ⏞ Constante = [CO2(g)] 3 [CO(g)] 3 Logo teremos: ∴ Kc = [CO2(g)] 3 [CO(g)] 3 Em resumo, para equilíbrios heterogêneos a constante Kc só leva em consideração as substâncias gasosas. b) Sabendo-se que o valor de Kc = 1,33 × 10 3 , sob determinada temperatura T, indique as substâncias predominantes no equilíbrio nessa temperatura. MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 9 RESPOSTA Podermos resolver esta questão olhando matematicamente. Kc > 1 [CO2(g)] 3 [CO(g)] 3 > 1 [CO2(g)] 3 ⏟ Produto > [CO(g)] 3 ⏟ Reagente Logo teremos que nesse caso os produtos (Fe(s) ,CO2(g)) estão em quantidades maiores que os reagentes (Fe2O3(s) , CO(g)) quando Kc = 1,33 × 10 3. c) Pode-se dizer que a adição de um catalizador aumenta o valor da constante de equilíbrio por que aumenta a velocidade da reação no sentido direto? Justifique. RESPOSTA Não. O catalizador apenas altera as velocidades tanto no sentido direto como no sentido inverso. Consequentemente o valor da constante de equilíbrio não altera em nada. 15. A reação para a formação do NOCl(g) : 2NO(g) +Cl2(g) ⇌ 2NOCl(g) Foi estudada a 25ºC. Nesta temperatura, e a partir de determinadas condições inicias, as pressões encontradas no equilíbrio foram: pNOCl = 1,2 atm; pNO = 5,0 ∙ 10−2 atm; e Cl2 = 3,0 ∙ 10 −1 atm. a) Calcule Kp para essa reação a 25ºC. RESPOSTA Kp = [NOCl]2 [NO]2 × [Cl2] = [1,2 ]2 [5,0 ∙ 10−2]2 × [3,0 ∙ 10−1] = 1,44 ∙ 100 25,0 ∙ 10−4 × 3,0 ∙ 10−1 Kp = 1,44 75,0 ∙ 100+5 = 0,0192 ∙ 105 atm−1 ∴ Kp = 1,92 ∙ 10 3 atm−1 b) Utilizando o resultado do item “a”, calcule o Kc para essa reação. (R = 0,082 atm ∙ L ∙ K−1∙ mol−1) Kp = Kc ∙ (RT) ∆n ⟹Kc = Kp (RT)∆n Kc = Kp (RT)∆n = 1,92 ∙ 103 (0,082 ∙ 300)−1 = 1,92 ∙ 103 × 0,082 ∙ 300 Kc ≅ 46,92 ∙ 10 3 ou Kc = 4,692 ∙ 10 4 (mol/L)−1 MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 10 16. O equilíbrio entre hemoglobina, Hm, o monóxido de carbono, CO(g) e oxigênio, O2(g), pode ser representado pela equação: Hm ∙ O2(g) + CO2(g) ⇌ Hm ∙ CO(aq) + CO2(g) Sendo a constante de equilíbrio, Kc, dada por: Kc = [Hm ∙ CO] ∙ [O2] [Hm ∙ O2] ∙ [CO] = 210 Estima-se que os pulmões de um fumante sejam expostos a uma concentração de monóxido de carbono, CO(g), igual a 2,2 × 10 −6 mols/L e de oxigênio, O2(g) , igual a 8,8 × 10−3 mols/L. Nesse caso, qual a razão entre hemoglobina ligada ao monóxido de carbono, [Hm ∙ CO], e a concentração de hemoglobina ligada ao oxigênio [Hm ∙ O2]? RESPOSTA Kc = [Hm ∙ CO] ∙ [O2] [Hm ∙ O2] ∙ [CO] ⟹ Kc ∙ [CO] [O2] = [Hm ∙ CO] [Hm ∙ O2] [Hm ∙ CO] [Hm ∙ O2] = Kc ∙ [CO] [O2] = 210 ∙ 2,2 × 10−6 8,8 × 10−3 = 462,0 × 10−6 8,8 × 10−3 = 52,5 × 10−3 ∴ [Hm ∙ CO] [Hm ∙ O2] = 5,25 × 10−2 17. Os catalizadores usados em automóveis visam diminuir a liberação de gases tóxicos para atmosfera, provenientes da queima incompleta de combustíveis, dentre os óxidos de nitrogênio, NOx(g), e o monóxido de carbono, CO(g). Uma das reações que ocorre nos catalizadores é: 2CO(g) + 2NO(g) ⇌ 2CO2(g)+ N2(g) ∆H< 0 Que, embora seja espontânea, é muito lenta. Para acelerar a reação, a mistura gasosa passa por condutores de cerâmica impregnados de óxido de alumínio, Al2O3(s), e uma liga de paládio e ródio. Em relação a esta reação em equilíbrio, responda os itens abaixo: a) Em um recipiente de 10,0 L a 27°C foram colocados, inicialmente, 5,0 mols de CO(g) e 2,0 mols de NO(g) . O equilíbrio foi estabelecido quando 90% de NO(g) reagiu. Qual a pressão parcial de cada gás no equilíbrio químico. RESPOSTA Tabela de contabilidade estequiométrica: 2CO(g) + 2NO(g) ⇌ 2CO2(g) + N2(g) Início 5,0 2,0 0,0 0,0 Reagem 1,8 1,8 1,8 0,9 Mols finais 3,2 0,2 1,8 0,9 Mols/L finais 3,2/L 0,2/L 1,8/L 0,9/L MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 11 Pela equação de Clayperon teremos: Ptotal ⋅ V = ∑n ⋅ RT ⇒ P = ∑n V ⋅ RT Ptotal = (3,2 + 0,2 + 1,8 + 0,9) 10 ⋅ 0,082 ∙ (273 + 27) Ptotal = 15,006 atm Para a pressão parcial de cada gás teremos: ∑n Ptotal = n1 P1 Para a pressão parcial do COg: 6,1 15,006 = 3,2 pCO(g) ⇒ pCO(g) = 15,006 × 3,2 6,1 = 7,872 atm ∴ pCO(g) = 7,872 atm Para a pressão parcial do NOg: 6,1 15,006 = 0,2 pNO(g) ⇒ pNO(g) = 15,006 × 0,2 6,1 = 0,492 atm ∴ pNO(g) = 0,492 atm Para a pressão parcial do CO2(g): 6,1 15,006 = 1,8 pCO2(g) ⇒ pCO2(g) = 15,006 × 1,8 6,1 = 4,428 atm ∴ pCO2(g) = 4,428 atm Para a pressão parcial do N2(g) : 6,1 15,006 = 0,9 pN2(g) ⇒ pN2(g) = 15,006 × 0,9 6,1 = 2,214 atm ∴ pN2(g) = 2,214 atm b) Calcule a constante de equilíbrio em função das pressões parciais. RESPOSTA Kp = pCO2² × pN2 pCO² × pNO2 = (4,428)²× (2,214 ) (7,872)²× (0,492)² = 43,41 15,00 ≅ 2,894 (atm)−1 ∴ Kp = 2,894 (atm) −1 c) Calcule a constante de equilíbrio em função das concentrações molares. RESPOSTA Kp = Kc ∙ (RT) ∆n ⇒ Kc = Kp (RT)∆n Kc = Kp (RT)∆n = 2,93 (atm) (0,082 atm ∙ L K ∙ mol) −1 × 300−1 MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 12 Kc = 2,894 (atm) × 1 (0,082 atm ∙ L K ∙ mol) −1 × 1 300 Kc = 2,894 atm × 1 1 0,082 atm ∙ K ∙ mol L ∙ 1 300 K = 2,93 × 1 1 24,6 Kc = 2,894 1 24,6 = 2,894 × 24,6 = 71,1924 ∴ Kc = 71,1924 (mols/L) −1 d) Em que sentido o equilíbrio químico se desloca quando a temperatura é aumentada? ∴Desloca a reação para o sentido endotérmico, sentido inverso (↼). 18. Para a reação 2CO(g) + O2(g) ⇌ 2CO2(g) , as pressões parciais de CO(g) e O2(g) são, respectivamente, 0,2 atm e 0,4 atm. A pressão total do sistema é de 1,4 atm. Calcule a constante de equilíbrio em função das pressões parciais para esta reação. RESPOSTA Comentário: Nos foi dado as pressões parciais dos reagentes e a pressão total do sistema, logo podemos facilmente calcular a pressão parcial do produto CO2(g). Temos que: Ptotal = pCO + pO2 +pCO2 ⇒ pCO2 = Ptotal − (pCO + pO2) pCO2 = 1,4 − (02 + 0,4) = 1,4 − 0,6 = 0,8 pCO2 = 0,8 atm Para Kp teremos: Kp = pCO2² pCO² × pO2 = (0,8)² (0,2)²× (0,4) = 0,64 0,016 = 40 (atm)−1 ∴ Kp = 40 (atm) −1 19. O composto A2B4(g) dissocia-se a 200°C em AB2(g) exclusivamente com Kc = 14. Coloca- se 1,0 mols de A2B4(g) em recipiente de 1,0 litros e aqueceu-se a 200°C. Após a reação atingir o equilíbrio, qual é a porcentagem de dissociação de A2B4(g)? RESPOSTA Pelo enunciado teremos a seguinte reação: A2B4(g) ⇌ 2AB2(g) Tabela de contabilidade estequiométrica: A2B4(g) ⇌ 2AB2(g) Início 1,0 0,0 Reagem α 2α Mols finais 1 − α 2α Mols/L finais 1 − α V 2α V MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 13 Para Kc teremos: Kc = [ 2α 1,0] ² [ 1 − α 1 ] = 4α² 1 − a Kc = 4α² 1 − a → 14 = 4α² 1 − a → 14− 14α = 4a² 4α2 + 14a − 14 Temos acima uma equação do segundo grau completa. Logo aplicamos Bhaskara para resolve-la. ∆= 142 −4 ∙ 4 ∙ (−14) ∆= 196 + 224 = 420 ∆= √420 ≅ 20,5 α = −14 + 20,5 2 ∙ 4 = 0,8125 Para a′′ o valor é negativo. Logo não nos interessa. ∴ α = 0,8125 ou ∴ α% = 81,25 % 20. 3,4 g de NH3(g)são aquecidos a 727 °C num recipiente indeformável de 0,82 L de capacidade. Estabelecido o equilíbrio, verifica-se que a pressão total no sistema é igual a 21,2 atm. Calcule a porcentagem de dissociação térmica do NH3(g) nas condições acima. Dados: Massa molar = 17,0 g/mol Equação de dissociação: 2NH3(g) ⇌ N2(g) +3H2(g) R = 0,082 atm.L.K-1.mol-1 RESPOSTA Primeiro calculemos o número de mols de NH3(g) : n = mg Mmolar = 3,4 17,0 = 0,2 mols Montemos agora uma tabela de contabilidade estequiométrica: 2NH3 ⇌ N2 + 3H2 Início 0,2 0,0 0,0 Reagem 0,2α 0,1α 0,3α Mols finais 0,2(1 − α) 0,1α 0,3α Mols/L finais 0,24(1 − α) 0,122α 0,366α Ptotal ∙ V = ∑n ∙ RT ⇒ Ptotal = ∑n V ∙ RT Ptotal = ∑n V ∙ RT MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 14 21,2 = [0,2(1 − a) + 0,1a + 0,3a] 0,82 ∙ (0,082 ∙ 1000) 21,2 = (0,2 − 0,2a + 0,1a + 0,3a) 0,82 ∙ 82 21,2 ∙ 0,82 = (0,2 − 0,2a + 0,1a + 0,3a) ∙ 82 17,384 = (0,2 − 0,2a) ∙ 82 17,384 = 16,4 − 16,4a a = 17,384 − 16,4 16,4 = 0,06 ∴ a = 0,06 ou ∴ a% = 6% 21. Considere o equilíbrio, em fase gasosa: CO(g) + H2O(g) ⇌ CO2(g) + H2(g) A constante Kc, à temperatura de 430ºC, é igual a 4,0. Em um frasco de 1,0 L, mantido a 430ºC, foram misturados 1,0 mols de CO, 1,0 mols de H2O, 3,0 mols de CO2 e 3,0 mols de H2. Esperou-se até o equilíbrio ser atingido. a) Em qual sentido, no de formar mais CO ou de consumi-lo, a rapidez da reação é maior, até se igualar no equilíbrio? Justifique. RESPOSTA Calculemos Qr Qr = [CO2] × [H2] [CO] × [H2O] = [3,0]× [3,0][1,0]× [1,0] = 9 Qr = 9 Kc < Qr Logo olhando matematicamente, para que se atinja o equilíbrio, ou seja, Kc seja igual a 4,0 Qr deverá diminuir. Para que isso ocorra faz-se necessário o aumento dos regentes e a diminuição dos produtos. Em outras palavras a reação deve se deslocar para o sentido inverso (↽), sentido dos reagentes. b) Calcule as concentrações de equilíbrio de cada uma das espécies envolvidas. RESPOSTA Tabela de contabilidade estequiométrica: CO2 + H2O ⇌ CO2 + H2 Início 1,0 1,0 3,0 3,0 Reagem α α α α Mols finais 1 − α 1 − α 3 + α 3 + α Mols/L finais 1 − α 1 − α 3 + α 3 + α 4 = (3 + a)(3+ a) (1 − α)(1 − a) = (3 + a)² (1 − a)² = ( 3 + a 1 − a ) 2 MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 15 √4 = √( 3+ a 1 − a ) 2 → 2 = ( 3 + a 1 − a ) 2 − 2a = 3 + a −2a − a = 3 − 2 −3a = 1 a = − 1 3 Tabela de contabilidade estequiométrica: CO2 + H2O ⇌ CO2 + H2 Início 1,0 1,0 3,0 3,0 Reagem − 1 3 − 1 3 − 1 3 − 1 3 Mols finais 1 − (− 1 3 ) 1 − (− 1 3 ) 3 + (− 1 3 ) 3 + (− 1 3 ) Mols/L finais 4 3 4 3 8 3 8 3 22. O processo industrial de Haber – Bosch de obtenção da amônia se baseia no equilíbrio químico expresso pela equação: N2(g) + 3H2(g) ⇌ 2NH3(g) . Nas temperaturas de 25ºC e de 450ºC, as constantes de equilíbrio Kp são 3,5 × 10 8 e 0,16, respectivamente. a) Com base nos seus conhecimentos sobre equilíbrio e nos dados fornecidos, quais seriam, teoricamente, as condições de pressão e temperatura que favoreceriam a formação NH3? Justifique. RESPOSTA Quando KP = 3,5 × 10 8 o equilíbrio está muito mais para deslocado direita do que quando Kp = 0,16. Analisando a equação, se for aumentado a pressão, a reação tenderá a se deslocar mais ainda para a direita, visto que o lado dos produtos possui menor volume. Agora se a temperatura aumenta, no caso para 450ºC, Kp diminui e o equilíbrio tende a se deslocar para a esquerda. Logo para favorecer a formação de NH3 temos que ter: 1. Pressões muito elevadas 2. Temperaturas muito baixas b) Na prática, a reação é efetuada nas seguintes condições: pressão entre 300 e 400 atmosferas, temperatura de 450ºC e emprego de ferro metálico como catalizador. Justifique por que essas condições são utilizadas industrialmente para a síntese de NH3. MAURÍCIO DOS SANTOS PEREIRA / LICENCIATURA EM QUÍMICA IV E-MAIL: icosaedro@hotmail.com 16 RESPOSTA 1. O catalizador e a elevada temperatura contribuem tanto para acelerar como para vencer a energia de ativação da reação. 2. Evidentemente que a elevada pressão contribui para o deslocamento da reação para o sentido de formação de mais NH3.
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