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CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Aula 06 Queridos, alunos! O edital do concurso TCU é um bom exemplo de como o estudo de longo prazo é importante. Entre a autorização do concurso e a data da prova que foi marcada são menos de três meses. Não dá para passar num concurso desse nível, assim como no de AFRFB e AFT, estudando apenas num curto espaço de tempo. Devemos separar esse período par estudar as matérias que "caírem de paraquedas" - como foi o caso de Economia da Regulação e Direito Regulatório no TCU - e fazer muitos exercícios, principalmente. Por isso temos que estar com a maior parte do edital anterior na ponta da língua. Na aula de hoje veremos o seguinte item: Aula 06 - 07/09: 11. Ciclo de Gestão do Governo Federal. Segundo o cronograma inicial, veríamos também o item "10. Gestão Pública empreendedora", mas ele foi antecipado na Aula 01. Boa Aula! Sumário Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 1 1 CICLO DE GESTÃO DO GOVERNO FEDERAL 2 1.1 GESTÃO POR PROGRAMAS 4 1.2 PLANEJAMENTO 11 1.3 EXECUÇÃO 19 1.4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 22 1.5 REVISÃO 26 2 PONTOS IMPORTANTES DA AULA 29 3 QUESTÕES COMENTADAS 30 3.1 GABARITO 44 3 .2 LISTA DAS QUESTÕES 45 4 LEITURA SUGERIDA 51 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS 1 Ciclo de Gestão do Governo Federal Vimos na aula passada, dentro do tópico da Qualidade Total, o Ciclo PDCA. Essa é uma ferramenta bem simples, mas de extrema importância na administração. Ela traz uma regra bem singela: as ações na gestão devem formar um ciclo que proporcione a melhoria contínua. Este ciclo seria formado por quatro etapas: • To Plan = planejar; • To Do = implementar; • To Check = avaliar; • To Act correctly = agir corretivamente. Este ciclo tem como objetivo conscientizar o gestor de que sua ação deve estar constantemente se retroalimentando por informações que demonstrem o que pode ser melhorado. A presença da última etapa, agir corretivamente, não é necessária apenas no caso de terem sido observados erros. Ela tem como objetivo identificar quais os pontos que podem ser melhorados, mesmo que não tenham sido encontrados problemas. Parte-se do pressuposto de que jamais alcançamos a perfeição e sempre podemos melhorar mais um pouco. No poder público, este ciclo é totalmente aplicável. Podemos enumerar as fases daquilo que seria o ciclo de gestão do setor público brasileiro: o plano, o orçamento, a execução orçamentária e financeira, a avaliação de desempenho da ação governamental e a revisão dos programas. Uma coisa importante: não existe uma lei especificando quais são as etapas de um ciclo de gestão do governo federal. Numa possível questão da ESAF, eles podem colocar de forma mais ampla, com poucas fases, ou mais específica, com várias fases. O importante é que contemple as etapas do PDCA. No edital de Finanças Públicas, tem o item "7. Ciclo orçamentário". Este ciclo está dentro do ciclo de gestão, que é maior, abrange um número maior de momentos. O ciclo orçamentário é o período em que se processam as atividades peculiares do processo orçamentário, quais sejam: ELABORAÇÃO d> APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO d> EXECUÇÃO i=> CONTROLE • Elaboração: estudos preliminares em que são estabelecidas as metas e as prioridades, a definição de programas, de obras e das estimativas das receitas, incluindo-se, ainda, nesta fase, as discussões com a população e com as entidades representativas. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 2 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS • Apreciação e votação: cabe ao Legislativo apreciar os termos da proposta enviada pelo Executivo, podendo, sob certos critérios, emendá-la e, em situações extremas, rejeitá-la. • Execução: com a publicação da LOA, nos termos do disposto na LRF, o Executivo tem até 30 dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Feito isto, os administradores começarão a executar ou a realizar o orçamento. • Controle: uma vez executada a despesa, caberá aos órgãos de controle, especialmente os órgãos incumbidos do Controle Externo, apreciar e julgar se a aplicação de recursos se deu nos termos previstos nas leis orçamentárias e nas demais espécies normativas que vinculam a gestão dos recursos públicos. . o ciclo de gestão terá uma etapa anterior a este ciclo orçamentário, que é a identificação das necessidades da população e a elaboração de planejamentos de longo prazo, 10 a 20 anos. Também podemos colocar uma fase depois, que abrange a avaliação e revisão dos programas. O Programa é o ponto-chave do ciclo de gestão. É o seu elemento central. Vamos dar uma olhada em uma questão do CESPE: 1. (CESPE/TCU/2009) A metodologia do PPA 2008/2011 define o programa como o seu elemento organizativo central, compreendendo um conjunto articulado de ações orçamentárias e não-orçamentárias, com objetivo específico. Os programas são unidades de integração entre o planejamento e o orçamento. Todos os eventos do ciclo de gestão do governo federal estão ligados a programas. A questão é certa. Todos os eventos do ciclo de gestão, ações orçamentárias ou não-orçamentárias, devem estar ligados a programas. No edital de Finanças Públicas existem vários itens que convergem com o que veremos a seguir. Tentarei dar um enfoque diferente, voltado mais para a gestão, como esta estruturada cada uma das etapas do ciclo, sem entrar nos detalhes legais que vocês estudam em Finanças. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 3 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS 1.1 GESTÃO POR PROGRAMAS A adoção da gestão por programas foi uma das principais mudanças ocorridas na administração pública brasileira na última década. Os programas são uma forma de gestão por resultados, em que a administração pública passa a orientar suas ações para os resultados e não para os meios. A constituição dos programas pressupõe orientar toda a ação do governo para a resolução de problemas ou demandas da sociedade, rompendo com a visão departamentalizada das organizações do setor público. O modo tradicional da administração por funções (saúde, transporte, defesa, etc.) não permite uma orientação voltada para o alcance de resultados. A gestão por programas consiste em trabalhar de forma cooperativa, cruzando as fronteiras ministeriais, estimulando a fo,rmação de equipes e de redes com um fim comum, sem ignorar o ambiente organizacional em que as estruturas verticais conservam sua validade. A transparência para a sociedade e a capacidade de instrumentar o controle social são também contribuições do modelo, o que faz do programa o referencial ideal para a discussão pública das propostas de Governo e a explicitação dos compromissos assumidos com o cidadão. O orçamento-programa foi difundido pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir do final da década de 50, inspirado na experiência do orçamento de desempenho nos Estados Unidos da América. Trata-se de um instrumento de planejamento que permite identificar os programas, os projetos e as atividades que o governo pretende realizar, além de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os resultados esperados. Para James Giacomoni, o orçamento- programa é aquele que enfatiza: • Os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e para cuja consecução são utilizados os recursos orçamentários. • Os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços governamentais, no sentido de concretização dos objetivos. • Os custos dos programas medidos através da identificação dos meios ou insumos (pessoal, material, equipamentos, serviçosetc.) necessários à obtenção de resultados. Tal análise pode, inclusive, projetar os custos para mais de um exercício financeiro. • Medidas de desempenho, com a finalidade de medir as realizações, os esforços despendidos na execução dos programas e a responsabilidade pela execução. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 4 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS O programa é um conjunto articulado de ações (relativas a investimentos, despesas correntes e outras ações não orçamentárias), para o alcance de um objetivo. Esse objetivo é concretizado em resultados — resultado é a solução de um problema ou o atendimento de demanda da sociedade — mensurados pela evolução de indicadores no período de execução do programa, possibilitando, assim, a avaliação objetiva da atuação do governo. Todos os recursos do orçamento são alocados aos programas que estão previstos no PPA, na forma de ações orçamentárias, à exceção das transferências constitucionais devidas aos Estados e municípios e do pagamento de dívidas do Governo Federal. Os programas, contudo, são mais amplos e completos e integram também outras ações, denominadas de "ações não orçamentárias", que expressam outras fontes de recursos do governo para financiar o cumprimento da sua missão." No Brasil, a Lei n° 4.320/64 adotou o orçamento-programa na esfera federal e o Decreto-Lei n° 200/67 reforçou a ideia de orçamento-programa ao estabelecer, em seu art. 16, que em cada ano será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser realizado no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual. No entanto, os avanços ocorridos para a efetiva implementação do orçamento- programa ocorreram somente com a edição do Decreto n° 2.829/98 e demais normas que disciplinaram a elaboração do PPA 2000-2003. O PPA 2000-2003, denominado Avança Brasil, trouxe mudanças significativas no sistema de planejamento e orçamento do governo federal, assim como na própria gestão pública. O Decreto 2.829/98 constituiu a base legal para a reestruturação de todas as ações finalísticas do governo e determinou que o programa seja a forma básica de integração entre plano e orçamentos. Foram estabelecidos os princípios de gerenciamento dos programas, criada a figura do gerente de programa e definidas suas principais responsabilidades, além de criada a obrigação de avaliação anual de desempenho de todos os programas e do plano. O conceito de planejamento adotado pelo PPA 2000-2003 vai além da sua função clássica de formular planos. incorpora, também, como essencial, o gerenciamento dos programas e do plano. O modelo gerencial adotado tem o objetivo de atribuir responsabilidades, orientar os esforços das equipes envolvidas na execução, para a obtenção de resultados, e, por último, assegurar a atualização permanente do plano. A forma encontrada para assegurar a qualidade do gerenciamento foi a de criar a figura do gerente de programa, o monitoramento em rede, com o apoio de um sistema de informações gerenciais, Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 5 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS o gerenciamento intensivo dos programas estratégicos e a avaliação anual de desempenho de todos os programas e do plano. O processo de gestão do PPA é composto pelas etapas de elaboração, implementação, monitoramento, avaliação e revisão dos programas. Essas etapas formam o ciclo de gestão do PPA representado na figura abaixo. • Elaboração do PPA: Processo de concepção de orientações estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas ao alcance do projeto de Governo. • Monitoramento do PPA: Processo contínuo de acompanhamento da implementação do Plano Plurianual, referenciado na estratégia de desenvolvimento e nos desafios, -que objetiva subsidiar a alocação dos recursos, identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim, contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados. • Avaliação do PPA: Processo sistemático de aferição periódica dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios de eficiência, eficácia e efetividade, permitindo sua implementação no âmbito das organizações públicas, o aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos de governo. • Revisão do PPA: Processo de adequação do Plano Plurianual às mudanças internas e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da alteração, exclusão ou inclusão de programa, resultante dos processos de monitoramento e avaliação. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 6 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS O novo PPA 2012-2015 já foi encaminhado ao Congresso Nacional para votação, por isso é importante darmos uma olhada em algumas novidades dele. Talvez a mais importante delas é que não existem mais ações no PPA. O binômio "Programa-Ação", que estruturava tanto os planos plurianuais como os orçamentos, dá lugar a Programas Temáticos, Objetivos e Iniciativas, tornando- se a Ação uma categoria exclusiva dos orçamentos anuais. O objetivo foi deixar no PPA só o que se refere às dimensões estratégica e tática, ficando a dimensão operacional para os orçamentos: • Dimensão Estratégica: é a orientação estratégica que tem como base os Macrosdesafios e a visão de longo prazo do Governo Federal; • Dimensão Tática: define caminhos exequíveis para o alcance dos objetivos e das transformações definidas na dimensão estratégica, considerando as variáveis inerentes à política pública tratada. Vincula os Programas Temáticos para consecução dos Objetivos assumidos, estes materializados pelas Iniciativas expressas no Plano; • Dimensão Operacional: relaciona-se com o desempenho da ação governamental no nível da eficiência e é especialmente tratada no Orçamento. Busca a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues. O PPA 2012-2015 trata essas dimensões conforme ilustrado na Figura abaixo, com suas principais categorias, descritas na sequência: Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 7 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS • Os Macrodesafios são diretrizes elaboradas com base no Programa de Governo e na Visão Estratégica que orientarão a formulação dos Programas do PPA 2012-2015. • Programas são instrumentos de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos. • O Programa Temático retrata no Plano Plurianual a agenda de governo organizada pelos Temas das Políticas Públicas e orienta a ação governamental. Sua abrangência deve ser a necessária para representar os desafios e organizar a gestão, o monitoramento, a avaliação, as transversalidades, as multissetorialidades e a territorialidade. O Programa Temático se desdobra em Objetivos e Iniciativas. • • O Objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de Iniciativas, com desdobramento no território. • A Iniciativa declara as entregas à sociedade de bens e serviços, resultantes da coordenação de ações orçamentárias e outras: ações institucionais e normativas, bem como da pactuação entre entes federados, entre Estado e sociedade e da integração de políticas públicas. • Os Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado são instrumentos do Plano que classificam um conjunto de ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, bem como as ações não tratadas nos Programas Temáticos por meio de suas Iniciativas.O Programa Temático articula um conjunto de Objetivos afins, permite uma agregação de iniciativas governamentais mais aderentes à gestão pública e, desse modo, aprimora a coordenação das ações de governo. Além disso, incorpora os desafios governamentais e justifica a ação do governo por meio de ações consideradas determinantes para o desenvolvimento do País. Portanto, deve ser analisado em sua integralidade e complexidade, bem como nas interfaces com outros Programas. Exemplos: Programa Temático - Energia Elétrica Programa Temático - Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 8 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Cada Programa Temático é composto por um ou mais Objetivos que devem expressar as escolhas do governo para a implementação de determinada política pública. Espera-se, com esse conceito, que o Objetivo não seja apenas uma declaração descomprometida com as soluções. Relacionar o planejar ao fazer significa, justamente, entregar um Plano que ofereça elementos capazes de subsidiar a implementação das políticas com vistas a orientar a ação governamental. O Objetivo apresenta as seguintes características: • define a escolha para a implementação da política pública desejada, levando em conta aspectos políticos, sociais, econômicos, institucionais, tecnológicos, legais e ambientais. Para tanto, a elaboração do Objetivo requer o conhecimento aprofundado do respectivo tema, bem como do contexto em que as políticas públicas a ele relacionadas são desenvolvidas; • orienta taticamente a ação do Estado no intuito de garantir a entrega à sociedade dos bens e serviços necessários para o alcance das metas estipuladas. Tal orientação passa por uma declaração objetiva, por uma caracterização sucinta, porém completa, e pelo tratamento no território, considerando suas especificidades; • expressa um resultado transformador da situação atual em que se encontra um determinado tema; • é exequível. O Objetivo deve estabelecer metas factíveis e realistas para o governo e a sociedade no período de vigência do Plano, considerando a conjuntura econômica, política e social existente. Pretende-se, com isso, evitar declarações genéricas que não representem desafios, bem como a assunção de compromissos inatingíveis; • define Iniciativas. O Objetivo define Iniciativas que declaram aquilo que deve ser ofertado na forma de bens e serviços ou pela incorporação de novos valores à política pública, considerando como organizar os agentes e os instrumentos que a materializam; • declara as informações necessárias para a eficácia da ação governamental (o que fazer, como fazer, em qual lugar, quando), além de indicar os impactos esperados na sociedade (para quê). Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 9 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Exemplos: Programa Temático: Energia Elétrica Objetivo 0001 - Aproveitar o potencial de geração de energia elétrica a partir da fonte hídrica, de forma a ofertar grande quantidade de energia elétrica a baixos preços. Programa Temático: Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde Objetivo 0001 - Expandir e qualificar a Rede de Urgências e Emergências, induzindo a cobertura de vazios assistenciais, com apoio à implantação e manutenção das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), das Salas de Estabilização (SE) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). A Iniciativa é um atributo do Programa Temático que norteia a atuação governamental e estabelece um elo entre o Plano e o Orçamento. As ações orçamentárias são criadas a partir das Iniciativas. Para cada Iniciativa podem corresponder uma ou mais ações orçamentárias. Da mesma forma, pode haver mais de uma Iniciativa por Objetivo. A Iniciativa não se restringe a ações orçamentárias. É possível que o financiamento se dê por outras fontes. Além das formas de financiamento, as Iniciativas consideram também como as políticas organizam os agentes e instrumentos que a materializam (dimensão associada à gestão, relação federativa, relação público-privada, critérios de adesão, condicionantes, priorizações, mecanismos de seleção e identificação). Exemplos: Programa Temático Energia Elétrica Objetivo 0001 - Aproveitar o potencial de geração de energia elétrica a partir da fonte hídrica, de forma a ofertar grande quantidade de energia elétrica a baixos preços. Iniciativas Implantação de Usinas Hidrelétricas Implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas Implantação da Usina Hidrelétrica Jirau 9 Implantação da Usina Hidrelétrica Santo Antônio Implantação da Usina Hidrelétrica Belo Monte Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 10 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Os programas são compostos de ações, que, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. • Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. • Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. • Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 1.2 PLANEJAMENTO Segundo Ariel Garces e José Paulo Silveira, o novo modelo de planejamento instituído pela CF88 baseia-se na integração dos instrumentos de planejamento, orçamento e gestão, organizados segundo três horizontes de tempo: oito anos; quatro anos e um ano. Para os autores, o primeiro horizonte de planejamento adotado oferece uma visão estratégica do desenvolvimento a longo prazo, referenciado ao território, para os próximos 8 a 20 anos. Trata-se de uma visão de futuro orientada também para resultados concretos, por isso se traduz em portfólio de investimentos necessários ao crescimento equilibrado e integrado de todas as regiões do país para os próximos oito anos. Com essa idéia, cria-se o conceito de planejamento indicativo para as várias esferas do setor público, como também subsidia as decisões microeconômicas de investimento do setor privado, das agências de financiamento e das entidades do terceiro setor. A mensagem presidencial do PPA 2008-2011 trazia a relação desse planejamento de longo prazo com o PPA, que é um instrumento de planejamento de médio prazo. O PPA 2012-2015 não traz esse aspcto, mas acho importante conhecermos: Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 11 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Segundo a mensagem presidencial do PPA 2008-2011: O PPA é um instrumento de planejamento mediador entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos a cada exercício. Portanto, o planejamento estruturador dos grandes rumos é o de longo prazo. Como exemplos temos o Projeto Brasil 3 Tempos, que se baseou em três marcos - em 2007, iniciava-se um novo mandato de governo, em 2015 haverá a Conferência Mundial sobre os Desafios do Milênio e em 2022 o Brasil comemora seus duzentos anos de independência; e o projeto Brasil 2020, elaborado em 1998, consistiu num exercício de reflexão, com o objetivo de traçar visões sobre o futuro do Brasil e, com isso, orientara elaboração de alguns cenários exploratórios para guiar o itinerário brasileiro de desenvolvimento. Assim, a CF concebe duas modalidades de planos. A primeira envolve os chamados planos de desenvolvimento econômico e social. A outra modalidade é o plano plurianual, voltado para a programação da Administração Pública e claramente idealizado como guia plurianual para as autorizações orçamentárias anuais. O Plano Plurianual será um planejamento de médio prazo, quatro anos, Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 12 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS que fará a integração desse planejamento de longo prazo com os orçamentos anuais. Segundo a CF88: § 1° A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Portanto, o PPA define o DOM (diretrizes, objetivos e metas). Diretrizes são orientações ou princípios que nortearão a captação, gestão e gastos de recursos durante um determinado período, com vistas a alcançar os objetivos de Governo. Objetivos consistem na discriminação dos resultados que se pretende alcançar com a execução das ações governamentais que permitirão a superação das dificuldades diagnosticadas. Metas são a tradução quantitativa e qualitativa dos objetivos. O DOM é estabelecido para o período que vai do segundo ano do mandato do presidente até o primeiro ano do mandato subseqüente. Assim, o atual PPA 2008-2011, começou no segundo ano do segundo mandato do governo Lula e vai até o primeiro ano do mandato do próximo presidente. Se o mandato do presidente for ampliado para cinco anos, o PPA também terá um prazo de cinco anos. Vimos na aula passada que existem três tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional. Vamos dar uma olhada em uma questão da ESAF: 2. (ESAF/APO/2008) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o Plano Plurianual. A questão é certa. Na minha visão, isto é um pouco equivocado, pois o planejamento estratégico, que é um planejamento de longo prazo, teria como documentos básicos os planejamentos de longo prazo. Contudo, o Decreto 6.601 de 2008, referente ao PPA 2008-2011, afirma o seguinte: Art. 1° A gestão do PPA, para o quadriénio 2008-2011, orientada para resultados, segundo os princípios de eficiência, eficácia e efetividade, compõe-se dos níveis estratégico e tático-operacional. § 1° O nível estratégico do PPA compreende os objetivos de governo e os objetivos setoriais. § 2° O nível tático-operacional do PPA compreende os programas e ações. Portanto, dentro do PPA temos os três níveis de planejamento: o estratégico e o tático. O estratégico é constituído pelos objetivos de governo e os objetivos Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 13 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS setoriais. Já o planejamento tático envolve os programas e o operacional as ações. A integração entre plano plurianual e orçamento anual é feita por meio do papel cumprido pela LDO, que, além de fornecer orientação para a elaboração dos orçamentos anuais, tem por finalidade destacar, da programação plurianual, as prioridades e metas a serem executadas em cada orçamento anual. Segundo a CF88: § 2° - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Assim, enquanto o PPA estabelece o DOM, a LDO compreende a MP (metas e prioridades) para o exercício subsequente. Normalmente, em concursos, temos a mania de ficar decorando partes da lei, até mesmo porque as bancas gostam de cobrar a literalidade, mudando uma ou outra palavra para tentar levar o candidato ao erro. Por isso, os concurseiros geralmente utilizam algumas ferramentas de memorização. No caso do PPA, para guardar que ele estabelece as Diretrizes, Objetivos e Metas, dizemos que ele estabelece o DOM. Já a LDO estabelece as Metas e Prioridades. Vamos dar uma olhada em uma questão do CESPE: 3. (CESPE/PMV/2007) Entre os objetivos do PPA, está a definição clara das metas e prioridades da administração, bem como os resultados esperados. Se formos resolver esta questão no estilo decoreba, marcaríamos a questão como errada, pois a CF fala que é a LDO que estabelece as metas e prioridades, enquanto o PPA estabelece o DOM. Mas aí temos que perguntar: então o PPA não estabelece prioridades? A resposta é: estabelece. Segundo o Ministério do Planejamento: O Projeto de Lei do PPA define as prioridades do governo por um período de quatro anos e deve ser enviado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato. De acordo com a Constituição Federal, o Projeto de Lei do PPA deve conter "as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada". O PPA estabelece a ligação entre as prioridades de longo prazo e a Lei Orçamentária Anual. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 14 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Por isso que a questão é CERTA. O PPA estabelece sim metas e prioridades da administração, junto com as diretrizes e os objetivos. Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo e Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano. Acompanha o projeto uma Mensagem do Presidente da República, na qual é feito um diagnóstico sobre a situação econômica do país e suas perspectivas. Com a LDO e a LOA o legislador pretendeu ampliar a discussão orçamentária dividindo-a em dois momentos. O primeiro, de natureza mais estratégica, centrado na definição das diretrizes e prioridades para o exercício subseqüente. Teria como alvo, também a discussão antecipada dos grandes agregados macroeconômicos, permitindo escolhas num ambiente de transparência fiscal. O segundo, de natureza mais operacional, focado na distribuição dos recursos nas ações de governo. Já a LOA Tem por finalidade a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no Plano Plurianual. É o que poderíamos chamar de orçamento por excelência ou orçamento propriamente dito. É na lei orçamentária que o governo estima a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano § 5° - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A LOA corresponde, na realidade, a três suborçamentos: • Orçamento fiscal: De toda a Administração Pública, direta e indireta (todos os Poderes, MPU, TCU, órgãos, autarquias,fundações públicas, e sociedades de economia mista), englobando a despesa e a receita de toda a Administração para um exercício financeiro, menos os investimentos de empresas estatais e despesas relativas à Seguridade Social; Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 15 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS • Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: Abrange as empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (empresas públicas e sociedades de economia mista) • Orçamento da Seguridade Social: Saúde, previdência e assistência social. Abrangerá todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta e Indireta, bem como os fundos e as fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A razão da desvinculação dessas ações do orçamento fiscal para um suborçamento específico da seguridade social é garantia de que esses recursos não serão desviados para qualquer fim. Busca conferir maior transparência à gestão da seguridade social. Segundo a CF/88: § 7° - Os orçamentos previstos no § 5°, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Importante guardar neste artigo: 1) que são os orçamentos fiscal e de investimento das empresas estatais; 2) que eles serão compatibilizados com o PPA; 3) terão a função de reduzir desigualdades INTER-REGIONAIS; 4) critério populacional. Todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG), que faz a consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional. Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é, conforme a CF/88, privativa do Presidente da República (art. 84, Inciso XXIII, da CF). Para a doutrina, a competência é exclusiva e vinculada. A LRF também introduziu mudanças no conteúdo da LOA. A LRF estabeleceu que a LOA deverá dispor sobre as seguintes matérias: • Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais; • Será acompanhado do documento a que se refere o § 6° do art. 165 da CF (demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia), bem como das medidas de Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 16 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; • Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei diretrizes orçamentárias. A reserva de contingência é uma dotação orçamentária não específica, ou seja, não é destinada a nenhum órgão, fundo ou despesa. É um determinado valor (dotação) que deverá estar contida na LOA e a sua forma de utilização e montante serão estabelecidos na LDO. Os prazos para envio dos projetos de lei pelo Executivo e devolução pelo Legislativo são: Prazos Art. 35 do ADCT Encaminhamento ao Congresso Devolução para Sanção PPA 3l de agosto 22 de dezembro LDO l5 de abril l7 de julho LOA 3l de agosto 22 de dezembro O não-envio da LOA caracteriza crime de responsabilidade do Presidente. A CF não dá alternativa caso isto aconteça. Há uma previsão na Lei 4.320 de 1964: Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Há quase um consenso na Doutrina acerca da impossibilidade jurídica de o Poder Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. Primeiro, porque a CF não previu essa possibilidade, uma vez que estabeleceu, no art. 35 do ADCT, que ambas as leis devem ser devolvidas ao Poder Executivo para sanção. Se é somente para sanção, não há como sancionar o que foi rejeitado. O segundo argumento toma por base o disposto no art. 57, §2°, segundo o qual a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. Já em relação a LOA o raciocínio é diferente, já que a própria CF previu a possibilidade de rejeição, ao assinalar em seu art. 166: § 8° - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 17 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. No caso de não-devolução da Lei Orçamentária, temos uma situação não regulada pelo ordenamento jurídico atual. Antes, caso o Legislativo não devolvesse a proposta no prazo legal, o Executivo poderia promulgá-la. Contudo, a CF/88 não diz nada a respeito. Na falta de regra que regule esta não devolução, as LDOs vêm tratando desta questão, na medida em que estabelece que o Poder Executivo fica autorizado a gastar determinada proporção (X/12) da proposta que ainda está tramitando. O PPA, a LDO e a LOA serão apreciados pelo Congresso Nacional de acordo com o regimento comum. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. § 1° - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. A Comissão Mista de Orçamento examinará e emitirá um parecer sobre os projetos de lei e também sobre as contas prestadas pelo Presidente anualmente. Além disso, esta comissão examinará e emitirá parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, além de exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária. § 2° - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Os parlamentares poderão propor emendas aos projetos de lei, que serão examinadas pela Comissão Mista Permanente e apreciadas pelo Congresso. § 3° - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que 0 modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 18 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correçãode erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. As emendas a LOA devem passar por algumas exigências. A primeira delas é que sejam compatíveis com o PPA e com a LDO. A segunda é que indiquem os recursos necessários. Mas não é qualquer recurso. Só se admite os provenientes de anulação de despesa. Ou seja, não podem aumentar a despesa já existente no projeto de lei. Além disso, não poderão ser recursos de: • Dotação para pessoal e seus encargos; • Serviço da dívida; • Transferências tributárias constitucionais para Estados e Municípios. As emendas também poderão tirar seus recursos da correção de erros e omissões. Além disso, elas poderão estar relacionadas com os dispositivos do texto do projeto de lei. 5° - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. O Presidente da República poderá remeter mensagem ao Congresso Nacional, propondo modificações nos projetos de lei, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta. A mensagem deve ser enviada antes da votação na Comissão Mista, e não da votação no plenário. A apreciação das leis orçamentárias será em sessão conjunta entre as duas casas, mas a apuração de votos é feita separadamente. 1.3 EXECUÇÃO Segundo a LRF: Art. 8° Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 19 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS do inciso I do art. 4°, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Trata-se do princípio da programação. A LRF aprimorou o sistema de planejamento e controle da gestão das finanças públicas, introduzindo um ato novo pelo qual, dentro de 30 dias contados da publicação da LOA, deve-se estabelecer um sistema legal de fluxo de caixa com a previsão das despesas e também das receitas, como dispõe o art. 13 da LRF: Art. 13. No prazo previsto no art. 8°, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. O art. 9° também trata da receita: Art. 9° Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Aqui temos a limitação de empenho. Entre as novas atribuições da LDO está estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a não comprometer as metas de resultado primário e nominal, previstas para o exercício. Ao final de cada bimestre, quando for constatado que a realização da receita poderá não comportar as metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o MP deverão promover a limitação de empenho e movimentação financeira. § 1° No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. § 2° Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. O parágrafo segundo retira da limitação de empenho algumas despesas, consideradas essenciais. Há um certo exagero nesta obrigação quando determina que não pode haver limitação de empenho para pagamento do serviço da dívida! Isso foi influência do FMI. Significa que temos de pagar a dívida a qualquer custo, mesmo que as receitas previstas estejam sendo Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 20 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS frustradas. A LDO também pode definir despesas que estão de fora da limitação de empenho. A gestão do Programa é de responsabilidade do gerente de programa, que poderá contar com o apoio de um gerente-executivo. O gerente de programa é o titular da unidade administrativa, à qual o Programa está vinculado. Assim como ocorre no nível do Programa, cada ação tem um responsável direto - o coordenador de ação. Este modelo de responsabilidade se completa, preferencialmente, na forma colegiada, exercida por meio de comitês gestores constituídos por representantes dos órgãos e entidades que possuem ações em cada Programa, do qual participam coordenadores de ação e gerentes de programa. Todos os Programas Multissetoriais deverão contar com um Comitê Gestor formado pelo Gerente, pelos Coordenadores das Ações e pelo Gerente Executivo, se existente. O coordenador do Comitê Gestor de Programa é o Gerente. A principal função do Comitê é dar cumprimento ao objetivo do Programa, devendo para tanto, monitorar e avaliar o desempenho do conjunto de suas respectivas ações. O Comitê deve constituir-se no locus de articulação interna do Programa onde serão definidas e adotadas soluções para a superação de eventuais restrições. Neste Comitê Gestor de Programa também se viabilizam os mecanismos de participação social envolvendo o público-alvo (como por exemplo, os instrumentos de aferição da satisfação dos usuários dos serviços e outros), em consonância com as diretrizes definidas pela Secretaria Geral da Presidência da República em conjunto com o Ministério do Planejamento. Ao longo da implementação do PPA, procede-se a uma revisão periódica do planejamento, buscando manter o horizonte do planejamento em quatro anos. O PPA 2004-2007 implementou uma nova sistemática na gestão do PPA, ao adotar a "programação deslizante", ou "Rolling Plan". Segundo a mensagem presidencial daquele PPA, a programação deslizante consiste na inclusão de um exercício de programação a cada revisão do Plano. Visa evitar o que ocorre nos planos implantados até aqui, que se ativeram a cobrir o horizonte de um exercício além do mandato que os formulou. Em cada quadriénio de governo, ano a ano, o horizonte se reduz e o Plano abrange cada vez menor período. Dessa forma, a ação planejada de médio prazo vai deixando de existir. No último ano de vigência de um PPA, quando já não se possui qualquer informação que possa orientar o planejamento, inicia-se a elaboração de outro Plano Plurianual, totalmente novo. Sem uma programação deslizante, ficaria prejudicada a continuidade e a integração entre sucessivos quadriênios, necessárias em muitos programas e ações. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 21 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS A programação deslizante está prevista na Lei 11.653 de 2008, que trata do PPA 2008-2011: Art. 19. O Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional, até o dia 15 de setembro de cada exercício, relatório de avaliação do Plano, que conterá: V - as estimativas das metas físicas e dos valores financeiros, para os três exercícios subseqüentes ao da proposta orçamentária enviada em 31 de agosto, das ações orçamentárias constantes destaLei e suas alterações, das novas ações orçamentárias previstas e das ações não-orçamentárias, inclusive as referidas nos artigos 22 e 23 desta Lei. O objetivo é manter um planejamento de médio prazo ao longo de todo o PPA, estendendo o horizonte a cada exercício. A cada ano é encaminhado o relatório de avaliação do PPA com as metas para os três exercícios posteriores a LOA próximo exercício. Assim, em 31 de agosto foi encaminha ao Congresso o Projeto da LOA 2010. O relatório de avaliação do PPA, encaminhado até 15 de setembro, deve conter as metas para os exercícios de 2011, 2012 e 2013. Assim, ao invés de acabar em 2011, o PPA está se prolongando até 2013. 1.4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Segundo o PPA 2012-2015, o Sistema de Monitoramento e Avaliação deve se pautar pelas seguintes diretrizes: • Considerar a realidade de implementação de cada política, em base territorial, buscando assim uma abordagem flexível que subsidie decisões e contribua para a implementação; • Atender às necessidades dos órgãos setoriais e de coordenação de governo, para subsidiar a tomada decisão nos diferentes níveis; • Considerar as lições aprendidas com as experiências de monitoramento e avaliação no setor público em âmbito nacional e internacional; • Observar as contribuições resultantes dos diálogos com os Entes Federados e sociedade durante o processo de elaboração do PPA; • Aproveitar estruturas de monitoramento e avaliação existentes na Administração, trabalhando na busca de informações complementares; e • Promover a sua implantação, de forma progressiva, segundo as prioridades estabelecidas pelo governo. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 22 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Vimos na aula passada que, no planejamento estratégico, a avaliação pode ocorrer em três momentos distintos: antes, durante e depois da implementação do plano. Aqui vale a mesma coisa, podemos falar em três tipos de avaliações: a) Avaliações Ex-ante Refere-se à avaliação que é realizada antes do início do projeto, ou seja, trata- se de uma avaliação que procura medir a viabilidade do programa a ser implementado. Geralmente é muito utilizada por órgãos financiadores de projetos e pode ter como objetivo a identificação de prioridades e metas. Entretanto, Lubambo e Araújo mencionam que nem sempre essa relação pode ser restringida à viabilidade econômico-financeira, uma vez que a viabilidade política e institucional, bem como as expectativas dos beneficiários da ação, devem ser consideradas e incorporadas nessa "conta". A avaliação ex-ante, procura orientar sobre a realização de um dado programa, no que diz respeito a sua formulação e desenvolvimento, através do estudo de seus objetivos, dos beneficiários e suas necessidades e do seu campo de atuação. Desta forma, propõe-se ser um instrumento que permite escolher a melhor opção estratégica. A avaliação ex-ante permite escolher a melhor opção dos programas e projetos nos quais se concretizam as políticas. b) Avaliações Ex-post ou Somativas São conduzidas, frequentemente, quando o programa já está implementado, para estudar sua eficácia e o julgamento de seu valor geral. Essas avaliações são tipicamente utilizadas como meio de assistir a alocação de recursos ou na promoção de mais responsabilidade. Os clientes geralmente são externos, tais como políticos e outros agentes de decisão. Essas avaliações muitas vezes são conduzidas por avaliadores externos. As questões quanto ao resultado ou relevância geral do programa devem ser abordadas. Esta categoria de avaliação investiga em que medida o programa atinge os resultados esperados pelos formuladores. Entretanto, essa análise de resultados pode ser agrupada em duas modalidades: resultados esperados e resultados não-esperados. Referem-se, respectivamente, aos efeitos gerados e aos efeitos não-antecipados pelo programa no plano de implementação. Quando a variável "resultados", independentemente de sua modalidade, ganha centralidade no processo de avaliação, é prudente reputar algumas indagações, que são tidas como essenciais: Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 23 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS 1. que tipos de serviços ou benefícios os beneficiários do programa estão recebendo? 2. em que medida os serviços ou benefícios realmente recebidos pelos beneficiários do programa estão de acordo com as intenções originais dos formuladores? 3. os beneficiários estão satisfeitos com os resultados atingidos pelo programa? 4. os resultados atingidos são compatíveis com os resultados esperados? 5. como e porque os programas implementados geram resultados não esperados? Nesta categoria, em que os resultados de um programa ou política são focalizados, a avaliação assume um caráter somativo. Essa modalidade de avaliação que se realiza ao final da fase de implementação ou após a conclusão de um programa, consiste no exame e análise de objetivos, impactos e resultados. Focaliza a relação entre processo, resultados e impacto, comparando os diferentes programas, o que possibilita escolher o mais adequado e viável para atingir as metas no prazo pretendido. O objetivo principal da avaliação Somativa é o de analisar a efetividade de um programa, compreendendo em que medida o mesmo atingiu os resultados esperados. c) Avaliações formativas Geralmente adotadas durante a implementação de um programa (avaliação intermediária) como meio de se adquirir mais conhecimento quanto a um processo de aprendizagem para o qual se deseja contribuir. O propósito é o de apoiar e melhorar a gestão, a implementação e o desenvolvimento do programa. Os avaliadores, assim como os clientes, geralmente são internos, e, frequentemente, os gerentes do programa em questão (auto-avaliação). A objetividade das constatações geralmente não se coloca como preocupação central: mais ênfase é dada à aplicabilidade direta dos resultados. Devem lidar com questões operacionais de monitoramento dos eventos e, em certo grau, também com aspectos relacionados ao impacto. Esta categoria de avaliação procura investigar como o programa funciona (observação das etapas, mecanismos, processos e conexões), quais são as estratégias utilizadas para o alcance dos resultados, ou seja, procura articular os meios com os fins, estabelecendo dessa forma sua consonância ou incompatibilidade. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 24 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Nesta situação, em que se procura focar o funcionamento e a gestão do programa, a avaliação assume caráter formativo. Como este tipo de avaliação se centraliza nos processos e não nos resultados, podemos concluir que é mais utilizada na fase de implementação de um programa ou política, pois focaliza os aspectos que têm relação direta com a formação do programa, enquanto está em funcionamento, portanto, é desenvolvida durante o processo de implementação da ação avaliada. Trata de realizar o acompanhamento de ações e tarefas, no que fiz respeito ao conteúdo, método e instrumentos inerentes à execução de um programa ou projeto. Trata-se, portanto, de um conceito de extrema relevância no processo de avaliação de políticas públicas, pois possibilita compreender em que medida a otimização dos recursos públicos acontecem - aqui entendidos como os recursos financeiros, materiais e humanos - através da comparação entre metas alcançadas, recursos empreendidos e tempo de execução. Portanto, este tipo de avaliação não se preocupa com a efetividade do programa, pois focaliza seus processos e mecanismos de execução. Sua função maior é a de observar em que medida o programa está sendo implementadocomo planejado. Preocupa-se em responder, entre outras, as seguintes indagações: 1. A população-alvo está sendo atendida, conforme as metas? 2. O cronograma está sendo cumprido? 3. Os recursos estão sendo alocados com eficiência? Assim, a avaliação de processos se constitui, basicamente, em um instrumento que se preocupa em diagnosticar as possíveis falhas de um programa, no que diz respeito aos instrumentos, procedimentos, conteúdos e métodos, adequação ao público-alvo, visando o seu aperfeiçoamento, através da interferência direcionada para seus aspectos intrínsecos. Esta modalidade de avaliação tem por objetivo "fazer as coisas certas" Comparando a avaliação formativa com a somativa, temos que estes conceitos são originários do campo da educação, no contexto da avaliação de currículos. A "avaliação formativa" ocorreria enquanto a atividade a ser avaliada ainda estivesse em andamento, com a finalidade de melhorá-la, redirecioná-la. Em contraste, a "avaliação somativa" seria dirigida a um produto final, buscando verificar a efetividade da intervenção, bem como o potencial deste "produto" em relação a futuras aplicações. A Avaliação Formativa ocorre durante o processo de execução de um programa ou projeto, com o objetivo de fornecer um feedback aos responsáveis pela Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 25 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS intervenção que está sendo avaliada, podendo realizar-se durante o desenvolvimento da intervenção, nas fases de diagnóstico, formulação, implementação da execução da mesma. Já a avaliação somativa refere-se aos "resultados ou efeitos" da intervenção, sendo realizada ao final da mesma, daí também ser denominada de "avaliação final", cujos resultados servem para "determinar futuras ações" sobre a intervenção, no sentido de mantê-la, modificá-la ou suspendê-la. 1.5 REVISÃO A avaliação está orientada para a obtenção de resultados e se realiza uma vez por ano, tendo como referência o exercício anterior. No ciclo de gestão, a avaliação é seguida da revisão anual dos programas, da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual. Os resultados da avaliação contribuem para a realização de cada uma dessas etapas, tornando mais consistente a alocação de recursos públicos federais aos bens e serviços demandados pela sociedade. O processo de revisão dos programas será precedido de análise de seu modelo lógico, de modo a avaliar o desenho do Programa e ajustá-lo no que for necessário durante a execução para uma melhor gestão por resultados. Todo programa tem por base uma teoria que o sustenta. Conhecê-la significa aprofundar o conhecimento sobre a natureza, gravidade e extensão do problema ou demanda da sociedade que originou o Programa. Do mesmo modo se avança no conhecimento sobre o funcionamento do Programa, ou seja, como se pretende intervir e com que recursos, estratégias e ações. Além disso, a identificação das relações causais entre as ações dos programas e os resultados pretendidos cria condições para que se possam avaliar melhor os efeitos do Programa. Em suma, a análise do modelo lógico permite compreender como se origina o problema ou demanda, como se desenvolve, como se explica, como se propõe intervir de modo eficaz para mitigar suas causas, como monitorar sua execução e avaliar seus resultados. Todos esses elementos são necessários para um bom desenho de programa. Aprimorar a qualidade do desenho do Programa por meio da análise do modelo lógico possibilitará avançar na capacidade de gestão por resultados e criar entendimento comum entre os principais interessados no Programa quanto à sua estrutura e resultados. Modelo Lógico Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 26 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS O Quadro Lógico, ou Logical Framework, ou Marco Lógico, ou Matriz Lógica, surgiu no contexto da cooperação internacional de apoio ao desenvolvimento, pela necessidade das agências internacionais de financiamento de projetos em acompanharem melhor como era aplicado o dinheiro emprestado. O Marco Lógico consiste de uma matriz de duas entradas 4x4, que resume em seus 16 campos a estratégia do projeto, os possíveis riscos externos e os indicadores que possibilitem a aferição do desempenho. Desta forma ele representa um poderoso instrumento de comunicação (interna e externa) do projeto, bem como o centro da gerência do projeto. A principal inovação do Marco Lógico está em sua estrutura lógica, que obriga à precisão no seu preenchimento. O QL é uma matriz que é elaborada sucessivamente num processo de estruturação daqueles elementos considerados os mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentação sistemática, lógica e sucinta. O Marco Lógico é uma matriz, formada da seguinte forma: RESUMO NARRATIVO DE OBJETIVOS INDICADORES PARA ACOMPANHAMENTO FONTES DE VERIFICAÇÃO PRESSUPOSTOS OBJETIVO SUPERIOR OBJETIVO DO PROJETO COMPONENTES ATIVIDADES a) Resumo Narrativo de Objetivos Objetivo Superior: Cada projeto é a resposta a um problema detectado. O Objetivo Superior de um projeto é uma descrição da solução de um problema que se tenha diagnosticado. Ex.: Problema principal - alta taxa de mortalidade materna e infantil na população de baixa renda ---> Objetivo superior - reduzir a taxa de mortalidade materna e infantil nessa população. Objetivo do Projeto: O objetivo do projeto é o resultado esperado ao fim do período de execução do projeto. Cada projeto deve ter um único objetivo de projeto. Quando uma operação tiver mais de um objetivo de projeto, devem ser elaborados mais de um marco lógico: um marco mestre do programa, com seu Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 27 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS objetivo superior e objetivo de projeto e dois ou mais marcos subordinados. O objetivo superior de cada marco subordinado é idêntico ao objetivo de projeto do programa (marco mestre), mas cada um tem seu próprio objetivo de projeto. Deve haver apenas um objetivo de projeto. Se houver outros objetivos, a cada um deve corresponder um projeto, o conjunto dos quais corresponderá a um programa. Produtos: Produtos (ou componentes) são as obras, estudos, serviços e treinamentos específicos que se requer que o gerente de projeto produza com o orçamento que lhe é alocado. Cada produto tem que ser necessário para atingir o objetivo do projeto. Atividades: As atividades são as tarefas que o executor tem que levar a cabo para produzir cada produto (componente). b) Indicadores para Acompanhamento Indicadores de objetivo superior e de objetivo de projeto: Os indicadores tornam específicos os resultados esperados, na realidade, em três dimensões: quantidade, qualidade e tempo. Indicadores dos produtos: Os indicadores dos produtos (componentes) são descrições breves dos estudos, treinamento e obras físicas gerados pelo projeto. Indicadores de atividades: O orçamento do projeto é o indicador de atividade correspondente a esta célula da matriz. c) Fontes de Verificação As fontes de verificação indicam ao executor ou ao avaliador onde é possível obter a informação necessária para a construção dos indicadores. Obriga os planejadores a identificar fontes existentes de informação ou a prever recursos para o levantamento de informações. Nem toda a informação tem que ser estatística. A produção de produtos (componentes) pode verificar-se mediante uma inspeção visual do especialista. A execução do orçamento pode verificar-se com os recibos apresentados. d) Pressupostos Cada projeto envolve riscos: ambientais, financeiros,institucionais, sociais, políticos, climatológicos ou outros fatores que podem fazer com que o mesmo fracasse. O risco se expressa como um pressuposto que tem que ser cumprido Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 28 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS para avançar ao nível seguinte da hierarquia de objetivos. Os pressupostos, por definição, estão fora do controle direto do gerente de projeto. 2 Pontos Importantes da Aula • O Programa é o instrumento de organização da atuação governamental com vistas ao enfrentamento de um problema. Articula um conjunto coerente de ações (orçamentárias e não-orçamentárias) que concorrem para objetivos setoriais preestabelecidos, constituindo uma unidade básica de gestão com responsabilidade pelo desempenho e transparência das ações de Governo. Todos os eventos do ciclo de gestão do governo federal estão ligados a programas. • O planejamento governamental pode ser dividido em três horizontes de tempo: oito anos; quatro anos e um ano. O PPA realiza a mediação entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos a cada exercício. • O plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. • A dimensão estratégica do corresponde à Visão de Futuro, Valores e Macrodesafios. A dimensão tática se refere aos programas e a operacional às ações, que não constam mais do PPA, ficam apenas na LOA. • Existem dois tipos de programas: (i) Temáticos e (ii) de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado. As ações podem ser atividades, projetos ou operações especiais. • A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 29 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS 3 Questões Comentadas 1. (ESAF/CVM/2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que: a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar. b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade social. c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. A letra "A" é errada porque o PPA, a LDO e a LOA são leis ordinárias. A letra "B" é errada, pois os três fazem parte da LOA, e não da LDO. A letra "C" é errada. Segundo a CF88: Art. 165. § 3° - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. A letra "D" é errada, a descrição é da LDO. A letra "E" é certa. Segundo a CF88: § 5° - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. § 7° - Os orçamentos previstos no § 5°, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 30 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Gabarito: E. 2. (ESAF/CVM/2010) Complete o texto abaixo, de modo a tornar a afirmação correta. Instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, a(o) é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. a) função b) subfunção c) programa d) projeto e) atividade. Segundo o Manual Técnico co Orçamento 2011, do Ministério do Planejamento: O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Gabarito: C. 3. (ESAF/SUSEP/2010) Se o Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei orçamentária, será considerado como proposta: a) a Lei de Orçamento vigente. b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior. c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos. d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da proposta. e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento. Segundo a Lei 4.320 de 1964: Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 31 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Gabarito: A. 4. (ESAF/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, é correto afirmar: a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Segundo a CF88: § 2° - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9°, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvidopara sanção até o encerramento da sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 32 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS A letra "A" é errada porque é até quatro meses. O prazo da LOA está certo. A letra "B" é certa. A letra "C" é errada. Não são encaminhados juntos e nenhum deles é até seis meses. A letra "D" é errada, tem prazo para encaminhar. A letra "E" é errada, não é até seis meses (4 e 8). A LDO deve ser devolvida até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Gabarito: B. 5. (ESAF/AFT/2010) Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar: a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de despesa incompatível com o Plano Plurianual. b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos Poderes. c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República, presume- se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano Plurianual. d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização. e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis ordinárias. A letra "A" é errada. Segundo a CF88: § 3° - ^s emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que 0 modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; A letra "B" é errada, só existe uma lei orçamentária, que é de iniciativa do Executivo. A letra "C" é errada, não existe nada disso, o PPA vai do segundo ano do mandato até o primeiro do seguinte, independente de reeleição. A letra "D" é errada. A LOA não possui caráter impositivo para ninguém, apenas autorizativo. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 33 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS A letra "E" é certa. Os três instrumentos são leis ordinárias. Gabarito: E. 6. (ESAF/AFRFB/2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual subsequente. b) a função controle precede à execução orçamentária. c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual. A letra "A" é errada. O PPA é o instrumento que irá balizar a formulação da LDO e da LOA, e não o contrário. A elaboração do PPA no primeiro ano do mandato presidencial não precisa seguir a LDO elaborada no ano anterior. A letra "B" é errada. O controle pode ser prévio, concomitante ou posterior. Assim, não é necessariamente errado falar que o controle precede a execução orçamentária. Contudo, de forma geral, o controle normalmente vem no final do ciclo. A letra "C" é certa. Segundo a CF88: ADCT, Art. 35, § 2° - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9°, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; Assim, a LDO deve ser encaminhada até 17 de julho, quando se encerra o primeiro período da sessão legislativa. Ainda segundo a CF88: Art. 57, § 2° - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 34 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS A letra "D" é errada. O PPA, a LDO e a LOA serão apreciados pelo Congresso Nacional de acordo com o regimento comum. O PPA é uma lei ordinária. Segundo a CF88: Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum "E" é errada. O orçamento de investimento das empresas estatais a LOA, e não o PPA. Segundo a CF88: Art. 165, § 5° - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Gabarito: C. 7. (ESAF/PSS/2008) Segundo a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO deverá: a) definir o montante dos créditos destinados a investimentos. b) demonstrar os gastos de capital do exercício anterior. c) autorizar a realização de operações de créditos pelos entes da federação. d) definir as metas e prioridades da administração pública, para o exercício subsequente. e) determinar as alterações necessárias no Plano Plurianual. Segundo a CF: § 2° - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. A LDO define as metas e prioridades para o exercício subsequente. A letra compõe Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 35 CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Gabarito: D. 8. (ESAF/APO-MPOG/2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual são componentes básicos do planejamento governamental. Identifique a única opção incorreta no que diz respeito ao planejamento governamental. a) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o Plano Plurianual. b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda, o orçamento das autoridades monetárias e das empresas financeiras de economia mista. c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento. d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e possui a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal. A letra "A" foi dada como correta, mas não vejo desta forma. Segundo a mensagem presidencial
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