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Módulo IV - Planejamento de Cerimônias Unidade 1 - Tipos de Eventos “Sucesso em Cerimonial só se faz com profissionalismo absoluto. Não há chance para deslumbramento e, muito menos, tempo para badalação, como muitos pensam” Jack Corrêa Pág. 2 Tipos de eventos No seu dia a dia, você que lida com cerimonial está sempre às voltas com algum tipo de evento, que pode ser da natureza mais diversa. Mas, você sabe como classificá-los? Além dos eventos oficiais eles podem ser classificados em técnico-científicos, de capacitação e treinamento, de interação e de comercialização. Eventos técnicos científicos - Congresso – reunião periódica promovida por uma entidade associativa, pode ser regional, nacional ou internacional; - Seminário – um tema geral é abordado sobre vários aspectos por dois ou mais expositores; - Simpósio – especialistas de renome expõe experimentos e conhecimentos sobre o mesmo tema; - Conferência – apresentação formal de tema científico, geral ou técnico por um especialista; - Vídeo-conferência – sistema operacional que permite a realização de encontros à distância com interação áudio-visual dos participantes; - Fórum – debate de registro de todas as idéias e opiniões sobre um assunto com a participação de um grande número de pessoas; - Mesa – redonda – debate entre especialistas sobre um determinado tema, geralmente polêmico; - Painel – explanação sobre um tema, por até quatro participantes coordenados por um moderador, com duração de até 1h30min; e - Reunião. Pág. 3 Eventos de capacitação e treinamento - Palestra – apresentação de um tema por um especialista; - “Workshop” – oficina de trabalho com o objetivo de aliar a teoria com a prática; e - Cursos Eventos de interação - Comemorações; - Datas festivas; e - Confraternizações Muitíssimo cuidado!!! Os eventos de confraternização nas organizações podem ser considerados uma bomba preste a explodir. Seus responsáveis podem se considerar sentados em cima de um barril de pólvora, visto ser muito difícil agradar a todos e boa parte das pessoas acharem serem estas confraternizações de caráter forçado, ou seja, as pessoas se sentem obrigadas a participar. De comercialização - Feiras - Exposições - “Show room” – ambiente de demonstração de produtos. O responsável pelo cerimonial poderá estar envolvido um dia com a realização destes tipos de eventos. Mas, existe uma categoria de evento que o envolvimento é quase diário. São os eventos oficiais. Pág. 4 Eventos oficiais Com certeza você provavelmente organizou, participou da realização ou esteve presente em algum evento oficial no setor que você trabalha. Você poderia citar três deles? Ótimo! Como você já deve ter percebido, um evento oficial se caracteriza por ser uma cerimônia pública, realizada no âmbito de uma instituição pública, de caráter solene e oficial. No âmbito do Poder Legislativo vários eventos são considerados oficiais, os mais comuns são: Sessões Solenes Posse do titular do Executivo Posse dos membros da Casa Legislativa Inauguração de Sessão Legislativa Visitas oficiais e protocolares com ou sem Sessão Solene Entrega de condecoração ou medalha Entrega do título de Cidadão Honorário Sessões especiais Cerimônia do Dia da Bandeira Cerimônias fúnebres Inaugurações Exposições “Vin d’honneur” ou recepção na hora do almoço; Pág. 5 Recepções oficiais Além das cerimônias oficiais citadas acima, existe também uma outra categoria de evento oficial: são as recepções oficiais. É importante registrar que, apesar do seu caráter festivo, este tipo de recepção é oficial, portanto é um evento público, com participação restrita. Tem uma razão de ser, um objetivo a cumprir e horário de começar e de terminar. LINS (1991:35) divide as recepções oficiais de acordo com o seu gênero: Usualmente estes gêneros de recepção são indicados para celebrações de Festas ou Datas Nacionais, comemorar a passagem de uma personalidade pela cidade, homenagear uma comitiva ou uma delegação vinda para uma reunião ou congresso internacional. Pág. 6 Há outros gêneros de recepções, que normalmente se caracterizam como banquetes ou recepções de gala, e que são oferecidas em honra de Chefes de Estado, altos membros do Governo e Chefes de Missão Diplomática: Almoço com “buffet”; “Vin d’honneur” ou “cocktail” antes do jantar ou durante a tarde; e Recepção na hora do jantar com “buffet“; Almoço sentado com lugares marcados; Caráter oficial do motivo e objetivo da recepção; Existe uma série de critérios que o responsável pelo cerimonial deve considerar para decidir que tipo de recepção sugerir ao Presidente da Casa Legislativa oferecer ao(s) homenageado(s): Jantar sentado com lugares marcados; e Baile ou recepção depois do jantar. Importância do acontecimento que motiva a recepção; Grau hierárquico e nível dos cargos e papeis sociais exercidos pelos convidados; Grau ou nível funcional e social dos anfitriões e sua relação com o acontecimento; Recursos financeiros de que dispõem os anfitriões; e Espaço físico, instalações e serviços disponíveis e respeito aos usos diplomáticos e costumes locais. Pág. 7 Horários recomendados Muitas pessoas pensam ser indelicado a indicação do horário de início de uma recepção e de seu término. Ledo engano. Tal medida facilita a vida de quem organiza o evento, faz fluir melhor os convidados e é um indicador para os atrasados e desavisados, além de ser prática comum no mundo diplomático. Os intervalos mais comuns são: Café da manhã 07 às 08 - 08 às 09 horas Coffee Break 10 às 11 - 15 às 16 horas "Brunch" 10 às 15 horas Almoço 12 às 13:30 - 13 às 14:30 horas Chá 17 às 19 horas Coquetel 18 às 20 - 19 às 21 horas Jantar 20:30 às 22:00 horas Ceia 23 às 24 horas Agora que você conhece os diversos tipos de eventos está apto a continuar se aprofundando no tema. Vamos em frente! Unidade 2 - A organização de eventos “Planejar eventos com sucesso não é tarefa simples. Tal planejamento envolve muitas providências de natureza diversa, que devem ser tomadas em determinada ordem e geralmente em curto espaço de tempo” Maria Cecília Giacaglia Pág. 2 Planejamento de eventos O Manual de Eventos da Secretaria de Relações Públicas do Senado Federal (2007:11) ao introduzir o capítulo sobre organização de eventos destaca: O primeiro passo, então, para bem planejar um evento é a montagem de um projeto. Um projeto básico deverá definir: os objetivos, as justificativas, o público a atingir, as estratégias, a alocação de recursos necessários, os cronogramas, as logísticas, estimativas de custos, e a avaliação. Organização; Com estes dados definidos, as seguintes etapas de um evento passam a ser processadas: Pág. 3 Organização Nesta etapa são sistematizadas em detalhe as providências necessárias ao sucesso do evento. Elas englobamtodas as providências administrativas, como definição de local e data, cadastramento de participantes, elaboração de “mailing list”, serviços de som e de multimídia, fotografia, seleção de recepcionistas, contratação de serviços de terceiros etc. Cuidado com a marcação da data do evento. Verifique se não coincide com um feriado, com uma data festiva ou com outro evento importante na cidade com a presença dos mesmos convidados. Na escolha do local do evento devem ser consideradas as necessidades do evento, as características do público, o conforto dos participantes, a facilidade de acesso, as facilidades de estacionamento e os espaços de apoio. Produção de material informativo e promocional; Divulgação; Execução; e Avaliação final. Espaços muito cheios (superlotação) FRACASSO DESCONFORTO Pág. 4 Nesta etapa, existem outros quesitos a que se deve dar muita atenção: Programação das atividades; Palestrantes, expositores e moderadores; Transporte de convidados e participantes; Recursos materiais; Infra-estrutura tecnológica: recursos audiovisuais, de sonorização, de iluminação e tradução simultânea Ambientação – decoração do local do evento, colocação de arranjos de flores, bandeiras, painéis decorativos, estandartes, faixas promocionais, fotos, “banners” e de outros elementos que comporão o ambiente; Cerimonial – montagem de mesas, definição da precedência entre as autoridades, roteiro da cerimônia para o Mestre de Cerimônias; Hospedagem e alimentação, quando for o caso, para as autoridades visitantes e/ou palestrantes /expositores; Convites – confecção e envio; e Recepção de autoridades nacionais e estrangeiras e dos convidados. Espaços Vazios Coordenador Pág. 5 Especial atenção deverá ser dada ao planejamento dos recursos humanos necessários à realização do evento. A pergunta a ser respondida é: os recursos humanos da organização são suficientes? Em caso contrário, qual a disponibilidade de recursos financeiros para a contratação de serviços? Para que um evento seja realizado sem correrias e atropelos, é importante que seja montada uma estrutura mínima de pessoal com responsabilidades e com prazos claros e bem definidos. Uma estrutura ideal seria: Pág. 6 Produção de material informativo e promocional É necessária para qualquer tipo de evento. Apoio administrativo Apoio operacional Apoio à recepção Equipe de coordenação Equipes de colaboração São todos os materiais que permitem divulgar o evento para atrair o público que se quer atingir, como: folders, cartazes, circulares, boletins, brindes, banners, material de apoio, e toda gama de impressos sobre o evento em si. É bom lembrar a necessidade da criação de uma identidade visual única para o evento, isto é, a marca que queremos fixar, que deverá estar presente em todas as peças. Divulgação Qualquer evento, para que chegue até o público desejado, tem de ter uma divulgação. Para tanto, tem de ser elaborado um plano de comunicação dirigida e de comunicação para a mídia, dependendo da amplitude e dos objetivos do evento. Portanto, é preciso estabelecer qual a melhor estratégia de comunicação, definindo qual o conteúdo da mensagem e como “vendê-la” aos públicos previstos. Definem-se também quais os meios a serem utilizados e de que forma se fará a veiculação. Prevê-se todo o tempo que levará o trabalho de relacionamento com a imprensa e a distribuição do material informativo e promocional. Para essas atividades se desenvolverem ordenadamente, é interessante agrupá-las em cronograma apropriado, detalhando todas as providências necessárias. Pág. 7 Execução Esta fase compreende o desenvolvimento do evento desde o seu início até o seu término. Se as providências necessárias foram devidamente realizadas de acordo com o planejado nas etapas anteriores, a possibilidade de sucesso é muito provável. Nesta etapa, o papel da coordenação do evento é fundamental no acompanhamento das ações nos dias que antecedem ao evento, durante a sua execução e por ocasião de seu encerramento, acompanhando e avaliando o que está sendo implementado. O Manual de Eventos da Secretaria de Relações Públicas do Senado Federal (2007:27) destaca “que durante o evento podem acontecer situações que não foram previstas no planejamento. Nesses casos, a equipe organizadora deve ter controle sobre a situação e resolver questões inesperadas com bom senso e rapidez. ” Avaliação final Depois do encerramento do evento, se possível, deve ser realizada uma reunião de avaliação com a equipe para analisar os acertos e os erros, de forma a proceder a possíveis correções no futuro. Esta análise deverá constar do Relatório Final, que conterá todas as informações sobre o evento reunidas durante o seu planejamento e execução. Deverão ser anexados os materiais promocionais e de divulgação, fotos, vídeos, registros de imprensa, etc. Conclusão Concluímos, reafirmando que a importância da realização de um evento está sobretudo no aproveitamento do instante, do ambiente ou da presença de pessoas, pois dessa atitude resulta a impressão final. O evento, quando bem planejado e executado, criará fatalmente um conceito positivo para a organização que o promove. Nunca se esqueça de que as cerimônias e eventos ao final refletem a imagem da organização. Unidade 3 - O "Check-list". Convites. Roteiro para locutor. “Zelo com a aparência, jogo de cintura, e fidelidade ao governo para o qual presta serviço. Eis o receituário dos mestres de cerimônias dos palácios e prefeituras” Flávia Foreque Pág. 2 Introdução Na unidade anterior você constatou que na realização de um evento ou cerimônia não cabe improvisação. Como afirma GIACAGLIA (2008:1), arranjos de última hora podem não só prejudicar o evento em si, como também comprometer de forma irremediável a imagem da organização. Por isso, na hora de implementar as ações constantes do planejamento feito deve-se ter muito cuidado para não deixar escapar nenhum detalhe, do mais simples ao mais importante. Nesta unidade, você tomará conhecimento de alguns aspectos relacionados com três tópicos importantes da organização de eventos: o “check-list”, os convites e o roteiro para locutor. O “Check-list” Como você aprendeu, a organização de um evento envolve diferentes e numerosas atividades. O check-list é a grande ferramenta do organizador de eventos. CIACAGLIA (2008:251) define como: Grande parte do sucesso de um evento reside num check-list completo que contemple todas as tarefas a serem executadas, discriminadas em planilhas que detalhem: Pág. 3 A seguir é apresentado um exemplo de check-list para material gráfico e recursos humanos: Responsável /Setor/área Telefone ramal Empresa contratada/nome do contrato Telefone ramal Prazo final Material Gráfico Ficha de inscrição Folders Programa Pasta Certificado Cartaz Credencial Estacionamento Crachá Recursos Humanos Recepcionistas Receptivo de autoridades Tradutor Assessoria de imprensa Fotógrafo Cinegrafista Operador de som SegurançaApoio de copa Apoio limpeza Mestre de cerimônia Pág. 4 Convites Você já reparou a importância que os noivos dão ao convite da sua cerimônia de casamento? E os pais com os convites para as festas de aniversário dos filhos? Se forem os quinze anos da menina, nem se fala, não é mesmo? O mesmo deve acontecer com os convites dos eventos, cerimônias e recepções oficiais. Sabe por que? Os convites revelam muito da importância que a instituição que convida deseja dar ao evento que irá promover. As normas de cerimonial preconizam que a boa qualidade dos impressos utilizados em eventos são uma forma de identificar e qualificar quem os usa. Assim, todo e qualquer convite encerra uma mensagem pela qualidade do papel, do envelope e da impressão, além da correção do tratamento e do endereçamento. É interessante que a Casa Legislativa estabeleça se possível categorias diferenciadas de convites, a serem utilizados de acordo com os diferentes tipos de eventos realizados. A título de exemplo, o Senado Federal possui padrão de convites e de material impresso, destinado a diferenciar os diversos eventos e cerimônias que realiza, em função de seu grau de importância. Nunca se esqueça, o convite sempre encerra uma mensagem pela: Mas, quem convidar? Esta é uma pergunta que chega a dar dor de cabeça aos organizadores de qualquer evento, ainda mais se for oficial. A elaboração da lista de convidados é uma tarefa que requer cuidados especiais. Pág. 5 A lista deve ser cuidadosamente elaborada para se evitar situações desagradáveis. Em primeiro lugar, deve-se considerar a capacidade máxima do local do evento/cerimônia, que é o que determina de maneira geral o número de Qualidade do papel; Qualidade do envelope; Qualidade da impressão; e Correção do tratamento e do envelopamento. convidados, para em seguida, em função do objetivo do evento, decidir os convidados que farão parte da lista. O responsável pela organização dos eventos numa Casa Legislativa tem que cuidar para que o mailing esteja sempre atualizado de forma a evitar transtornos. Num mailing bem montado e atualizado devem constar os seguintes dados: nome completo, cargo, instituição, endereço completo com CEP, telefone, fax, e-mail para confirmação, e nome da(o) secretária(o) e telefone. Em cerimônias de posse ou homenagem é correto solicitar ao empossado ou homenageado a relação de pessoas que ele gostaria fossem convidadas. Hoje, com a informatização cada vez mais presente em nossas vidas é comum o envio de convites eletrônicos, usualmente encaminhados por e-mail. Bem como a utilização de cartões magnéticos para acesso a determinados tipos de eventos. Preste atenção com relação ao prazo mínimo de envio do convite. Dependendo do tipo do evento, uma antecedência mínima de expedição é exigida: Pág. 6 Roteiro para locutor Em geral, os eventos requerem a elaboração de um roteiro para orientar a apresentação do locutor. Entretanto, alguns cuidados específicos devem ser observados na sua elaboração e leitura. Reuniões informais – 3 dias; Reuniões formais – uma semana; Grandes eventos e recepções – quinze dias a três semanas; e Casamentos – de três semanas a um mês. O texto deve ser claro e objetivo, e impresso em fontes como Arial ou Times New Roman, em tamanho 14, para facilitar a leitura. E deve-se evitar, ao máximo, textos longos. Lembre-se: o destaque da cerimônia não é o locutor, mas este deve ter postura, voz clara e domínio do microfone. O roteiro, normalmente, divide-se em seis partes: título, acolhida, motivo ou tema, discursos, informações finais e despedida. TÍTULO É o cabeçalho do roteiro. Contém o nome do evento, a instituição organizadora/promotora, a data, o local e o horário. ACOLHIDA É a forma de saudação aos convidados e marca o início da cerimônia. Faz-se referência aos presentes, iniciando-se pelas mulheres, seguido dos cumprimentos usuais de bom dia, boa tarde ou boa noite. MOTIVO OU TEMA Texto breve que explica a razão do evento, compreendendo, no máximo, dois parágrafos. DISCURSOS, FALAS E PRONUNCIAMENTOS São ordenados em ordem crescente, conforme a precedência das autoridades que farão uso da palavra. INFORMAÇÕES FINAIS Informações complementares sobre possíveis desdobramentos do evento, tais como apresentação de coral, lançamento de livro, convite para coquetel, etc. DESPEDIDA É o encerramento da cerimônia. O locutor agradece a presença dos convidados e se despede com as formas usuais de bom dia, boa tarde ou boa noite. Muito bem! Você chegou ao final desta unidade. Reparou que só falta uma unidade para encerrar o curso? Então, vamos finalizar? Unidade 4 - A Mesa “O protocolo é o produto de uma reiterada prática de bem viver, cujas regras somente podem ser repelidas em virtude de preconceitos oriundos da inveja e da vaidade, ou então, frutos do descaso pelos valores sociais” Miguel Reale Pág. 2 Apresentação Em toda a história da civilização a mesa ocupa uma posição central, enquanto mobiliário, e outra simbólica, na medida em que eventos, comemorações e rituais, na maioria das vezes, ocorrem no seu entorno. Para o Legislativo, o termo tem um significado especial, tendo em vista que o colegiado que dirige as casas legislativas é denominado Mesa Diretora. ROMAGNOLI (1998:496) afirma com propriedade que “A mesa é, por excelência, o lugar da sociabilidade assim como o espaço onde se encontram o corpo e a alma, a matéria e o espírito, a exterioridade da etiqueta e a interioridade da ética”. Para comprovar o que o autor afirma você deve se lembrar que o imaginário popular sempre associa a pompa e a circunstância do protocolo com as refinadas recepções, cujo símbolo máximo é a mesa de banquete. Nesta unidade, você aprenderá um pouco sobre as regras relacionadas com as situações de cerimonial e eventos que tem uma mesa como ponto de partida. As cabeceiras de mesa nas recepções A distribuição dos convidados em uma mesa de almoço ou jantar passa necessariamente pela definição da cabeceira. Como você aprendeu no primeiro módulo, a partir dela é estabelecida a posição dos convidados pela ordem de precedência. São dois os tipos de cabeceira: a francesa e a inglesa. LINS (1991:78) explica que a cabeceira francesa é: Pág. 3 Nas mesas retangulares e estreitas as extremidades ficam vazias, ou podem ser ocupadas cada uma pelos homens de menor hierarquia. Nas mesas com as extremidades mais largas ou em formato oval, em cada extremidade pode ficar um casal, sempre os de menor precedência. De acordo com LINS (1991:78) a cabeceira inglesa “É colocada nas extremidades da mesa e a disposição dos convidados segue a mesma regra de intercalação de cavalheiros e damas por ordem de hierarquia”. A escolha do tipo de mesa e cabeceira é determinada em função: Do tipo de reunião Das características do local Da quantidade de convidados Do nível dos convidados E fique atento para as seguintes regras: O número de participantes, incluindo os anfitriões, deve ser sempre um múltiplo de quatro mais dois, de forma a permitir a alternância cavalheiro\dama; Em mesas mistas as mulheres têm a mesma precedência de seus maridos; No caso de mulherescom cargo oficial, a precedência de seus maridos estará determinada pela sua posição em relação aos demais homens; À mesa alternam-se homens e mulheres, ficando separados os membros de um casal. Jamais se colocam mulheres nas pontas das mesas. Pág. 4 Tipos de mesa em eventos Como você aprendeu nas unidades anteriores, os objetivos do evento, suas características, o local de realização e o número de participantes esperados são determinantes para a definição de algumas decisões a serem tomadas. Uma delas é a forma como será montado o esquema de mesas. Existem vários modelos de disposição dos convidados/participantes. De acordo com CIACAGLIA (2008:146) os mais utilizados são: Disposição em "U" Facilita o convívio e participação dos convidados, sem prejudicar a movimentação do palestrante e a colocação de equipamentos. Disposição em Quadrado Permite excelente interação e proximidade entre os participantes. Disposição em "T" Ótima para agregar os participantes, ao mesmo tempo em que cria uma “cabeceira” para aqueles mais importantes e de maior precedência. Disposição em Círculo Todos os participantes têm uma excelente visão dos demais, é um esquema que possibilita a quebra de barreiras hierárquicas e facilita a integração. Auditório É o modelo mais empregado em eventos com grande número de participantes, onde a interação não é um dos objetivos. "Espinha de Peixe" Agrupa grande número de convidados, além de possibilitar uma certa interação entre eles. "Grupos" Utilizada quando se deseja trabalhar em grupos, num mesmo ambiente. Facilita o acompanhamento do desenvolvimento dos trabalhos pelos organizadores. Pág. 5 Composição de mesas Os termos mesa diretora, mesa principal e mesa de honra, têm definições muito similares. Todas referem-se à mesa composta por um número par ou ímpar de pessoas que irão conduzir a cerimônia. Usa-se a denominação mesa de honra quando a mesa é formada basicamente por autoridades. A definição dos lugares na mesa do evento é uma tarefa delicada e que requer muita atenção. O primeiro passo é ter bem definida a ordem de precedência a que cada convidado tem direito. Mas, não basta distribuir os convidados apenas considerando as normas gerais de precedência. Outros indicativos de precedência devem obrigatoriamente ser observados: Pág. 6 Quem irá presidir a mesa? Quem será o anfitrião? Quem são os convidados de honra ou homenageados? Há algum representante? Não se esqueça, também, do princípio da “Primazia da Direita” e da diferença entre Presidência e Precedência, tópicos tratados no módulo II. O centro da mesa será ocupado por quem irá presidir a cerimônia. Os demais convidados serão dispostos nos assentos à direita e à esquerda do presidente, a partir do centro, com base na ordem de precedência identificada. Um aspecto interessante que não pode ser esquecido é que nem todas as autoridades que compõem a mesa precisam fazer pronunciamentos. O ideal é que no máximo 5 pessoas façam uso da palavra. É muito importante que o roteiro final seja discutido com a autoridade que preside a cerimônia, de forma a evitar mal-entendidos e situações embaraçosas no decorrer do evento. A título de exemplificação, segue o esquema de uma Mesa Diretora de uma casa legislativa. O Presidente, ao conduzir as sessões, senta-se ao centro da mesa diretora do Plenário. Os demais membros da Comissão diretora que forem compor a mesa ficam dispostos nas cadeiras colocadas à direita e à esquerda do Presidente da Casa. Pág. 6 Ao longo do curso, você percebeu que as situações de emprego das normas e regras do cerimonial são as mais diversas possíveis. E que há toda uma base legal que orienta o seu emprego. Tenha sempre em mente que, apesar de todas as convenções e leis existentes, a lei máxima do cerimonial é o uso do bom senso. E o seu emprego é que determina a solenidade e a devida dignidade às cerimônias. Este curso apresentou de forma geral os aspectos mais importantes da sua prática. Nunca deixe de aprofundar os seus conhecimentos a respeito da sua atividade. Para ajudá-lo(a), foi disponibilizada uma lista contendo as referências bibliográficas empregadas durante o curso e alguns títulos de referência da área. E para refletir vale a pena ter em mente a afirmativa de KALIL (2007:94); Sucesso em sua caminhada profissional, que você tenha um longo tapete vermelho à sua frente. Até uma próxima oportunidade! Parabéns! Você chegou ao final do último módulo do curso Cerimonial no Ambiente Legislativo. Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo IV e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas! Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra-se no Módulo de Conclusão. Lembramos que é por meio dela que você pode receber a sua certificação de conclusão do curso.
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