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Cerimonial no Ambiente Legislativo MÓDULO IV

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Módulo IV - Planejamento de Cerimônias 
Unidade 1 - Tipos de Eventos 
 
“Sucesso em Cerimonial só se faz com profissionalismo absoluto. 
Não há chance para deslumbramento e, muito menos, 
tempo para badalação, como muitos pensam” 
Jack Corrêa 
 
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Tipos de eventos 
 
No seu dia a dia, você que lida com cerimonial está sempre às voltas com algum 
tipo de evento, que pode ser da natureza mais diversa. 
Mas, você sabe como classificá-los? 
Além dos eventos oficiais eles podem ser classificados em técnico-científicos, de 
capacitação e treinamento, de interação e de comercialização. 
 
 Eventos técnicos científicos 
 
 - Congresso – reunião periódica promovida por uma entidade associativa, 
pode ser regional, nacional ou internacional; 
 - Seminário – um tema geral é abordado sobre vários aspectos por dois 
ou mais expositores; 
 
 - Simpósio – especialistas de renome expõe experimentos e 
conhecimentos sobre o mesmo tema; 
 - Conferência – apresentação formal de tema científico, geral ou técnico 
por um especialista; 
 - Vídeo-conferência – sistema operacional que permite a realização de 
encontros à distância com interação áudio-visual dos participantes; 
 - Fórum – debate de registro de todas as idéias e opiniões sobre um 
assunto com a participação de um grande número de pessoas; 
 - Mesa – redonda – debate entre especialistas sobre um determinado 
tema, geralmente polêmico; 
 - Painel – explanação sobre um tema, por até quatro participantes 
coordenados por um moderador, com duração de até 1h30min; e 
 - Reunião. 
 
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 Eventos de capacitação e treinamento 
 
 - Palestra – apresentação de um tema por um especialista; 
 - “Workshop” – oficina de trabalho com o objetivo de aliar a teoria com a 
prática; e 
 - Cursos 
 
 Eventos de interação 
 
 - Comemorações; 
 
 - Datas festivas; e 
 - Confraternizações 
 
Muitíssimo cuidado!!! Os eventos de confraternização nas organizações podem 
ser considerados uma bomba preste a explodir. Seus responsáveis podem se 
considerar sentados em cima de um barril de pólvora, visto ser muito difícil 
agradar a todos e boa parte das pessoas acharem serem estas 
confraternizações de caráter forçado, ou seja, as pessoas se sentem obrigadas 
a participar. 
 
 
 De comercialização 
 
 - Feiras 
 
 - Exposições 
 
 - “Show room” – ambiente de demonstração de produtos. 
O responsável pelo cerimonial poderá estar envolvido um dia com a realização 
destes tipos de eventos. Mas, existe uma categoria de evento que o 
envolvimento é quase diário. São os eventos oficiais. 
 
 
 
 
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Eventos oficiais 
Com certeza você provavelmente organizou, participou da realização ou esteve 
presente em algum evento oficial no setor que você trabalha. Você poderia citar 
três deles? 
Ótimo! 
Como você já deve ter percebido, um evento oficial se caracteriza por ser uma 
cerimônia pública, realizada no âmbito de uma instituição pública, de caráter 
solene e oficial. 
No âmbito do Poder Legislativo vários eventos são considerados oficiais, os 
mais comuns são: 
 
 Sessões Solenes 
 Posse do titular do Executivo 
 Posse dos membros da Casa Legislativa 
 Inauguração de Sessão Legislativa 
 Visitas oficiais e protocolares com ou sem Sessão Solene 
 Entrega de condecoração ou medalha 
 Entrega do título de Cidadão Honorário 
 Sessões especiais 
 Cerimônia do Dia da Bandeira 
 Cerimônias fúnebres 
 Inaugurações 
 Exposições 
 
 
 
 
 
“Vin d’honneur” ou recepção na hora do almoço; 
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Recepções oficiais 
Além das cerimônias oficiais citadas acima, existe também uma outra categoria 
de evento oficial: são as recepções oficiais. 
É importante registrar que, apesar do seu caráter festivo, este tipo de recepção 
é oficial, portanto é um evento público, com participação restrita. Tem uma razão 
de ser, um objetivo a cumprir e horário de começar e de terminar. 
LINS (1991:35) divide as recepções oficiais de acordo com o seu gênero: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usualmente estes gêneros de recepção são indicados para celebrações de 
Festas ou Datas Nacionais, comemorar a passagem de uma personalidade pela 
cidade, homenagear uma comitiva ou uma delegação vinda para uma reunião 
ou congresso internacional. 
 
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Há outros gêneros de recepções, que normalmente se caracterizam como 
banquetes ou recepções de gala, e que são oferecidas em honra de Chefes de 
Estado, altos membros do Governo e Chefes de Missão Diplomática: 
Almoço com “buffet”; 
“Vin d’honneur” ou “cocktail” antes do jantar ou durante a tarde; e 
Recepção na hora do jantar com “buffet“; 
Almoço sentado com lugares marcados; 
Caráter oficial do motivo e objetivo da recepção; 
 
 
 
 
 
Existe uma série de critérios que o responsável pelo cerimonial deve considerar 
para decidir que tipo de recepção sugerir ao Presidente da Casa Legislativa 
oferecer ao(s) homenageado(s): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jantar sentado com lugares marcados; e 
Baile ou recepção depois do jantar. 
Importância do acontecimento que motiva a recepção; 
Grau hierárquico e nível dos cargos e papeis sociais exercidos 
pelos convidados; 
Grau ou nível funcional e social dos anfitriões e sua relação com 
o acontecimento; 
Recursos financeiros de que dispõem os anfitriões; e 
 
Espaço físico, instalações e serviços disponíveis e respeito aos 
usos diplomáticos e costumes locais. 
 
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Horários recomendados 
Muitas pessoas pensam ser indelicado a indicação do horário de início de uma 
recepção e de seu término. Ledo engano. Tal medida facilita a vida de quem 
organiza o evento, faz fluir melhor os convidados e é um indicador para os 
atrasados e desavisados, além de ser prática comum no mundo diplomático. 
 
Os intervalos mais comuns são: 
Café da manhã 07 às 08 - 08 às 09 horas 
 
Coffee Break 10 às 11 - 15 às 16 horas 
 
"Brunch" 10 às 15 horas 
 
Almoço 12 às 13:30 - 13 às 14:30 horas 
 
Chá 17 às 19 horas 
 
Coquetel 18 às 20 - 19 às 21 horas 
 
Jantar 20:30 às 22:00 horas 
 
Ceia 23 às 24 horas 
 
Agora que você conhece os diversos tipos de eventos está apto a continuar se 
aprofundando no tema. Vamos em frente! 
Unidade 2 - A organização de eventos 
 
“Planejar eventos com sucesso não é tarefa simples. 
Tal planejamento envolve muitas providências de natureza diversa, 
que devem ser tomadas em determinada ordem 
e geralmente em curto espaço de tempo” 
Maria Cecília Giacaglia 
 
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Planejamento de eventos 
 
O Manual de Eventos da Secretaria de Relações Públicas do Senado Federal 
(2007:11) ao introduzir o capítulo sobre organização de eventos destaca: 
 
O primeiro passo, então, para bem planejar um evento é a montagem de um 
projeto. 
Um projeto básico deverá definir: os objetivos, as justificativas, o público a atingir, 
as estratégias, a alocação de recursos necessários, os cronogramas, as 
logísticas, estimativas de custos, e a avaliação. 
 
Organização; 
Com estes dados definidos, as seguintes etapas de um evento passam a ser 
processadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Organização 
Nesta etapa são sistematizadas em detalhe as providências necessárias ao 
sucesso do evento. Elas englobamtodas as providências administrativas, como 
definição de local e data, cadastramento de participantes, elaboração de “mailing 
list”, serviços de som e de multimídia, fotografia, seleção de recepcionistas, 
contratação de serviços de terceiros etc. 
Cuidado com a marcação da data do evento. Verifique se não coincide com um 
feriado, com uma data festiva ou com outro evento importante na cidade com a 
presença dos mesmos convidados. 
Na escolha do local do evento devem ser consideradas as necessidades do 
evento, as características do público, o conforto dos participantes, a facilidade 
de acesso, as facilidades de estacionamento e os espaços de apoio. 
 
 
 
Produção de material informativo e promocional; 
Divulgação; 
Execução; e 
Avaliação final. 
 
Espaços muito cheios 
(superlotação) 
FRACASSO 
DESCONFORTO 
 
 
 
 
 
 
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Nesta etapa, existem outros quesitos a que se deve dar muita atenção: 
 
 Programação das atividades; 
 Palestrantes, expositores e moderadores; 
 Transporte de convidados e participantes; 
 Recursos materiais; 
 Infra-estrutura tecnológica: recursos audiovisuais, de sonorização, de 
iluminação e tradução simultânea 
 Ambientação – decoração do local do evento, colocação de arranjos de 
flores, bandeiras, painéis decorativos, estandartes, faixas promocionais, 
fotos, “banners” e de outros elementos que comporão o ambiente; 
 Cerimonial – montagem de mesas, definição da precedência entre as 
autoridades, roteiro da cerimônia para o Mestre de Cerimônias; 
 Hospedagem e alimentação, quando for o caso, para as autoridades 
visitantes e/ou palestrantes /expositores; 
 Convites – confecção e envio; e 
 Recepção de autoridades nacionais e estrangeiras e dos convidados. 
 
 
 
 
 Espaços Vazios 
Coordenador 
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Especial atenção deverá ser dada ao planejamento dos recursos humanos 
necessários à realização do evento. 
A pergunta a ser respondida é: os recursos humanos da organização são 
suficientes? Em caso contrário, qual a disponibilidade de recursos financeiros 
para a contratação de serviços? 
Para que um evento seja realizado sem correrias e atropelos, é importante que 
seja montada uma estrutura mínima de pessoal com responsabilidades e com 
prazos claros e bem definidos. 
Uma estrutura ideal seria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Produção de material informativo e promocional 
É necessária para qualquer tipo de evento. 
 
 Apoio administrativo 
 Apoio operacional 
 Apoio à recepção 
 
 
Equipe de coordenação 
Equipes de colaboração 
São todos os materiais que permitem divulgar o evento para atrair o público que 
se quer atingir, como: folders, cartazes, circulares, boletins, brindes, banners, 
material de apoio, e toda gama de impressos sobre o evento em si. 
É bom lembrar a necessidade da criação de uma identidade visual única para o 
evento, isto é, a marca que queremos fixar, que deverá estar presente em todas 
as peças. 
 
Divulgação 
Qualquer evento, para que chegue até o público desejado, tem de ter uma 
divulgação. Para tanto, tem de ser elaborado um plano de comunicação dirigida 
e de comunicação para a mídia, dependendo da amplitude e dos objetivos do 
evento. 
Portanto, é preciso estabelecer qual a melhor estratégia de comunicação, 
definindo qual o conteúdo da mensagem e como “vendê-la” aos públicos 
previstos. Definem-se também quais os meios a serem utilizados e de que forma 
se fará a veiculação. 
Prevê-se todo o tempo que levará o trabalho de relacionamento com a imprensa 
e a distribuição do material informativo e promocional. 
Para essas atividades se desenvolverem ordenadamente, é interessante 
agrupá-las em cronograma apropriado, detalhando todas as providências 
necessárias. 
 
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Execução 
Esta fase compreende o desenvolvimento do evento desde o seu início até o seu 
término. 
Se as providências necessárias foram devidamente realizadas de acordo com o 
planejado nas etapas anteriores, a possibilidade de sucesso é muito provável. 
Nesta etapa, o papel da coordenação do evento é fundamental no 
acompanhamento das ações nos dias que antecedem ao evento, durante a sua 
execução e por ocasião de seu encerramento, acompanhando e avaliando o que 
está sendo implementado. 
O Manual de Eventos da Secretaria de Relações Públicas do Senado Federal 
(2007:27) destaca “que durante o evento podem acontecer situações que não 
foram previstas no planejamento. Nesses casos, a equipe organizadora deve ter 
controle sobre a situação e resolver questões inesperadas com bom senso e 
rapidez. ” 
 
Avaliação final 
Depois do encerramento do evento, se possível, deve ser realizada uma reunião 
de avaliação com a equipe para analisar os acertos e os erros, de forma a 
proceder a possíveis correções no futuro. 
Esta análise deverá constar do Relatório Final, que conterá todas as informações 
sobre o evento reunidas durante o seu planejamento e execução. Deverão ser 
anexados os materiais promocionais e de divulgação, fotos, vídeos, registros de 
imprensa, etc. 
 
Conclusão 
Concluímos, reafirmando que a importância da realização de um evento está 
sobretudo no aproveitamento do instante, do ambiente ou da presença de 
pessoas, pois dessa atitude resulta a impressão final. 
O evento, quando bem planejado e executado, criará fatalmente um conceito 
positivo para a organização que o promove. Nunca se esqueça de que as 
cerimônias e eventos ao final refletem a imagem da organização. 
 
 
 
Unidade 3 - O "Check-list". Convites. Roteiro para locutor. 
 
“Zelo com a aparência, jogo de cintura, e 
fidelidade ao governo para o qual presta serviço. 
Eis o receituário dos mestres de cerimônias 
dos palácios e prefeituras” 
Flávia Foreque 
 
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Introdução 
Na unidade anterior você constatou que na realização de um evento ou 
cerimônia não cabe improvisação. Como afirma GIACAGLIA (2008:1), arranjos 
de última hora podem não só prejudicar o evento em si, como também 
comprometer de forma irremediável a imagem da organização. 
Por isso, na hora de implementar as ações constantes do planejamento feito 
deve-se ter muito cuidado para não deixar escapar nenhum detalhe, do mais 
simples ao mais importante. 
Nesta unidade, você tomará conhecimento de alguns aspectos relacionados com 
três tópicos importantes da organização de eventos: o “check-list”, os convites e 
o roteiro para locutor. 
 
O “Check-list” 
Como você aprendeu, a organização de um evento envolve diferentes e 
numerosas atividades. O check-list é a grande ferramenta do organizador de 
eventos. 
 
CIACAGLIA (2008:251) define como: 
 
Grande parte do sucesso de um evento reside num check-list completo que 
contemple todas as tarefas a serem executadas, discriminadas em planilhas que 
detalhem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A seguir é apresentado um exemplo de check-list para material gráfico e recursos 
humanos: 
 Responsável
/Setor/área 
Telefone 
ramal 
Empresa 
contratada/nome 
do contrato 
Telefone 
ramal 
Prazo 
final 
Material Gráfico 
Ficha de 
inscrição 
 
Folders 
Programa 
Pasta 
Certificado 
Cartaz 
Credencial 
Estacionamento 
 
 Crachá 
Recursos 
Humanos 
 
Recepcionistas 
Receptivo de 
autoridades 
 
Tradutor 
Assessoria de 
imprensa 
 
 Fotógrafo 
 Cinegrafista 
Operador de som 
SegurançaApoio de copa 
 Apoio limpeza 
Mestre de 
cerimônia 
 
 
 
 
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Convites 
Você já reparou a importância que os noivos dão ao convite da sua cerimônia de 
casamento? E os pais com os convites para as festas de aniversário dos filhos? 
Se forem os quinze anos da menina, nem se fala, não é mesmo? 
O mesmo deve acontecer com os convites dos eventos, cerimônias e recepções 
oficiais. 
Sabe por que? Os convites revelam muito da importância que a instituição que 
convida deseja dar ao evento que irá promover. 
As normas de cerimonial preconizam que a boa qualidade dos impressos 
utilizados em eventos são uma forma de identificar e qualificar quem os usa. 
Assim, todo e qualquer convite encerra uma mensagem pela qualidade do papel, 
do envelope e da impressão, além da correção do tratamento e do 
endereçamento. 
 
É interessante que a Casa Legislativa estabeleça se possível categorias 
diferenciadas de convites, a serem utilizados de acordo com os diferentes tipos 
de eventos realizados. 
 
A título de exemplo, o Senado Federal possui padrão de convites e de material 
impresso, destinado a diferenciar os diversos eventos e cerimônias que realiza, 
em função de seu grau de importância. 
 
 
Nunca se esqueça, o convite sempre encerra uma mensagem pela: 
 
 
 
 
 
 
 
Mas, quem convidar? Esta é uma pergunta que chega a dar dor de cabeça aos 
organizadores de qualquer evento, ainda mais se for oficial. A elaboração da lista 
de convidados é uma tarefa que requer cuidados especiais. 
 
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A lista deve ser cuidadosamente elaborada para se evitar situações 
desagradáveis. 
Em primeiro lugar, deve-se considerar a capacidade máxima do local do 
evento/cerimônia, que é o que determina de maneira geral o número de 
Qualidade do papel; 
Qualidade do envelope; 
 
Qualidade da impressão; e 
Correção do tratamento e do envelopamento. 
convidados, para em seguida, em função do objetivo do evento, decidir os 
convidados que farão parte da lista. 
O responsável pela organização dos eventos numa Casa Legislativa tem que 
cuidar para que o mailing esteja sempre atualizado de forma a evitar 
transtornos. Num mailing bem montado e atualizado devem constar os 
seguintes dados: nome completo, cargo, instituição, endereço completo com 
CEP, telefone, fax, e-mail para confirmação, e nome da(o) secretária(o) e 
telefone. 
Em cerimônias de posse ou homenagem é correto solicitar ao empossado ou 
homenageado a relação de pessoas que ele gostaria fossem convidadas. 
Hoje, com a informatização cada vez mais presente em nossas vidas é comum 
o envio de convites eletrônicos, usualmente encaminhados por e-mail. Bem 
como a utilização de cartões magnéticos para acesso a determinados tipos de 
eventos. 
Preste atenção com relação ao prazo mínimo de envio do convite. Dependendo 
do tipo do evento, uma antecedência mínima de expedição é exigida: 
 
 
 
 
 
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Roteiro para locutor 
Em geral, os eventos requerem a elaboração de um roteiro para orientar a 
apresentação do locutor. Entretanto, alguns cuidados específicos devem ser 
observados na sua elaboração e leitura. 
 
Reuniões informais – 3 dias; 
Reuniões formais – uma semana; 
 
Grandes eventos e recepções – quinze dias a três semanas; e 
Casamentos – de três semanas a um mês. 
O texto deve ser claro e objetivo, e impresso em fontes como Arial ou Times New 
Roman, em tamanho 14, para facilitar a leitura. E deve-se evitar, ao máximo, 
textos longos. 
Lembre-se: o destaque da cerimônia não é o locutor, mas este deve ter postura, 
voz clara e domínio do microfone. 
O roteiro, normalmente, divide-se em seis partes: título, acolhida, motivo ou 
tema, discursos, informações finais e despedida. 
 
TÍTULO 
 
É o cabeçalho do roteiro. Contém o nome do evento, a instituição 
organizadora/promotora, a data, o local e o horário. 
 
ACOLHIDA 
 
É a forma de saudação aos convidados e marca o início da cerimônia. Faz-se 
referência aos presentes, iniciando-se pelas mulheres, seguido dos 
cumprimentos usuais de bom dia, boa tarde ou boa noite. 
 
MOTIVO OU TEMA 
 
Texto breve que explica a razão do evento, compreendendo, no máximo, dois 
parágrafos. 
 
DISCURSOS, FALAS E PRONUNCIAMENTOS 
 
São ordenados em ordem crescente, conforme a precedência das autoridades 
que farão uso da palavra. 
INFORMAÇÕES FINAIS 
 
Informações complementares sobre possíveis desdobramentos do evento, tais 
como apresentação de coral, lançamento de livro, convite para coquetel, etc. 
 
DESPEDIDA 
 
É o encerramento da cerimônia. O locutor agradece a presença dos convidados 
e se despede com as formas usuais de bom dia, boa tarde ou boa noite. 
Muito bem! Você chegou ao final desta unidade. Reparou que só falta uma 
unidade para encerrar o curso? Então, vamos finalizar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 4 - A Mesa 
 
 
“O protocolo é o produto de uma reiterada prática 
de bem viver, cujas regras somente podem ser repelidas 
em virtude de preconceitos oriundos da inveja 
e da vaidade, ou então, frutos do descaso pelos valores sociais” 
Miguel Reale 
 
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Apresentação 
Em toda a história da civilização a mesa ocupa uma posição central, enquanto 
mobiliário, e outra simbólica, na medida em que eventos, comemorações e 
rituais, na maioria das vezes, ocorrem no seu entorno. 
Para o Legislativo, o termo tem um significado especial, tendo em vista que o 
colegiado que dirige as casas legislativas é denominado Mesa Diretora. 
ROMAGNOLI (1998:496) afirma com propriedade que “A mesa é, por 
excelência, o lugar da sociabilidade assim como o espaço onde se encontram o 
corpo e a alma, a matéria e o espírito, a exterioridade da etiqueta e a interioridade 
da ética”. 
Para comprovar o que o autor afirma você deve se lembrar que o imaginário 
popular sempre associa a pompa e a circunstância do protocolo com as refinadas 
recepções, cujo símbolo máximo é a mesa de banquete. 
Nesta unidade, você aprenderá um pouco sobre as regras relacionadas com as 
situações de cerimonial e eventos que tem uma mesa como ponto de partida. 
 
As cabeceiras de mesa nas recepções 
 
A distribuição dos convidados em uma mesa de almoço ou jantar passa 
necessariamente pela definição da cabeceira. Como você aprendeu no primeiro 
módulo, a partir dela é estabelecida a posição dos convidados pela ordem de 
precedência. 
 
São dois os tipos de cabeceira: a francesa e a inglesa. 
 
LINS (1991:78) explica que a cabeceira francesa é: 
 
 
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Nas mesas retangulares e estreitas as extremidades ficam vazias, ou podem ser 
ocupadas cada uma pelos homens de menor hierarquia. Nas mesas com as 
extremidades mais largas ou em formato oval, em cada extremidade pode ficar 
um casal, sempre os de menor precedência. 
De acordo com LINS (1991:78) a cabeceira inglesa “É colocada nas 
extremidades da mesa e a disposição dos convidados segue a mesma regra de 
intercalação de cavalheiros e damas por ordem de hierarquia”. 
 
A escolha do tipo de mesa e cabeceira é determinada em função: 
 
 Do tipo de reunião 
 Das características do local 
 Da quantidade de convidados 
 Do nível dos convidados 
 
E fique atento para as seguintes regras: 
 
 O número de participantes, incluindo os anfitriões, deve ser sempre um 
múltiplo de quatro mais dois, de forma a permitir a alternância 
cavalheiro\dama; 
 Em mesas mistas as mulheres têm a mesma precedência de seus 
maridos; 
 No caso de mulherescom cargo oficial, a precedência de seus maridos 
estará determinada pela sua posição em relação aos demais homens; 
 À mesa alternam-se homens e mulheres, ficando separados os membros 
de um casal. 
 Jamais se colocam mulheres nas pontas das mesas. 
 
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Tipos de mesa em eventos 
 
Como você aprendeu nas unidades anteriores, os objetivos do evento, suas 
características, o local de realização e o número de participantes esperados são 
determinantes para a definição de algumas decisões a serem tomadas. Uma 
delas é a forma como será montado o esquema de mesas. 
 
Existem vários modelos de disposição dos convidados/participantes. De acordo 
com CIACAGLIA (2008:146) os mais utilizados são: 
 
Disposição em "U" 
 
Facilita o convívio e participação dos convidados, sem prejudicar a 
movimentação do palestrante e a colocação de equipamentos. 
 
 
 
 
Disposição em Quadrado 
 
Permite excelente interação e proximidade entre os participantes. 
 
Disposição em "T" 
 
Ótima para agregar os participantes, ao mesmo tempo em que cria uma 
“cabeceira” para aqueles mais importantes e de maior precedência. 
 
 
Disposição em Círculo 
 
Todos os participantes têm uma excelente visão dos demais, é um esquema que 
possibilita a quebra de barreiras hierárquicas e facilita a integração. 
 
 
 
Auditório 
 
É o modelo mais empregado em eventos com grande número de participantes, 
onde a interação não é um dos objetivos. 
 
"Espinha de Peixe" 
 
Agrupa grande número de convidados, além de possibilitar uma certa interação 
entre eles. 
 
 
 
"Grupos" 
 
Utilizada quando se deseja trabalhar em grupos, num mesmo ambiente. Facilita 
o acompanhamento do desenvolvimento dos trabalhos pelos organizadores. 
 
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Composição de mesas 
Os termos mesa diretora, mesa principal e mesa de honra, têm definições 
muito similares. Todas referem-se à mesa composta por um número par ou 
ímpar de pessoas que irão conduzir a cerimônia. 
Usa-se a denominação mesa de honra quando a mesa é formada basicamente 
por autoridades. 
A definição dos lugares na mesa do evento é uma tarefa delicada e que requer 
muita atenção. O primeiro passo é ter bem definida a ordem de precedência a 
que cada convidado tem direito. 
Mas, não basta distribuir os convidados apenas considerando as normas gerais 
de precedência. Outros indicativos de precedência devem obrigatoriamente ser 
observados: 
 
 
 
 
 
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Quem irá presidir a mesa? 
Quem será o anfitrião? 
 
Quem são os convidados de honra ou homenageados? 
Há algum representante? 
 
 
Não se esqueça, também, do princípio da “Primazia da Direita” e da diferença 
entre Presidência e Precedência, tópicos tratados no módulo II. 
O centro da mesa será ocupado por quem irá presidir a cerimônia. Os demais 
convidados serão dispostos nos assentos à direita e à esquerda do presidente, 
a partir do centro, com base na ordem de precedência identificada. 
Um aspecto interessante que não pode ser esquecido é que nem todas as 
autoridades que compõem a mesa precisam fazer pronunciamentos. O ideal é 
que no máximo 5 pessoas façam uso da palavra. 
É muito importante que o roteiro final seja discutido com a autoridade que preside 
a cerimônia, de forma a evitar mal-entendidos e situações embaraçosas no 
decorrer do evento. 
A título de exemplificação, segue o esquema de uma Mesa Diretora de uma casa 
legislativa. O Presidente, ao conduzir as sessões, senta-se ao centro da mesa 
diretora do Plenário. Os demais membros da Comissão diretora que forem 
compor a mesa ficam dispostos nas cadeiras colocadas à direita e à esquerda 
do Presidente da Casa. 
 
 
 
 
 
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Ao longo do curso, você percebeu que as situações de emprego das normas e 
regras do cerimonial são as mais diversas possíveis. E que há toda uma base 
legal que orienta o seu emprego. 
Tenha sempre em mente que, apesar de todas as convenções e leis existentes, 
a lei máxima do cerimonial é o uso do bom senso. E o seu emprego é que 
determina a solenidade e a devida dignidade às cerimônias. 
Este curso apresentou de forma geral os aspectos mais importantes da sua 
prática. Nunca deixe de aprofundar os seus conhecimentos a respeito da sua 
atividade. Para ajudá-lo(a), foi disponibilizada uma lista contendo as referências 
bibliográficas empregadas durante o curso e alguns títulos de referência da área. 
E para refletir vale a pena ter em mente a afirmativa de KALIL (2007:94); 
 
 
Sucesso em sua caminhada profissional, que você tenha um longo tapete 
vermelho à sua frente. 
Até uma próxima oportunidade! 
Parabéns! Você chegou ao final do último módulo do curso Cerimonial no 
Ambiente Legislativo. 
Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo IV e resolva os Exercícios de 
Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como 
oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a 
plataforma de ensino faz a correção imediata das suas respostas! 
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra-se no 
Módulo de Conclusão. Lembramos que é por meio dela que você pode receber 
a sua certificação de conclusão do curso.

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