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Transgênicos na Agropecuária

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IFNMG CÂMPUS ARINOS
transgênicos na agropecuária
Naeudes Dimas Neres Dias
Vinicius Vieira
Caio Lopes
RESUMO
Os transgênicos são organismos ou culturas geneticamente modificadas (OGMs) que contêm um gene que foi artificialmente inserido, em vez de adquirido naturalmente por polinização como são as culturas convencionais. A “nova agricultura”, baseada em produtos transgênicos, aponta para uma menor degradação dos solos e do meio ambiente, com redução dos custos de produção e dos preços finais para o consumidor. Todavia, seus efeitos sobre a saúde humana ainda são desconhecidos e, por esse mesmo motivo, diversas restrições a esse tipo de alimentos vêm sendo impostas.
Palavras-chave: Transgênicos, organismos, gene, convencionais, agricultura, saúde humana.
INTRODUÇÃO
Todos os seres vivos apresentam, no interior de suas células, moléculas de DNA e/ou de RNA, chamadas de ácidos nucléicos. Os ácidos nucléicos são as biomoléculas celulares mais importantes, pois contêm o material genético do organismo, composto por uma sequência de genes (genoma). Os ácidos nucléicos são responsáveis pelo armazenamento e pela transmissão do material genético e pela sua tradução, que resulta na síntese das proteínas. (TUTIDA, FOGAÇA)
As proteínas fazem parte da estrutura de um ser vivo e estão relacionadas ao funcionamento do organismo deste ser, ajudando na produção de enzimas e hormônios. Os milhares de organismos existentes na natureza são determinados pelas diferenças proteicas, pois são as proteínas que determinam as características de um organismo, ou seja, o seu fenótipo. (TUTIDA, FOGAÇA)
	Quando o genoma de uma planta, de um animal ou de um microrganismo é modificado, alterando-se os genes existentes ou incorporando-se genes de outro organismo, as características ou fenótipo desse organismo também se alteram, resultando em um Organismo Transgênico ou Organismo Geneticamente Modificado (OGM). Se estes genes forem herdáveis, a descendência também será alterada. (TUTIDA, FOGAÇA)
	Com a tecnologia do DNA recombinante pode-se, de forma rápida, modificar a função de um gene pré-existente numa planta ou incorporar nesta um único gene diferente, correspondente a uma determinada característica que se deseja melhorar. A transferência de genes pode ocorrer entre diferentes espécies, de forma que, por exemplo, uma qualidade presente numa leguminosa pode ser transferida para um cereal, transferência impraticável sem essa tecnologia. (TUTIDA, FOGAÇA)
	Para os seus defensores, a tecnologia do DNA recombinante é, portanto, uma tecnologia moderna com grande potencial para aumentar a produtividade agrícola, reduzir o impacto ambiental da agricultura, minimizando o uso de pesticidas e melhorar a qualidade nutricional e tecnológica dos alimentos. E os alimentos que ela produz não são, necessariamente, menos seguros para a saúde. Assim como toda tecnologia, a transgenia deve ser avaliada e acompanhada por grupos científicos, órgãos governamentais e de segurança alimentar e organizações de defesa do consumidor. (TUTIDA, FOGAÇA)
	De maneira geral, o melhoramento genético de plantas tem-se constituído na solução mais curta, econômica e duradoura para o encontro da sustentabilidade da agricultura. Mesmo assim, os esquemas usuais de cruzamento e seleção de genótipos precisam ser refinados cada vez mais afim de torna-los mais diretos e menos aleatórios no processo de obtenção de indivíduos com características adequadas. A descoberta das leis da hereditariedade, bem como da natureza química do material genético, e a decifração do código genético foram condições primordiais para o surgimento da biotecnologia moderna que, por meio do desenvolvimento de métodos refinados com o uso de técnicas de biologia molecular permitiram a manipulação do material genético, hoje conhecida como tecnologia do DNA recombinante ou engenharia genética. (Valois, 2001)
	Assim surgiram as plantas que carregam em seu genoma a adição de DNA oriundo de uma fonte diferente do germoplasma paternal, denominadas de transgênicas. Estes genótipos melhorados por meio de técnicas modernas que usam Agrobacterium, biobalista, eletrosporação e outras, referem-se, principalmente, a cultivares de milho, algodão, soja, colza (canola), feijão, mamão, tomate, batata e arroz, dentre outras, com consistentes características de resistência a pragas e doenças, além de tolerância a herbicidas. (Valois, 2001)
	As principais vantagens que as técnicas de engenharia genética e os próprios transgênicos podem proporcionar ao melhoramento genético de plantas são as seguintes: 1) aumento da produção e da produtividade com redução de custos; 2) alternativa para a comercialização de produtos agrícolas; 3) melhor controle ambiental especialmente pela redução ou extinção do uso de agrotóxicos; 4) incremento da capacidade comparativa e competitiva na comercialização de produtos agrícolas diante de um mercado globalizado; 5) possibilidade da análise acurada dos produtos transgênicos para a total segurança alimentar e ambiental; 6) busca de caminhos alternativos para bem informar os produtores e consumidores sobre a origem dos transgênicos ; 7) aumento da variabilidade genética pela inserção de genes exógenos em genomas funcionais; 8) proporcionar maior velocidade na geração de novas cultivares; 9) tornar os programas de melhoramento genético direcionado adequadamente; 10) promover melhores condições para vencer impedimentos de ordem biótica e abiótica; 11) facilitar a exploração de condições ecológicas adversas pelo direcionamento da criação de novos genótipos adaptados; 12) inteligente meio para transpor as atuais barreiras de dificuldade de importação de relevantes recursos genéticos de seus centros de origem localizados em outros países, pois o genes exógenos podem exteriorizar semelhantes respostas fenotípicas de penetrância e expressividade em relação aos genes endógenos; 13) proporcionar o uso de alternativas genotípicas desejáveis não encontradas com facilidade na natureza; 14) melhoria da qualidade dos produtos agrícolas; 15) plena abertura de oportunidades para evitar o aparecimento de monopólios ou oligopólios na produção de sementes melhoradas e 16) consistir alternativa para contribuir com a mitigação ou extinção da fome, pobreza e miséria absoluta que assolam cerca de 18% da população mundial. (Valois, 2001)
Plantas Transgênicas
	A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem avançado na geração de plantas transgênicas, seguindo os métodos mais modernos e próprios, com a grande vantagem do uso de germoplasma do seu grande acervo, adaptado as condições ecológicas do Brasil. Esses trabalhos têm envolvido os seguintes produtos: a) feijão com resistência a vírus e insetos e tolerância a herbicidas; b) soja com resistência a insetos, tolerância a herbicidas, produção de hormônio de crescimento e insulina; c) algodão com resistência a insetos e tolerância a herbicidas; d) batata com resistência a vírus; e) mamão com resistência a vírus e fungos; f) banana com resistência a fungos; g) cacau com resistência a fungos; h) café com resistência a insetos; i) arroz para redução de altura; j) alface para a obtenção de planta biorreatora para produção de vacina contra a doença leishmaniose e l) milho para a melhoria da qualidade proteica, sempre considerando a independência e não exclusividade, em atenção ao particular interesse da sociedade brasileira. (Valois, 1998)
	Os genótipos já gerados atualmente estão passando pelos processos de análise da segurança biológica. Enquanto isso, outras instituições brasileiras têm desenvolvido esforços para a geração de genótipos transgênicos de cana-de-açúcar, eucalipto, cacau, soja, milho, arroz e algodão. (Valois, 2001)
 
Resistência a insetos
Um exemplo de sucesso no melhoramento de plantas para a resistência aos insetos são os cultivares transgênicos com o gene Bt (Bacillus thuringiensis). O primeiro cultivar transgênico Bt foi lançado em 1995 nos EUA, uma batata expressando a proteína cry3A paracontrole da broca. Com isso, houve a redução de 40% do uso de inseticidas químicos nessa cultura. Posteriormente, o gene foi introduzido em algodão e milho. Em 2011, 160 milhões de hectares foram ocupados com cultivares geneticamente modificados (GM) em diferentes países. (Borém, 2013)
	Além das plantas transgênicas ser resistente a insetos tem várias vantagens como, Resistência às doenças, Qualidade nutricional, Tolerância às condições adversas de clima e solo, introdução de caracteres exóticas, Plantas ornamentais, Biocombustíveis.
Aspectos negativos ligados à produção e consumo de
Alimentos transgênicos
	Algumas consequências negativas que são apontadas pelos ambientalistas e demais opositores à produção transgênica como possíveis pelo uso da engenharia genética referem-se basicamente à (ao): aumento da contaminação dos solos e dos lençóis freáticos; surgimento e/ou desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma ampla gama de antibióticos e agrotóxicos; aparecimento de alergias e de novas viroses; ameaça às plantas silvestres e às variedades nativas, reduzindo assim a biodiversidade; e à maior vulnerabilidade dos países do terceiro mundo aos riscos ambientais do que os países ricos, por terem aqueles uma maior biodiversidade. Outros potenciais de riscos dos OGM são: o perigo de inadvertidamente introduzir-se alérgenos e outros fatores antinutricionais nos alimentos; a possibilidade de transgênicos escaparem de culturas e hibridizarem-se com espécies silvestres; a possibilidade de culturas transgênicas introduzirem resistência a antibióticos em animais ou em humanos; a possibilidade de pragas ou insetos desenvolverem resistência a toxinas produzidas por culturas geneticamente modificadas, além do risco de essas toxinas afetarem outras pragas ou organismos não-alvos. Portanto, para os consumidores, os OGM apresentam risco, tendo em vista que não há ainda estudos suficientes e consistentes sobre os efeitos de seu uso prolongado sobre o organismo humano. Quanto à questão do preço dos produtos, as empresas afirmam que terão um custo maior devido ao adicional gasto com a rotulagem. (Almeida, Lamounier, 2005)
	
 TESTES FEITOS EM RATOS COM ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
	Outros testes feitos em ratos com batatas transgênicas apontaram crescimento das células potencialmente pré-cancerígenas no trato digestório; inibição no desenvolvimento de seus cérebros, fígados e testículos; atrofia parcial do fígado; aumento do tamanho dos pâncreas e intestinos; e danos ao sistema imunológico. A causa não foi o inseticida, mas, com toda probabilidade, foi o processo de engenharia genética. (Smith, ex1, 2009)
	Outro teste em ratos porem com tomates GM tiveram sangramento estomacais, muitos morreram, ratos foram alimentados com o tomate transgênico FlavrSavr por 28 dias. Dos 20 ratos, 7 desenvolveram lesões estomacais (sangramentos estomacais); outros 7 de 40 morreram dentro de duas semanas e foram substituídos no estudo. (Smith, ex1, 2009)
	O milho Mon 863 é projetado para matar larvas de Diabrotica (vaquinhas). Ele contém um gene modificado de uma bactéria de solo que produz a toxina Bt (Cry3Bb1). Durante um experimento em ratos, de 90 dias de alimentação, um grupo de 20 machos e 20 fêmeas alimentados com o milho desenvolveu múltiplas reações. As mudanças incluíram aquelas tipicamente encontradas em respostas a alergias, infecções, toxinas e doenças, incluindo câncer, anemia e problemas de pressão sanguínea. Também foi encontrado um aumento nos níveis de açúcar no sangue, de inflamação de rins e lesões de fígado e rins. (Smith, ex1, 2009)
Primeiro transgênico Brasileiro
	O Brasil já tem o seu primeiro transgênico desenvolvido inteiramente no país. Depois de 12 anos de trabalho, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou uma nova soja transgênica, em setembro de 2007. A inovação está na modificação do genoma da planta da soja com a inserção de um único gene, o Ahas, extraído da Arabidopsis thaliana, planta usada na produção de herbicidas da classe imidazolinonas.
	A pesquisa teve apoio da multinacional alemã Basf, que tem a patente do gene Ahas. A Embrapa depositou um pedido da tecnologia de transformação genética no Inpi - Instituto Nacional da Propriedade Industrial - para conseguir a patente do processo.
	O novo produto, entrou no mercado em 2011, concorre com sementes de soja tolerantes ao glifosato.
CONCLUSÃO
	Mesmo reconhecendo que o problema da segurança alimentar poderá ser minorado, em parte, com uma melhor distribuição dos alimentos, é importante salientar que para atender às necessidades futuras e permitir um crescimento sustentável, a pesquisa agrícola deverá utilizar todas as tecnologias, incluindo as modernas biotecnologias, que vêm apresentando um desenvolvimento vertiginoso. De particular importância é a engenharia genética, que envolve a produção e uso de plantas transgênicas. Apesar da incerteza acerca das culturas de OGM, um fator ficou claro: essa tecnologia, com seu potencial de criar variedades de culturas comerciais economicamente importantes, é simplesmente muito valiosa para ser ignorada. Há, porém, algumas preocupações e questões válidas, tais como: a possibilidade de contaminação dos solos e dos lençóis freáticos; o surgimento e/ou desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma ampla gama de antibióticos e agrotóxicos e a possibilidade de multinacionais monopolizarem a tecnologia genética. Para que essas questões sejam resolvidas com esclarecimento, as decisões e análises deverão estar fundamentadas em informações com profundo embasamento científico. À medida que os processos regulatórios de plantio e comercialização das plantas transgênicas, resistentes a insetos e pragas, forem evoluindo em direção à adoção da tecnologia, estudos de monitoramento de populações de inimigos naturais terão de ser conduzidos em áreas extensas, pois as diversas situações que podem ser encontradas no campo podem afetar as relações existentes entre espécies que habitam os agrossistemas. (ALMEIDA, LAMOUNIER, 2005)
	Historicamente, um alimento preparado e utilizado de maneira tradicional é considerado seguro com base na experiência adquirida ao longo do tempo. Presume-se, em princípio, que um alimento seja seguro, a não ser que um perigo significativo tenha sido identificado. Ao mesmo tempo, reconhece-se que alimentos podem naturalmente conter vários antinutrientes e toxinas que, em determinados níveis de consumo, podem induzir efeitos deletérios em seres humanos e animais, ou seja, muitos alimentos tradicionais considerados seguros podem não sê-lo sob determinadas circunstâncias (LAJOLO, NUTTI, 2003)
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, G.C.S. de & LAMOUNIER, W.M. Os Alimentos Transgênicos na agricultura brasileira: Evolução e Perspectiva, Organização Rurais e Agroindústrias, Lavras, v.7, n.3, p.345-355, 2005
BORÉM, A.; MIRANDA, G.V.; Melhoramento de plantas. 6. ed. rev. e ampl. - Viçosa, MG: Ed. UFV, 2013. 523p.: il; 22 cm.
Diogo Tutida e Rafaela Fogaça, como funcionam os alimentos transgênicos Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/transgenicos.htm
JEFFREY M. SMITH, Roleta Genética, Riscos Documentados dos Alimentos transgênicos sobre a saúde, ex1 2009.
LAJOLO, F.M & NUTTI, M.R. Transgênicos: bases cientificas da sua segurança / Franco Maria Lajolo, Marília Regini Nutti. - São Paulo: SBAN, 2003. 112 p.: il.
VALOIS, A.C.C. Importância dos transgênicos para agricultura, Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v.18, n.º 1, p.27-53, jan/abril. 2001

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