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Textos Científicos e Textos Jornalisticos

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DIFERENÇAS ENTRE TEXTOS CIENTÍFICOS E TEXTOS JORNALÍSTICOS
Alícia Santos de Carvalho Alves
Dalila Liz
Samanta Coelho Rodrigues
Thuany Zenite da Silva
Tutora: Professora Annelise do Vale Pereira de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Educação Física (Lef 0191/01) – Prática do Módulo I
28/06/2017
RESUMO
 Para cada texto produzido, existe uma gama de recursos metodológicos a serem estudados individualmente, deve-se pensar em sua estrutura conceitual e contextual para determinar a finalidade da qual se destina, levar a mensagem do emissor para o receptor com o mínimo de ruídos possíveis. Por este motivo, os textos científicos e jornalísticos possuem características distintas, o cientifico utilizado na construção do conhecimento por meio de investigação, seja ela cientifica, artística ou filosófica; e o jornalístico onde se realiza a apuração dos fatos, envolvendo o tema e a veracidade dos fatos de forma objetiva e precisa presentes nos meios de comunicação. O objetivo principal deste estudo é demonstrar o conceito dos textos científicos e jornalísticos, o texto científico tem a função de transmitir informações e resultados de um estudo cientifico; já o jornalístico é informar e proporcionar entretenimento de algo que acontece de novo. Os tipos de textos científicos são os livros, que é o modelo clássico e em artigos, que são publicados em revistas periódicas, já os tipos de textos jornalísticos, são as noticias, que é um texto informativo, o editorial um texto opinativo e Notas onde o texto é curto e só apresentado o lide. A linguagem cientifica é pela norma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e a jornalística deve ser objetiva e clara. . Sendo assim o texto cientifico é baseado em dados científicos e o jornalístico é baseado em circunstâncias.
Palavras-chave: Estudo científico. ABNT. Texto informativo.
1 INTRODUÇÃO
Cada tipo de texto possui sua finalidade, tendo funções distintas, no entanto tem suas diferenças, como acontece nos textos científicos e jornalísticos. Assim, a linguagem usada em um texto varia de acordo com o seu propósito ou os leitores para quem ele é escrito. Os textos científicos são utilizados para trabalhos ou estudos científicos e já os jornalísticos para informar ou anunciar algo.
Segundo Félix (2017), O texto científico é uma produção textual, uma narrativa escrita que aborda algum conceito ou teoria, com base no conhecimento científico através da linguagem cientifica. Um texto científico é construído com linguagem científica, usando certos padrões que no Brasil são determinados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Muitas vezes os textos científicos expressam resultados obtidos em algum tipo de experiência, e tem como público-alvo outros elementos da comunidade cientifica interessado também pelo mesmo objeto de estudo. Possui diversos tópicos, dentre eles destacam-se: texto acadêmico, linguagem acadêmica, tipos de textos acadêmicos. 
Segundo Silva (2015), textos jornalísticos são aqueles veiculados pelos jornais, revistas, rádio, e televisão, com objetivo de informar sobre algo de entreter. Dentro de um jornal existem várias sessões que, por sua vez, são compostos por vários tipos de textos. Genericamente, os textos que se apresentam são denominados matérias e possuem caráter informativo. Existem algumas características que são comuns a todos os textos jornalísticos, enquanto outras servem para diferenciá-las. A linguagem jornalística deve ser clara, simples, imparcial e objetiva, a fim de expor ao emissor as principais informações sobre o tema. No que se refere à sua estrutura gramatical, geralmente o texto jornalístico apresenta frases curtas e idéias sucintas, favorecendo assim, a objetividade do texto. O jornal é um veículo que apresenta diferentes gêneros textuais, com o desenvolvimento de diversos tipos de textos, dentre os quais estão narrativo, descritivos, dissertativo-opinativo, injuntivo e expositivo. Alguns tipos de textos jornalísticos são: noticia editorial, crônica. No geral, o processo de produção de um texto jornalístico é dividido nas seguintes fases: pauta, apuração, redação, edição.
Neste trabalho será esclarecida a importância e relevância do texto científico e jornalístico.
2 TEXTOS CIENTIFICOS
	Texto científico é o nome dado para a produção textual cujo objetivo principal é transmitir ideias ou resultados de um estudo, trabalho ou pesquisa de cunho científico.
Muito usado em escolas, faculdades e universidades, o texto científico é transmissor de informações através de linguagem científica, adequada ao que foi pesquisado. Aborda teoria ou conhecimento sobre um determinado nicho e tem características próprias. 
Sua circulação se dá normalmente em periódicos e revistas específicas, além de sites e portais de cunho educacional, de pesquisa e extensão. Ele também é solicitado em cursos superiores e de extensão como trabalho de conclusão. No texto acadêmico é necessário utilizar uma linguagem formal, e de forma objetiva, normalmente segue padrões estabelecidos. Geralmente o espaçamento, tamanho, tipo de fonte, a utilização de negrito e itálico seguem padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). <disponível em https://www.significadosbr.com.br/texto-cientifico>
3 LINGUAGEM CIENTÍFICA
A linguagem utilizada em textos científicos é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Fundada em 1940, a ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico do país.
É uma instituição particular, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n.º 7 do CONMETRO, de 24 agosto de 1992. A ABNT é membro fundador da ISO (InternationalOrganization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação MERCOSUL de Normalização) e a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: 
 ISO – International Organization for Standardization 
 IEC – International ElectrotechnicalComission
 COPANT – Comissão Panamericana de Normas Técnicas 
 AMN – Associação MERCOSUL de Normalização 
Norma é o documento técnico que estabelece as regras e características mínimas que determinado produto, serviço ou processodeve cumprir, permitindo uma perfeita ordenação e a globalização dessas atividades ou produtos. As Normas são fatores vitais para que a evolução tecnológica nacional acompanhe com sucesso o processo de globalização mundial. Com as normas, é possível trabalhar com um padrão tecnológico, pois elas permitem que haja consenso entre produtores, governo e consumidores.
Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida por meio de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.
No desenvolvimento de um tema de pesquisa, o aluno/leitor se utiliza de outros autores e faz citações com a finalidade de: “... exemplificar, esclarecer, confirmar ou documentar a interpretação de idéias contidas no texto (...)” (ANDRADE, 2010, p.91). Esses textos vão ser incorporados a o trabalho em formato de citação, obedecendo à norma específica, ABNT NBR 10520. 
As citações podem ser diretas, entre aspas, quando se usa o próprio texto do autor (transcrição exata), e pode ser indireta quando se retira do texto apenas a idéia do autor (citação livre) sem fazer cópia do seu texto. 
Exemplo de citação direta com menos de 3 (três) linhas: 
“Todos os documentos identificados, localizados e obtidos devem ser lidos para a seleção daqueles que serão considerados na pesquisa acadêmica” 
(PASQUARELLI, 2006, p.30). 
Exemplo de citação direta com mais de 3 (três)linhas: 
São mantidas as partes principais dos trabalhos científicos em geral, sendo específicas a estas monografias acadêmicas, em contraposição aos trabalhos didáticos comuns, as seguintes partes: apágina de dedicatória, a página de aprovação e o resumo. (SEVERINO, 2002, p. 165). 
Exemplo de citação indireta: 
A crítica sobre o texto lido, segundo Pasquarelli (2006), deve ser bem objetiva e imparcial e o mais importante é identificar a intenção do autor para compreendê-lo e não para alterar suas concepções. Nos casos em que o texto de interesse para ser citado já é uma citação e não foi possível ter acesso ao texto original dessa citação, pode ser feitauma citação da citação. 
Exemplo de citação da citação: 
Para Best(1972,p.152 apud MARCONI; LAKATOS,2007, p.169), aanálise e interpretação dos dados “representa a aplicação lógica dedutivae, indutiva do processo de investigação”. 
Para usar esse tipo de citação deve-se esgotar a busca pelo documento original, poisse corre o risco de haver distorções de interpretação de texto pelo autor da citação. 
Os Sistemas de Chamada para citações podem ser:Autor-Data (o mais utilizado) ou Sistema de Chamada Numérico.
4 TRABALHOS CIENTÍFICOS
Os trabalhos científicos devem ser elaborados de acordo com normas preestabelecidas e com os fins a que se destinam. Inéditos ou originais e contribuírem não só para a ampliação de conhecimentos ou a compreensão de certos problemas, mas também servirem de modelo ou oferecer subsídios para outros trabalhos. 
Para Salvador (1980), os trabalhos científicos, originais, devem permitir a outro pesquisador, baseado nas informações dadas: reproduzir as experiências e obter os resultados descritos, com a mesma precisão e sem ultrapassar a margem de erro indicada pelo autor; repetir as observações e julgar as conclusões do autor; verificar a exatidão das análises e deduções que permitiram ao autor chegar às conclusões." 
Rey (1978) aponta como trabalhos científicos: “Observações ou descrições originais de fenômenos naturais, espécies novas, estruturas e funções, mutações e variações, dados ecológicos etc. Trabalhos experimentais cobrindo os mais variados campos e representando uma das mais férteis modalidades de investigação, por submeter o fenômeno estudado às condições controladas da experiência. Trabalhos teóricos de análise ou síntese de conhecimentos, levando à produção de conceitos novos por via indutiva ou dedutiva; apresentação de hipóteses, teorias etc."
Os trabalhos científicos podem ser realizados com base em fontes de informações primárias ou secundárias e elaborados de várias formas, de acordo com a metodologia e com os objetivos propostos. 
4.1 MONOGRAFIA 
Descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer, dissertação ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da ciência, da arte, da história etc. ou "trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance" (American Library Association). 
Estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina. Algumas características da monografia são: trabalho escrito, sistemático e completo; tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela; estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso; metodologia específica, entre outras.
A característica essencial não é a extensão, como alguns autores citam, mas o caráter do trabalho (tratamento de um tema delimitado) e a qualidade da tarefa, ou seja, o nível da pesquisa, que está ligado aos objetivos propostos para a sua elaboração. A monografia implica originalidade, mas até certo ponto, uma vez que é impossível obter total novidade em um trabalho; isto é relativo, pois a ciência, sendo acumulativa, está sujeita a contínuas revisões. 
4.2 DISSERTAÇÃO
Dissertação é "um estudo teórico, de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de ideias sobre determinado tema" (Salvador, 1980); "aplicação de uma teoria existente para analisar determinado problema" (Rehfeldt, 1980); ou "trabalho feito nos moldes da tese com a peculiaridade de ser ainda uma tese inicial ou em miniatura" (Salomon, 1999).
Dissertação é, portanto, um tipo de trabalho científico apresentado ao final do curso de pós-graduação, visando obter o título de mestre. Requer defesa de tese. Tem caráter didático, pois se constitui em um treinamento ou iniciação à investigação. Como estudo teórico, de natureza reflexiva, requer sistematização, ordenação e interpretação dos dados. Por ser um estudo formal, exige metodologia própria do trabalho científico. Situa-se entre a monografia e a tese, porque aborda temas em maior extensão e profundidade do que a primeira e é fruto de reflexão e de rigor científico, próprio da tese.
A estrutura e o plano de trabalho da dissertação praticamente são idênticos aos da tese, mas esta se distingue da dissertação pela contribuição significativa na solução de problemas importantes, colaborando para o avanço científico, na área em que o estudo se realiza. 
Para Salomon (1999), há dois tipos de dissertação:
Dissertação monográfica ou tratamento escrito de assunto específico, com metodologia adequada e de caráter eminentemente didático;
Dissertação científica ou tratamento escrito, original, de assunto específico, com metodologia própria que resulte de pesquisa pura ou aplicada. 
Para Salvador (1980), a dissertação pode ser:
Expositiva. Quando reúne e relaciona material obtido de diferentes fontes, expondo o assunto com fidedignidade e demonstrando habilidade não só de levantamento, mas também de organização.
Argumentativa. Quando requer interpretação das ideias apresentadas e posicionamento do pesquisador.
Alguns autores usam os termos tese de mestrado e memória doutoral, apondo-se aos citados anteriormente, mas é menos usual. A dissertação (tese de mestrado) é de natureza semelhante à tese (memória doutoral), no sentido de que contribui de modo substancial, na solução de problemas importantes. Além dos aspectos de qualidade, existem as limitações de tempo, de fundos e de esforços, que geralmente restringem a extensão e a quantidade do estudo, aspectos que não podem deixar de ser considerados em trabalhos desse tipo. 
4.3 TESE
Tese é uma das modalidades de trabalho científico cuja origem se encontra na Idade Média. Na época das universidades a defesa de tese representava "o momento culminante de quem aspirava ao título de "doutor" (Salomon, 1999). Hoje, a exigência da tese faz-se em dois níveis: para obtenção do título de doutor ou de livre-docente.
São várias, mas não contraditórias, as definições de teses, formuladas por diferentes autores. Tese é "opinião ou posição que alguém sustenta e está preparado para defender" (Barrass, 1979); "proposição que trata de demonstrar (...), enunciação prévia do assunto ou doutrina, objeto de exame e discussão", que se deve "apresentar, sustentar e defender em discussão pública contra objeções que lhe devem opor os examinadores" (Vega, 1969); proposição clara e terminantemente formulada em um de seus aspectos formal e material, e que se submete à discussão ou prova; "ato culminante do pensar reflexivo" (Whitney, 1958). Para Leite (1978) a tese é "um instrumento de pesquisa destinado a promover a aquisição de novos conhecimentos com o objetivo de interpretação, predição e controle do fenômeno em estudo". Severino (2000) considera que tese é uma "abordagem de um único tema, que exige pesquisa própria da área científica em que se situa, com os instrumentos metodológicos específicos", podendo ser de origem experimental, histórica ou filosófica, versando sempre "sobre um tema único, específico, delimitado e restrito".
A tese apresenta o mais alto nível de pesquisa e requer não só exposição e explicação do material coletado, mas também,e principalmente, análise e interpretação dos dados. É um tipo de trabalho científico que levanta, coloca e soluciona problemas; argumenta e apresenta razões baseadas na evidência dos fatos, com o objetivo de provar se as hipóteses levantadas são falsas ou verdadeiras. A tese pode ser considerada como um teste de conhecimento para o candidato, que deve demonstrar capacidade de imaginação, de criatividade, e habilidade não só para relatar o trabalho, mas também para apresentar soluções para determinado problema. 
5 TEXTOS JORNALISTICOS
Os textos jornalísticos têm a finalidade de informar. É realizada a apuração dos fatos que envolvem o tema para confirmar a veracidade do conteúdo. Em seguida, é feita a elaboração do texto. A escrita jornalística precisa objetiva, com frases curtas e numa linguagem simples, para que a compreensão do conteúdo seja fácil. O texto jornalístico está presente em todos os meios de comunicação, adaptado conforme o tipo de veiculação. A base da redação se concentra no lide, onde estão às respostas para as principais informações do conteúdo a ser tratado (o quê, quem, quando, onde, como e por quê). < disponível em: http://academiadojornalista.com.br/dicas/diferencas-entre-textos-jornalisticos-e-academicos/ >
6 LIDE
O termo "lide", aportuguesado do inglês "lead" (conduzir), é empregado em jornalismo para resumir a função do primeiro parágrafo, que consiste em sintetizar a notícia e conduzir o interesse do leitor para a leitura dos demais parágrafos. Zamboni (1997) observa que "o discurso jornalístico opera uma reversão da superestrutura do texto científico: as conclusões das pesquisas e as potenciais aplicações de seus resultados no cotidiano das pessoas ganham posição de destaque". O trecho abaixo, do parágrafo inicial de um dos textos do meu corpus de análise, mostra que o lide de um texto noticioso, em jornalismo científico, pode apresentar as conclusões antes mesmo de mencionar a pesquisa que está sendo divulgada.
Folhetos produzidos por laboratórios farmacêuticos sobre novos contraceptivos, que podem suprimir a menstruação, trazem imagens e textos que tratam a menstruação como algo indesejável, inconveniente e, além disso, como a causa de efeitos como cólicas e síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) e de doenças como anemia e endometriose. Essas são algumas conclusões a que chegou uma pesquisa de mestrado... (ComCiência, 2003b)
O outro texto do meu corpus de análise destaca as potenciais aplicações da pesquisa não apenas no final do lide, mas já no título da notícia: "Síntese de proteínas pode levar a novos medicamentos". A estrutura clássica do lide noticioso, que responde às questões principais em torno de um fato (o quê, quem, quando, como, onde, por quê), é precedida, nesse caso, por uma breve apresentação ao leitor da área que será divulgada:
Depois dos avanços no seqüenciamento de genomas de plantas e animais, vem crescendo, no campo das biotecnologias, a demanda por estudos ligados ao 'proteoma', que pretendem determinar a composição, estrutura e funções de todas as proteínas. A tese de doutorado Caracterização e seqüenciamento de peptídeos e proteínas por espectrometria de massa, por exemplo, defendida, no dia 11 de fevereiro, por Ricardo Bastos Cunha, na Universidade de Brasília (UnB), contribuiu para estudos de cinco laboratórios do país e pode levar à produção de novos medicamentos. (ComCiência, 2003a)
Contudo, a priorização de conclusões e resultados, apontada por Zamboni (1997) e observada nos exemplos acima, não se restringe ao jornalismo científico. Trata-se do que, no jargão jornalístico, é conhecido por "pirâmide invertida", "técnica de redação jornalística pela qual as informações mais importantes são dadas no início do texto e as demais, em hierarquização decrescente, vêm em seguida" (Folha de São Paulo, 1992, p.100). Uma notícia sobre esporte, como futebol, por exemplo, geralmente, apresenta primeiro o resultado de um jogo para, depois, mencionar se, durante a partida, algum jogador foi expulso, se outro perdeu um pênalti ou se os goleiros fizeram defesas espetaculares.
A hierarquização de importância das informações é, sem dúvida, um juízo de valor que, conseqüentemente, envolve certo grau de subjetividade. Mas tanto a possibilidade de produção de novos medicamentos (no caso da notícia sobre ciência), quanto o resultado de um jogo (no caso da notícia sobre esporte), é facilmente identificável como aquilo que o Novo Manual da Redação da Folha de S. Paulo chama de informação mais importante a ser noticiada. No próximo item, apresento algumas posições da AD em relação às escolhas, em termos de estilo verbal, que se operam na produção de discursos, para mostrar, com exemplos do jornalismo científico, o trabalho de seleção de recursos lexicais e fraseológicos da língua realizados na tarefa de divulgação da ciência para o público leigo.
7 LINGUAGEM JORNALISTICA
A linguagem jornalística pode ser abordada de acordo com gêneros textuais, como o narrativo, o descritivo, o opinativo-dissertativo, etc. Para cada estilo é possível desenvolver um texto correspondente.
Para Marcushi (2003), podemos compreender “Gênero”, como sendo:
“Textos orais ou escritos materializados em situações comunicativas recorrentes. Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária com padrões sócio-comunicativos característicos definidos por sua composição, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados por forças históricas, sociais, institucionais e tecnológicas.” Na contemporaneidade, os gêneros servem, de acordo com Pereira e Rocha (2006), como “um instrumento que permite aos produtores e receptores codificar e decodificar seus textos”. As pesquisas neste campo estão em constante atualização já que “há uma evolução nos gêneros, e isso é permitido pelas transformações da sociedade, porque o gênero está vinculado às características de espaço/tempo” (PEREIRA & ROCHA, 2006). 
A teoria classificatória dos gêneros jornalísticos não se criou inicialmente com uma preocupação filológica ou literária, mas como umatécnica de trabalho para a análise sociológica de caráter quantitativo das mensagens que apareciam na imprensa [...] tornando-se um método seguro para a organização pedagógica dos estudos universitários sobre Jornalismo. (PARRAT, 2001)
8 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS GÊNEROS
Proposta por Marques de Melo:
Critério funcional: a intencionalidade presente nos relatos (informar, opinar e entreter)
Critério morfológico: a forma como o relato é produzido; a natureza estrutural do relato (recursos, padrão linguistico-discursivo)
Diz Melo (2010):
“O jornalismo brasileiro permanece polarizado entre os gêneros informativo e opinativo. Contudo, suas tendências residuais evidenciaram o aparecimento de outros gêneros, seja de forma episódica ou intermitente, nos diversos tipos de veículos e formatos jornalísticos apresentados”. “Essa estrutura permanece básica até hoje, não se alterou. O que houve, na verdade, foi o surgimento de novos gêneros, que atendem a novas funções. O gênero é funcional”. (Ibdem)
9 TIPOS DE TEXTOS JORNALISTICOS
Classificação de Luiz Beltrão (1980)
Jornalismo Informativo: notícia; reportagem; história de interesse humano; informação pela imagem.
Jornalismo Interpretativo: reportagem em profundidade
Jornalismo Opinativo: editorial; artigo; crônica; opinião ilustrada; opinião do leitor.
Classificação de Melo (1985/2003)
Jornalismo Informativo: nota; notícia; reportagem; entrevista.
Jornalismo Opinativo: editorial; comentário; artigo; resenha; coluna; crônica; caricatura; carta.
Jornalismo Utilitário: indicador; cotação; roteiro; serviço.
Jornalismo Diversional: textos com forte marcação de recursos da literatura e da ficção e apelo emotivo históriade interesse humano e história colorida.
Jornalismo Interpretativo: dossiê; perfil; enquete; cronologia.
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se dizer que o principal objetivo do texto científico, é a característica pela afirmação sintética da ideia central do trabalho e textosrelevantes apresentados no texto. A apresentação do texto segue normas e diretrizes específicas. Deve apresentar deduções lógicas, contendo novos comentários e sugestões próprias dos pesquisadores. Uma das diferenças importantes que podemos citar é a maneira como o texto científico tem como base de investigação cultural e filosófica. Então assim é realizado um estudo científico sobre um tema específico, baseada em fontes confiáveis que podem ser apresentadas como referência. 
 Já os textos jornalísticos tem grande representatividade, então o jornalista faz a escolha do que é relevante para serem publicadas, simplesmente dando a notícia. Os textos jornalísticos, como principal função deve informar os seus leitores, e a produção do seu texto é realizada com a apuração dos fatos que envolvem o tema para confirmar o seu conteúdo. 
Essas duas culturas profissionais tem definição literal diferente, a linguagem utilizada no texto cientifico é norma da ABNT, já da jornalística é objetiva com frases curtas e linguagem simples. O texto científico tem diferença do texto jornalístico, pois o científico está presente em trabalhos ou pesquisas e o jornalístico em vários meios de comunicação, como por exemplo: televisores, rádios, mídias e internet. 
11 REFERENCIAS
FELIX, Fernanda. Aprenda as diferenças entre textos jornalísticos e acadêmicos. Disponível na Internet via: URL: http://academiadojornalista.com.br/dicas/diferencas-entre-textos-jornalisticos-e-academicos/. 23/03/2017.
ALVES, Maria Bernadete Martins; ARRUDA, Susana M. de. Como fazer referências: bibliográficas, eletrônicas e demais formas de documentos. [S.l.:UFSC], 2007. Disponível em: <http://www.bu.ufsc.br/home982.PDF>. Acesso em: 01 ago. 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 14724:informação e documentação: trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
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Teoria e Prática. São Paulo: Ed. Scipone. Col. Margens do texto, 1993.
COELHO, Paulo Vinícius. Jornalismo Esportivo. São Paulo: Contexto, 2003. 
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MELO, José Marques de. Jornalismo Opinativo. 3. Ed. Campos do Jordão:Mantiqueira, 2003.
PEREIRA, Rose. ROCHA, Thaís. Discurso midiático: análise retórico-jornalística do gênero editorial. Maceió: UFAL, 2006. 93 p. Monografia (Bacharel em Jornalismo) – Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes da Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2007
VILAS-BOAS, Sergio (org.). Formação e Informação Esportiva, São Paulo: Summus Editorial, 2005. MARCUSHI, Luiz Antônio. A questão do suporte dos gêneros textuais. Língua, lingüística e literatura, João Pessoa, v. 1, n.1, p. 9-40, 2003.
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CASTRO, Cláudio de Moura. Estrutura e apresentação de publicações científicas. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. 
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harper &Row do Brasil, 1979. 
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