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RESENHA HISTORIA DO DIREITO A CIDADE ANTIGA

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LIVRO SEGUNDO: A FAMÍLIA
COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. Estudos sobre o culto, o direito e as instituições da Grécia e da Roma. (Trad. Jonas C. Leite e Eduardo Fonseca). São Paulo: HEMUS, 1975. Pág 33-91.
Anna Maria De Araújo Ciufa
CAPÍTULO I – A Religião Foi o Princípio Constitutivo da Família Antiga
 
O primeiro capítulo descreve a religião como o princípio construtivo da família greco-romana antiga e fala dos costumes de cada família e suas crenças.
O que forma a família é a religião do fogo sagrado e o culto aos antepassados. A família é um grupo de pessoas que a invocavam os mesmos manes o oferecem banquetes fúnebres aos mesmos antepassados.
Perto das casas ficavam os túmulos de várias gerações de antepassados, acreditavam que a família formava um só corpo nesta vida e na próxima, as famílias se reúnem nos túmulos de seus ancestrais, que consideravam deuses, oferecem a eles banquetes fúnebres e em troca podem-lhes proteção, prosperidade, etc.
CAPÍTULO II – O Casamento
O segundo capitulo descreve o casamento como a primeira instituição estabelecida pela religião doméstica, fala que essa religião era transmitida somente de varão para varão, porém a mulher também tomava parte no culto.
Quando a filha fosse pedida em casamento, não era tão simples como sair de uma casa e ir para outra, ela devia desfazer todo laço familiar e passar a adorar aos antepassados do seu marido, pois não se pode pertencer nem a duas famílias, nem a duas religiões. Para o jovem o casamento também é muito sério, pois ira introduzir no seu lar uma estranha, e com a companhia dela, oficializar suas cerimônias, revelando a ela, ritos e formulas que formam o alicerce da família.
A cerimonia era realizada em casa, presidida pelo deus doméstico e era composta por três atos: enghyesis, pompé e télos. O primeiro era realizado na casa do pai, no qual o ele oferece um sacrifício e pronuncia uma formula sacramental e entrega sua filha. O segundo era a passagem de um lar para outro no qual a jovem é colocada sobre um carro com o rosto coberto com um véu, uma coroa na cabeça e um vestido branco, carregando archotes e durante o percurso são cantados hinos em seu redor. Ao chegar na sua nova residência, a moça é pega no colo por seu marido, simulando um rapto onde ela devera gritar, e as mulheres que a acompanham finjam a defender. E o terceiro, já no interior de sua nova residência, a esposa é colocada em frente ao fogo sagrado, ser aspergida por agua lustral e toca o fogo sagrado. Então os esposos fazem orações um para o outro e compartilham um bolo, um pão e algumas frutas.
A poligamia não era permitida pois a união conjugal era algo mais que uma relação entre sexos e uma afeição passageira e o divórcio era quase impossível. Era permitido dissolver o casamento por coemptio ou por usus, mas dissolver o casamento religioso era muito difícil. Para isso, era feito uma nova cerimônia na qual em vez de comer eles o rejeitam e em vez de fazer preces um ao outro, eles os “amaldiçoam” e a mulher renuncia ao culto e aos deuses do marido.
CAPITULO III – Continuidade da Família, Proibição do Celibato, Divórcio em caso de Esterilidade e Desigualdade entre filho e filha
O terceiro capítulo descreve a continuidade da família, a proibição do estado de solteiro, o divórcio em caso de esterilidade e a desigualdade entre filho e filha.
O homem, após sua morte, se torna um demônio malfazejo no caso de seus familiares não lhe oferecerem banquetes públicos. A religião da família exigia que a família não podia extinguir-se, portanto, era necessário deixar um filho, homem, com o dever com os seus antepassados de sempre os cultuar.
No que se refere ao celibato, era considerado coisa má digna e de castigo, impiedade e desgraça. Se o homem fosse solteiro para sempre, não teria como continuar a família, ele e seus ancestrais não seriam adorados e se tornariam demônios malfazejos. O homem veio vida para que continuasse a cultuação, não podia morrer sem ter a certeza que deixaria um descendente para dar continuidade. Esse descendente deveria ser fruto de casamento religioso, pois apenas os laços sanguíneos não constituíam a família, era necessário que tivesse também os laços religiosos. Os filhos nascidos fora de um casamento religioso não poderiam cultuar seus ancestrais e a família não perpetuava por ele. 
Em caso de esterilidade por parte da mulher, seu marido podia pedir o divórcio ou adotar, já em caso de esterilidade por parte do homem, um irmão ou parente próximo do marido devia “substitui-lo” e a criança nascida dessa união era considerado filho do marido e continuaria seu culto.
Após o nascimento, o filho passava por um ritual de iniciação, uma espécie de batismo, feito poucos dias após seu nascimento, no qual seu pai reunia sua família, testemunhas e fazia sacrifício aos manes. A criança era apresentada aos deuses domésticos e uma mulher carregava ele no colo e dando voltas correndo em volta do fogo sagrado para que ele fosse purificado e iniciasse o culto sagrado doméstico. 
CAPITULO IV – Adoção e Emancipação
O quarto capitulo fala sobre a importância do filho homem e sobre adoção e emancipação no caso de não ter um.
Para as famílias que não conseguissem ter filhos, restava ainda um último recurso: a adoção. A adoção tinha a razão de evitar que o culto se extinguisse.
Quando se adotava um filho, era necessário inicia-lo nos segredos do culto, na religião doméstica e aproxima-lo de seus penates. Era realizada por uma cerimônia sagrada semelhante a que faziam no nascimento, no qual o adotado era admitido ao lar e a religião do pai adotivo. Quando adotado, deveria renunciar a todos os costumes de sua antiga família e não poderia ter mais nenhum contato com eles. 
Na emancipação o filho deveria renunciar ao culto da família onde nasceu. 
CAPITULO V – O Parentesco e O Que os Romanos Entendiam por Agnação
O quinto capitulo descreve quem os romanos consideravam parentes e agnados.
A religião domestica constituía o parentesco, eram considerados parentes quando tivessesem os mesmos deuses, o mesmo lar e o mesmo banquete fúnebre. O direito só se transmitia de varão para varão.
A agnação era tida pelo culto não pelo nascimento.
CAPIULO VI – O Direito de Propriedade
O sexto capitulo descreve os direitos a propriedade e a importância dele.
O direito de propriedade era um direito familiar. Os bens pertenciam aos antepassados e aos descendentes, cada família tinha seu lar e seus antepassados. O deus antepassado toma posse daquele solo e ninguém tem o direito de priva-los das terras que ocupam. O altar deveria ser fixado ao solo e a sepultura não podia ser mudada e nem destruída. 
Famílias diferentes não podiam juntar suas sepulturas ou altares e era considerado impiedoso o ato de enterrar um morto fora do tumulo da família tanto quanto colocar no tumulo da família alguém que não seja. Os túmulos e os lares deviam ser separados uns dos outros.
Invadir a casa de alguém era considerado sacrilégio e os deuses o condenavam com um castigo muito severo.
Em muitas cidades a venda das terras era proibida, pois não é apenas propriedade de um homem, mas de toda família, porém, no caso de eu houvessem muitos irmãos, poderia ocorrer a divisão por meio de uma cerimônia religiosa.
Mesmo no caso de um homem ter uma dívida, sua propriedade não poderá ser confiscada, pois a propriedade é inseparável da família. O homem poderia ser lavado de escravo, porem o direito de propriedade é inviolável e superior a tudo.
CAPITULO VII – Direito de Sucessão
O sétimo capitulo descreve quem tinha direito a sucessão e herança.
A herança é hereditária e vai sempre de varão para varão. A filha mulher não podia ter direito a parte da herança. Apenas era recomendada que seu irmão a dotasse. Ela em alguns casos se seu pai prescrevesse um testamento, ela teria alguma parte, porém ela não teria o direito de sucessão. O filho homem era o que tinha direito à herança porque era necessário que ele continuasse culto religioso de sua família.Caso o pai só consiga ter filhas mulheres, o pai poderia ou adotar um filho ou fazer um combinado com sua filha e genro que assim que ela desse à luz a um filho homem ele seria dele e ele daria continuidade a seus cultos religiosos. Se o pai viesse a falecer sem ter tido um filho homem, seu parente mais próximo recebia a herança mais deveria se casar com essa filha. Se o pai falecesse sem ter nenhum filho ou filha, quem recebia a herança era o irmão dele. 
Os filhos homens mais velhos eram os que tinham direito à herança, os mais novos podiam ser adotados por outras famílias, na qual se tornaria herdeiro ou casar com uma filha única. Os mais novos, em último caso recebiam uma porção da terra da família ou ser mandados para as colônias. A legislação previa que a filha que não fosse herdeira ao menos se casasse com um herdeiro.
CAPITULO VIII – A Autoridade da Família
O oitavo capitulo descreve que o pai era autoridade máxima da família e que a única coisa acima da autoridade do pai é a religião. 
O pai é o chefe da religião doméstica, responsável pela perpetuidade do culto e da família, tem direito de reconhecer ou não uma criança como seu filho, podia repudiar sua esposa em caso de esterilidade, podia decidir o casamento de seu filho ou filha, tinha o direito e emancipar ou adotar um filho ou até mesmo vende-lo.
A mulher não tinha nenhum direito, nem mesmo ao seu dote. Seu dote e tudo que a mulher adquiria durante o casamento era repassado ao marido, da mesma forma tudo que fora adquirido com esforço dos filhos. A mulher, os filhos e os escravos eram propriedade do chefe do lar, então não se pode ceder nada em justiça sob pessoas que estão sob posse de outras, portanto não podiam ser nem defensores, nem acusadores, nem acusados e nem testemunhas e caso precisassem de julgamentos, o Juiz era o chefe da família, que aplicava as penas conforme o “crime”.
Os filhos e a mulher são submetidos a autoridade de seu pai. A mulher, quando solteira, depende de seu pai, depois de casada, de seu marido, quando o marido falece, de seus filhos, se não tem filhos, depende dos parentes de seus maridos. Antes de morrer, o marido pode designar um tutor ou um novo marido a sua mulher e filhos. O filho, mesmo que esteja casado e tenha filhos, não pode morar em um lar particular enquanto seu pai estiver vivo. 
CAPITULO IX – A Antiga Moral da Família
O nono capitulo descreve a moral que as famílias.
Como a religião, a moral era doméstica. O horizonte a moral e do afeto não chegava a ultrapassar os estreitos limites da família. No começo a moral era muito restrita e incompleta e aos poucos foi se expandindo até proclamar o dever do amor para com todos, no qual seu ponto de partida foi a família. A antiga moral ignorava a caridade, porém ensinava as virtudes domésticas.
Os lares naquela época eram como as Igrejas hoje em dia, portanto nada impuro deveria ser cometido nesse local. Se um homem se sentisse culpado, não poderia se aproximar do seu lar, pois seu deus era muito severo e iria o expulsa-lo, pois não admite desculpas e não distingue involuntariedade de premeditariedade.
O casamento era obrigatório, o celibato era crime, o adultério era a mais grave falta que se podia cometer. O marido manda, a esposa obedece, porem os dois devem se respeitar mutuamente. A mulher tinha o dever de conservar sempre seu lar e sem a mulher o culto se tornava incompleto, porem a mulher tinha dignidade, mas não tinha autoridade. O filho era tão necessário para os cultos que se um pai não tivesse, deveria adotar um provisoriamente para ajudar nas cultuações. 
 
CAPITULO X – A Gens em Roma e na Grécia
Gens era um grupo de famílias que tinham os mesmos sobrenomes e origem pura nas quais tinham seus deuses comuns, formava um corpo, cuja constituição era puramente aristocrática. A família tinha seu chefe hereditário e podia se constituir de um grupo numeroso que era mantido em unidade pela religião, por meio de leis próprias, direito privado e formando grande sociedade, administrava-se a justiça, tinha suas assembleias, promulgava decretos dos quais eram obrigações de seus membros e que eram respeitados pela cidade. A gens é a família mantendo ainda sua organização primitiva e sua unidade, unida por um laço de origem. Se um membro tivesse uma dívida ou algo do tipo toda a gens respondia por ele.

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