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Tratamento de água

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Tratamento de 
água 
IT
 3
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ro
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s 
Q
uí
m
ic
o
s 
e
 
B
io
q
uí
m
ic
o
s 
 
Tratamento de água 
1) Grandeza e unidades usadas em controle de qualidade das 
águas; 
2) Parâmetros de qualidade da água; 
3) Águas naturais e seus usos para fins industriais e potáveis; 
4) Clarificação da água e remoção de alguns elementos 
indesejáveis 
5) Abrandamento da água e desmineralização. 
 
Água 
• Substância “complexa” 
• Excelente solvente 
45 x 1045 moléculas de água Água 
5 % água
doce
95 %água
salgada
Quantidade de água disponível 
A quantidade de água doce disponível para consumo é 
extremamente escassa 
Distribuição da água no planeta A cada 1000 L 
97,5% nos oceanos 
1,8% em geleiras 
975 L 
18 L 
0,6% nas camadas subterrâneas 6 L 
0,015% nos lagos e rios 
0,005% de umidade no solo 
150 mL 
50 mL 
0,0009% em forma de vapor na 
atmosfera 
9 mL 
0,00004% na matéria viva 0,4 mL 
Água 
• Padrões de potabilidade 
• Normas de qualidade para 
água de abastecimento 
 
Água – considerações gerais sobre projetos de 
tratamento de água 
Cuidados na 
escolha do 
mancial 
Origem do 
tratamento 
Qualidade da 
operação e os 
problemas de 
manutenção 
Água - Parâmetros de qualidade 
Físico 
 
• Sólidos [mg/L] 
• Turbidez [NTU] 
• Cor [comparação com uma escala 
arbitrária de cor] 
• Sabor e odor [teste de limiar 
odorífico] 
• Temperatura [ºC] 
• Condutividade [S/cm]. 
 
Químico 
 
• pH [expressa a concentração de íons 
H+] 
• Alcalinidade [mg CaCO3/L] 
• Dureza [mg Ca ou Mg/L] 
• Metais [mg/L] 
• Flúor [mg/L] 
• Matéria orgânica 
• Oxigênio dissolvido 
• Demanda de oxigênio 
 
Água - Tratamento 
Projeto de 
tratamento 
de água 
Natureza da 
água bruta 
Qualidade 
desejada 
para a água 
tratada 
Tratamento: é um termo genérico aplicado à conversão da água não-potável em 
potável. 
Finalidades: Remoção de produtos nocivos à saúde. 
A maioria dos processos envolve as etapas: 
- Remoção de sólidos grosseiros, areia e lama; 
- Adição de agentes coagulantes/floculantes; 
- Decantação; 
- Filtração; 
- Adição de flúor; e Cloração 
Finalidades da 
purificação e 
principais processos 
 Principais processos de purificação 
 
• Higiênica 
• Estética 
• Econômica 
• Por gravidade 
• Por aspersão 
• Outros processos( difusão de ar ou 
aeração forçada) 
Aeração 
• Simples 
• Após a coagulação 
Sedimentação ou 
decantação 
• Aplicação de coagulantes e 
substâncias auxiliares 
Coagulação 
• Lenta 
• Rápida 
• Em leito de contato 
• Superfiltração 
Filtração 
• leitos 
Tratamento por 
contato 
Finalidades da 
purificação e 
principais processos 
 Principais processos de purificação 
 
• Higiênica 
• Estética 
• Econômica 
• Cloro e seus compostos 
• Ozona 
• Raios ultra violeta 
• Outros processos 
Desinfecção 
• Uso do carvão ativado 
• Substituição do processo de 
cloração 
Sabor e odor 
• Cal 
• Carbonato de sódio 
• Metafosfato 
• Silicato e outros 
Controle da 
corrosão 
• Processo da cal 
• Do carbonato de sódio 
• Zeólitos 
Correção da 
dureza 
As águas que mais frequetemente dispensam tratamento: 
fontes, poços profundos bem protegidos, galerias de infiltração 
e de bacias de captação ou de acumulação. 
Atributo Unidade Limite 
desejável 
Máximo 
tolerável 
Dureza (mg/l) < 100 200 
Cor (mg/l) < 30 50 
Turbidez (mg/l) < 10 25 
Ferro (mg/l) < 0,3 1 
Coliformes (NMP/100 ml) < 50 100 
Tratamentos mais comuns: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS (RESOLUÇÃO CONAMA Nº20, 
18/06/86) 
• Águas Doces: 
Classe Especial: 
Destinadas: 
•Ao abastecimento doméstico sem prévia ou simples desinfecção. 
Classe 1 
•Ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado. 
•À proteção das comunidades aquáticas. 
•À recreação de contato primário. 
•À irrigação de hortaliças e frutas que são consumidas com casca. 
•À preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. 
•À criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à 
alimentação humana. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS (RESOLUÇÃO CONAMA Nº20, 
18/06/86) 
Classe 2 
•Destinadas: 
•Ao abastecimento doméstico após tratamento convencional. 
•À proteção das comunidades aquáticas. 
•À recreação de contato primário. 
•À irrigação de hortaliças e plantas frutíferas. 
•À criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. 
Classe 3 
•Destinadas: 
•Ao abastecimento doméstico após tratamento convencional. 
•À irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras. 
•À dessedentação de animais. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS (RESOLUÇÃO CONAMA Nº20, 18/06/86) 
Classe 4 
Destinadas: 
•À navegação 
•À harmonia paisagística 
Aos usos menos exigentes. 
 
Águas salgadas 
Classe 5 
Destinadas: 
À recreação de contato primário 
À proteção das comunidades aquáticas 
À criação natural e/ou intensiva de espécies destinadas à alimentação humana. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS (RESOLUÇÃO CONAMA Nº20, 
18/06/86) 
•Classe 6 
Destinadas: 
•À navegação comercial 
•À harmonia paisagística 
•À recreação de contato secundário. 
 
•Águas salobras 
•Classe 7 (mesmas Classe 5) 
•Classe 8 (mesmas Classe 6) 
Uso Geral Uso específico Qualidade Requerida 
Abastecimento 
doméstico 
- Isenta de substâncias prejudiciais à saúde; 
- Isenta de organismos prejudiciais à saúde; 
- Baixa dureza; 
- Esteticamente agradável. 
Abastecimento 
industrial 
Água incorporada ao produto 
(alimentos e bebidas) 
- Isenta de substâncias prejudiciais à saúde; 
- Isenta de organismos prejudiciais à saúde; 
- Esteticamente agradável. 
Água entra em contato com o 
produto 
- Variável com o produto. 
Água não entra em contato com o 
produto (caldeiras, refrigeração) 
- Baixa dureza; 
Baixa agressividade. 
Irrigação Hortaliças, produtos ingeridos crus 
ou com casca. 
- Isenta de substâncias prejudiciais à saúde; 
- Isenta de organismos prejudiciais à saúde; 
Demais plantações - Isenta de substâncias prejudiciais ao solo e às 
plantações; 
- Salinidade adequada. 
Relação entre Usos e Requisitos de Qualidade de Água 
Uso Geral Uso específico Qualidade Requerida 
Dessedentação Animal - Isenta de substâncias prejudiciais à 
saúde dos animais; 
- Isenta de organismos prejudiciais à 
saúde dos animais; 
Preservação da Fauna 
e da Flora 
- Variável com a fauna e a flora. 
Recreação e Lazer Contato primário (contato direto com 
o meio líquido: natação, surf...) 
- Isenta de substâncias prejudiciais à 
saúde; 
- Isenta de organismos prejudiciais à 
saúde; 
- Baixos teores de sólidos suspensos e 
de óleos e graxas. 
Contato secundário (navegação, 
pesca...) 
- Aparência agradável. 
Geração de Energia Usinas hidrelétricas. - Baixa Agressividade 
Usinas Nucleares ou termoelétricas. - Baixa Dureza 
Transporte - Baixo teor de material grosseiro 
Relação entre Usos e Requisitos de Qualidade de Água 
Classes de águas doces em função dos usos 
(Resolução CONAMA nº20, 18/06/86) 
USO 
Classes (maior para menor exigência) 
Especial 1 2 3 4 
Abastecimento doméstico X X(a) X(b) X(b) 
Preservação do Equilíbrio Natural das 
comunidades Aquáticas 
X 
Recreação de Contato Primário X X 
Proteção de Comunidades Aquáticas X X 
Irrigação X(c) X(d) X(e) 
Aqüicultura X X 
Dessedentação de AnimaisX 
Navegação X 
Harmonia Paisagística X 
Usos menos exigentes X 
(a) após tratamento simples. 
(b) após tratamento convencional. 
(c) hortaliças e frutas rentes ao solo. 
(d) hortaliças e plantas frutíferas. 
(e) culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras. 
Água - Tratamento 
• Estações de tratamento de água (ETA) utilizadas no Brasil 
• Estações de tratamento convencionais 
• Estação de filtração direta 
• Estação de flotação a ar dissolvido 
As características físico-químicas e a tratabilidade definem o tipo mais adequado 
Alcance das 
instalações e 
programação 
ETA GUANDU 
Localização 
 Facilidade de acesso e 
transporte 
 Disponibilidade de 
energia elétrica 
 Facilidade para 
afastamento de água 
de lavagem 
 Disponibilidade de 
terreno 
 Cota topográfica 
favorável para adução 
 
 Condições topográficas 
e geológicas 
satisfatórias 
 Custo razoável do 
terreno 
 Condições de vizinhança 
GRADEAMENTO 
DECANTAÇÃO 
FLOCULAÇÃO 
DECANTAÇÃO 
e FILTRAÇÃO 
REMOÇÃO de 
MICROORGANISMOS 
REMOÇÃO de 
COR, SABOR e ODOR 
REMOÇÃO de 
MATERIAL MINERAL 
(a) 
(c) 
(b) 
(f) 
(e) 
(d) 
(p) 
ESQUEMA DE UMA E.T.A. 
A água bruta dos rios é bombeada até a estação de tratamento, 
nesta fase passa por grades para reter galhos, troncos e material 
grosseiro flutuante. 
a) Entrada de água bruta 
b) Saída do material grosseiro retirado da água bruta. 
c) Entrada da água nos decantadores. 
d) Adição de substâncias químicas que participam do processo 
inicial de tratamento da água (cloro, Al2(SO4)3 e cal). 
Cloro = usado na desinfecção (destruição dos microorganismos 
causadores de doenças) 
Al2(SO4)3 = usado na coagulação das partículas. 
 Cal = usada para correções de pH. 
•Saída do material prontamente sedimentável. 
f) Entrada nas câmaras de floculação. 
g) Saída do material floculado. 
h) Entrada da água nos decantadores secundários. 
Normalmente a decantação é acompanhada de uma filtração 
formada por um leito composto de carvão areia e cascalho. 
i) Saída contínua do material sedimentado. 
j) Etapa terciária de tratamento para retirada da flora 
microbiana (fungos, algas, bactéria e protozoários). 
k) Adição de cloro (cloro líquido ou dióxido de cloro). 
l) Saída de material. 
m) Adição de sílica ativada, polieletrólitos ou adsorção em 
carvão ativado. 
n) Entrada da água nas etapas de polimento. 
o) Saída de material. 
p) Entrada da água nas etapas de polimento (correção de 
alcalinidade, dureza e teores de sais de ferro e manganês). 
q) Saída de material. 
r) Água tratada pronta para distribuição. 
(g) 
(h) 
(q) 
(i) 
(r) 
(o) 
(k) (j) 
(n) 
(l) 
(m) 
Estação de Tratamento de Água 
O CICLO DE SANEAMENTO 
ETA - GUANDU 
AERAÇÃO 
 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Tratamento de águas subterrâneas 
 Aeração e arejamento (águas que apresentam carência ou 
excesso de gases intercambiáveis, bem como para as que contém CO2 em 
excesso, ferro dissolvido, manganês e substâncias voláteis aromáticas de 
origem vegetal, acumuladas em represas e em processo de fermentação) 
• fase gasosa, normalmente o ar, e a água são colocadas em 
contato estreito 
 
• transferir substâncias voláteis da água para o ar e substâncias 
solúveis do ar para a água 
 
• equilíbrio satisfatório entre os teores das mesmas 
Aeração- Princípios teóricos 
𝜕𝐶
𝜕𝑡
= 𝐾𝐿
𝐴
𝑉
(𝐶𝑠 − 𝐶) 
 
Integrando: 
𝐶𝑠 − 𝐶 = (𝐶𝑆 − 𝐶0)𝑒−𝐾𝐿
𝐴
𝑉 
• Onde: 
Co= concentração inicial do gás 
Cs =concentração de saturação 
C=concentração do instante t 
KL= coeficiente de transferência 
A= área através da qual ocorre transferência 
V = volume de água 
 Efeito da temperatura 
 Efeito da pressão 
TIPOS DE AERADORES 
Cascata 
 Remoção de gás carbônico e 
substâncias voláteis. 
 Queda total de 0,75 a 3,0 metros. 
 Plataformas circulares ou 
retangulares 
Bandeja 
TIPOS DE AERADORES 
 Adição de oxigênio e oxidação 
de compostos ferrosos ou 
manganosos 
 3 a 9 tabuleiros iguais 
 Camada de material granulado 
- superfície de contato. 
Ar Difuso Aspersão 
TIPOS DE AERADORES 
Aeração 
• Vídeos 
• https://www.youtube.com/watch?v=_McHTrrOPhk 
• https://www.youtube.com/watch?v=OO8obWLpmp8 
 
GRADEAMENTO 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Gradeamento 
 Remoção de Sólidos em Suspensão 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Gradeamento 
 Remoção de Sólidos em Suspensão 
• Material grosseiro de origem animal e vegetal 
• Grades ou peneiras – flutuantes – junto à captação 
• Objetivo: evitar que plantas, crustáceos ou ainda detritos 
grosseiros sejam admitidos na ETA. 
DECANTAÇÃO 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Decantadores 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Decantadores 
 Remoção de Sólidos em Suspensão 
• Material grosseiro de origem mineral 
• Sedimentação 
• Antes do bombeamento – evitar problemas nas bombas 
• Construídos de alvenaria 
• Seção alargada do duto de captação – velocidade de escoamento é 
reduzida – permitir a sedimentação 
• Decantação/sedimentação – separação de partículas sólidas suspensas 
nas águas 
• Processo comum em tratamento da água – forças gravitacionais. 
Saída 
Vertedor de 
saída 
Defletor 
Lodo de 
fundo Saída de 
lodo 
Entrada 
Fluxo 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Decantador retangular de fluxo horizontal 
COAGULAÇÃO/ FLOCULAÇÃO 
Coagulação/ Floculação: alteração físico-
química de partículas coloidais de uma 
água. 
Decantação 
Filtração 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
Figura 8.1 
Página 94 
Coloides: dispersão de 
pequenas partículas de um 
material em outro 
D
e
no
m
in
a
çã
o
 sol 
Dispersão de um sólido em um 
líquido ou em um sólido 
Hidrófobo 
ou 
Hidrófilo 
Emulsão Dispersão de um líquido em um líquido 
Aerossol Dispersão de um líquido ou um sólido em um gás 
Trazem consigo uma carga elétrica 
que produz uma força de repulsão 
mútua 
Redução e/ ou neutralização da 
carga favorecem a aglomeração 
Coloides em sistemas aquáticos 
• Apresentam, geralmente, carga elétrica 
negativa. A carga pode se originar de: 
• Dissociação de subtâncias que 
constituiam o cristal natural 
• De reações químicas na superfície 
• Da adsorção de íons 
 
Carga e variação de potencial na 
superfície de uma partícula 
Etapas do Tratamento de Água 
Tratamento Secundário - Mecanismo da coagulação 
Sedimentação Floculação Mistura rápida 
Coloides 
Al2O3 Al2O3 
Al 
ou 
Fe 
A
lc
a
lin
id
a
d
e
 
Sílica 
Polieletrótiltos 
P
o
te
n
c
ia
l 
Z
e
ta
 
C
o
n
c
e
n
tr
a
ç
ã
o
 I
ô
n
ic
a
 
Dosagem de coagulante 
(0,1 – 30s) 
Desestabilização rápida dos colóides 
0 
Polieletrólitos aniônicos 
ou catiônicos 
T
a
m
a
n
h
o
 d
o
 f
lo
c
o
 
Tempo 
(20 – 30min) 
24,2 – 6,1 cm/s 
Geração e crescimento dos flocos 
Adaptado de: Eckenfelder Jr, W.W – INDUSTRIAL WATER POLLUTION CONTROL 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
 Coagulação / Floculação: 
• Transformar impurezas que se encontram em suspensão, em estado coloidal, 
e algumas que se encontram dissolvidas, em partículas que possam ser 
removidas pela decantação e filtração. 
• Adição de coagulante que forma, dentre outros,produto insolúvel destinado 
a remover as impurezas responsáveis pela cor, turbidez, bem como bactérias, 
vírus e outros elementos considerados indesejáveis. 
• Esses aglomerados gelatinosos se reúnem formando flocos. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
 Coagulação / Floculação: 
• Coagulação: processo através do qual os coagulantes são adicionados à 
água, reduzindo as forças que tendem a manter separadas as partículas em 
suspensão. 
• Floculação: Aglomeração das partículas por efeito de transporte de fluido, 
de modo a formar partículas de maior tamanho que possam sedimentar por 
gravidade. 
• Para cada valor de pH e turbidez da água captada, existe uma quantidade 
de agente floculante a ser adicionada. 
• Entre os agentes floculantes, o sulfato de alumínio é o mais utilizado, 
embora o sulfato ferroso e o aluminato de sódio também sejam empregados. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Floculação: 
 Teste de jarro (jar test) 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
C O A G U L A N T E S F A I X A DE pH 
Sulfato de alumínio 5,0 À 8,0 
Sulfato Ferroso 8,5 À 11,0 
Sulfato Férrico 5,0 À 11,0 
Cloreto Férrico 5,0 À 11,0 
Sulfato Ferroso Clorado ACIMA DE 4,0 
Aluminato de Sódio e Sulfato de Alumínio 6,0 À 8,5 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
 Coagulação / Floculação: 
• Entre os agentes floculantes, o sulfato de alumínio é o mais utilizado, embora 
o sulfato ferroso e o aluminato de sódio também sejam empregados. 
• As faixas de pH em que geralmente se obtém as condições ótimas de 
tratamento: 
COAGULAÇÃO/ FLOCULAÇÃO 
MISTURA RÁPIDA 
Unidades de 
mistura 
 
M
IS
TU
R
A
 
RÁPIDA 
LENTA 
- 1917 
- A taxa de colisão entre 
as partículas é 
resultado do 
movimento do fluido 
Quando aplicada à 
coagulação 
Quando aplicada à 
floculação 
A AGITAÇÃO é agente físico 
Fatores que afetam o processo 
Tempo de mistura 
Grau de agitação 
Coagulação –
floculação 
•GRADIENTE DE VELOCIDADE. 
Qual a importância do 
gradiente de velocidade? 
 
• O agente físico 
responsável pela 
realização da coagulação 
e da floculação é a 
agitação mais ou menos 
intensa da água. 
 
 
• O “grau de agitação” ou 
intensidade da mistura é 
avaliado pelo parâmetro 
gradiente de velocidade. 
Duas partículas i e j, de raio ri e rj, movendo-se com 
velocidade diferentes, chocam-se com mais facilidade a 
gradientes de velocidade mais elevados. 
Colisões entre partículas são induzidas pela presença de 
gradientes de velocidade na água 
Coagulação –
floculação 
• A partir do conceito 
de viscosidade 
 
• O tempo de detenção 
para mistura rápida 
pode ser calculado 
pela equação 
Segundo a NBR 12216 quando ensaios de laboratório não podem ser realizados a 
dispersão de coagulantes metálicos deve ser feita a gradientes de velocidade 
compreendidos entre 700 s-1 e 1100 s- 1, com um tempo de mistura não superior a 5 s. 
Independentemente da equação utilizada, o conceito de gradiente de velocidade é 
considerado em várias etapas do tratamento: na unidade de mistura rápida; nos 
floculadores; nas comportas de acesso aos decantadores; no canal de água floculada; nas 
cortinas de distribuição no interior das unidades de decantação. 
Coagulação –floculação 
Sobre essa equação 
• Tem sido contextada por assumir um regime de escoamento laminar quando 
nas unidades de mistura rápida e floculação predomina o regime 
turbulento. 
• É extensivamente utilizada para projeto e para operação das unidades de 
mistura rápida. 
• É corrobora pela NBR 12216, sendo que os parâmetros envolvidos têm 
sido testados em escala real com bons resultados. 
Coagulação –
floculação 
Frequência de choques por unidade de volume 
Para que ocorra tem que 
haver contato 
É proporcional: 
• Ao gradiente de velocidade (G) 
• À concentração (ni, nj) dessas partículas 
• Ao raio de colisão (Rij), igual a ½(di+ dj). 
 
taxa de redução de partículas 
Depende da: 
 
• Do gradiente de velocidade 
• Do quadrado da concentração de partículas 
• Do cubo do raio de colisão 
Parâmetro Efeito 
Do gradiente de velocidade Aumentando o gradiente de velocidade, a 
floculação é mais rápida, até um limite no qual 
os flocos podem suportar a ação do 
cisalhamento hidrodinâmico sem se quebrarem. 
A solução é aplicar gradientes decrescentes à 
medida que os flocos crescem. Isso se chama 
floculação escalonada. 
Do quadrado da concentração de 
partículas 
Águas de turbidez muito baixa são mais difíceis 
de flocular que águas de turbidez mais 
elevada. 
Neste caso se recorre ao aumento artificial da 
concentração de partículas aplicando-se um 
auxiliar de coagulação. 
Do cubo do raio de colisão ou seja, do volume das partículas. 
MISTURA RÁPIDA 
Tem a finalidade de promover a dispersão do coagulante na 
água a ser tratada para obter o maior grau possível de 
homogeneização, de maneira que as taxas de reação ocorram 
uniformemente em todo o volume. 
M
is
tu
ra
 r
á
p
id
a
 
É realizada por uma intensa turbulência 
interna, ou por turbulência externa aplicada 
por dispositivos mecânicos, ou uma 
combinação das duas. 
A reação química de formação dos 
hidróxidos de ferro ou alumínio se completa 
em 6 a 7 segundos. 
Quando do emprego de polímeros como 
auxiliares de coagulação, que a aplicação 
ocorra 5 a 10 min após a dispersão do 
coagulante 
Para que ocorra uma reação adequada 
 Todos os produtos químicos que alteram o 
pH (cal, soda, ácidos, cloro e outros) são 
aplicados a montante do ponto de aplicação 
do sulfato de alumínio para assegurar uma 
completa dissolução da mistura. 
 O pH da água bruta deve ser corrigido 
previamente para que depois da reação 
com o sulfato de alumínio resulte o pH ótimo 
de coagulação. 
 A dosagem de sulfato de alumínio deve ser 
efetuada a uma taxa constante na câmara 
de mistura, de modo que seja imediata e 
uniformemente distribuído na água. 
Maior dificuldade 
A dificuldade é que as quantidades de coagulante são muito pequenas 
comparadas ao volume de água a ser tratado 
• Soluções muito diluídas de 
sulfato de alumínio podem se 
hidrolisar antes de sua 
aplicação; 
• A literatura sugere valores 
entre 0,5 % e 2% como 
ideais a serem adotados na 
operação ou no projeto de 
uma estação de tratamento 
de água. 
A NBR 12216 reconhece como dispositivos de mistura: 
• Qualquer trecho ou seção de canal ou canalização que produza perda de 
carga compatível com as condições desejadas (gradiente de velocidade e 
condições de mistura); 
• Agitadores mecanizados; 
• Difusores que produzam jatos da solução coagulante no interior da água a 
ser tratada; 
• Entrada de bombas centrífugas; 
• Qualquer singularidade onde ocorra turbulência intensa; 
• Canal ou canalização com anteparos ou chicanas; 
• Ressalto hidráulico 
Mistura hidráulica 
A mistura hidráulica pode 
ser realizada: 
 Em linha. 
 Por singularidades nas 
canalizações. 
 Por misturador estático. 
 Por ressalto hidráulico. 
 
 
Uma perda de carga ∆h, 
produzida pelo 
deslocamento de um fluido 
de massa especifica ρ a 
uma vazão Q, dissipa uma 
potência P = ρ.g.Q.∆h. 
 
Mistura rápida 
em linha: 
Pode ser em conduto 
aberto ou fechado. Perdas 
de carga em consequência 
do escoamento ao longo 
dos encanamentos 
• O cálculo do gradientede velocidade é feito como no 
exemplo anterior. 
• Deve-se escolher uma fórmula de perda de carga que 
sirva tanto para condutos livres quanto sob pressão. 
• A equação de Manning para perda de carga unitária 
satisfaz essa condição. 
Forçado 
 
 
Mistura rápida em 
singularidades de 
canalização 
As perdas de carga 
localizadas decorrerem 
especificamente de pontos 
ou partes bem 
determinadas da 
tubulação. 
Dispositivos: curva ou 
mudança de direção; 
expansão súbita; placa de 
orifício; válvula e qualquer 
outra peça que provoque 
uma perda de carga 
localizada 
Placa de 
orifício 
Sabe-se que, aproximadamente 80% da energia hidráulica correspondente à perda de 
carga ΔhL, é dissipada em uma extensão de 5 diâmetros a jusante da singularidade, 
com um tempo de mistura T = 5.d/v. Aplicando-se T e 80% na equação, resulta 
Uma perda de carga localizada 
em que U = velocidade(m.s-1) e d = diâmetro da canalização (m) 
Mistura rápida 
hidráulica 
• Ressalto hiudráulico: 
Utilizam energia 
hidráulica para 
dispersão do 
coagulante 
https://www.youtube.com/watch?v=XaDISNRUWCo 
https://www.youtube.com/watch?v=UwyhBxWmz
GQ 
Ressalto 
hidráulico 
Ocorre na transição de um 
escoamento supercrítico 
para um subcrítico, que são 
definidos pelo número de 
Froude, que é dado pela 
equação 
Ressalto 
hidráulico 
Alturas do ressalto: para 
que ocorra o ressalto, é 
necessário que as 
profundidades da água 
imediatamente antes e 
depois do ressalto, h1 e 
h2, satisfaçam a relação: 
em que y2 = altura da lâmina líquida no final 
do ressalto (m) 
Tipos de ressalto 
hidráulico 
1) Ressalto Ondulatório – 1,0 ≤ Fr1 ≤ 1,7 
 
 
 
2) Ressalto fraco - 1,7 ≤ Fr1 ≤ 2,5 
 
 
 
 
3) Ressalto Oscilante – 2,5 ≤ Fr1 ≤ 4,5 
Normalmente os ressaltos 
hidráulicos podem ser 
classificados em 5 
categorias, dependendo 
do número de Froude a 
montante 
Ressalto 
hidráulico 
4) Ressalto estável – 4,5 ≤ Fr1 ≤ 9,0 
 
 
 
 
5) Ressalto forte – Fr1 > 9,0 
Ressalto 
hidráulico 
Ressalto F Características 
Ressalto hidráulico 
ondulado 
1 a 1,7 A dissipação de energia é muito pequena. A superfície da 
água apresenta pequenas ondulações de modo que o 
ressalto não é empregado. 
Ressalto hidráulico 
fraco 
1,7 a 2,5 Pouca energia é dissipada. Uma série de pequenos vórtices é 
formada sob a superfície livre na região do ressalto e a 
região a jusante do ressalto permanece aproximadamente 
uniforme e lisa, assim, ocorre baixa perda de carga. 
Ressalto oscilante 2,5 a 4,5 O ressalto apresenta uma superfície livre com ondulações e 
ocorre a formação de ondas que podem se propagar para 
jusante sobre longas distâncias. Este fenômeno pode causar 
erosões em alguns tipos de canais. Segundo a NBR 12216 
deve ser previsto dispositivo que anule as oscilações de 
velocidade a jusante desse ressalto. 
 Ressalto estável 4,5 a 9,0 O ressalto é forte e de forma estável, livre de ondulações 
irregulares. 
Ressalto forte >9,0 Este tipo de ressalto não é empregado como dissipador de 
energia porque há o risco de ocorrência de erosões 
significativas em função da elevada turbulência. 
O tipo de ressalto desejável para a mistura rápida é o estável, com número de Froude 
entre 4.5 e 9. 
Perda de energia no ressalto – En 
Essa perda de carga se dissipa no 
volume de água compreendido entres 
as seções (1) e (2), correspondendo à 
extensão (comprimento) Lr do 
ressalto. 
Altura crítica (profundidade crítica) - 
yc 
Comprimento do ressalto - Lr 
Para números de Froude Froude entre 
4.5 e 9 utiliza-se a fórmula de Smetana: 
Tempo de mistura - Tmr 
Ressalto em 
vertedores 
retangulares 
Os vertedores retangulares 
são fáceis de construir e 
podem ser utilizados 
também para mistura 
rápida. 
A perda de carga no vertedor é significativa, o 
uso do vertedor retangular para promover a 
mistura rápida é recomendável somente para 
instalações pequenas, nas quais não ocorram 
variações de vazão. 
Distância entre o vertedor e a seção inicial do ressalto - Lm: depois de passar pelo 
vertedor, parte da vazão escoada pode retornar, então, a solução do coagulante deve ser 
adicionada após uma distância Lm. 
Ressalto hidráulico por mudança de declividade: uma mudança 
de declividade é uma maneira simples de gerar um ressalto para a 
mistura rápida. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Coagulação e Mistura Rápida: 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
• Feita a adição do agente floculante, a água deve passar por uma região de 
agitação com um grau de turbilhonamento relativamente elevado, para que se 
promova o maior contato entre os flocos formados. 
• Passado o turbilhonamento, deve ser mantida uma leve agitação que promova a 
formação de novos flocos sem permitir o desagregamento das partículas já formadas. 
Coagulantes 
Qualquer agente que produza a coagulação é um coagulante. 
• Sais que formam hidróxidos na presença de água 
• Compostos orgânicos naturais ou artificiais de longa cadeia molecular, os 
polietrólitos. 
 
 
CALHAS PARSHAL 
Foi idealizado por R.L. Parshall, engenheiro do 
Serviço de Irrigação do Departamento de 
Agricultura dos EUA. Originalmente foi pensado 
como medidor de vazão. 
Calha Parshall 
 
• É um eficiente dispositivo de 
mistura rápida. 
• Consiste de três seções: 
• Uma seção convergente a 
montante; 
• Uma seção estrangulada ou 
garganta; 
• Uma seção divergente na saída. 
O piso na seção convergente é horizontal, inclina-se 
para baixo na garganta e para cima na seção saída. 
As dimensões são padronizadas: Principal vantagem porque permitem o conhecimento 
prévio dos gradientes de velocidade. 
Calha Parshal 
Vantagens 
• não requerer energia 
elétrica; 
• a manutenção é simplificada 
pela ausência de partes 
móveis e pela facilidade de 
acessar a unidade; 
• é utilizada como medidor de 
vazão. 
Desvantagens 
• O misturador, depois de implantado, não 
pode controlar o gradiente de velocidade e o 
tempo de mistura quando a vazão afluente à 
ETA muda. A variação de vazão afluente à 
ETA pode gerar submersão do ressalto, 
diminuindo a eficiência da mistura. 
• O misturador pode apresentar erosão no 
local onde o ressalto é gerado. A construção 
não é tão simples, comparada com os 
vertedores retangulares. 
• A unidade ocupa maior espaço em planta na 
ETA, comparado com difusores, injetores ou 
misturadores estáticos. 
• A unidade para vazões inferiores a 40 l/s 
pode ser muito pequena, dificultando sua 
construção no local. 
• Segundo Azevedo neto, a velocidade da água 
Aplicação do coagulante e localização da 
unidade de mistura – considerações 
Com um único ponto de aplicação do 
coagulante a mistura só se completará a 
uma distância L (pode resultar num 
tempo inadequado para a coagulação). 
• Quanto maior o número de 
pontos, menores será a 
distância L e o tempo de 
mistura. 
• Num ressalto hidráulico o 
coagulante deve ser aplicado 
antes da zona de turbulência, 
onde a lâmina tem a menor 
profundidade. 
• Isso pode ser feito por meio de 
um tubo ou canaleta perfurada. 
Aplicação do coagulante e localização da 
unidade de mistura – considerações 
Aplicação do coagulante e localização da 
unidade de mistura – considerações 
• O espaçamento entre os orifícios não deve ser maior que 15 cm, 
de preferência 10 cm. 
• Em ressaltoscom F1 < 2,5, há tendência de parte da corrente 
passar pelo fundo sem turbulência e não receber coagulante no 
tempo devido. Isso pode ser contornado promovendo-se 
rugosidade artificial no fundo do canal. 
• Em misturadores mecânicos tipo turbina, o coagulante deve ser 
aplicado um pouco abaixo do impulsor. 
Aplicação do coagulante e localização da 
unidade de mistura – considerações 
• Como regra geral, a unidade de mistura rápida deve ficar o mais 
próximo possível dos tanques de floculação. 
• A situação ideal é a mistura rápida se iniciar imediatamente aos a 
floculação. Quando isso não for possível devem-se prever medidas 
para se ter um gradiente no conduto (entre a mistura rápida e a 
entrada dos floculadores) não menor que o gradiente inicial de 
floculação. 
• https://www.youtube.com/watch?v=fYJoT9y98-Q 
• https://www.youtube.com/watch?v=y6hiOLgTo6g 
 
Medidores de Vazão 
Calhas Parshall 
 
Mistura mecânica (com turbinas): 
• Unidades mecanizadas de mistura rápida são muito utilizadas 
nos EUA e Canadá, enquanto as hidráulicas são comumente 
empregadas nos países europeus e em desenvolvimento. 
• São classificados pelo tipo de fluxo produzido: 
• de fluxo axial, que move o líquido paralelamente ao eixo do agitador. 
• de fluxo radial, quando o líquido se move perpendicularmente ao eixo. 
Agitação mecanizada 
Câmaras de 
mistura 
Principal vantagem em relação aos relação aos 
misturadores hidráulicos: variação do gradiente de 
velocidade (variar a potência dissipada). 
 Seção circular D 
= H 
 Seção 
quadrada 
O número de potência relaciona-se com o tipo de agitador e 
com o regime de escoamento. 
Para agitadores com 
turbina de fluxo radial de 
seis pás retas fixadas em 
disco e em regime 
turbulento (Re > 10000), o 
valor de K passa a ser 
praticamente constante e 
igual a 5. 
Agitadores Mecanizados (NBR 12216) 
• A potência deve ser estabelecida em função do gradiente de 
velocidade; 
• Períodos de detenção inferiores a 2s exigem que o fluxo incida 
diretamente sobre as pás do agitador. 
• O produto químico a ser disperso deve ser introduzido logo 
abaixo da turbina ou hélice do agitador 
Mistura por difusores de ar (mistura 
pneumática) 
Difusores de ar podem ser empregados nas fases de mistura rápida e 
floculação. 
• Apresentam vantagens quando é utilizada a clarificação por flotação. 
• Adaptam-se facilmente as estruturas hidráulicas existentes, sendo uma 
alternativa para a ampliação ou otimização de uma ETA. 
• É particularmente aplicável em canais de grande profundidade. O gradiente 
de velocidade é controlado pelo fluxo de ar, sendo que as bolhas de ar 
provocam a circulação do líquido. 
Malha difusora: 
• São dispositivos que produzem jatos da solução de coagulante, aplicados no interior da 
água a ser tratada. É constituída por uma série de tubos dotados de orifícios para a 
dispersão do coagulante. 
• São necessários pelo menos 16 
orifícios por decímetro quadrado 
para se obter resultados 
satisfatórios. Isso implica num 
diâmetro muito pequeno para o 
orifício. Frequente obstrução e 
necessidade de limpeza (por isso 
o emprego dessas malhas 
difusoras caiu em desuso). 
FLOCULAÇÃO 
A floculação é uma operação unitária de 
clarificação com o objetivo de juntar partículas 
coaguladas para formar flocos, de modo a 
possibilitar sua separação por sedimentação ou 
flotação e/ou filtração da água. 
É considerada uma operação unitária por 
envolver apenas fenômenos físicos de aglutinação 
das partículas. 
Floculação 
• Características desejáveis dos flocos: 
• tamanho e densidade adequados ao 
processo de remoção que segue: 
• clarificação por sedimentação ou flotação ou 
filtração. 
• Não é desejável a formação de um 
floco volumoso. 
É o processo mais utilizado 
para remoção de 
substâncias que produzem 
cor é turbidez na água. 
 
O processo de agregação 
é dependente da duração 
e da quantidade de 
energia aplicada 
(gradiente de velocidade). 
Fl
o
cu
la
çã
o
 
a aferição do êxito da floculação 
efetua-se pelas características da água 
decantada: monitoramento da turbidez. 
Sempre que a tecnologia de tratamento 
envolver o processo de coagulação, a 
floculação ocorre mesmo na ausência de 
uma unidade específica para tal 
finalidade 
O desempenho da floculação esta 
diretamente ligado ao desempenho da 
coagulação. 
A ineficácia da floculação aumentará a 
afluência de partículas às unidades filtrantes, 
favorecendo a deterioração da água filtrada 
e reduzindo o intervalo entre lavagens 
podendo tornar o processo de potabilização 
antieconômico. 
CINÉTICA DA 
FLOCULAÇÃO 
 
• O mecanismo predominante será função das 
dimensões das partículas desestabilizadas e do 
crescimento dos flocos. 
Os mecanismos de 
floculação referem-
se à forma como o 
transporte das 
partículas 
desestabilizadas 
realiza-se para a 
formação dos flocos. 
Transporte das partículas 
Devido ao movimento 
browniano - denominado 
floculação pericinética 
Devido as diferenças de 
velocidade das linhas de 
corrente do fluido em 
escoamento - denominado 
floculação ortocinética 
Devido as às distintas 
velocidades de 
sedimentação dos flocos - 
denominado floculação por 
sedimentação diferencial 
A floculação por sedimentação diferencial é 
relevante para as ETAs com tecnologia 
convencional de potabilização. 
Transporte das partículas 
Devido ao movimento browniano -
Floculação Pericinética 
 
• Deve-se ao movimento das 
partículas coloidais devido ao seu 
contínuo bombardeamento pelas 
moléculas de água. 
• É o primeiro processo de formação 
de flocos, porém, é menos relevante. 
• Os primeiros contatos entre as 
partículas desestabilizadas iniciam-
se já na unidade de mistura rápida. 
• As partículas coloidais desestabilizadas 
chocam-se e aglomeram-se formando 
flocos pequenos, com dimensão inferior 
a 1 µm. 
• A energia propulsora da floculação 
pericinética é a energia térmica do 
fluído. 
Floculação ortocinética 
• A floculação ortocinética 
decorre da introdução de 
energia externa que 
fomenta a aglutinação das 
partículas para a formação 
de flocos de maior peso 
Floculação por 
sedimentação 
diferencial 
 
É decorrente da desuniformidade de volume e massa específica dos flocos 
(presença de flocos de grande e de pequeno tamanho). 
Devido as às distintas 
velocidades de 
sedimentação dos flocos - 
denominado floculação por 
sedimentação diferencial 
Devido a essa desuniformidade os flocos 
adquirem distintas velocidades de 
sedimentação. 
 Ocorrem choques no movimento descendente na 
unidade de decantação e a formação de flocos 
mais pesados. 
 Ocorre principalmente no início da unidade de 
decantação quando a concentração de flocos 
afluente é muito elevada. 
Floculação 
pericinética 
• Variação na concentração 
de partículas 
• O processo é 
independente de fatores 
externos, a não ser a 
temperatura e independe 
da dimensão das 
partículas 
Após a integração e considerando N = No para t = 0, obtém-se: 
O tempo 𝑡1 2⁄ (em segundos), para reduzir a concentração inicial de partículas em 
suspensão (No) seja reduzida a metade (N), é dada pelas seguintes relações: 
Não leva em consideração: 
 a resistência e a quebra de flocos, 
 sua massa específica e volume. 
Agitação 
Agregação Ruptura 
A agregação é resultado dos encontros 
das partículas desestabilizadas,sendo 
que a agitação promove uma maior taxa 
de encontros, formando os flocos. 
Quanto maior o gradiente de velocidade, 
mais rápida é a taxa de aglutinação de 
partículas, porém os flocos crescerão até 
um limite máximo. 
As forças de cisalhamento quebram os 
flocos em partículas menores. 
Flocualação 
Floculaçaão 
A tabela abaixo apresenta valores característicos dos coeficientes de agregação 
KA e de quebra KB, determinados experimentalmente para diversas condições de 
água bruta. 
FLOCULADORES 
São unidades utilizadas para promover a 
agregação de partículas formadas na mistura 
rápida (NBR 12216). 
Disposições da NRB 12216 
Floculdores - Disposições da NRB 12216 
I. Agitação: 
• Mecânica 
• Hidrúlica 
II. O período de detenção no tanque de floculação e os gradientes de velocidade a serem aplicados devem ser determinados por meio 
de ensaios realizados com a água a ser tratada. 
 
I. Dependendo do porte da estação e a critério do órgão contratante, não sendo possível proceder aos ensaios destinados a determinar 
o período de detenção adequado, podem ser adotados valores entre 20 min e 30 min, para floculadores hidráulicos, e entre 30 min 
e 40 min, para os mecanizados. 
II. Não sendo realizados ensaios, deve ser previsto gradiente de velocidade máximo, no primeiro compartimento, de 70 s-1 e mínimo, no 
último, de 10 s-1. 
III. Deve ser previsto dispositivo que possa alterar o gradiente de velocidade aplicado, ajustando-o às características da água e 
permitindo variação de pelo menos 20% a mais e a menos do fixado para o compartimento. 
IV. Os tanques de floculação devem ser providos de descarga com diâmetro mínimo de 150 mm e fundo com declividade mínima de 1%, 
na direção desta. 
V. Os tanques de floculação devem apresentar a maior parte da superfície livre exposta, de modo a facilitar o exame de processo. 
 
 
Geometria dos floculdores 
• Para as unidades com tempo de detenção mais curto é de se esperar que as câmaras 
de base quadrada apresentem desempenho inferior às de base circular 
• Câmaras de seção circular predominam nas estações pré- fabricadas, sendo as 
vazões para estas unidades de menor magnitude. 
• Empregando agitadores tipo hélice e turbina, e reatores cilíndricos e de base 
quadrada, verifica-se que os agitadores tipo turbina apresentam resultados 
superiores quando instalados nos reatores de base quadrada. 
 
 
 Base retangular x Base circular 
 
Tipos de unidade de floculação 
Forma de transferir energia à massa líquida: hidráulica ou mecânica 
Floculadores hidráulicos: Qualquer dispositivo que utilize a energia hidráulica 
dissipada no fluxo da água através de um tanque, canal ou canalização pode 
constituir um floculador hidráulico. 
Floculadores 
Floculador de chicanas: 
a) chicanas horizontais (fluxo 
horizontal); 
b) chicanas verticais (fluxo 
vertical) 
Uma recomendação geral 
indica o uso de floculadores 
de fluxo horizontal para 
vazões superiores a 75 L/s, e 
para menores capacidades, 
floculadores de fluxo vertical. 
 
 
A limitação dos floculadores de fluxo 
vertical é função da profundidade. Com 
profundidades de até 4,5 m, pode-se 
usar floculadores de fluxo vertical para 
capacidades de até 1000 L/s. 
• Uma recomendação geral indica o uso de floculadores de fluxo 
horizontal para vazões superiores a 75 L/s, e para menores 
capacidades, floculadores de fluxo vertical. A limitação dos 
floculadores de fluxo vertical é função da profundidade. Com 
profundidades de até 4,5 m, pode-se usar floculadores de fluxo 
vertical para capacidades de até 1000 L/s. Em floculadores de 
chicanas de pequena capacidade (40 L/s ou menos), de fluxo 
horizontal ou vertical, o principal problema apresenta-se no 
pequeno espaçamento entre as chicanas. 
Floculadores 
hidráulicos de ação 
de jato: tipo "Cox" e 
"Alabama". 
São incluídos nesta classificação 
os floculadores de fluxo 
helicoidal e os chamados 
floculadores "Cox" e"Alabama". 
Nesses floculadores, as 
passagens entre as câmaras 
são orifícios submersos. 
Cox 
Alabama 
 Floculadores de 
fluxo vertical em 
manto de lodos 
Cita-se ainda o floculador 
em meio poroso, que teve 
suas primeiras aplicações 
na Índia e no Brasil, na 
década de 1970. Esse tipo 
de floculador foi 
recentemente 
aperfeiçoado na França e 
nos Estados Unidos. 
Floculadores mecanizados 
• Agitadores do tipo de paletas: 
podem ser de três tipos: paletas de 
eixo vertical; paletas de eixo 
horizontal; paleta única, de eixo 
vertical. 
• Agitadores do tipo de fluxo axial: de 
turbinas e hélices. 
 Floculadores – mistura lenta 
• Mecânico 
 
EIXO VERTICAL EIXO HORIZONTAL 
Floculadores 
Hidráulico x mistura 
• As principais deficiências dos floculadores hidráulicos são: 
 Falta de flexibilidade para responder as mudanças na qualidade da água. 
 A hidráulica e os parâmetros de floculação (tempo de floculação e o gradiente de 
velocidade) são função da vazão e não podem ser regulados independentemente (são 
de difícil ajuste). 
A perda de carga pode ser significativa. 
A limpeza é geralmente difícil. 
Os tanques de floculação mecânica estão mais sujeitos a curtos-circuitos e zonas mortas, 
que são praticamente inexistentes nos canais de floculação hidráulica. Os floculadores 
hidráulicos são menos sensíveis a variações de vazão que o mecânico. 
DECANTAÇÃO 
A sedimentação de partículas floculentas é 
usualmente chamada de decantação e, as 
unidades onde se realiza este processo, de tanque 
de decantação, ou simplesmente de decantadores. 
 
 Decantação 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
•Os decantadores mais utilizados são: decantadores de fluxo horizontal, que 
apresentam alta eficiência e baixa sensibilidade a condições de sobrecarga e; 
decantadores tubulares ou de alta taxa. 
• A decantação é uma operação onde ocorre a deposição de matérias em 
suspensão pela ação da gravidade. 
 
• Tempo de Detenção: é o tempo que a água permanece no decantador. 
T
C
Q

• T = tempo de detenção (h), C = capacidade do decantador (m3) e Q 
= vazão (m3/h). 
• De acordo com a expressão acima, o tempo detenção corresponde ao 
necessário para encher o decantador com a vazão Q. 
• Para decantadores clássicos adota-se geralmente entre 2h e 2h30. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Decantação 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
L
V
H
V

1
• Para as partículas com velocidade de 
decantação igual ou maior tem chance de ser 
eliminada, atingido o fundo antes da 
extremidade f. 
• Os pontos a e b, com partículas com 
velocidade V
1
 menor que V, são desfavoráveis 
para eliminação. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Decantação 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
As partículas suspensas descem com velocidade constante, sem interferência mútuas, 
mantendo inalteradas sua forma, peso e tamanho, numa água que apresenta temperatura 
uniforme e invariável. Cada partícula que atinge o fundo é automaticamente eliminada, ou 
seja, fica em repouso. 
Partículas Tamanho das 
partículas 
Velocidade de 
sedimentação 
Tempo necessário 
para cair 
Areia 0,20 mm 2,4 cm/s 2 minutos 
Areia fina 0,10 mm 0,9 cm/s 6 minutos 
Silte 0,01 mm 0,01 cm/s 8 horas 
Velocidade de sedimentação a 20º C, de partícula com densidade de 2,65 . 
 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Decantação 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
Retangulares(os mais comuns), circulares, trapezoidais, de placas paralelas; 
estes dois últimos são mais modernos e de menores dimensões. 
Corte longitudinal de um decantador convencional 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Tipos de Decantadores 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
uma partícula está submetida a duas forças: 
- horizontal - devido ao movimento da água no decantador; 
- vertical - devido à ação da gravidade. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Mecanismos de Decantação 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
- Zona de turbilhonamento - é a parte de entrada da água onde as partículas 
estão em turbilhonamento. 
- Zona de decantação - é a zona onde não há agitação e as partículas avançam e 
descem lentamente, caminhando para a zona de repouso. 
- Zona de ascenção - é a zona onde os flocos que não alcançaram a zona de 
repouso seguem o movimento ascensional da água e aumentam a velocidade 
tornando-se máxima na passagem pelo vertedor. 
- Zona de repouso - é onde se acumula o lodo. Nesta zona não há influência da 
corrente de água do decantador, a não ser que haja inversão das camadas de 
água pela brusca mudança de temperatura; fermentação do lodo, etc. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Zonas do decantador 
DECANTADORES 
Tipo de sedimentação Taxa (m3/m2 x dia) 
Remoção de areia 1200 
Sedimentação simples (s/ coagulação) 20 
Clarificação de águas coloidais 45 
Clarificação de águas turvas 60 
• A eficiência de um decantador está relacionada com a taxa de escoamento 
superficial/ tempo, expressa em m3 de água por m2 de superfície de 
decantação por dia. 
• Essas taxas são adotadas em função da qualidade da água: 
 Taxas de escoamento superficial 
1025,2 
B
L
43a
B
L

• Nos decantadores de fluxo horizontal, deve-se ter uma relação conveniente entre 
o comprimento e a largura. 
• Comprimentos relativamente pequenos dificultam a boa distribuição da água. 
• Comprimentos relativamente grandes podem resultar em velocidades 
longitudinais elevadas que causam o arrasto de flocos. 
• Geralmente são aceitos os limites seguintes: 
Onde: L = comprimento e B = largura. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Relação entre comprimento e a largura 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
erficialárea
volume
H
sup

BxL
TxQ
H 
BxH
Q
S
Q
V 
Com o período de detenção e a vazão, obtém-se o volume do decantador, que 
juntamente com a área superficial, fornecerá a profundidade. 
 
H = profundidade, Q = vazão, T = tempo de detenção, B = largura e L = 
comprimento. 
A velocidade de escoamento das águas deve ser inferior a velocidade de arraste das 
partículas sedimentadas, V < 1,25 cm/s. 
O número mínimo de decantadores em uma E.T.A deve ser de 2 unidades, para 
possibilitar limpeza e reparos, sem interromper o tratamento. 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Profundidade dos decantadores 
 Remoção de Sólidos em Suspensão Finamente Divididos 
FILTRAÇÃO 
•Quanto ao sentido do fluxo: 
- Descendentes: os mais comuns; 
- Ascendentes: os clarificadores de contato. 
 
 Filtração: Filtro Rápido de Gravidade Convencional 
• A água procedente do decantador alimenta o filtro através de canal ou 
tubulações, armazenando-se no reservatório. 
•Durante a filtração a água vai se processando a velocidade constante, por 
intermédio de um controlador de vazão, consequentemente a areia vai se 
colmatando aos poucos, em decorrência da detenção das partículas em 
suspensão (flocos), carreadas para o filtro. 
•Ao mesmo tempo a perda de carga vai aumentando até atingir um valor 
limite o qual não deve ser ultrapassado. 
 
 
FILTRO RÁPIDO DE GRAVIDADE CONVENCIONAL 
 Filtração: Filtros de Pressão 
• Os filtros de pressão tem muita coisa em comum em relação aos filtros de 
gravidade. Diferem apenas por serem fechados, confeccionados em metal, de 
forma cilíndrica, e operarem sob pressão. Sua pressão varia de 10 à 50m e a 
perda de carga máxima é da ordem de 7 metros. 
FILTRO DE PRESSÃO 
• Para evitar a expansão da areia na própria filtração. 
 
 Filtração: Filtração Ascendente (Filtro Russo) 
• É usada para remoção de teores pouco elevados de cor e turbidez 
sem auxilio de coagulação. 
• Geralmente são aplicados em pequenas comunidades. 
• Tem forma retangular em grande parte e, devido a baixa taxa de 
filtração, são relativamente grandes. 
• Durante a filtração a taxa é normalmente mantida constante. 
 Filtração: Filtração Lenta 
 Filtração: Filtração Lenta 
• A lavagem basicamente deve ser feita a alta velocidade, no sentido 
ascendente, de modo a causar uma expansão do leito filtrante e, deste modo, 
arrastar o material depositado através do leito expandido. 
• É suficiente uma velocidade de lavagem que provoque uma expansão de 
10 a 20%. 
• A necessidade de lavagem é indicada pela perda de carga existente, pela 
alta turbidez e pelo desempenho da filtração. 
 
LAVAGEM DOS FILTROS 
 Decantação 
 Filtração 
 Floculação 
Remoção de 
sólidos 
CORREÇÃO DO PH 
•O pH é corrigido para valores em torno da 
neutralidade através da adição de cal hidratada ou 
cal virgem. 
•Evita a corrosão da tubulação e incrustações. 
 
 Correção do pH 
• Cálculo da Dosagem ideal de Cal na Água 
• Determinação em Laboratório: 
• Faz-se uma suspensão de cal em água na 
concentração de 1000 mg/L; 
- Suponhamos que o pH da água tratada seja 
igual a 5 
- Se deseja elevar para 7,2 
- implicou em adicionar 5 mL da solução de 
1000 mg/L para um litro da água tratada. 
- Com essa adição, encontrou-se a dosagem 
ideal de cal (5 mg/L). 
 
DESINFECÇÃO 
A desinfecção tem por finalidade a destruição de 
microorganismos patogênicos presentes na água 
(bactérias, protozoários, vírus e vermes) 
Desinfecção e esterilização 
• Esterilizar significa a destruição de todos os organismos, patogênicos ou 
não, enquanto que a desinfecção é a destruição de parte ou todo um 
grupo de organismos patogênicos. 
• A desinfecção é necessária, porque não é possível assegurar a remoção 
total dos microorganismos pelos processos físico-químicos, usualmente 
utilizados no tratamento da água. 
 DESINFECÇÃO – REMOÇÃO DE MICROORGANISMOS 
Características 
hidrobiológicas 
Bactérias 
Vírus 
Vermes Algas 
Protozoários 
Velocidade de destruição ou 
desativação de micro-
organismo: 
𝑑𝑁
𝑑𝑡
 = -KN 
Onde: 
K = coeficiente de mortalidade; 
N = número de organismos ainda vivos no instante t 
Desinfecção 
Velocidade de destruição ou 
inativação de MO 
 
Em geral 
• Quanto maior a dosagem , 
menor o tempo para uma 
desejada porcentagem de 
inativação; 
• Quanto maior o tempo de 
contato, maior é a inativação 
de MO 
• Quanto maior temperatura, 
maior a eficiência na 
inativação. 
𝑑𝑁
𝑑𝑡
 = -KN 
Onde: 
K = coeficiente de mortalidade; 
N = número de organismos ainda 
vivos no instante t 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
Tabela contendo as principais doenças de veiculação hídrica 
DOENÇA AGENTE CAUSADOR FORMA DE 
TRANSMISSÃO 
Cólera Vibrião Colérico Via Oral 
Disenteria bacilar Bactéria Shigella Via Oral 
Febre Tifóide Bactéria Salmonella Typhi Via Oral 
Febre Paratifóide Bactéria Salmonella 
Paratyphoide 
Via Oral 
Diarréia Infantil Bactérias Intestinais Via Oral 
Poliomielite Vírus Via Oral 
Hepatite 
Infecciosa 
Vírus Via Oral 
Ancilostomiase Ancylostoma(helmintos) Via Cutânea 
 
LeptospiroseLeptospira 
icterohaemorrahagiae 
através de pequenas feridas 
na pele ou nas membranas, 
mucosas, nariz e boca 
Esquistossomose Schistosoma Mansoni(verme) Via Cutânea 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Eficiência do tratamento na remoção e eliminação de coliformes 
• Filtro deve receber uma água decantada com qualidade bacteriológica abaixo de 1000 
NMP/100 mL. 
NMP = Número mais provável 
Origem da água Água 
Bruta 
Água 
Decantada 
Água Filtrada Água Tratada 
Rio paraíba (S. 
José dos Campos, 
SP) 
1600 24 0 0 
790 110 0 0 
5400 540 8 5 
3500 920 130 0 
4900 240 130 0 
1600 240 130 8 
3500 170 33 0 
 Entre os agentes da desinfecção (desinfetantes) o mais 
largamente empregado na purificação é o cloro, porque: 
• É facilmente disponível como gás, líquido ou 
sólido. 
• É barato. 
• É fácil de aplicar devido a sua alta solubilidade. 
• Deixa um residual em solução, de concentração 
facilmente determinável, que, não sendo perigoso 
ao homem, protege o sistema de distribuição. 
• É capaz de destruir a maioria dos 
microorganismos patogênicos. 
Desinfecção – Remoção de microorganismos 
Fo
rm
a
s 
 
Cloro elementar (Cl2) 
Mais fácil de aplicar 
devido à solubilidade 
Líquido (hipoclorito de 
sódio) 
sólido(hipoclorito de 
cálcio) 
• O cloro apresenta algumas desvantagens: gás venenoso e 
corrosivo, requerendo cuidadoso manejo e pode causar problemas 
de gosto e odor, particularmente na presença de fenóis. 
• Devido normas de segurança: hipoclorito de sódio  alternativa 
mais adequada para pequenos sistemas 
• O ozônio é o mais próximo competidor do cloro, sendo utilizado em 
larga escala somente na Europa. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Ozônio: produzido no local de aplicação. 
• Além de desinfetante é usado como redutor de odor, gosto, ferro e 
manganês. 
• Vantagens - ação bactericida 30 à 300 vezes mais rápido que o 
cloro para o mesmo tempo de contato. 
 - não há perigo de superdosagens. 
• Desvantagens - não tem ação residual. 
 - muito gasto com energia. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo calor: 
•Vantagens - facilidade 
 - eficiente 
• Desvantagens - alto custo 
 - não tem ação residual 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção por Irradiações - é efetuada por luz ultravioleta, 
através de lâmpada de vapor de mercúrio com bulbo de quartzo. 
• Vantagens: - não altera gosto e odor; 
 - período de contato pequeno; 
 - dosagens alta não é prejudicial. 
• Desvantagens:- não tem ação residual; 
 - esporos, cistos e vírus são resistentes; 
 - custos elevados. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
 Eficiência na desinfecção: 
• Espécie e concentração de organismo a ser destruído. 
• Espécie e concentração do desinfetante. 
• Tempo de contato. 
• Características químicas e físicas da água. 
• Grau de dispersão do desinfetante na água. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
 Características da desinfecção: 
• Poder destruir, em tempo razoável na quantidade e condições 
encontradas nas águas, os organismos patogênicos. 
• Não ser tóxicos nas dosagens usuais, nem causar cheiro e gosto que 
prejudiquem seu consumo pelo homem ou animais domésticos. 
• Ser disponíveis a custo razoável e apresentar facilidade de segurança, 
transporte, armazenamento, manuseio e aplicação. 
• Ser de fácil e rápida determinação na água tratada. 
• Produzir residuais, que constituam barreira sanitária a uma eventual 
recontaminação antes do uso. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
Desinfecção pelo cloro 
Oxidante Desinfetante 
Oxidante: com a finalidade de modificar a característica química 
da água na qual é aplicado, por exemplo: 
 
a) Remoção de ácido sulfídrico: 
H2S + 4Cl2 + 4H20 → H2SO4 + 8HCl 
 
b) Remoção do ferro: 
2Fe(HCO3)2 + Cl2 + Ca(HCO3)2 → 2Fe(OH)3 + CaCl2 + 6CO2 
 
 c) Formação de clorofenol (indesejável) 
C2H5OH + HClO → C6H4ClOH (clorofenol) + H2O 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Oxidante 
- Desinfetante: 
Reações com o cloro (anterior) constituem a demanda que deve ser 
satisfeita, afim de que o cloro em excesso, aplicado à água, torne-se 
disponível para a desinfecção. 
Tendo sido satisfeita a demanda (ou praticamente não existindo em 
água relativamente “limpas”) as seguintes reações podem ocorrer. 
Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
a) Na ausência de amônia, o cloro se combina com a água 
formando o ácido hipocloroso, o qual pode por sua vez, ionizar-se 
para íon hipoclorito. 
Abaixo do pH 7, a maior parte do HClO permanece não-
ionizada, enquanto, acima do pH 8, a maior parte se encontra na 
forma ionizada (ClO-), como equação seguinte: 
Cl2 + H2O ↔ HCl + HClO ↔ H
+ + ClO - 
 pH< 7 pH>8 
O cloro existente na água, na forma de ácido hipocloroso e 
íon hipoclorito, é definido como cloro livre disponível. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
Dissociação em função do pH 
• A cloração deve ser 
efetuada a pH inferior a 8,0 
(Portaria 518/04) 
b) Na presença de amônia: o cloro rapidamente reage com a 
amônia e compostos amoniacais na água formando compostos 
clorados ativos denominados cloraminas. 
As cloraminas constituem o chamado cloro residual 
combinado ou cloro combinado disponível. As seguintes reações 
ocorrem: 
 Cl2 + NH3 → NH2Cl (monocloramina) + HCl 
 Cl2 + NH2Cl → NHCl2 (dicloramina) + HCl 
 Cl2 + NHCl2 → NCl3 (tricloramina) + HCl 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
b) Na presença de amônia 
Os produtos da reação dependem do pH, da temperatura e da razão 
inicial entre cloro e amônia. 
A monocloramina e a dicloramina são formados na faixa de pH entre 
4,5 e 8,5. 
Acima do pH 8,5, as monocloraminas, geralmente existem sozinhas, mas 
abaixo do pH 4,5 a tricolamina é formada. 
As cloraminas, embora menos ativas que o ácido hipocloroso, também 
são bactericidas poderosas, com a vantagem de serem mais estáveis 
proporcionando um tempo de proteção mais longo. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
A quantidade de cloro necessário para reagir com toda matéria 
orgânica presente é a chamada “demanda de cloro”. 
 Para que se possa garantir a total destruição dos microorganismos, é 
necessário assegurar que após o tratamento ainda exista cloro residual 
na água após um especificado tempo de contato. 
 Esse tempo aumenta com o pH e diminui com a temperatura. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
 
 Quando existem compostos orgânicos 
nitrogenados na água, o nível de cloro ativo 
residual inicialmente cresce com a adição de 
cloro. 
 Nesta fase inicial de adição de cloro, o nível 
de cloro ativo residual cresce até o ponto em 
que toda matéria orgânica nitrogenada foi 
convertida em cloraminas. 
 A partir desse ponto, adições subseqüentes 
de cloro reduzem a dosagem de cloro ativo 
residual provocando a oxidação das 
cloraminas pelo ácido hipocloroso. 
 O ponto em que todas as cloraminas foram 
oxidadas e que corresponde ao nível mais 
baixo decloro ativo residual denomina-se 
break point. A partir do break point, a 
concentração de cloro ativo será proporcional 
ás adições subseqüentes de cloro. 
Cloro residual para uma água 
contendo N amoniacal 
Na prática da cloração, a desinfecção pode ser realizada por um 
dos três métodos: 
• cloração simples, 
• cloração ao “break-point” 
• amônia-cloração. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
 Cloração simples: 
• constitui o processo elementar e de uso mais generalizado de 
desinfecção pelo cloro. 
• não há preocupação de satisfazer a demanda de cloro na água 
• aplicação de uma dosagem tal que, ao fim de um determinado tempo 
de contato, por exemplo 20 minutos, o cloro residual livre se mantenha 
entre 0,1 e 0,2 mg/L, considerando, na prática, para águas não muito 
poluídas. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
 Cloração ao “break-point”: 
• águas muito poluídas, cloração simples seria ineficaz (cloro residual 
seria rapidamente consumido), é aconselhável o método de cloração ao 
“break-point”. 
• As dosagens de cloro, nesse caso: são naturalmente muito variáveis 
com as características da água, principalmente no que se refere ao seu 
conteúdo em amônia e outros compostos nitrogenados responsáveis pelo 
“break-point”. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
A dosagem de cloro deve ser tal, que apresente os seguintes residuais: 
pH Residual de cloro (ppm) 
Livre Combinado 
6-7 0,2 1,0 
7-8 0,2 1,5 
8-9 0,4 1,8 
A concentração de cloro residual não deve ser superior a 2,5 mg/L. 
 Amônia-cloração: 
• aplica-se à água amônia e cloro com a finalidade de serem 
produzidas cloraminas que proporcionam residuais de cloro combinado 
mais estáveis que os de cloro livre. 
• vantagens: quando se pretende manter um residual de cloro na rede 
de distribuição para prevenir a ocorrência de possíveis contaminações, 
ou impedir o crescimento de ferro-bactérias e limo no interior das 
canalizações. 
• Nesse caso, a aplicação de cloro é feita antes da amônia. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Desinfecção pelo cloro - Desinfetante 
 O custo de produção de ozônio é bastante elevado, diretamente 
ligado ao custo da energia elétrica. 
 Algumas vantagens do seu uso: 
* Não deixa resíduos indesejáveis na água tratada, 
* Reação com compostos orgânicos (fenólicos) não leva ao 
desenvolvimento de odores e sabores desagradáveis, 
* Reação com detritos vegetais (algas) não leva ao desenvolvimento 
de odores e sabores desagradáveis, 
* É mais efetivo contra os microorganismos, é o germicida mais 
eficiente que se conhece. 
 Desinfecção – Remoção de microorganismos 
• Ozônio 
 Remoção de dureza (abrandamento) 
• A dureza é causada pelos sais de cálcio e magnésio presentes na 
água. 
• Os processos mais empregados para remoção são: 
 - cal soda 
 - resina 
 - eletrodiálise. 
• consiste na remoção total ou parcial de Ca ou Mg, quase sempre nas 
formas de bicarbonatos, sulfatos e cloretos. 
• cal soda a frio: para dureza > 150, reduz para 15 à 30 p.p.m. 
• cal soda a quente: com fosfato trissódico, para dureza > 150, reduz 
para 5 à 15 p.p.m. 
• Reações: 
a) Ca (HCO
3
)
2
 + Ca (OH)
2 
 2 Ca CO
3
+ 2 H
2
O 
b) Mg (HCO
3
)
2
 + 2 Ca(OH)
2 
 Mg (OH)
2
 + 2Ca CO
3
+ 2 H
2
O 
c) Mg CO
3
 + Ca(OH)
2 
 Mg (OH)
2
 + Ca CO
3
 
d) Mg SO
4
 + Ca(OH)
2 
 Mg (OH)
2
 + Ca SO
4
 
e) Ca SO
4
 + Na
2 
CO
3 
 Ca CO
3
 + Na
2
 SO
4
 
 Remoção de dureza (abrandamento) 
 Processo cal soda: 
 Remoção de dureza (abrandamento) 
 Abrandamento por troca iônica 
• Abrandamento por troca de Cátions (Resina) 
• Resina é da forma hidrogeniônica (fracamente ácida) o processo é análogo, 
sendo que a regeneração é com ácido clorídrico ou sulfúrico 
- No abrandamento: Ca SO4 + R-2Na
+
  R-Ca + Na2 SO4 
- Na lavagem: R-Ca + 2NaCl  R-2Na + CaCl2 
 Remoção de dureza (abrandamento) 
 Abrandamento por troca iônica 
• Desmineralização da água 
• É o processo de remoção praticamente total dos íons em uma água, através 
de resinas catiônicas e aniônicas. 
• Como a desmineralização da água consiste na remoção dos íons nela 
presentes, o processo é também chamado de deionização. 
a) com as resinas catiônicas 
 Ca (HCO
3
)
2 
+ RH
2 
 RCa + 2 H
2
CO
3
 
 Ca SO
4
 + RH
2
  RCa + H
2
 SO
4
 
 Mg SO
4
 + RH
2 
 RMg + H
2
 SO
4
 
b) com as resinas aniônicas 
 H
2
 CO
3
 + R(OH)
2 
 RCO
3
 + 2 H
2
O 
 H
2
 SO
4
 + R(OH)
2
  RSO
4
 + 2 H
2
O 
 2 HCl + R(OH)
2
  RCl 
2 
+ 2 H
2
O 
DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA 
 Remoção de dureza (abrandamento) 
 Eletrodiálise 
• É um tratamento que consiste na remoção dos íons presentes na água, 
provenientes dos sais minerais dissolvidos, através da influência do campo 
elétrico. 
• Campo entre dois eletrodos, entre os quais são colocadas membranas 
catiônicas e aniônicas paralelas e alternadamente, confeccionadas com 
porosidade que permite a passagem dos cátions e ânions ou mesmo a 
retenção, conforme o caso. 
• Em razão disto, em certos compartimentos obtém-se água doce e em outros, 
água mais salgada (salmoura). 
Planta esquemática da eletrodiálise para 
dessalinização da água 
 Remoção de dureza (abrandamento) 
 Eletrodiálise 
 Controle de Gostos e Odores 
• Causas de gostos e odores: 
- certos minerais causam gosto; 
- gostos e odores são causados pela morte e apodrecimento de plantas 
do tipo algas; 
- outros causadores de gosto e odores são compostos de clorofenóis; 
- outras causas despejos de indústrias, matéria orgânica dissolvida e 
gases; 
- minerais tais como FeSO4, Mg, Na2 SO4, NaCl e Cloro excessivo. 
 Controle de Gostos e Odores 
• Tratamento Preventivo com Sulfato de Cobre: Tem por finalidade evitar o 
crescimento de algas. Se as algas já estão bastante crescidas poderá causar 
contratempos com a morte das mesmas, uma vez que elas apodrecem. 
• Tratamento com Amônia e Cloro: Esta combinação é também um agente 
eficiente para a remoção de gostos e odores. 
• Tratamento com Carvão Ativado: A ação adsorvente do carvão, seguida da 
sedimentação e filtração, produz completa remoção das substâncias causadores 
de gostos. 
• Pode ser aplicado antes ou depois da coagulação e antes da filtração. 
• Outros Tratamentos: Remoção de gostos pela Aeração; Pré-cloração e 
Permanganato de potássio . 
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Fluoretação 
• Significado sanitário - É amplamente conhecido que o F- têm efeito 
benéfíco na prevenção da cárie dentária. 
• Entretanto em concentrações elevadas pode causar fluorose, ou seja, uma 
deposição escura marron - roxo nos dentes e também nos ossos. 
• Onde há 1,0 mg/L de F- em água natural há menos incidência de cárie 
que nos lugares onde não existe. 
 Fluoretação 
Temperatura Média Anual 
das Máximas Diárias 
Concentração Ótima de Flúor 
em mg/L 
10,0-12,1 1,2 
12,2-14,6 1,1 
14,7-17,7 1,0 
17,8-21,4 0,9 
21,5-26,3 0,8 
26,4-32,5 0,7 
32,6-37,5 0,6 
TRATAMENTO DE ÁGUA 
ESQUEMA DE UMA E.T.A. 
 
a) Saída do material grosseiro retirado da água bruta. 
b) Entrada da água nos decantadores. 
c) Adição de substâncias químicas que participam do processo inicial de 
tratamento da água (cloro,Al2(SO4)3 e cal). 
 Cloro = usado na desinfecção (destruição dos microorganismos 
causadores de doenças) e mantido ao longo de todo o processo para 
proteger a água contra contaminações no sistema de distribuição. 
 Al2(SO4)3 = usado na coagulação das partículas. 
 Cal = usada para correções de pH. 
d) Saída do material prontamente sedimentável. 
e) Entrada nas câmaras de floculação. 
f) Saída do material floculado. 
g) Entrada da água nos decantadores secundários. Normalmente a 
decantação é acompanhada de uma filtração formada por um leito 
composto de carvão areia e cascalho. 
h) Saída contínua do material sedimentado. 
i) Etapa terciária de tratamento para retirada da flora microbiana (fungos, 
algas, bactéria e protozoários). 
j) Adição de cloro (cloro líquido ou dióxido de cloro). 
k) Saída de material. 
l) Adição de sílica ativada, polieletrólitos ou adsorção em carvão ativado. 
m) Entrada da água nas etapas de polimento. 
n) Saída de material. 
o) Entrada da água nas etapas de polimento (correção de alcalinidade, 
dureza e teores de sais de ferro e manganês). 
p) Saída de material. 
q) Água tratada pronta para distribuição. 
GRADEAMENTO 
DECANTAÇÃO 
FLOCULAÇÃO 
DECANTAÇÃO 
e FILTRAÇÃO 
REMOÇÃO de 
MICROORGANISMOS 
REMOÇÃO de 
COR, SABOR e ODOR 
REMOÇÃO de 
MATERIAL MINERAL 
(a) 
(c) 
(b) 
(f) 
(e) 
(d) 
(p) 
(g) 
(h) 
(q) 
(i) 
(r) 
(o) 
(k) (j) 
(n) 
(l) 
(m)

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