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Aula 09 Schistosoma mansoni (1)

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Schistosoma mansoni 
Glêzia Renata da Silva Lacerda 
 
Graduada em Biomedicina / ASCES 
Mestre em Biotecnologia Industrial/ UFPE 
Doutora em Ciências Biológicas/ UFPE 
Schistosoma 
 Classe Trematoda 
 Família Schistosomatidae* (abriga espécies com dimorfismo sexual, que 
parasitam humanos e animais) 
 Gênero Schistosoma (Weinland, 1958)* (schisto = fenda; soma = corpo) 
ESPÉCIES DE 
IMPORTÂNCIA MÉDICA 
Schistosoma haematobium 
Schistosoma japonicum 
Schistosoma intercalatum 
Schistosoma mekongi 
Schistosoma mansoni 
Schistosoma 
 
Esquistossomose mansoni 
intestinal 
 Doença causada pelo helminto Schistosoma 
mansoni; 
 Popularmente, conhecida como xistose, barriga 
d’água ou mal do caramujo; 
 Doença típica das Américas, Ásia e África; 
 As espécies do gênero Schistosoma chegaram às 
Américas durante o tráfico dos escravos e 
imigrantes orientais e asiáticos* - Zona canavieira 
do Nordeste/Outras regiões; 
 Apenas o Schistosoma mansoni se fixou, devido às 
condições ambientais semelhantes às da região de origem, 
além de bons hospedeiros intermediários (Biomphalaria). 
 
Esquistossomose 
 Acomete aproximadamente 200 milhões de indivíduos no mundo, sendo 120 
milhões assintomáticos e 20 milhões com doença severa; 
 
 Acomete 4,6% da população brasileira - aproximadamente 5 a 6 milhões de 
indivíduos. 
 
 Maiores prevalências: 
Pernambuco: 13,85% 
Alagoas: 21,05% 
Sergipe: 2,57% 
Esquistossomose 
 
Morfologia 
Ovo 
 Mede cerca de 150 m de comprimento x 60 m de largura, formato oval; 
 Espículo na parte mais larga voltado para trás; 
 A presença do miracídio formado, visível pela transparência da casca, caracteriza o ovo maduro; 
 Viáveis por 2 a 5 dias; 
 Usualmente encontrado nas fezes. 
Morfologia 
Miracídio 
 Forma cilíndrica, com tegumento recoberto por cílios que permitem seu movimento em meio aquático; 
 Mede cerca de 180 m de comprimento x 64 m de largura; 
 Extremidade anterior apresenta uma estrutura conhecida como terebratorium, a qual funciona como uma 
ventosa. 
SÃO ATRAÍDOS PELA LUZ (FOTOTROPISMO +) E A SECREÇÃO DA BIOMPHALARIA EXCITA O 
MOVIMENTO DO MESMO (QUIMIOCINESE) – FIXAÇÃO AO CARAMUJO (GLÂNDULAS 
ADESIVAS). 
Morfologia 
Cercária 
 Apresenta um comprimento total de 500 m; 
 Cauda bifurcada: 230 m x 50 m 
 Corpo cercariano: 190 m x 70 m 
Duas ventosas (oral e ventral)  glândulas de 
penetração que permite a fixação na pele do 
hospedeiro; 
 Saída nos períodos mais iluminados do dia - 1000 a 
3000 cercárias/ dia; 
 Superfície da água e duram de 8 a 24 horas. 
Morfologia 
Verme adulto – Macho 
Ventosa oral 
Ventosa ventral 
Extremidade anterior 
Extremidade posterior 
 Canal ginecóforo 
 Massas testiculares 
 Mede cerca de 1 cm; 
 Apresenta cor esbranquiçada, com 
tegumento recoberto por minúsculas 
projeções, conhecidas como tubérculos. 
Morfologia 
Verme adulto – Fêmea 
 Mede cerca de 1,5 cm; 
 Apresenta coloração mais escura com tegumento liso; 
 O corpo é dividido em duas porções: 
o Porção anterior do corpo: 
 Ventosa oral 
 Ventosa ventral 
 Vulva, útero e ovário 
o Porção posterior do corpo: 
 Glândulas vitelogênicas (responsáveis pela maturação dos ovos) 
 Ceco 
Morfologia 
Vermes adultos 
Fêmea 
Macho 
VIVE NO SISTEMA VASCULAR E NÃO TEM ÓRGÃOS COPULADORES 
Sistema Porta-Hepático 
 Todo sangue da cavidade abdominal 
drena para a veia porta, passando 
obrigatoriamente pelo fígado antes de 
atingir a veia cava. 
 Este sistema fornece exclusividade de 
ligação entre a segunda porção do 
duodeno e o fígado que tem como 
função de transporte de substâncias e 
nutrientes absorvidos para ser 
metabolizado. 
Ciclo Biológico 
VIDEO 1 
Ciclo Biológico 
Fase Assexuada 
 Os ovos eliminados com as fezes possuem 
uma expectativa de vida de 24 horas, em 
fezes líquidas e de 5 dias, em fezes sólidas; 
 Quando alcançam a água, liberam o 
miracídio, estimulado por fatores, como: 
 Temperaturas altas; 
 Luz intensa; 
 Oxigenação da água. 
 São capazes de penetrar no caramujo até 8 
horas após a eclosão. 
Fezes com ovos maduros 
 
 eclosão 
 
Miracídios 
 
 penetração 
 
Caramujos Biomphalaria 
(hospedeiro intermediário) 
Ciclo Biológico 
Fase Assexuada 
 Fixação ao tegumento do caramujo, que assume forma de ventosa e pelas 
glândulas de adesão; 
 Introdução nos tecidos do molusco por movimentos contráteis e rotatórios e 
liberação do conteúdo da glândula de penetração; 
 Dura cerca de 10 a 15 min. 
 A formação de cercárias inicia-se com a disposição de células germinativas em 
uma mórula e que multiplica até a emergência do caramujo; 
 As cercárias amadurecem em um período de 27 a 30 dias; 
 Um único miracídio pode originar cerca de 300 mil cercárias. 
 A emergência das cercárias é influenciada por estímulos externos como 
luminosidade e temperatura. 
 
Ciclo Biológico 
Fase Sexuada 
 A penetração cercariana ocorre após fixação na epiderme do hospedeiro 
definitivo, através das duas ventosas e glândulas acetabulares; 
 Introdução do corpo e perda da cauda por ação lítica e mecânica; 
 Este processo dura entre 5 a15 min; 
 Após a penetração, elas são denominadas esquistossômulos. 
Tecido subcutâneo 
 Vaso sanguíneo 
 Pulmões 
 via sanguínea 
 Sistema porta 
 Desenvolvimento e acasalamento 
Transmissão 
 Penetração ativa das cercárias na pele e mucosa; 
 Penetram frequentemente pernas e pés, por serem áreas mais expostas ao 
contato com águas contaminadas; 
 São vistas em maior quantidade entre 10 e 16 horas; 
 Focos: valas de irrigação e horta, açudes, pequenos córregos. 
 
VIDEO 2 
Patogenia 
 Fatores Patogênicos: 
 Cepa do Parasito 
 Carga Parasitária Adquirida* 
 Idade 
 Estado Nutricional 
 Resposta Imunológica do Indivíduo* 
CARGA PARASITÁRIA ESTÁ RELACIONADA A FORMAS 
HEPATOESPLÊNICA E PULMONAR. ALTERAÇÕES CUTÂNEAS E 
HEPÁTICAS SÃO INFLUENCIADAS PELA RESPOSTA IMUNOLÓGICA DO 
HOSPEDEIRO. 
Patogenia – Cercária 
DERMATITE CERCARIANA OU DERMATITE DO NADADOR 
 
o Considerada um processo imunoinflamatório; 
o Sensação de comichão, erupção urticariforme; 
o Após 24 horas  eritema, edema, pequenas 
pápulas e dor; 
o Mais intensa em reinfecções, quando há 
interferência de mastócitos, sistema complemento, 
eosinófilos e IgE. 
Patogenia – 
Esquistossômulos 
 Três dias após a penetração da cercaria na pele, os esquistossômulos 
chegam aos pulmões; 
 A partir da segunda semana, são encontrados em vasos hepáticos, 
causando: 
 Linfademia generalizada 
 Febre 
 Esplenomegalia 
 Sintomas Pulmonares 
Patogenia – Vermes adultos 
 Migram do Sistema Porta para a Veia Mesentérica Inferior; 
 Permanecem nestes locais durante muitos anos sem produzir grandes danos, 
apesar de consumirem cerca de 2,5 mg de ferro por dia e 1/5 do seu peso seco 
de glicose, devido ao elevado metabolismo; 
 Vermes mortos podem causar lesões extensas, principalmente no fígado. 
Patogenia – Ovos 
 Pequeno número de ovos na luz intestinal: 
 Lesões pontuais mínimas 
 Reparo Tecidual Rápido 
 Grande número de ovos na luz intestinal: 
 Hemorragias 
 Edemas da submucosa 
 Formações ulcerativas pequenas e superficiais 
 
 As lesões são, geralmente, reparadas com reconstituiçãodo epitélio; 
 Os ovos que atingem o fígado são responsáveis pelas alterações mais 
importantes da doença. 
Patogenia – Ovos 
 Secretam antígenos solúveis, responsáveis pela resposta 
inflamatória granulomatosa; 
 A deposição dos ovos é o evento que promove a 
formação do granuloma (ovo mais reação granulomatosa 
que o envolve); 
 Fases do Granuloma: 
 Fase Necrótica-Exsudativa  presença de uma zona de 
necrose envolvida por eosinófilos e neutrófilos. 
 Fase Produtiva início da reparação da área necrosada 
 Fase de Cura  fibrose, calcificação do ovo, absorção ou 
desaparecimento do granuloma 
Esquistossomose Aguda 
 Fase pré-postural: Os sintomas aparecem em torno de 10 dias a 35 dias 
após a infecção; 
 Fase pós-postural: Os sintomas aparecem em torno de 50 dias e pode durar 
até 120 dias após a infecção; 
 Doença aguda, febril, acompanhada de sudorese, calafrios, emagrecimento, 
febre alta, fenômenos alérgicos, diarreia, disenteria, cólicas, 
hepatoesplenomegalia discreta, linfadenia, leucocitose com eosinofilia, 
aumento das globulinas e alteração discreta das transaminases; 
 Pode levar o indivíduo à morte ou evoluir para a fase crônica da doença. 
Esquistossomose Crônica 
Forma Intestinal 
 Anorexia; 
 Flatulência; 
 Cólicas intestinais; 
 Diarreia mucosanguinolenta intercalada com períodos de constipação. 
PASSAGEM SIMULTÂNEA DE VÁRIOS 
OVOS PARA A LUZ INTESTINAL, 
OCASIONANDO PEQUENAS 
HEMORRAGIAS E EDEMA 
 
FIBROSE DA ALÇA RETOSSIGMOIDE E 
DIMINUIÇÃO DO PERISTALTISMO 
 
Esquistossomose Crônica 
Forma Hepatoesplênica 
 Inicialmente se apresenta aumentado e 
bastante doloroso a palpação; 
 Ovos se prendem nos espaços porta, 
formando muitos granulomas; 
 Numa fase mais adiantada pode estar 
menor e fibrosado; 
 Granulomas hepáticos provocam 
obstruções nos ramos intra-hepáticos da 
veia porta, levando à hipertensão portal; 
 A hipertensão leva a esplenomegalia, 
varizes e ascite. 
Esquistossomose Crônica 
Forma Hepatoesplênica 
Diagnóstico 
Parasitológico 
 Parasitológico de fezes: 
Sedimentação espontânea; 
 Kato-Katz: É um método quantitativo que permite a contagem do número de 
ovos por grama de fezes, avaliando a intensidade da infecção. 
 Biópsia ou raspagem retal: 
 Apresenta alta sensibilidade, mas também um grande desconforto para o 
paciente. 
 
ENCONTRO DOS OVOS DO PARASITO NAS FEZES OU TECIDOS DO 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO 
Diagnóstico 
Parasitológico 
SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA 
Diagnóstico 
Parasitológico 
KATO-KATZ 
Diagnóstico 
Imunológico 
 Devem ser considerados de acordo com a sua especificidade e 
sensibilidade: 
 Sensibilidade é a capacidade de um teste de detectar um indivíduo doente; 
 Especificidade é a capacidade de um teste de diagnosticar um indivíduo sem a 
doença. 
 Métodos mais comumente utilizados: 
 Intradermoreação 
 ELISA 
 PCR 
 
MEDEM A RESPOSTA DO HOSPEDEIRO AOS ANTÍGENOS DO PARASITO 
Profilaxia 
 Medidas de saneamento e combate ao 
caramujo, tratamento dos doentes e 
proteção do homem; 
 Implantação e tratamento adequado de 
esgotos sanitários; 
 Controle periódico de valas de irrigação e 
barragens; 
 Limpeza e retirada da vegetação das 
margens de coleções hídricas; 
Informar a população sobre a doença e 
promover educação sanitária; 
 
Profilaxia 
Destruição dos caramujos transmissores 
(substâncias moluscicidas); 
Programas de tratamento para pessoas 
infectadas; 
 Utilizar equipamentos de proteção como luvas e 
botas de borracha no trabalho em contato com 
água suspeita ou contaminada; 
Evitar banhos, pescaria, natação e lavagem de 
roupa em rios, lagoas, córregos; 
 Impedir o lançamento de dejetos humanos em 
coleções de água. 
 
Tratamento 
 Oxamniquina: aumenta a motilidade 
do parasito e inibe a síntese nucleica. 
 Sintomas: alucinações, tonteiras, 
excitação 
 
 Praziquantel (Cestox): formas 
jovens, lesando o tegumento do 
parasito. 
 Sintomas: dor abdominal, diarreia, 
cefaleia e astenia

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