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Aula 10 Ascaris lumbricoides

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Ascaris lumbricoides 
Glêzia Renata da Silva Lacerda 
 
Graduada em Biomedicina / ASCES 
Mestre em Biotecnologia Industrial/ UFPE 
Doutoranda em Ciências Biológicas/ UFPE 
Ascaris lumbricoides 
 Nematelminto popularmente conhecido como 
“lombriga” ou “bicha”, capaz de causar a 
doença ascaridíase, ascaridose ou ascariose; 
 É o maior nematelminto que parasita o 
intestino delgado de humanos; 
 Pode provocar alergias respiratórias, 
pneumonia e até processos obstrutivos; 
 Apresenta distribuição ubiquitária e sua 
frequência está relacionada às condições 
climáticas e ambientais, bem como ao grau de 
desenvolvimento socioeconômico da 
população. 
Ascaris lumbricoides 
 É o helminto mais frequente nos países pobres, em áreas 
com climas quentes e úmidos, onde o saneamento e a 
higiene são bastante deficientes; 
 Estima-se que 1,5 bilhão de pessoas do mundo estejam 
infectadas, correspondendo a 30% da população mundial; 
 Atinge cerca de 70% a 90% das crianças na faixa etária de 
1 a 10 anos; 
 A maioria dos indivíduos com ascaridíase vive na Ásia 
(73%), África (12%), e América do Sul (8%), onde algumas 
populações têm taxas de infecção tão alta quanto 95%. 
Ascaris lumbricoides 
Ascaris lumbricoides 
 Fatores que interferem na prevalência da ascaridíase: 
 Número de ovos produzidos e eliminados pela fêmea; 
 Viabilidade do ovo infectante por até um ano; 
 Alta densidade populacional vivendo em áreas desprovidas de saneamento 
básico; 
 Climas tropical e subtropical (temperatura e umidade médias elevadas); 
 Facilidade na dispersão dos ovos (chuvas, ventos, insetos, etc); 
 Baixo poder econômico, educacional e hábitos de higiene inadequados. 
Morfologia 
Vermes adultos 
 São longos, robustos, cilíndricos e apresentam as 
extremidades afiladas; 
 Apresentam dimorfismo sexual; 
 Extremidade anterior apresenta a boca (3 lábios 
fortes), seguida pelo esôfago cilíndrico, intestino 
retilíneo; 
 O reto e o ânus estão localizados próximos à 
extremidade posterior; 
 O tamanho deste helminto depende de dois fatores: 
 Quantidade de exemplares encontrados no 
intestino delgado; 
 Estado nutricional do hospedeiro. 
Morfologia 
Verme adulto – Macho 
 Apresentam cor leitosa; 
 Medem cerca de 20 a 30 cm de comprimento por 2 a 4 mm de largura; 
Encurvamento de cauda caracteriza o macho. 
 
 
Macho Fêmea 
Morfologia 
Verme adulto – Macho 
Apresenta testículo filiforme e enovelado, que se diferencia em canal 
deferente e canal ejaculador; 
 Dois espículos (órgãos acessórios para cópula). 
 
Morfologia 
Verme adulto – Fêmea 
 Coloração leitosa; 
 Medem cerca de 30 a 40 cm de comprimento por 3 a 
6 mm de largura; 
 São mais robustas que os machos; 
 Apresenta dois ovários filiformes e enovelados, que 
continuam como ovidutos, úteros que se unem em 
uma única vagina e se exterioriza pela vulva; 
 Capaz de eliminar cerca de 200 mil ovos férteis não 
embrionados por dia; 
 Extremidade posterior retilínea caracteriza a fêmea. 
Morfologia 
Vermes adultos – Fêmea e Macho 
 
Macho 
Fêmea 
Macho 
Fêmea 
Morfologia 
Ovo 
 Originalmente são brancos, mas adquirem cor castanha 
devido ao contato com as fezes; 
 Ovais e medem aproximadamente 50 x 60 µm; 
 Apresenta 3 membranas: uma membrana externa 
mamilonada, o que facilita sua aderência; seguida de 
uma membrana média e outra interna; 
 Massa de células germinativas no interior; 
 Ovos inférteis são mais alongados, com membrana 
mamilonada mais delgada; 
 Alguns ovos férteis podem ser observados sem a 
membrana mamilonada. 
Morfologia 
Ovo 
Ovo fértil Ovo embrionado Ovo infértil 
Morfologia 
 
15 dias 
L1 
L3 
LARVAS: 
L1 – 1ª LARVA FORMADA 
NO OVO  RABDITOIDE 
(ESÔFAGO COM DUAS 
DILATAÇÕES) 
L2 – 2ª LARVA FORMADA 
NO OVO  RABDITOIDE 
L3 – 3ª LARVA FORMADA 
NO OVO  FILARIOIDE 
(ESÔFAGO RETILÍNEO) 
L4 – PRESENTE NOS 
PULMÕES 
L5 – PRESENTE NOS 
PULMÕES 
Ciclo Biológico 
Parasito Monoxeno 
1 e 2  Ovos contendo larvas L3 (infectantes) 
contaminam água ou alimentos e são ingeridos; 
3  Passagem do ovo embrionado pelo sistema 
digestivo e eclosão no intestino delgado; 
4  Penetração das larvas na parede intestinal, caem 
nos vasos linfáticos e veia mesentérica, até chegar ao 
fígado (18 a 24 horas após a infecção); 
5  Após alguns dias, chegam aos pulmões através da 
circulação; 
6  Sofrem muda para L4, rompem os capilares, caem 
nos alvéolos e se transforma em L5; 
7  Migram para a faringe, podendo ser expulsas pela 
expectoração ou deglutidas; 
8 e 9  Chegam o duodeno, transformando-se em 
adultos, atingem a maturidade sexual, copulam e 
eliminam ovos nas fezes, 2 meses após a infecção; 
10 a 12  Maturação dos ovos férteis no meio 
ambiente. 
 
Ciclo de 
Loss 
Transmissão 
 Via fecal-oral; 
 Ingestão de águas sem tratamento ou deficientemente 
tratadas; 
 Alimentos contaminados com ovos embrionados com a larva 
L3; 
 Transmissão direta de pessoa a pessoa, por meio de mãos 
contaminadas, em locais de aglomeração humana (creches, 
orfanatos, asilos, presídios, escolas e enfermarias 
pediátricas); 
 Manipulação do solo contaminado; 
 Deposição subungueal com ovos viáveis, principalmente em 
crianças; 
 Migração transplacentária de larvas também tem sido 
ocasionalmente relatada; 
 A transmissão é reforçada por indivíduos infectados de forma 
assintomática que podem continuar a lançar ovos por anos. 
Patogenia 
 Fatores Patogênicos: 
 Cepa do Parasito 
 Carga Parasitária Adquirida* 
 Idade 
 Estado Nutricional 
 Resposta Imunológica do Indivíduo* 
A INTENSIDADE DAS ALTERAÇÕES PROVOCADAS ESTÁ DIRETAMENTE 
RELACIONADA AO NÚMERO DE FORMAS PRESENTES NO HOSPEDEIRO 
Ação patogênica 
ocorre em 2 etapas: 
Durante migração das 
larvas 
Vermes adultos no 
 habitat definitivo 
Patogenia – Larvas 
Em infecções de baixa intensidade, normalmente não há nenhuma 
alteração; 
 Quando há uma infecção com elevado número de parasitas: 
 No fígado  pequenos focos hemorrágicos e de necrose; 
 Nos pulmões  pontos hemorrágicos, edemaciação dos alvéolos com 
infiltrado inflamatório de neutrófilos e eosinófilos. 
Pode ser observado um quadro pneumônico com febre, tosse seca, 
dispneia, manifestações alérgicas, bronquite e eosinofilia  Síndrome de 
Löeffler. 
 
Patogenia – Larvas 
Fígado com pontos 
hemorrágicos 
Patogenia – Vermes adultos 
Em infecções de baixa intensidade (3 a 4 vermes), normalmente não há 
nenhuma alteração; 
 Em infecções médias (30 a 40 vermes) ou intensas (100 vermes ou mais), 
podem ocorrer diversas alterações: 
 Ação espoliadora; 
 Ação tóxica; 
 Ação mecânica; 
 Localização ectópica. 
 
 
Patogenia – Vermes adultos 
 AÇÃO ESPOLIADORA: 
 Elevado consumo de proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas A e C pelos 
vermes; 
 Presença de manchas brancas na pele, devido ao consumo das vitaminas; 
 Culmina em subnutrição e esgotamento físico e mental. 
 
 AÇÃO TÓXICA: 
 Reação entre antígenos parasitários e anticorpos do hospedeiro; 
 Edema, urticária e convulsões. 
 
 
Patogenia – Vermes adultos 
 AÇÃO MECÂNICA: 
 Obstrução do íleo e irritação da parede intestinal; 
 A obstrução intestinal é a complicação aguda mais comum; 
 O indivíduo apresenta desconforto abdominal, cólicas, anorexia, 
náuseas e diarreia. 
 
Patogenia – Vermes adultos 
 LOCALIZAÇÃO ECTÓPICA: 
 Ocorre em indivíduos comaltas cargas parasitárias ou quando o verme sofre 
alguma ação irritativa; 
 Desloca-se do seu habitat normal e migra para locais não habituais (Ascaris 
errático)  apêndice, ducto colédoco, ducto pancreático, boca, narinas, olhos e 
ouvidos. 
Diagnóstico 
Parasitológico 
 Parasitológico de fezes: 
 Sedimentação espontânea  Exame de rotina simples e de baixo custo; 
 Kato-Katz  Usado em inquéritos epidemiológicos, por tratar-se de um 
método quantitativo que permite a contagem do número de ovos por 
grama de fezes, avaliando a intensidade da infecção. 
PESQUISA DE OVOS DO PARASITO NAS FEZES DO HOSPEDEIRO 
EM INFECÇÕES EXCLUSIVAMENTE COM FÊMEAS, TODOS OS OVOS 
EXPELIDOS SERÃO INFÉRTEIS, ENQUANTO QUE EM INFECÇÕES SOMENTE 
COM MACHOS, OS EXAMES PARASITOLÓGICOS SERÃO SEMPRE NEGATIVOS. 
Diagnóstico 
Parasitológico 
 
SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA 
Diagnóstico 
Parasitológico 
KATO-KATZ 
Profilaxia 
 Medidas de saneamento básico; 
 Implantação e tratamento adequado de esgotos sanitários; 
 Educação sanitária; 
 Construção de fossas sépticas; 
 Acondicionamento e destino adequado de resíduos orgânicos domésticos; 
 Lavagem e proteção de dos alimentos contra insetos e poeira; 
 Diagnóstico e tratamento dos doentes. 
Tratamento 
 Não deve ser instituído nos sintomas pulmonares; 
 
 Albendazol – amplo espectro antiparasitário  400 mg, via oral em dose 
única. 
 Uma dose única de albendazol é eficaz em reduzir ovos em 100% dos 
casos. 
 Mebendazol – amplo espectro antiparasitário  100 mg, 12/12h, via oral 
durante três dias ou 500 mg em dose única. 
 O mebendazol é eficaz em cerca de 95%.

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