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Relatótio CUPUAÇU OK.pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
FACULDADE DE BIOTECNOLOGIA 
ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS 
 
 
Andre da Luz de Freitas 
Patrícia Oliveira Santos 
Rutiléia de Jesus Paiva 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM/PA 
2017 
Relatório apresentado como requisito 
avaliativo da Disciplina de Química de 
Produtos Naturais, ministrada pela Profª. 
Drª. Joyce Kelly do Rosário da Silva. 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum) pertencente à família 
Sterculiaceae e é uma das espécies vegetais nativas da região amazônica, que 
produzem frutos oleaginosos. Sua árvore é classificada como de médio porte, 
chegando a atingir assim, uma altura de dez a quinze metros. O fruto do 
cupuaçuzeiro apresenta uma forma ovoide, medindo cerca de 10 a 40 cm, sendo 
este apreciado e consumido diretamente na alimentação, in natura ou na forma de 
sucos, doces, geleias, sorvetes e tantos outros (Andrade, 2007; Lima, et al., 2015). 
Em sua composição, esse fruto apresenta teores de ácidos graxos essenciais 
variáveis, que desempenham várias funções nos organismos vivos como 
desenvolvimentos ligados a diversos sistemas, composição estrutural celular, 
redução de doenças cardiovasculares, energético e entre outros (Andrade, 2007; 
Lima, et al., 2015). 
Diante da composição de ácidos graxos essenciais e sua composição 
química, principalmente de gordura, ele pode ser utilizado na indústria alimentícia, 
cosmética, como aditivos de chocolate (do cacau). Para isso, existem técnicas para 
modificar a gordura como por hidrogenação, interesterificação e fracionamento, 
tornando-as mais apropriadas para essas aplicações (Cohen, 2009) 
Além disso, o cupuaçu é composto de proteínas (10,5 %), fibras (27%) e 
carboidratos (9,59 %). Onde, os minerais que se destacam nesse fruto são 
Nitrogênio (23,3 g/kg), Fósforo (2,0 g/kg), Potássio (7,5 g/kg), Magnésio (2,0 g/kg) e 
Enxofre (1,1 g/kg) (Oliveira, 2013; FREIRE, et al., 2009). 
Os principais ácidos encontrados no cupuaçu são: Ácido Oleico (C18:19) 
compondo cerca de 38,7 a 43,5 %, Ácido Palmítico (C16:0) 6,9 a 11,25 %, Ácido 
Esteárico (C18:0) com 38 %, Ácido Araquídico (C20:0) cerca de 7,9 % e ácido 
linoleico (C18:2) com 2,3 %. Dentre esses, o Ácido Oleico (FIGURA 1) apresenta-se 
como principal componente do cupuaçu, onde esse alto teor de ácidos graxos 
monoinsaturados, principalmente o oleico, pode ser a causa da gordura possuir uma 
maior maciez (Cohen, 2009; Oliveira, 2013). 
 
FIGURA 1. Estrutura química do ácido oleico. 
 
 
2. OBJETIVO 
 
Extrair Ácidos Graxos por duas técnicas de extração: Extração a quente 
da semente do cupuaçu por Sohxlet e extração a frio, ambas utilizando como 
solvente o Hexano, a fim de fazer comparações entre os resultados obtidos. 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 3.1 - EQUIPAMENTOS 
 Soxhlet 
 Evaporador Rotativo 
 Filtro à vácuo 
 Balança analítica 
 Vidrarias de bancada: Becker e Erlenmeyer 
 O Soxhlet usado para a prática de laboratório foi utilizado para a extração á 
quente do composto orgânico de desejo. Este aparelho é um equipamento de 
laboratório, inventado em 1879 por Franz Von Soxhlet, este foi concebido 
inicialmente para a extração de lipídios de materiais no estado sólido. O Soxhlet é 
composto por três principais secções: um percolador (um balão de destilação e um 
condensador de refluxo), que permite o refluxo do solvente, um dedal (um filtro, 
constituído normalmente por papel de filtro grosso), que retém as partículas sólidas, 
e um sifão, que esvazia periodicamente a câmara onde o dedal é colocado. 
Destilação é um processo de separação térmica de compostos líquidos através da 
evaporação em seu ponto de ebulição e consequentemente condensação. O ponto 
de ebulição diminui utilizando-se vácuo no sistema, desta maneira é possível manter 
o solvente em uma temperatura baixa e constante. Este é o princípio básico de 
funcionamento do evaporador rotativo, este equipamento foi utilizado a fim de 
recuperar solvente após o processo de síntese do composto de interesse. O 
kitassato e o funil de Buchner, foram utilizados para a filtração à vácuo, o kitassato é 
utilizado no laboratório para efetuar filtrações a pressão reduzida e foi utilizado 
juntamente com o funil, que por sua vez é um tipo de vidraria de laboratório, 
consistindo em um material feito de porcelana e com vários orifícios, como uma 
peneira, e foi usado juntamente com um papel de filtro para reter a parte sólida. 
 
 3.2 - PROCEDIMENTO PRÁTICO 
 Na prática laboratorial do dia 31/05/2017, utilizamos o método de extração de 
ácido graxo a partir da semente de cupuaçu, por duas técnicas de extração: 
Extração a quente por Soxhlet e extração a frio, utilizando apenas um Becker e o 
solvente de interesse ( Hexano). 
 
 EXTRAÇÃO A QUENTE POR SOXHLET: 
 Primeiramente, taramos a balança analítica para pesar 15 g de semente de 
cupuaçu dentro de um Becker, para posteriormente por a semente já pesada dentro 
de um pequeno cartucho feito de papel a fim de que a amostra não entre em contato 
diretamente com o equipamento. Manuseando o Soxhlet corretamente, colocou-se 
dentro do dedal o cartucho com a amostra, e em seguida, adicionou-se uma certa 
quantidade de Hexano (até cobrir o cartucho), para que haja as sinfonadas 
corretamente. O aparelho ficou extraindo a substância de interesse por uma hora, 
em seguida retiramos o composto do balão volumétrico (solvente + substância) e 
colocamos em um evaporador rotativo a fim de retirar o máximo de solvente da 
substancia, o processo durou cerca de dez minutos. Enquanto o evaporador rotativo 
atuava, pesamos um Erlenmeyer seco na balança analítica (65,1g) a fim de 
posteriormente pesar o Erlenmeyer com a substância de interesse e subtrair os 
valores para adquirir o peso somente da substância. 
 Retiramos a substância do evaporador rotativo e colocamos no Erlenmeyer 
pesado e tampamos com um pedaço de papel filme com furos para que o solvente 
volatilize e fique somente a substância. 
 No dia 07/06/2017 retornamos ao laboratório para pesar novamente o 
Erlenmeyer com a substância (69,1g), e por fim subtraímos os dois valores, no qual 
resultou em 4g de ácido graxo. 
 
 
 
 EXTRAÇÃO A FRIO: 
 Para extração a frio foi necessário primeiramente pesar um Erlenmeyer seco 
(64,6g), e depois pesar 15g de semente de cupuaçu dentro de um Erlenmeyer em 
uma balança analítica já tarada, em seguida adicionamos 100 ml de solvente 
(Hexano) e tampamos com um pedaço de papel filme e deixamos por 7 dias na 
bancada extraindo o lipídio. No dia 07/06/2017 retornamos ao laboratório e fomos 
concentrar a extração a frio, utilizando um filtro a vácuo, no qual possui duas partes: 
o kitassato e o funil de Buchner, o último foi utilizado juntamente com um papel filtro 
para que não houvesse a transferência de amostra sólida para a parte líquida 
(substância + solvente) de interesse, em seguida levamos o líquido filtrado para o 
evaporador rotativo a fim de separar o solvente da substância, em seguida 
colocamos a substância no Erlenmeyer e tampamos com papel filme com alguns 
furinhos para que houvesse melhor volatilização do solvente que ainda resta na 
amostra, depois de alguns dias foi pesado novamente o Erlenmeyer (69,2g) e 
posteriormente subtraímos os pesos, no qual obtemos 4,6 g de ácido graxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 2- (a) Extração a frio. (b) Extração a quentepor Soxhlet 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 A quantidade de gorduras presentes na semente do cupuaçu foi 
estabelecida através de duas técnicas de extração como indica a Tabela 1. 
 
 
 
QUANTIDADE SOLVENTE 
TEMPO DE 
EXTRAÇÃO 
 
MÉTODO 
 
RESULTADO 
OBTIDO 
 
A QUENTE 15 g Hexano 1 h 
 
Soxhlet 
 
4 g (26,6%) 
 
A FRIO 15 g Hexano 7 dias 
 
- 
 
4,6 g (30,6%) 
 
 Analisando os resultados obtidos, nota-se que em questão percentual da 
substância extraída, a extração a frio obteve um maior rendimento em comparação 
com a extração a quente, 30,6% e 26,6% em 15 g de sementes, respectivamente. 
No entanto, quando comparado ambos os resultados de extração em relação ao 
tempo, foi possível verificar que não houve uma grande divergência entre os valores, 
pois o método de extração a frio utilizou-se de 7 dias para que houvesse a extração 
do lipídeo e o método de extração a quente por Soxhlet utilizou-se apenas de uma 
hora de extração, obtendo assim, resultados próximos de extração. 
 Sabemos que, o fator tempo é crucial para um melhor rendimento do 
processo, assim como o uso específico de equipamentos mais modernos. De forma 
intuitiva, é notável que para extrair lipídeos usando com matéria prima a semente do 
cupuaçu é mais viável e vantajoso utilizar-se do método de extração a quente por 
Soxhlet. 
Foram encontrados nesse experimento 26 % de ácidos graxos, quando 
extraído por Sohxlet. Esse valor está muito abaixo de 54% de lipídeo extraído do 
licor de cupuaçu encontrado por Oliveira (2013). Isso aconteceu devido ao tempo de 
extração ter ocorrido dentro de 1 hora. Supõe-se que, se estivesse extraído 
conforme a Associação de Químicos Analíticos Oficiais AOAC (1995) o rendimento 
teria sido maior. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 Diante da composição de ácidos graxos, verificou-se que a extração a frio 
foi mais eficiente que extração a quente utilizando Sohxlet. Mesmo assim, ao 
consultar a literatura verifica-se que a extração a frio não é eficiente quando 
comparado à extração a quente por Sohxlet durante 8 horas. Portanto, os 
resultados, nesse trabalho, inferem que a extração a frio foi mais eficiente devido a 
pequena duração da extração a quente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
LIMA, L.S. et al. Avaliação da gordura de cupuaçu (Theobroma Grandiflorum) 
como matéria-prima potencial para produção de biodiesel. Mato grosso, 2015. 
ANDRADE E. C. L. Potencial de utilização da amêndoa do cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e dos 
frutos do muruci (Byrsonima crassifolia) e da pupunha (Bactris gasipaes) como fontes de ácidos 
graxos essenciais na elaboração de um Complemento alimentar na nutrição humana. BELÉM, 
2007. 
 
COHEN K. O. & JACKIX M. N. H. Características Químicas e Fisicas da Gordura de cupuaçu e da 
manteiga do cacau. EMBRAPA Cerrados, DF 2009. 
 
MENDES D. N. P. N. relatório de química orgânica experimental extração de 
gordura da semente do cupuaçu. BREVES-PARÁ, 2015. 
 
AZEVEDO Á. B. A. Extração e fracionamento da gordura de cupuaçu das 
sementes com fluidos supercríticos I.--Campinas, SP: [s.n.], 2001 
 
Oliveira, T. B. Genovese, M. I. Chemical composition of cupuassu (Theobroma 
grandiflorum) and cocoa (Theobroma cacao) liquors and their effects on 
streptozotocin-induced diabetic rats; Food Research International ed. 51 p. 929–
935, São Paulo, SP, Brazil, 2013. 
 
FREIRE, M. T. A. et al. Caracterização físico-química, microbiológica e sensorial 
de polpa de cupuaçu congelada (Theobroma grandiflorum Schum) J. Food 
Technol., v. 12, n. 1, p. 09-16, jan./mar.Brazil, 2009. 
 
BELITZ, H.-D.; GROSCH, W. Química de los alimentos. 2ª ed. Editorial Acribia: 
Zaragoza, p 1087. España, 1997.

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