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1 UFSCar Geometria Anal´ıtica -22/11/16 Profa Cla´udia Buttarello Gentile Moussa Primeira Prova - Turma B 1. (1.6) Escalone (parcial ou completamente) o seguinte sistema e exiba sua soluc¸a˜o. x + 2y + z = 0 −x + 3z = 5 x − 2y + z = 1 Resoluc¸a˜o Vamos considerar a matriz ampliada do sistema: 1 2 1 : 0−1 0 3 : 5 1 −2 1 : 1 Escalonando esta matriz temos: 1 2 1 : 0−1 0 3 : 5 1 −2 1 : 1 ≡L2 + L1 1 2 1 : 00 2 4 : 5 1 −2 1 : 1 ≡L3 − L1 1 2 1 : 00 2 4 : 5 0 −4 0 : 1 ≡L2 < − > L3 1 2 1 : 00 −4 0 : 1 0 2 4 : 5 ≡−1 4 · L2 1 2 1 : 00 1 0 : −14 0 2 4 : 5 ≡L1 − 2L2 1 0 1 : 120 1 0 : −14 0 2 4 : 5 ≡L3 − 2L2 1 0 1 : 120 1 0 : −14 0 0 4 : 112 ≡1 4 · L3 1 0 1 : 120 1 0 : −14 0 0 1 : 118 ≡L1 − L3 1 0 0 : 780 1 0 : −14 0 0 1 : 118 Voltando para o sistema temos x = −78 y = −14 z = 118 Ou seja, o sistema e´ poss´ıvel determinado e o conjunto soluc¸a˜o e´ S = { (−78 , −1 4 , 11 8 ) } . 1 2. (2.4) As matrizes abaixo sa˜o matrizes ampliadas de sistemas lineares. Em cada item, classifique o sistema como poss´ıvel ou na˜o, determinado ou na˜o. No caso de indetermi- nado deˆ o grau de liberdade. No caso de poss´ıvel exiba formalmente a soluc¸a˜o. 1A forma acima e´ a forma padra˜o de escalonamento. Veja uma alternativa com menos frac¸o˜es no final deste gabarito. 2 [S1] [ 1 0 0 2 : −1 0 1 1 2 : −2 ] [S2] 1 0 1 2 : −1 0 1 0 2 : −2 0 0 1 −2 : 0 0 0 0 1 : −3 [S3] 1 0 0 : −10 1 2 : −2 0 2 4 : 0 Resoluc¸a˜o [S1] A matriz S1 ja´ esta´ reduzida a` forma escada. Passando ao sistema que ela repre- senta temos: { x + 2w = −1 y + z + 2w = −2 O posto da matriz dos coeficientes e´ igual ao posto da matriz ampliada. Logo o sistema e´ poss´ıvel. A nulidade e´ 2, logo e´ indeterminado com grau de liberdade 2. O conjunto soluc¸a˜o e´ : S = {(−1− 2w, y = −2− z − 2w, z, w), z, w ∈ R}. [S2] A matriz S2 esta´ escalonada mas na˜o esta´ reduzida a forma escada. Voceˆ tanto poderia fazer o escalonamento completo como tambe´m poderia partir direto para um processo de substituic¸a˜o. A seguir eu concluo o escalonamento: 1 0 1 2 : −1 0 1 0 2 : −2 0 0 1 −2 : 0 0 0 0 1 : −3 ≡L1 − L3 1 0 0 4 : −1 0 1 0 2 : −2 0 0 1 −2 : 0 0 0 0 1 : −3 ≡L1 − 4L4 1 0 0 0 : 11 0 1 0 2 : −2 0 0 1 −2 : 0 0 0 0 1 : −3 ≡L2 − 2L4 1 0 0 0 : 11 0 1 0 0 : 4 0 0 1 −2 : 0 0 0 0 1 : −3 ≡L3 + 2L4 1 0 0 0 : 11 0 1 0 0 : 4 0 0 1 0 : −6 0 0 0 1 : −3 O posto da matriz dos coeficientes e´ igual ao posto da matriz ampliada. Logo o sistema e´ poss´ıvel. A nulidade e´ 0, logo e´ determinado. O conjunto soluc¸a˜o e´ : S = {(11, 4,−6,−3)}. [S3] Quanto ao sistema representado por S3 antes de classifica-lo precisamos escalonar a matriz. 1 0 0 : −10 1 2 : −2 0 2 4 : 0 ≡L3 − 2L2 1 0 0 : −10 1 2 : −2 0 0 0 : −4 Trata-se de sistema im- poss´ıvel, ja´ que o posto da matriz dos coeficientes e´ diferente do posto da matriz ampliada. 3 3. (2.0) Justifique a seguinte afirmac¸a˜o: ”Qualquer conjunto com mais de tres vetores no espaco e´ linearmente dependente”. Resoluc¸a˜o: Considere quatro vetores do R3 : −→u1 = (a1, b1, c1) −→u2 = (a2, b2, c2) −→u3 = (a3, b3, c3) −→u4 = (a4, b4, c4) Para verificarmos se o conjunto {−→u1,−→u2,−→u3,−→u4} e´ l.i. ou l.d., vamos analisar a possi- bilidade de podermos escrever (ou na˜o) o vetor nulo −→o como combinac¸a˜o linear na˜o trivial destes vetores. Em outras palavras, desejamos saber se existem escalares na˜o todos nulos λ1, λ2, λ3, λ4 tais que λ1 −→u1 + λ2−→u2 + λ3−→u3 + λ4−→u4 = −→o ou seja, λ1(a1, b1, c1) + λ2(a2, b2, c2) + λ3(a3, b3, c3) + λ4(a4, b4, c4) = (0, 0, 0) Mas isso e´ equivalente a verificar se o sistema abaixo tem ou na˜o soluc¸a˜o na˜o trivial. a1λ1 + a2λ2 + a3λ3 +a4λ4 = 0 b1λ1 + b2λ2 + b3λ3 +b4λ4 = 0 c1λ1 + c2λ2 + c3λ3 +c4λ4 = 0 Trata-se de um sistema homogeˆneo, logo compat´ıvel, envolvendo treˆs equac¸o˜es e 4 inco´gnitas, o que implica que a nulidade do sistema necessariamente sera´ maior do que 0, e portanto o sistema e´ indeterminado. Ou seja, tem soluc¸a˜o na˜o trivial. Isso significa que o conjunto {−→u1,−→u2,−→u3,−→u4} e´ l.d. Observe que, se acrescentarmos um ou mais vetor(es) a este conjunto, estaremos acres- centando o mesmo nu´mero de inco´gnitas ao sistema que, entretanto, continuara´ tendo apenas treˆs equac¸o˜es. Logo a nulidade do sistema aumentara´, e portanto ainda teremos um sistema indeterminado. Ou seja, qualquer conjunto com mais do que treˆs vetores em R3 e´ necessariamente l.d. 4. (2.0) Determine as posic¸o˜es relativas das retas e/ou planos em cada par. (a) r : (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(3, 1, 2); e s : (x, y, z) = (−1, 2, 0) + α(1,−1,−2). Resoluc¸a˜o: Como os vetores diretores das duas retas na˜o sa˜o paralelos, as retas na˜o sa˜o nem coincidentes nem paralelas. Para decidirmos se sa˜o concorrentes ou reversas, con- sideramos os pontos A = (1, 2, 3) e B = (−1, 2, 0) pertencentes a`s retas r e s respectivamente, e os vetores −→u = (3, 1, 2) e −→v = (1,−1,−2), 4 que sa˜o os vetores diretores de r e s respectivamente. Vamos verificar se o conjunto {−−→AB,−→u ,−→v } e´ l.i. ou l.d. det −2 3 10 1 −1 −3 2 −2 = 4 + 9 + 0 + 3− 4− 0 = 12 6= 0 Portanto os vetores {−−→AB,−→u ,−→v } sa˜o l.i, o que significa que na˜o sa˜o coplanares. Ou seja, as retas sa˜o reversas. (b) r : (x, y, z) = (1, 2, 3) + λ(3, 1, 2); e pi : (x, y, z) = (−1, 2, 0) + δ(1,−1,−2) + α(2, 1, 3). Resoluc¸a˜o: Para analisarmos as posic¸o˜es relativas entre a reta r e o plano pi vamos verificar se os vetores diretores da reta e do plano sa˜o l.i. ou l.d. det 3 1 21 −1 1 2 −2 3 = −9 + 2− 4 + 4 + 6− 3 = −4 6= 0, ou seja, os vetores (3, 1, 2), (1,−1,−2) e (2, 1, 3) na˜o sa˜o coplanares (na˜o podem ser representados por segmentos contidos no mesmo plano). Logo, a reta e´ concorrente com o plano. 5. (2.0) No triaˆngulo ABC, sejam −→u = −→CA, −→v = −−→CB, e −→w = −→u − 2−→v . Calcule α para que X = C + α−→w pertenc¸a a` reta suporte de AB. Resoluc¸a˜o: Para que X = C + α−→w pertenc¸a a` reta suporte de AB e´ necessa´rio que−−→ AX seja paralelo a −−→ AB. Ou seja, e´ preciso que exista um escalar λ tal que −−→ AX = λ −−→ AB. Agora, −−→ AX = −→ AC + −−→ CX e por outro lado −−→ CX = α−→w = α−→CA− 2α−−→CB Ou seja, devemos ter λ −−→ AB = −→ AC + α −→ CA− 2α−−→CB = (α− 1)−→CA− 2α−−→CB (1) Como −−→ AB = −→ AC + −−→ CB, de (1) temos que λ −→ AC + λ −−→ CB = (α− 1)−→CA− 2α−−→CB (2) e portanto (1− α− λ)−→CA = (−λ− 2α)−−→CB (3) Sabemos que −→ CA e −−→ CB sa˜o na˜o paralelos, pois sa˜o representados por lados de um triaˆngulo, portanto a igualdade em (3) so´ podera´ ser verdadeira se (1 − α − λ) = 0 = (−λ− 2α), isto e´ λ + α = 1 λ + 2α = 0 5 o que implica λ = −2α e − 2α+ α = 1, de onde conclu´ımos que α = −1. A B C ~u ~v A B C ~u ~v −2~v ~w −~w X
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