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1 UFSCar Geometria Anal´ıtica - 12/01/17 Profa Cla´udia Buttarello Gentile Moussa GABARITO da Segunda Prova - Turma B 1. (1,5) O lado do quadrado ABCD mede 2, AC e´ diagonal e M e´ ponto me´dio de BC. Calcule a a´rea do paralelogramo determinado por −−→ DM e −−→ DB. A B C D M Queremos determinar a a´rea do paralelogramo determinado por −−→ DB e −−→ DM a qual e´ dada por ‖−−→DB ×−−→DM‖. Sabemos que a a´rea do quadrado e´ 4. Como o quadrado e´ em particular um paralelo- gramo, enta˜o ‖−−→DA×−−→DC‖ = 4. Para obtermos o resultado vamos decompor os vetores −−→ DB e −−→ DM em termos de −−→ DA e−−→ DC. Temos −−→ DB = −−→ DA+ −−→ AB = −−→ DA+ −−→ DC −−→ DM = −−→ DC + −−→ CM = −−→ DC + 12 −−→ DA De forma que −−→ DB ×−−→DM = (−−→DA+−−→DC)× (−−→DC + 12 −−→ DA) = ( −−→ DA×−−→DC) + (−−→DA× 12 −−→ DA) + ( −−→ DC ×−−→DC) + (−−→DC +×12 −−→ DA) = ( −−→ DA×−−→DC) +−→0 +−→0 − 12( −−→ DA×−−→DC) = 12( −−→ DA×−−→DC) Portanto ‖−−→DB ×−−→DM‖ = 1 2 ‖−−→DA×−−→DC‖ = 2. Soluc¸a˜o alternativa muito simples: coloque o ve´rtice A na origem do sistema de coordenadas, encontre as coordenadas dos pontos B,D e M , encontre as coordenadas dos vetores −−→ DB e −−→ DM , calcule ‖−−→DB ×−−→DM‖ usando coordenadas. 2 2. (2,0) Considere um paralelogramo ABCD determinado por vetores −−→ AB e −→ AC na˜o pa- ralelos e tais que ‖−−→AB‖ = ‖−→AC‖. Verifique que −−→AD e −−→BC sa˜o ortogonais. Usemos um sistema de coordenadas cartesianas com origem em A com um dos eixos na direc¸a˜o de um dos lados deste quadrila´tero. Assim temos algo do tipo: A B D C y x θ Chamemos de a a medida das laterais, isto e´, a = ‖−−→AB‖ = ‖−→AC‖, e θ o aˆngulo entre−−→ AB e −→ AC. (Observe que podemos supor sem perda de generalidade que este aˆngulo e´ agudo, pois se na˜o fosse poder´ıamos colocar o sistema de coordenadas com origem em outro ve´rtice!!) Dessa forma, temos facilmente as coordenadas dos pontos A, B, C e D em func¸a˜o de a e θ. Assim temos: A = (0, 0) e C = (a, 0). B = (a cos θ, a sin θ) D = (a+ a cos θ, a sin θ) Para encontrar as coordenadas de B e D voce pode simplesmente utilizar relac¸o˜es tri- gonome´tricas num triaˆngulo retaˆngulo. Mas poderia tambe´m observar usar projec¸a˜o ortogonal se quisesse, certo? Assim temos que −−→ AD = (a (cos θ + 1), a sin θ) e −−→ BC = (a (cos θ − 1), a sin θ) Portanto −−→ AD · −−→BC = a2(cos2 θ − 1) + a2 sin2 θ = a2 − a2 = 0. 3. (2,0) Considere a reta dada r por 2x = y−1; z = 3. Determine o aˆngulo compreendido entre r e s, onde s e´ a intersec¸a˜o dos planos x+ 3y− z− 9 = 0 e 2x+ 3y+ 4z− 3 = 0 . A reta r (que tambe´m pode ser escrita como x = y−12 ; z = 3) tem equac¸o˜es parame´tricas x = 0 + 1λ y = 1 + 2λ z = 3 + 0λ Logo uma equac¸a˜o vetorial para r e´ (x, y, z) = (0, 1, 3) + λ(1, 2, 0), , λ ∈ R. Para determinarmos a reta s vamos escalonar o sistema dado pelas equac¸o˜es dos dois planos. 3 [ 1 3 −1 : 9 2 3 4 : 3 ] ≡ L2 − 2L1 [ 1 3 −1 : 9 0 −3 6 : −15 ] ≡ −1 3 L2[ 1 3 −1 : 9 0 1 −2 : 5 ] ≡ L1 − 3L2 [ 1 0 5 : −6 0 1 −2 : 5 ] Sendo assim a reta de interscc¸a˜o e´ a soluc¸a˜o do sistema{ x +5z = −6 y −2z = 5 Como o conjunto soluc¸a˜o deste sistema e´ {(−6− 5z, 5 + 2z, z), z ∈ R} uma equac¸a˜o para a reta s e´ (x, y, z) = (−6, 5, 0) + λ(−5, 2, 1), , λ ∈ R. Portanto o cosseno do aˆngulo θ compreendido entre as retas e´ o mo´dulo do cosseno do aˆngolu determinado pelos vetores −→r = (1, 2, 0) e −→s = (−5, 2, 1), ou seja, cos θ = |−→r · −→s | ‖−→r ‖‖−→s ‖ = | − 1|√ 5 √ 30 = 1 5 √ 6 Logo θ = arc cos 1 5 √ 6 . 4. Considere pi : x− z = 0, A = (0, 2, 0) e P = ( √ 2, 2, 0). (a) (1,0) Determine o ponto Q que e´ a intersec¸a˜o de pi com a reta ortogonal a pi passando por P; (b) (1,0) calcule a distaˆncia de P a pi; (c) (1,5) considere o quadrado ABCD contido em pi de centro em Q. De as coorde- nadas dos ve´rtices B,C e D. (Dica: use a informac¸a˜o do exerc´ıcio 2) (d) (1,0) Calcule o volume do tetraedro BCDP. P Q A C D B (a) Observe que Q = P + proj −→ PA−→n 4 onde −→n = (1, 0,−1) e´ o vetor normal a pi. portanto Q = ( √ 2, 2, 0) + ( (−√2,0,0)·(1,0,−1) ‖(1,0,−1)‖2 ) (1, 0,−1) = ( √ 2, 2, 0) + ( −√2 2 ) (1, 0,−1) = ( √ 2, 2, 0) + ( −√2 2 , 0, √ 2 2 ) = (√ 2 2 , 2, √ 2 2 ) Alternativamente: A reta ortogonal a pi passando por P tem equac¸a˜o vetorial: (x, y, z) = (sqrt2, 2, 0) + λ(1, 0,−1). Se (x, y, z) pertence a intersecc¸a˜o desta reta com pi, enta˜o (x, y, z) = ( √ 2 + λ, 2,−λ) por pertencer a` reta, e como tambe´m pertence ao plano, devemos tere x = z, ou seja, √ 2 + λ = −λ, logo λ = − √ 2 2 . Portanto, o ponto Q que simultanamente pertence a esta reta e a este plano, deve satisfazer Q = (√ 2− √ 2 2 , 2, √ 2 2 ) = (√ 2 2 , 2, √ 2 2 ) . (b) a distaˆncia de P a pi e´ a norma do vetor −−→ PQ, ou seja∥∥∥∥∥ (√ 2 2 , 0,− √ 2 2 )∥∥∥∥∥ = √√√√√2 2 2 + 02 + ( − √ 2 2 )2 = 1. (c) Note que C = Q+ −→ AQ = (√ 2 2 , 2,− √ 2 2 ) + (√ 2 2 , 0, √ 2 2 ) = ( √ 2, 2, √ 2). Precisamos encontrar os pontos B e D. Suponha por exemplo que B = (a, b, c). ComoB ∈ pi, enta˜o a = c. LogoB = (a, b, a). Observando que−−→QB = ( a− √ 2 2 , b− 2, a− √ 2 2 ) e´ ortogonal a −→ AQ (exerc´ıcio 2), enta˜o devemos ter( a− √ 2 2 , b− 2, a− √ 2 2 ) · (√ 2 2 , 0, √ 2 2 ) = 0 ou seja √ 2a = 1 ⇒ a = √ 2 2 . Logo B = ( √ 2 2 , b, √ 2 2 ). Ale´m disso, como Q e´ o centro do quadrado ABCD, enta˜o ‖−−→BQ‖ = ‖−→AQ‖. Portanto 5 √ (b− 2)2 = ‖−→AQ‖ = 1 → b = 3. Desta forma B = ( √ 2 2 , 3, √ 2 2 ). Concluimos finalmente que D = Q + −−→ BQ =(√ 2 2 , 2, √ 2 2 ) + (0,−1, 0) = (√ 2 2 , 1, √ 2 2 ) . Resposta: A = (0, 2, 0)(dado) B = ( √ 2 2 , 3, √ 2 2 ) C = ( √ 2, 2, √ 2) D = (√ 2 2 , 1, √ 2 2 ) (d) O volume do tetraedro BCDP e´ 16 [ −−→ BC, −−→ BD, −−→ BP ]. Agora −−→ BC = (√ 2− √ 2 2 ,−1, √ 2− √ 2 2 ) −−→ BD = (0,−2, 0) −−→ BP = (√ 2− √ 2 2 ,−1,− √ 2 2 ) Dessa forma conclu´ımos que o volume deo tetraedro ABCD e´ 1 6 [ −−→ BC, −−→ BD, −−→ BP ] = 1 6 det √ 2− √ 2 2 −1 √ 2− √ 2 2 0 −2 0√ 2− √ 2 2 −1 − √ 2 2 = 2 Boa Prova!
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