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DIREITO CIVIL III

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DIREITO CIVIL IIII
08/08/2013
Professor: Paulo Henrique
Bibliografia: Carlos Alberto Gonçalves
Contratos e Atos Unilaterais
O direito é dividido entre:
PÚBLICO – relação jurídica vertical – Sociedade – vigora a supremacia do direito 
 ↕ público (coletivo) sobre o 
 Estado individual.
 PRIVADO – relação horizontal – cidadão ↔ cidadão
RAMOS DO DIREITO:
Público 
D. Administrativo – (Poder Executivo)
D. Penal- (Cuida de fatos jurídicos de relevante interesse social)
D. Tributário –(Trata da relação entre o cidadão/contribuinte privado e o Estado)
D. Eleitoral e Ambiental
D. Constitucional – (Chamado de direito síntese – sintetiza todos os outros ramos do direito).
Privado (apenas dois ramos)
D. Civil – (dividido em dois: - Comum – cidadão com cidadão
 - Especial – fornecedor com consumidor
D. Comercial – empresário com cidadão
09/08/2013
Questões que foram entregues
1 - Conceitue o contrato de compra e venda – art. 481 CC.
 R: Um dos contratantes se obriga a entrega o domínio da coisa e o outro a pagar em espécie pelo bem.
2 - Quais são os elementos de contrato de compra e venda – art. 482 CC?
 R: Os elementos do contrato são consenso, objeto e preço.
3 - Pode haver contrato de compra e venda aleatório (comutativo)? Explique art. 483 CC.
 R: Sim. O contrato de compra pode ter como objeto coisa atual ou futura, não vindo a existir ficará sem efeito o contrato, salvo se as partes tiverem acordado em concluir o contrato aleatório.
4 - Fale sobre as disposições do CC a respeito do elemento “preço” no contrato de compra e venda constantes dos arts. 485, 486, 487, 488 e 489 do CC.
 R: Estes artigos tratam de preço determinável do contrato de compra e venda.
 - preço indeterminável torna nulo o contrato.
 - preço tabelado (fixado pelo governo)
5 - Como ocorre a repartição das despesas no contrato de compra e venda art. 490?
 R: As despesas com a tradição ficam a cargo do vendedor e do registro e escritura a cargo comprador.
EXERCÍCO DE REVISÃO (entregar na próxima aula 22/08/2013) 
1 – O que é Direito?
 R: 
2 – Qual é a divisão clássica do Direito ( dê exemplo de ramo do direito pertencente a cada grupo da divisão)?
 R: O direito se em direito publico e privado
 Publico – direito eleitoral – direito constitucional – direito tributário ...
 Privado – direito civil e direito comercial.
3 – O que é trilogia essencial do Direito?
 
4 – O Livro I da parte especial do CC/02 trata das obrigações. De que forma o CC/02 trata das obrigações nos títulos I, II, III e IV DO Li9vro I da Parte Especial?
5 – O que é Contrato?
16 – 08 – 2013
 Código Civil
 Parte Geral Parte Especial
 D. Material X D. Formal ou processual
 (D. Substantivo) (D. Adjetivo)
D. Material – parte do direito que diz quais são seus direitos e deveres.
D. Formal - diz a forma/processo dos direitos materiais.
Trilogia Essencial do direito – Ação/ Processo / Jurisdição.
PARTE GERAL
 ↓	 ↓ ↓
 Pessoas Bens Fatos Jurídicos
(S. Ativo e Passivo) Objeto do Direito Naturais ou Humanos
 Sujeitos de Direito | |
 (sentido estrito) (sentido amplo) 
	E
 (sentido estrito)
Fato x Fato Jurídico:
Fato – não tem relevância. Ex: jogar papel no lixo.
Fato Jurídico – são fatos que repercutem no ordenamento jurídico (sociedade) ex: nascimento/ morte. FATO JURÍDIO NATURAL.
 
 Fatos Jurídicos
 Humanos
 |	 	 
 (sentido estrito) (sentido amplo) 
 Lei	 | ↔	|
 Negócio Jurídico Ato Ilícito
 Contrato (homicídio)
PARTE ESPECIAL
Todas as normas constantes na parte geral regem a parte especial.
Das Obrigações - D. de Empresa – Coisas – Família - Sucessões
|
 Contratos 
 (Edgard)
|
Espécies de Contrato 
 (Paulo Henrique)
C. Civil/1916 C. Comercial/1850 C. Civil/2002
O C. Civil de 1916 foi revogado, entrando em vigor o C. Civil de 2002. O C. Comercial de 1850 em sua 1ª parte tratava do C. Comercial e na 2ª parte do Comércio Marítimo, sua 1ª parte foi ab-rogada passando para o C.C/02 como D. de Empresa, JÁ SUA 2ª parte foi mantida.
FONTES DAS OBRIGAÇÕES CIVIS E COMERCIAIS
- Contratos {civil – comercial
- Atos Unilaterais
-Títulos de Créditos
-Ato Ilícito
Código – fonte direta da lei (ensina de forma sistemática)
Doutrina – fonte indireta da lei.
D. DAS OBRIGAÇÕES
- Modalidade – dar / fazer e não fazer/ alternativa/ divisíveis e indivisíveis / solidarias.
-Transmissão – cessão de crédito / assunção da dívida.
-Adimplemento (cumprir) e Extinção – pgato / novação / compensação / confusão / remissão.
-Inadimplemento (não cumprir) – mora / arras(sinal) / juros legais / perda e danos.
*D. das Obrigações pode-se aplicar a contratos, atos unilaterais, títulos de crédito e atos ilícitos.
CONTRATO DE COMPRA E VENDA
Conceito: art. 481 do CC (obs: ≠ troca) – art. 533.
Propriedade (domínio) ≠Posse
Elementos: art. 482
- objeto (coisa) 
- preço (R$) – elementos ordinários
-consentimento – elemento extraordinário
Anotações:
- Pagar em dinheiro (espécie) é o que difere o contrato de compra e venda par ao contrato de troca ou permuta.
- Conceito – Uma das partes se obriga a entregar o domínio e a outra a pagar em espécie.
- Todo contrato tem objeto e preço. Mas nem todo contrato tem consentimento.
- Contrato (ação unilateral) – Consentimento (ação bilateral).
- Consentimento (autorização) x Consenso (senso comum) - questão de prova. Não confundir.
Art. 104 ( negócio jurídico)
I – Agente Capaz - Vendedor (capacidade genérica + capacidade específica)
 - Comprador (capacidade genérica)
 Representação
 Assistência
 Ordem judicial
O comprador deve possuir capacidade genérica.
O vendedor além da capacidade genérica necessita de capacidade específica:
Consentimento – cônjuge;
 - descendentes (somente quando o pai for somente para um dos filhos, quando for para terceiros não é necessária autorização dos filhos);
 - condomínio
 edilício (prédio)
	x
 indiviso (boi) ← somente neste caso é necessário consentimento condomínio.
4 - O contrato de compra e venda será pode gerarefeitos principais e secundários (subsidiários).
 Efeitos Principais:
 I – decorre do fato do contrato de compra e venda gerar obrigações para as duas partes;
 II – acarretar a responsabilidade do vendedor pela evicção e pelos vícios redibitórios.
 (Evicção – perda do direito por decisão judicial – ex. uso campeão).
 (Vício Redibitório – defeitos pré-existentes, ocultos, que torna a coisa imprópria para o uso destinado ou diminui significativa o valor do bem.
22 – 08 - 2013
Arts. 485, 486, 487, 488 – CC.
Estes artigos tratam de preço determinável do contrato de compra e venda.
Art. 489 - preço indeterminável torna nulo o contrato.
Art. 488 – preço tabelado (fixado pelo governo)
Ex: preço dos correios/ cigarros/ pão / etc.
Classificação do Contrato de Compra e Venda
Efeitos do Contrato de Compra e Venda
3) O Contrato pode ser bilateral e oneroso.
 Contrato de compra e venda é consensual.
 Contrato real – a lei exige além do acordo de vontades, além do consenso, exige também a tradição.
Contrato Consensual (dispensa a entrega efetiva da coisa) - em regra deve haver o consensualismo. Pode ter por objeto coisa atual ou coisa futura.
Contrato de compra e venda pode ser tanto comutativo como aleatório.
Comutativo – exige equilíbrio entre prestação e contraprestação, e as partes já sabem o que terão de lucro e prejuízo. 
Aleatório – está sujeito a um risco, a um evento futuro e incerto.
Art. 483 – se a coisa futura vier a não existir o contrato se tornará sem efeito.
O contrato de compra e venda será de forma:
Formal (forma escrita) – imóveis.
Forma livre – automóveis. Forma livre é a regra, quando não vier nada escrito no código. 
4)O contrato de compra e venda pode gerar efeitos principais e secundários (subsidiários).
Efeitos Principais:
I - decorre do fato do contrato de compra e venda gerar obrigações para as duas partes;
II – acarretar a responsabilidade do vendedor pela evicção e pelos vícios redibitórios.
(Evicção – perda do direito por decisão judicial. Ex: uso campeão).
(Vício Redibitório no CC– defeitos pré-existentes / ocultos que tornam a coisa imprópria para o uso a que se destina ou diminui-lhe significativamente seu valor).
– 8 – 2013
4)Efeitos - Principais 
 Secundários
Secundários – Responsabilidade pelos riscos (da coisa e do preço )
 Repartição das despesas
 Direito de retenção
 5)Limitações – Venda de ascendente e descendente
 - Hipóteses d0 art. 497 CC.
 - Venda da parte indivisa em condomínio
 6)Vendas Especiais 
 a) venda mediante amostra
 b)venda “ad corpus” e venda “ad mensuram” art. 500 CC.
A responsabilidade pela coisa é do vendedor te a tradição.
OBS: quando o comprador designa uma determinada forma para que a tradição ocorra, ele atrai a responsabilidade para si.
Os riscos do preço são do comprador.
As despesas com a tradição (coisa móveis) cabem ao vendedor e as despesas de escrituras (bens imóveis) cabem ao comprador.
 Norma Dispositiva ≠ Norma Cogente
 ↓ ↓
(encontrada no direito privado) norma de ordem pública
Pode será afastada por convenção não pode ser afastada a critério
das partes. Ex: art. 490 cc. das partes.
*normas dispositivas são somente aquelas que no final do art. vêm com a resalva (ex. salvo).
*todas as normas do CC. são normas cogentes.
Direito de retenção – venda à vista, art. 491 c art. 476.
Venda a prazo – art. 495, contrato de trato sucessivo ou de prestação deferida.
5- Limitações
Venda a descendente e indivisa e condomínio – dependem de consentimento.
Art. 497 – hipóteses em que a lei impõe limitações (proíbe) que essas pessoas não vendam bens que estejam em seu poder.
- Qual é o fundamento do art. 497?
I – evitar conflito de interesses entre quem possui a guarda ou administração dos bens e o dono dos bens;
II – venda “ad mensuram” só se aplica a bens imóveis, o objeto do contrato se da por medida de extensão (dimensão, ex. metros quadrados), venda “ad corpus” quando não se faz mansão ao bem, não pode haver vício redibitório.
Vício Redibitório – ocorre na venda “ad mensuram” quando as mediadas reais não correspondem ao que consta no contrato.
Direito do comprador:
1º - exigir complemento da área, não se cumprindo esta exigência, o comprador poderá exigir desconto no valor ou redibição do contrato. Se área no contrato for menor do que realmente é, somente se o vendedor provar que desconhecia tal fato, poderá ele ter de volta a área a ais ou o valor em dinheiro, porém a opção fica a cargo do comprador.
29 – 08 – 2013 – FOI REALIZADO EXERCÍCIOS EM SALA.
30 - 08 -2013
CLÁUSULAS ESPECIAIS DA COMPRA E VENDA
1 – Retrovenda (cláusula “a retro”)
2 – Venda a contento (cláusula “ad gustum”)
3 – Venda sujeita a prova
4 – Direito de preferência (ou perempção ou prelação)
5 – Venda com cláusula diversa de domínio
6 – Venda sobre documentos (ou contra documentos)
Retrovenda – art. 505 – 508.
Cláusula que dá direito de recompor a coisa dentro de um prazo máximo de até 3 anos , passado este período a cláusula caduca.
1º– presença de cláusula no contrato, sem fixação de prazo presume-se o prazo máximo.
2º-a cláusula pode ter prazo inferior a três anos.
3º-fixação de prazo superior a 3 anos não invalida o cláusula, presume-se o prazo de 3 anos.
*se tiver cláusula de retrovenda o vendedor pode exercer este direito independentemente da vontade do comprador;
*a cláusula de retrovenda só se aplica a coisa imóvel;
*esta cláusula de retrovenda é uma condição resolutiva da compra e venda;
*o vendedor comprará o imóvel pelo preço de quando ele efetuou a venda.
Venda a contento – art. 509-512.
Venda a contento do comprador. Só se aplica a coisa móvel, é utilizado em contrato de compra que o vendedor entrega a coisa ao comprador sem compromisso.
Está sujeita a uma condição suspensiva, porque a manifestação do comprador suspende o aperfeiçoamento do contrato. Ex. bebidas finas (no caso de festas onde se faz degustação antes).
*a lei não fixa prazo para o comprador se manifestar.
Venda sujeita a prova
Esta venda se aplica a prova de gênero que podem se medidos, pesados ...
A condição não é o gosto ou arbítrio do comprador, é a conformidade da coisa com o que se estipulou no contrato.
Direito de preferência (ou preempção ou prelação)
Preempção (preferência) ≠ Perempção (inércia)
 ↓	 ↓
Instituto do direito civil instituto do direito processual civil
Este é um direito dado ao vendedor no contrato de compra e venda que lhe dá o direito de recomprar a coisa se o comprador for revendê-lo a terceiro.
Este direito se aplica aos bens móveis e imóveis.
Prazos Máximos:
 Bens Móveis – 180 dias
Bens Imóveis – 2 anos 
Pode-se estipular prazo inferior.
- Espécies:
Convencional (decorre do consumo entre as partes)
Legal (decorre da lei)
 Ex. locação (locatário tem direito ou preferência na coisa alugada).
 Condomínio Indiviso ou Condômino
 Retrocessão (art. 519) - desapropriação (o desapropriado tem o direito de comprar o bem 
 pelo preço atual, ainda que os outros ofereçam preço maior).
- No direito de preferência não há sujeição do comprador ao arbítrio do vendedor como ocorre na retrovenda.
- Na retrovenda o preço da recompra é o preço da transação originária e no direito de preferência é o maiorpreço ofertado ao comprador.
VENDA COM CLÁUSULA DE RESEERVA DE DOMÍNIO
Venda com cláusula de reserva de domínio ≠ Alienação fiduciária
 Venda com cláusula de reserva de domínio – venda financiada onde o vendedor reserva para si o domínio (propriedade) da coisa até que o preço seja integralmente pago. 
 O comprador enquanto não paga todas as prestações não é dono, é possuidor, mas apesar dissso impõe a ele os riscos da coisa.
 Só se aplica a bens móveis.
 Ex: compra e venda de eletrodomésticos, automóvel.
 Diferenças entre venda com reserva de domínio e alienação fiduciária:
	
VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO
	
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
	I – cláusula de contrato de compra e venda.
	I – contrato típico.
	II – só se aplica a bens móveis.
	II – se aplica a bens móveis e imóveis.
	II – relação direta entre comprador e vendedor (próprio vendedor faz o parcelamento).
	III – relação entre banco, vendedor e financeira (o vendedor paga as prestações ao banco).
Semelhanças entre venda com reserva de domínio e alienação fiduciária:
Nos dois institutos é o próprio bem objeto do contrato que garante o pagamento.
VENDA SOBRE DOCUMENTOS
 É um contrato comercial, de natureza comercial (muito utilizado no comércio marítimo, aplicando-se também em transportes terrestres e aéreos).
 É um contrato onde a tradição da coisa (móveis) é simbólica, a tradição é substituída por documentos, esses documentos são necessários ao desembaraço da mercadoria (no porto, na alfândega, no aeroporto).
05 – 09 - 2013 - Exercícios.
06 – 09 – 2013
CONTRATO DE TROCA – ART. 533
 É um contrato através do qual os contratantes transferem reciprocamente o domínio de coisa (móveis e imóveis).
Observações:
1ª - permite-se a troca de coisa móvel por imóvel;
2ª – não há limitação de quantidade;
3ª – muito parecido com o contrato de compra e venda.
 Diferenças entre troca e compra e venda:
	
COMPRA E VENDA
	
TROCA
	I – elemento dinheiro.
	I – não tem.
	II – despesas: com tradição é do vendedor, registro e escritura são do comprador;
	II – salvo disposição em contrário as despesas são rateadas (inciso I).
	II – qualquer exige consentimento dos descendentes.
	III – só exige consentimento quando os valores forem diferentes (inciso II).
- Contrato de troca admite coisa futura. O STJ garante o direito de um dos contratantes no caso de hipoteca obre todo o prédio.
CONTRATO ESTIMATÓRIO (ou venda em consignação) – ART. 534
-Só se aplica a bens móveis.
-Consignante/tradens
- Consignatário/accipiens
Observação:
1ª – O contrato estimatório passou a ser contrato típico somente no código de 2002. Antes de 2002 3la já era existia, mas era um contrato atípico/inominado. E a doutrina classificava-o como modalidade de contrato compra e venda.
- Existe um contrato muito parecido com o contrato estimtório que só se aplica a bens imóveis, contrato de corretagem.
- A entrega da coisa ao consignatário, transfere os riscos da coisa ao consignatário, que fica obrigado a pagar o preço da coisa, ainda que ela se perca por caso fortuito ou força maior.
- O contrato estimatório transfere a disponibilidade do bem.
ELEMENTOS DO CONTRATO ESTIMÁTORIO (art.534):
- Preço e prazo.
 Somente o preço é elemento obrigatório, a falta deste invalida o contrato, já a falta do prazo não é causa de nulidade contratual.
- Evicção e vício redibitório - quem responde por estes é o consignante, pois o consignatário tem apenas a posse, mas não é dono.
Direitos do dono:
- Direito de usar 
- Direito de gozar da coisa (gozar = tirar proveito financeiro da coisa)
- Direito de disponibilidade
- Direito de reivindicar
No contrato estimatório o consignatário, como exceção à regra, tem a disponibilidade do bem.
Art. 536 – neste caso o consignatário só detém posse e não propriedade.
12 – 09 - 2013
Exercícios:
1 -  defina contrato de troca  ( ou permuta).
2 – quais são as diferenças entre contrato de troca de compra e venda?
3 – quando o dono de um terreno ou  de uma casa permuta o seu imóvel com uma construtora, a qual ficará obrigada a dar um apartamento localizado no prédio  que será construído no local do imóvel do dono do terreno ou casa, se a construtora não paga o financiamento feito por instituição financeira para a construção do prédio e este ( prédio) está hipotecado ao banco como garantia do pagamento do financiamento, o apartamento ( unidade) do dono do imóvel permutado também poderá ser liquidado na hipoteca para pagar o financiamento ao banco? Responda de acordo com jurisprudência firmada pelo STJ.
4 – a) defina contrato estimatório. B) diga que espécie de bens podem ser objeto deste contrato. C) diga se o contrato é real ou consensual.
5 – o “preço” e o “termo” no contrato estimatório, são elementos essenciais? Explique.
6 – a) a quem ( consignante ou consignatário) pertence os riscos da coisa no contrato estimatório? b) como fica a questão dos riscos da coisa quando esta de perde por caso fortuito ou força maior?
7 – de acordo com o artigo 536 cc “a coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço”. Por que os credores do consignatário não podem pertencer ou sequestrar o bem?
8 – durante o prazo do contrato, ou seja, enquanto a coisa objeto do contrato estimatório estiver em poder do consignatário, o consignante pode retomá-la sem a concordância do consignatário? Por que?
27 – 09 – 2013
DOAÇÃO
Conceito - Art. 538.
Existem países que não consideram doação como contrato. Os juristas destes países entendem da propriedade e por causa disso é tratada dentro do direito das coisas. Eles entendem que na doação não existe acordo de vontades é sim unilateral (apenas uma parte tem que ter vontade manifesta de aceitar). A doação não torna o adquirente dono e sim a tradição que o faz. O contratoo gera obrigações.
Doação é contrato porque exige aceitação do donatário.
Doação é unilateral porque gera obrigação apenas para o donatário.
ACEITAÇÃO
Expressa → verbal/escrita – forma de aceitação pelo donatário
Presumida → silêncio – sempre uma omissão (o silêncio implica a aceitação)
Tácita → implica uma ação
Ficta →art. 543 (somente a incapazes)
Doações puras – não impõem encargos ao doador.
Doações com encargos – impõem encargos ao doador.
2 – Partes:
Doador
Donatário
Liberalidade
É o gesto de desprendimento no qual não se pretende recebe nenhuma contraprestação.
Objeto da Doação
Art. 104, III – Lícito, possível, determinável, determinado.
São bens móveis ou imóveis, e podem ser também vantagens.
Vantagens – coisas (direitos) incorpóreas. Direitos podem ser objeto da doação, o que não ocorre no contrato de compra e venda.
 3 – Classificação:
Gratuito
Unilateral (sempre gera obrigação só para o donatário – aceitação)
Em regra é um contrato gratuito. Nas doações onerosas ele é oneroso, pois gera obrigação para as duas partes.
- formal (art. 541 – exceto hipótese do parágrafo único), porque é feito por instrumento particular ou escritura pública.
Requisitos para doação sem escritura pública ou instrumento particular.
I – coisa móvel
II – pequeno valor
III – imediatamente deve ocorrer a tradição
Consensual – dispensa a tradição (exceto tradição manual – contrato real).
 4 - Espécies:
Pura, simples (art. 538).
B) Doação com encargo, modal, onerosa ou gravada.
 A doação com encargo é a doação que o doador fixa encargos, ou ônus.
Modal – determinado modo.
Não é encargo para o doador, é encargo do contrato.
C) Meritória (ou contemplativa).
Feita em reconhecimento, ou contemplação a algum mérito. Contemplação a um ato já feito, ou qualidade que o sujeito possui.
D) Remuneratória 
Neste caso o sujeito tem que praticar o ato, este é posterior.
Faz-se com remuneração em pagamento para obrigaçõesque não podem mais ser exigidas.
E) Doação Manual (art. 541, par. Único)
G) Doação ao nascituro (válida com aceitação do representante legal)
H) De ascendente a descendente e de cônjuge a outro (art. 540).
Art. 540 – as doações meritórias, remuneratórias ou gravada com encargos não perde o caráter de liberalidade.
03 – 10 – 2013
03/10/13 Dia que professor surtou na sala
Doação de ascendente a descendente e de um cônjuge ao outro ( art 544). É importante dizer que parte do CC/02 da parte dos contratos se comunica com direito de família. A doação que um cônjuge faz a outro ou descendente é um adiantamento de herança.
Sendo que o doador pode dispensar a apresentação de um inventário (colação: levar ao inventário o que o doador doou. Ex: sou herdeiro, mas já recebi esta parte). Doador pode ter uma situação a qual ele tenha herdeiros
Observação: isso significa que o bem será apresentado à colação para que a parte doada seja abatido do quinhão hereditário do donatário.
Observação 2 : Doação e herança não se comunica no caso de cônjuge.
Observação 3: o doador pode dispensar a colação tanto no contrato de doação quanto no de testamento.
Observação 4: no contrato de doação não existe a figura do consentimento.
Existe doação revestidas de certas características. A parte prática do contrato de doação tem muita relevância quando a pessoa morre.
Todas as espécies de doação citada acima não perdem o caráter de liberalidade ( art. 540).
As doações pode combinar um tipo com a outra, em um contrato de doação podemos identificar mais de 1 espécies.
Os herdeiros podem ser:
	
NECESSÁRIOS
	
COLATERAIS
	OU NÃO TENHA HERDEIROS
	- A lei garante herança
- descendentes e cônjuges.
- ascendentes e cônjuges.
- cônjuges.
	- Até 3º grau do morto
- Bisavó (a).
- Neto
- Irmão
- Tio e sobrinho
	Se morrer e não tem ninguém para herdar vai para o município.
O doador não pode dispor de todo patrimônio, apenas 50% deste, se tiver filho, esposa e pais.
Se não tiver ninguém pode dispor até de 100% para os colaterais.
Se dispuser do bem da comunhão ou os dois doam, ou precisa de consentimento do outro.
Lembrete geral: Quando tiver remissão no artigo ele completa o artigo, então ver. 
Doação em forma de subvenção periódica art. 545: é uma pensão ou pensionamento. Ex: a pessoa faz um depósito mensal na conta do donatário, não é igual pensão (alimentícia ou INSS) por se tratar de contrato por livre e espontânea vontade. 
Se o doador morrer acaba, exceto se o mesmo dispuser de forma diferente em testamento.
Caso o dinheiro do doador venha acabar, meus herdeiros não terão que pagar.
1 hipótese: Quando contrato obrigar terceiros que não fez parte do contrato: ex: UNIMED, contratantes: pais, beneficiários: filhos.Promessa de fato de terceiro, e segunda hipótese, promete o contrato com uma terceira pessoa.
Pergunta feita em sala: o doador pode reaver o direito na justiça de não poder doar? Professor Edgar disse uma coisa, e Paulo Henrique não sabe responder.
A doação de forma subperiódica extingue-se morrendo o donatário, isso significa que a doação subvenção periódica é um direito personalíssimo do donatário.
Doação de contemplação futura (art. 546): traduzindo é o dote. Para casar com certa e determinada pessoa. Somente não terá efeito se o casamento não se realizar. Não é obrigado aceitar (expressamente) pode ser tácita ou presumida, mas, é obrigado a doar, lembrar que o silêncio presume aceitação.
Professor ficou de voltar nesta matéria para explicar melhor, pois estava muito confuso.
04 – 10 - 2013
ESPÉCIES DE DOAÇÃO
 I - Doação em Comum a Mais de Uma Pessoa – at. 551.
Se os donatários forem marido e mulher (se um deles morrer, o bem não será partilhado entre os herdeiros, ele será incorporado ao patrimônio do sobrevivente).
 II – Doação Inoficiosa – art. 548 e 549 combinado com art. 1846.
Não se oficia, é nula. 
Art. 548 – doa todo o sem patrimônio reservar bens suficientes para sua subsistência, os herdeiros podem tentar anular esta doação.
Art. 549 – aquela que se refere a doador doa mais do que a porcentagem que poderia dispor em testamento (art. 1846 – 50%).
*cônjuge é herdeiro necessário.
Lembrete: o nulo não se convalida, o anulável se convalida.
Cônjuge é herdeiro necessário
O CPC e civil tem o mesmo valor, lembrar qual veio por ultimo.
 III – Doação com Cláusula de Retorno ou Reversão
Aquela em que o doador coloca no contrato de doação que se, o donatário falecer primeiro os bens doados não passará aos herdeiros, eles retornaram ao patrimônio do doador.
Esta cláusula é direito pessoalíssimo do doador.
10 – 10 – 2013
Causas de revogação - art. 555 
Ingratidão
Inexecução (art. 557 e 558). 
Hipóteses (art. 104, 167, 171 – causas de anulidade ou nulidade) tem que analisar o CC/02 por fato comum a todos os contratos.
11 – 10 – 2013
CONTRATO DE LOCAÇÃO
Conceito
Art. 565 – locação = aluguel.
O contrato de “locação” de coisa fungível → mútuo
O contrato de “locação” de coisa infungível gratuito → comodato
(*não existe contrato de locação de coisa infungível gratuito, o nome que se dá não é locação, se diz contrato de comodato).
Histórico
CC/16 – tratava de 3 contratos distintos:
Locação de coisas
Locação de serviços → era tudo considerado contrato de locação
Locação de mão-de-obra
CC/02 – desmembrou esses contratos sendo:
Locação de coisas → Locação
Locação de serviços → Prestação de Serviços
Locação de mão-de-obra → Empreitada
Principal Característica
É o retorno da coisa alugada ao locador.
 Locatário – não adquiri o direito de propriedade pelo tempo do contrato de locação.
	 	Não adquiri a uso campião.
OBS: Bens consumíveis – a utilização importa sua imediata destruição, não podem ser objeto de locação, pois não retorna ao dono. 
Partes
Locador – tem sinônimo de senhorio – quem sede o uso e gozo da coisa.
Locatário –tem sinônimo de inquilino – quem utiliza a coisa .
5)Classificação – Bilateral
 - Oneroso 
 - Consensual
 	 - Comutativo
 - De forma livre (em regra)
Contrato de locação será sempre bilateral, oneroso, consensual e comutativo.
A forma em regra será livre, mas terá forma prescrita quando tiver algum contrato coligado a ele e esse contrato for formal. Ex. contrato de fiança/ compra e venda (venda de apartamento e continua alugando a garagem para o comprador do imóvel).
*a inobservância da forma prescrita é causa de nulidade.
6)Legislação Aplicável
CC/02- locação de coisas móveis.
Lei de locação ou lei o inquilinato - lei 8.245/91 (se aplica a imóveis urbanos, 3 tipos: residencial, comercial, para temporada ).
Estatuto da Terra – lei 4.505/64 – trata da locação de imóveis rurais.
7)Relação com outros contratos (alienação fiduciária, arrendamento mercantil - “leasing” )
Principal diferença:
	
CONTRATO DE LOCAÇÃO
	
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
	
ARRENDAMENTO MERCANTIL
	Principal característica retono da coisa ao dono
	Embora haja semelhança na fase de execução com a locação, o objetivo é que o devedor adquira a propriedade da coisa.
	Parece com o contrato de locação porque durante a execução do contrato o arrendatário usa e goza da coisa e ainda paga uma retribuição. A diferença é que no final do prazo do contrato, o arrendatário não terá só a opção de devolver a coisa, ele terá duas opções: prorrogar o contrato ou pagar o valor residual e adquirir o bem definitivamente.
8) Elementos – Objeto
 - Preço
 - Consentimento
17 – 10 – 2013
8º ELEMENTOS:
Objeto: Moveis, Imoveis ou bens Imateriais (ou incorpórios).
Obs: CC/02 Geral – principal, acessório, pertença. Art. 92,93,94
 CC/02 Locação - principal,acessório, pertença. Art. 566-I
- Pertença: Ex: O sofá que está no rol de entrada de um prédio.
- Acessório: É aquilo que não remove sem danificar o principal. 
Ex: Elevador
Preço: 
Em dinheiro – Se não for em dinheiro não é locação é outro contrato.
Obs: A lei de locação de imóveis. 8245/91 – “proíbe a fixação de alugueis em salários mímimos”.
 “é só na lei de locação de imóveis é que fala disso, ou seja para coisas móveis pode”.
Consentimento: 
Excepcional: Só quando o locador não é dono da coisa. (Ele precisa do consentimento do dono)
Em caso de co-proprietário. (Não é o único dono). Ex: No caso de marido e mulher.
9º OBRIGAÇÕES DO LOCADOR E DO LOCATÁRIO
Obrigações do locador – Artigos: 566, 567, 568.
- Turbações fundadas em FATO. (incômodo na posse). 
Ex: “O vizinho joga lixo no quintal, ou para o carro em frente a garagem, etc”.
- Artigo 569 - III - DIREITO
Nesse caso agride a coisa.
Nota: Ex: casamento
De Fato – união estável 
De Direito – cartório de registro civil
10º Indenização das benfeitorias e direito de retenção
Nas benfeitorias necessárias o locatário tem direito a indenização e retenção.
Nas benfeitorias úteis o locatário tem direito a indenização e retenção desde que autorizado pelo locador.
Nas benfeitorias voluptuária não tem direito de indenização e nem retenção, mas pode retirar a coisa desde que não danifique o imóvel. 
18 -10 – 2013
 11º) Recisão Antecipada nos contratos com prazo determinado nas coisas móveis e nas coisas 
 Imóveis:
Recisão – antecipação do fim do contrato.
Recisão de bens móveis – acarreta multa contratual para as duas partes (aplicação da cláusula penal) para o locador além da multa acarreta incidência de perdas e danos.
Recisão de bens imóveis – ao locatário acarreta multa, se a recisão do contrato se dá em virtude de mudança do local de trabalho não sendo por iniciativa do empregado, ele não é obrigado a pagar a multa.
O locador não pode pedir o imóvel durante o prazo determinado. Não poderá retomar o imóvel quando:
I – o prazo for indeterminado;
II – locação que se prorrogou por indeterminado, salvo se constantes nos art. 4º, 9º e 47 da Lei de Locação/Lei do Inquilinato;
III – inadimplemento contratual;
IV – quando determinado pelo pode público ( desapropriação);
V – para uso próprio;
VI - quando o locador não tiver outro local de moradia;
VII – para uso do CADI (cônjuge, ascendente, descendente, irmão) que também não tenha lugar de moradia;
VIII – mútuo acordo;
IX – decorrência de prática de infração legal ou contratual;
X – depois de 5 anos ininterruptos da locação ( a grosso modo o locador não pode retomar o imóvel)
12º) Venda de coisa alugada durante o prazo determinado do contrato.
 - Aplicam-se as coisas móveis e imóveis:
O locatário tem o direito de permanecer na posse da coisa até o final do contrato?
 A princípio o locatário não tem direito de permanecer na posse, ele tem direito de preferência, salvo se, no contrato de locação vier uma clausula de vigência do contrato até o final do prazo em caso de venda e se o contrato estiver registrado em cartório.
 O registro no caso de coisa imóvel é no Cartório de Registro de Imóvel (CRI) e no caso de coisa móvel no Cartório de Títulos e Documentos.
13º) Morte do Locador e do Locatário
Coisa Móvel - se o contrato é com prazo determinado os herdeiros subrogam os direitos do falecido.
Se for prazo indeterminado, acontece a extinção do contrato.
Coisa Imóvel - independentemente de ser por prazo indeterminado os herdeiros subrogam direitos e obrigações do falecido.
PROVA: DOAÇÃO E LOCAÇÃO.
Exercícios: (não é para entregar, somente para estudar)
1 – Conceitue locação.
2 – Dê a diferença de contrato de locação no Direito Romano e no CC/16 para CC/02.
3 – Qual é a principal característica da locação?
4 – Quais são as partes do contrato de locação? Explique.
5 – O contrato de locação é de forma livre ou formal? Explique.
6 – Qual é a legislação aplicável à locação no Brasil?
7 – Faça a relação (semelhanças e diferenças) de locação com os seguintes contratos:
Mútuo
Comodato
Alienação fiduciária
leasing
8 – Quais são os elementos do contrato de locação?
 8.1 – No silêncio do contrato as pertenças integrarão o seu objeto (objeto do contrato)?
 8.2 – Coisa consumível pode ser alugada?
9 – Quais são as obrigações do locador e do locatário?
10 – Como ocorre a indenização das benfeitorias na coisa alugada feitas pelo locatário? E o direito de retenção?
11 – Como ocorre a questão da recisão do contrato de locação antes do prazo na locação de coisas móveis? E a recisão no contrato de locação de coisa imóvel da Lei 8.245/91?
12 – Cabe algum direito ao locatário (direito de permanecer na posse da coisa) em caso de venda da coisa durante o prazo do contrato de locação? Explique.
13 – Quais são os reflexos no contrato de locação em caso de morte do locador e do locatário?
Matéria de prova a partir daqui 07/11/2013
Doutrina ( estudar somente a matéria do caderno e estudar a legislação seca, pois será cobrado na prova assunto dentro da legislação seca ).
Observação Geral: Mútuo e comodato são espécies de empréstimo
1 – Comodato 
DEFINIÇÃO: É um empréstimo gratuito ( sempre) de coisas infungíveis ( não podem ser substituídas), e real.
Forma prescrita: não tem forma livre
Objeto: Infungível, móvel ou imóvel
As partes: Comodante: quem empresta
	 Comodatário: quem recebe
Observações:
1 – art. 580 – tutores, curadores e administradores em geral só podem dar em comodato os bens confiados a sua guarda mediante autorização especial.
O que é essa autorização especial? Refere-se à autorização judicial.
2 - art. 581 – prazo do comodato ou é convencional ( convencionado ou determindado pela parte), ou vai ser necessário ao uso da coisa ( ex: vou fazer uma mudança de BH a Itaúna e pego em comodato ( emprestado) o caminhão de um amigo. O prazo do comodato é somente durante a mudança, acabou o uso devolvo). O comodante não pode suspender o uso (comodato) sem demonstrar necessidade urgente e imprevista.
Não pode pedir de volta durante o prazo, se pedir precisa provar necessidade.
3 – o comodatário assume os riscos da coisa ressalvados quando caso fortuito e força maior, e também vícios ocultos.
É um contrato personalíssimo.
4 – art 582 comodato se converte em aluguel, é a hipótese em que o comandatario estiver em mora de devolver a coisa: Ex: te empresto até tal dia, se não entregar posso cobrar aluguel.
2 – Mútuo
DEFINIÇÃO: empréstimo de coisa fungível, também é contrato real ( sempre) em regra é oneroso podendo ser gratuito.
Ex: posso emprestar dinheiro gratuito. Também posso emprestar a juros.
Partes: Mutuante: quem empresta
 Mutuário: quem recebe
Objeto: coisa fungível móvel
O mutuante transfere a propriedade ( o domínio) ao mutuário durante o empréstimo o mutuário é dono.
O mutuário não exime da responsabilidade se a coisa se perder, mesmo em caso fortuito e força maior, somente se exime em caso de vício oculto.
Observações:
1 – art 588 a lei proíbe mútuo o menor de idade, salvo hipóteses do 589.
2 – art 591 – mutuo feneratício ( muito específico, aplicado ao dinheiro que é empréstimo a juros)
3 – se o dinheiro emprestado presume-se juros, se tiver ausência de clausula.
Forma: livre
Observação: o mutuo feneraticio vem com um contrato de fiança, este tem forma prescrita.
3 – Prestação de serviços
4 – Empreitada
	Prestação de serviços
	Empreitada
	Objeto: serviço / trabalho / obra
São aqueles que não são regidos pela CLT ou lei especial.
Obrigação de meio: me obrigo a me empenhar, mas pode ser que não consigo o resultado.
Ex: se contrato um médico ele tem que utilizar todos os meios para curar o paciente, mas a obrigação da cura(fim ou resultado não é uma obrigação.
	Objeto: idem
Cem por cento são para obras de engenharia, arquitetura, ou elaboração do projeto, ou execução da obra, mas a diferença fundamental é que em Prest. Serv. a obrigação é de meio e Empreitada a obrigação é de fim ou resultado.
	Partes: tomador do serviço
 Prestador do serviço
	Partes: dono da obra
 Empreiteiro 
	Qualquer trabalho lícito
	Na verdade não é so de engenharia, pode ser por ex: cirurgia plástica estética (puramente) que são de resultados.
	
	Espécies: labor: só executar
 Labor e materiais: executar e fornecer materiais.
14 - 11 – 2013
DEPÓSITO
Conceito – art. 627/CC.
Observações:
1ª - O objeto do contrato de depósito é coisa móvel;
2ª – A lei não faz referência se esta cosisa móvel é fungível ou infungível, portanto há de considerar tanto fungível e infungível;
3ª – O contrato de depósito em regra é gratuito, mas o depositário pode cobrar pelo depósito (oneroso);
4ª – Das partes: 
 Depositante – pessoa (pode ser o dono ou não) que entrega a coisa em depósito.
 Depositário – pessoa que tem a guarda.
5ª - art. 640 – depósito é um contrato de guarda e não de uso, se o depositante não autorizar o depositário não pode utilizar a coisa;
6ª - Espécies: voluntário(art. 627 em diante) e necessário(art. 647)
 - Voluntário – as partes voluntariamente contratam o depósito, e o depositário aceita este depósito.
 - Necessário - decorre da imposição de lei, e o depositário aceita este deposito por imposição.
Art. 647, I – Depósito Necessário Legal 
 Art. 647, II – Depósito Necessário Miserável – decorre de calamidade pública.
Ex. de depósito necessário legal – o oficial de justiça apreende um veículo penhorado, então ele elege alguém para guardar o veículo, esta pessoa não tem escolha, ela é obrigada a depositar o bem.
ART. 652 – considerado inconstitucional pelo STF: Súmula Vinculante 25 do STF e Súmula 419 do STJ.
PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA - prevê inconstitucional prisão por dívida, e o Brasil aderiu a este pacto, alterando também o inciso LXVII do art. 5º da CF.
MANDATO
Conceito – art. 653.
A procuração é instrumento do mandato, materializa o mandato, é a prova perante terceiros.
Contrato de mandato é consensual, pode outorgar poderes gerais ou especiais.
Objeto – não é coisa, é uma prática de atos “prestação de serviço”
Mandato ≠ Prestação de Serviços (bilateral)
 ↓
Unilateral em regra
Pode ser oneroso e bilateral se for convencionado remuneração ao mandatário.
DIFERENÇAS:
Depósito – contrato para guarda
Mandato – contrato para administração de atos ou de interesses do mandante.
PARTES:
- Mandante – dá poderes ao outorgante (sinônimo de outorgante, constituinte).
- Mandatário – recebe os poderes (outorgado e procurador).
Concede poderes gerais – art. 660
Concede poderes especiais –art. 661.
Extensão do mandato – art. 682.
As obrigações das partes – art. 667 ao 681.
Uso determinado da coisa? Pode ser, porém se torna um contrato atípico, inonimado, porque cria um encargo.
Quem tem contrato comodato não admite usucapião.

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