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Palavras e expressões importantes na TCC ( mini dicionário) (Elaborado por Nilcéa Coelho - Informaçõestiradas do livro: Terapia Cognitiva da Judith Beck ) A Terapia Cognitivo Comportamental: é uma forma de terapia que dá uma grande ênfase aos pensamentos do cliente e a forma como este interpreta o mundo. Desta forma, as terapias designadas de terapias cognitivo-comportamentais (TCC), denominam-se assim por que constituem uma integração de conceitos e técnicas cognitivas e comportamentais. Um dos objetivos da TCC é corrigir as distorções cognitivas que estão gerando problemas ao indivíduo e fazer com que este desenvolva meios eficazes para enfrentá-los. Para tanto são utilizadas técnicas cognitivas que buscam identificar os pensamentos automáticos, testar estes pensamentos e substituir as distorções cognitivas. As técnicas comportamentais são empregadas para modificar condutas inadequadas relacionadas com o transtorno psiquiátrico em questão. A terapia cognitiva é uma abordagem ativa, em que o terapeuta tem um papel ativo, centrado no "aqui e agora". É uma terapia estruturada, com prazos de atuação limitados (número de sessões) e usada em quase todos os distúrbios mentais. - Terapia (pela TCC) seria uma jornada onde o paciente e o terapeuta discutem as metas da terapia, e o destino final dela. - Psicologia cognitiva: é a vertente da psicologia que salienta a importância das cognições como reguladoras do comportamento humano. - A Terapia Cognitiva de Beck: é considerada, atualmente, como a principal abordagem cognitiva. Os trabalhos iniciais de Beck enfocaram a depressão. De acordo com a abordagem cognitiva de Beck, os pensamentos e avaliações negativos, comumente encontrados em pacientes com depressão não constituem um sintoma somente, mas são fatores que estão na própria manutenção desta psicopatologia. Os transtornos psiquiátricos são tratados levando o paciente a identificar e alterar estes pensamentos disfuncionais. - Conceituação Cognitiva: é uma estrutura para o entendimento do cliente pelo terapeuta. Seria um “mapa rodoviário do paciente”. Inicia no primeiro contato e é refinada em cada contato subseqüente. O terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente desenvolveu a desordem psicológica. Hipoteses são confirmadas, desconfirmadas ou modificadas. Conceituar um paciente em termos cognitivos é crucial para determinar a trajetória mais eficiente e efetiva de tratamento. - Cognição: é a capacidade de construir conhecimento. No dicionário Cognição é “aquisição de conhecimento” acredito que a palavra CONSTRUÇÃO traduz melhor o que eu entendo por cognição. Construir conhecimento é fazer deste ato ação e não só recepção. A cognição está relacionada ao processamento de informações, a capacidade de adaptação a situações diferentes, a resolução de problemas, a percepção do mundo e de nós mesmos. Penso na Cognição sempre relacionada à prática, pois a vejo a serviço da vida. Na reconstrução de nossa história e na construção da história de cada um e da humanidade. Cognição é a capacidade de construir e dar significado ao conhecimento, apropriando-se dele. Não é pensamento e sim a forma de “apreender” o mundo dentro de nós. As cognições são todas as formas de conhecimento, ou seja, englobam o pensamento, o raciocínio, a compreensão, a imaginação e, por exemplo, o julgamento. - Pensamentos Automáticos: Ao ler um texto você pode perceber alguns níveis de seu pensamento, e parte de sua mente está focalizando nas informações que estão no texto. Em outro nível, no entanto, você pode estar tendo alguns pensamentos avaliativos rápidos (tipo: que texto difícil). Esses pensamentos são denominados: PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS e não são decorrentes de deliberação ou raciocínio. Eles parecem surgir automaticamente, de repente. Podem ser positivos e negativos. Os pensamentos automáticos, as palavras ou imagens reais que passam pela cabeça das pessoas, são específicos a situações que vivemos e podem ser considerados o nível mais superficial de cognição. A trajetória usual no tratamento pela TCC dá ênfase inicial sobre os Pensamentos Automáticos. - Vulnerabilidade cognitiva: É uma predisposição de algumas pessoas de fazerem construções cognitivas falhas. Em decorrência da especificidade cognitiva uma vulnerabilidade cognitiva específica predispõe a pessoa a uma síndrome específica. - CRENÇAS: é um estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Ela representa o elemento subjetivo do conhecimento . A crença é uma tomada de posição na qual se acredita até ao fim, em algo ou alguem. Na infância começamos a fazer determinadas crenças sobre nós mesmos , sobre os outros e sobre o mundo. São fenômenos cognitivos mais duradouros. - Crenças Centrais: São entendimentos que são fundamentais e profundos que as pessoas freqüentemente não os articulam sequer para si mesmas. Essas idéias são consideradas pela pessoa como verdades absolutas. Por exemplo: ao ler esse dicionário se a pessoa se acha burra demais para dominar esses termos, poderia ter a crença central: ”Eu sou incompetente”. Quando essa crença central estiver ativada nos estaremos interpretando as situações através da lente dessa crença. A crença central se mantém mesmo que ela seja imprecisa e disfuncional. As crenças centrais são o nível mais fundamental de crenças que fazemos na nossa vida. Elas são globais, rígidas e supergeneralizadas. A modificação profunda de crenças mais fundamentais torna os pacientes menos propensos a apresentar recaídas no futuro, - Crenças intermediárias: São as bases intermediaria entre os Pensamentos Automáticos e as Crenças Centrais. São as Crenças Centrais que influenciam o desenvolvimento dessas crenças intermediarias que consistem nas nossas ATITUDES, REGRAS e SUPOSIÇÕES (freqüentemente não articuladas). Exemplo de crença intermediaria: ATITUDE: É horrível ser incompetente. REGRAS E EXPECTATIVA diante disso: Devo trabalhar o mais arduamente que puder o tempo todo SUPOSIÇÃO: Se eu trabalhar mais arduamente que puder, posso ser capaz de fazer algumas coisas que as outras pessoas fazem facilmente (me torno um burro de carga). OBS: pensamentos e crenças isoladas não causam transtornos mentais - Hipóteses: o terapeuta levanta hipóteses sobre o paciente com base nos dados que o cliente apresenta. Hipóteses são confirmadas, desconfirmadas ou modificadas à medida que novos dados são apresentados. - Tríade Cognitiva: são as cognições que fazemos sobre nós, sobre as pessoas e o mundo, e sobre o futuro. - Esquemas: vem a ser um nível mais “profundo” de cognição: que vão aparecendo na infância. Ficam no centro de nossa personalidade, sendo mais rígidos e difíceis de serem modificados. São basicamente resultantes de necessidades emocionais centrais que quando criança, de alguma forma não foi atendida. - Dever de casa: é uma parte integral, não opcional na TCC. São tarefas comportamentais ou cognitivas que o paciente leva para fazer durante a semana. Proporciona oportunidade para o paciente adicionalmente educar-se, colher dados, testar seus pensamentos e as suas crenças, praticar as ferramentas cognitivas e comportamentais e experimentar comportamentos novos - Prevenção de recaídas: a meta da TCC é facilitar a remissão do transtorno do paciente e ensiná-lo a ser seu próprio terapeuta. O terapeuta deve preparar medidas para o término e a possível recaída e isso se faz desde a primeira sessão. - Sessões de Encorajamento: são sessões que o terapeuta marca com o paciente 3, 6 e 12 meses após o término da terapia. - As terapias cognitivas que mais se destacaram: a Terapia Racional Emotiva de Albert Ellis e a terapia deRestruturação Cognitiva de Aaron Beck. - Inferência Arbitrária: é um erro que fazemos de processamento (nós humanos fazemos, por exemplo, deduções que levam a formular conclusões sem evidência para tal, isto é, sem comprovação (conjunto de erros que o nosso processamento cognitivo pode formular). - Erro de distorção: é uma espécie de avaliação que fazemos relacionado a importância de um acontecimento, por excesso (sobrevalorização) ou por redução (subvalorização). - Avaliação de constructos sociais: método que procura a identificação das formas utilizadas pelo indivíduo para organizar a vida e o mundo em geral. - Feedback: o terapeuta deve estimular o pacienta a fazer um resumo da sessão no final. - Questionamento Socrático: É um método de contestar com o cliente que pode trazer à tona as premissas subjacentes dele. A intenção deste questionamento não é persuadir o paciente em relação à incorreção dos pensamentos e sim, guiá-lo à descoberta de evidências que comprovem se tal crença é verdadeira ou não. - Monitoração do Humor: É um método comportamental simples, que consiste em pedir ao paciente que classifique seu estado de espírito antes de iniciar cada sessão (é aplicado em todas as sessões). Geralmente é utilizado em casos de transtorno depressivo ou casos de transtorno bipolar. Tem o objetivo de explorar a relação entre o humor, os pensamentos e os comportamentos. O meio mais completo de monitoração de humor na TCC é o Inventário de Depressão de Beck (BDI), pois permite aos pacientes comparar suas notas com extensas amostragens normativas, além de proporcionar uma análise da depressão por meio de várias avaliações no decorrer da terapia.
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