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Outros controles avançados Luz Amparo Palacio Santos DOPI 1 Mapa conceitual 2 Controle de Razão O objetivo do controle de razão é manter a razão de duas variáveis em um valor especificado. Desta forma, para duas variáveis de processo, M e L, ao invés de se controlar individualmente as variáveis, se controla a razão real R = M/L. Em geral, as variáveis de processo M e L são vazões. O cálculo de R é feito em termos das variáveis originais e não dos desvios das variáveis. Exemplos: Mistura de líquidos em uma determinada razão Controle da razão ar/combustível em uma caldeira 3 Exemplo: Mistura de líquidos em uma determinada razão Considere um processo de mistura no qual seja necessário que as vazões dos líquidos A e B estejam em determinada proporção ou razão R. R = FB/FA FA: Vazão de A FB: Vazão de B Os setpoints são definidos de tal modo que os líquidos sejam misturados na proporção correta. 4 C on tr ol e de R az ão Exemplo: Mistura de líquidos em uma determinada razão No novo esquema FB varia com FA. 5 Supondo que a vazão da corrente A não possa ser controlada por ser a variável manipulada de outro sistema de controle, como um nível ou uma temperatura situado mais adiante na planta. Novo esquemaC on tr ol e de R az ão Exemplo: Mistura de líquidos em uma determinada razão 6 Novo esquema Consiste na medição da vazão de A e sua multiplicação pela razão desejada (em FY16) para a obtenção da vazão de B necessária, enviada como set point para o controlador FC17. FB set =R FA Utilizado como set point para o controlador FC17 À medida que FA varia, o set point varia para manter a razão entre as duas vazões constantes. Caso seja necessária uma razão diferente, ela é definida no multiplicador. C on tr ol e de R az ão Exemplo: Mistura de líquidos em uma determinada razão 7 Outra alternativa Consiste na medição da vazão de A e B e sua divisão (em FY16) para obter a proporção real que entra ao sistema. A razão desejada é enviada para o controlador RC17. R =FA/FB O sistema anterior é mais linear que este. C on tr ol e de R az ão Exemplo: Mistura de líquidos em uma determinada razão 8 Terceira alternativa Do ponto de vista prático mesmo que as duas vazões possam ser controladas, o controle de razão é mais conveniente do que o primeiro mostrado. Se a vazão total pode ser alterada, o operador só necessitará mudar um set point, enquanto no convencional, ele precisará alterar os dois setpoints. C on tr ol e de R az ão FC 17 Exemplo: Controle de razão ar/combustível em uma caldeira As caldeiras devem operar com uma razão ar/combustível em excesso em relação à estequiométrica. O controle das vazões de ar e de combustível é muito importante para uma operação adequada, segura e econômica. A vazão de combustível é geralmente manipulada para a manutenção da pressão de vapor produzido na caldeira em certo valor desejado. Várias estratégias são possíveis 9 C on tr ol e de R az ão https://www.youtube.com/watch?v=DcMqQfcUp1Y Exemplo: Controle de razão ar/combustível em uma caldeira Controle de posicionamento paralelo 10 PC22 Manipula o sinal mestre da caldeira para a válvula de combustível. Manipula a válvula de ar através da unidade de razão FY24 Variações da pressão nas válvulas? C on tr ol e de R az ão A razão dos sinais (A/F) é controlada, mas não a razão das vazões Exemplo: Controle de razão ar/combustível em uma caldeira 11 Controle de medição completa (opção 1) O controlador de pressão regula a vazão de combustível e a vazão de ar é estabelecida a partir da vazão de combustível.F As malhas de controle corrigem quaisquer distúrbios da vazão. C on tr ol e de R az ão Exemplo: Controle de razão ar/combustível em uma caldeira 12 Controle de medição completa (opção 2) Nesta opção os dois controladores de vazão comparam a vazão de combustível. C on tr ol e de R az ão Controle em Override ou com Restrições Nesse esquema, em condições normais de operação, uma variável de saída determina as mudanças na variável manipulada. As demais saídas variam livremente, sendo apenas monitoradas. Ocorrendo situações extremas em uma destas variáveis, esta assume o comando sobre a única variável manipulada disponível, tornando-se a malha de controle prevalecente. Esta é uma estratégia protetora para manter as variáveis do processo dentro de limites, para garantir a segurança do pessoal e do equipamento, e a qualidade do produto 13 Exemplo: Reservatório Considere um processo com um líquido saturado quente que entra em um reservatório e de lá ele é bombeado sob controle de vazão. 14 C on tr ol e em O ve rr id e Reservatório e malha de controle de vazão Exemplo: Reservatório 15 C on tr ol e em O ve rr id e Sob operação normal o nível do reservatório está na altura h1. Se sob quaisquer circunstância o nível do líquido cair abaixo da altura h2, não terá suficiente altura líquida positiva de sucção (NPSH) e resultará em cavitação na bomba. É necessário então projetar um esquema de controle que evite esta condição. No controle em override, além dos controladores e do elemento final de controle, se usam as chaves seletoras. HS: Chave seletora de valor alto Escolhe o sinal maior entre vários controladores HL: Chave seletora de valor baixo Escolhe o sinal menor entre vários controladores Exemplo: Reservatório O nível do reservatório é agora medido e controlado. 16 C on tr ol e em O ve rr id e Esquema de controle em override FC50 Ação reversa LC50 Ação direta LS50 Seletor baixo Seleciona qual controlador vai funcionar O set point de LC50 é um valor acima de h2 Controle Seletivo Neste esquema existe um controlador e uma variável manipulada definidos para o processo, mas o sinal de saída do controlador é obtido por uma seleção entre múltiplas leituras de sensores, por meio de uma chave seletora (HS e LS). É uma outra estratégia de controle utilizada por razões de segurança e otimização de processo. 17 Exemplo: Reator tubular exotérmico Considere um reator de fluxo empistonado onde ocorre uma reação exotérmica catalítica. Controle de temperatura de um reator de fluxo pistão 18 C on tr ol e Se le ti vo Exemplo: Controle para um reator tubular exotérmico Na malha de controle de temperatura o sensor que fornece a medição de calor deveria ser colocado no hot spot. À medida que o catalisador no reator envelhece, ou à medida que as condições variam, o hot spot se movimenta. Deseja-se projetar um esquema de controle para que sua variável medida “se movimente” à medida que o hot spot se move. 19 C on tr ol e Se le ti vo Controle seletivo para um reator de fluxo pistão Exemplo: Controle para um reator tubular exotérmico Na implementação desta estratégia de controle, uma importante consideração é a de que todos os transmissores de temperatura devem ter a mesma faixa para que seus sinais de saída possam ser comparados na mesma base. 20 C on tr ol e Se le ti vo Controle Split-Range Neste esquema duas variáveis manipuladas são coordenadas por um único controlador, que utiliza uma única medição. A saída do controlador é “partida” entre os dois atuadores. Exemplo: Reator PFR 21 SP PC PT V1 V2 AA AFAlimentação Descarga Controle Split-Range As atuaçõesdas válvulas V1 e V2 são coordenadas pelo controlador de pressão do reator. Em operação normal V2 está totalmente aberta. Quando aumenta o setpoint, V2 é comandada para reduzir a pressão. Quando diminui o setpoint, V1 tem sua abertura reduzida, com V2 completamente aberta. 22 C on tr ol e Sp lit -R an ge A ação das válvulas é obtida dividindo-se a faixa do sinal de saída do controlador.l V1 m(psig) 0 1 V2 Outros exemplos - Controle em override - Controle selectivo 23 Exemplo: Aquecedor/forno 24 C on tr ol e em O ve rr id e Considere um aquecedor com controle de temperatura manipulando a vazão de combustível gasoso. Controle de temperatura do aquecedor Exemplo: Aquecedor ou forno 25 C on tr ol e em O ve rr id e Há diversas condições neste aquecedor que podem ser perigosas: 1. Pressão de combustível mais alta do que o suficiente para sustentar uma chama estável. 2. Temperatura de chaminé, ou do tubo, mais alta do que o equipamento pode manipular com segurança. Se qualquer uma destas duas condições existir, a vazão de combustível deve diminuir para evitar a condição de insegurança. Nesta situação o controle de temperatura não é tão importante como a segurança de operação. Somente quando as condições de insegurança desaparecerem é admissível retornar ao controle direto de temperatura. Exemplo: Aquecedor ou forno 26 C on tr ol e em O ve rr id e Controle de temperatura do aquecedor – controle com restrições Exemplo: Forno para aquecer óleo para trocador de calor Um forno aquece um óleo para servir como fonte de energia a vários trocadores de calor. Cada unidade manipula a vazão de óleo necessário para a manutenção de sua variável controlada no set point. Além disto, a temperatura de saída do óleo do forno é controlada através da manipulação da vazão de combustível. É fornecida uma malha de controle de desvio (DPC16) para desviar o combustível não usado. Sistema de óleo quente (opção 1) 27 C on tr ol e Se le ti vo Exemplo: Forno para aquecer óleo para trocador de calor Em uma segunda estratégia, usa- se o controle seletivo. Esta estratégia é mais eficiente. Mantém o óleo na saída do forno na temperatura apenas quente o suficiente para fornecer a energia necessária para todos os trocadores, com praticamente nenhuma vazão para o desvio. A saída do seletor alto vai para o controlador de posição de válvula (VPC16). Controle seletivo para sistema de óleo quente (opção 2) 28 C on tr ol e Se le ti vo
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