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UERJ INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE PROCESSOS BIOQUÍMICOS BIOTECNOLOGIA EXPERIMENTAL Professora: Márcia Monteiro Machado Gonçalves Prática n° 7: Curva de Solubilidade da Caseína em Função do pH OBJETIVO - Verificar a influência do pH na solubilidade de uma proteína. MATERIAL UTILIZADO - Vidraria: Becher, tubos de ensaio, pipetas, cubetas. - Reagentes: Solução de Caseína 0,3 g/100mL em acetato de sódio 0,1 M; Ácido Acético 0,1 M; Ácido Acético 1,0 M - Espectrofotômetro PROCEDIMENTOS Numerou-se 8 tubos de ensaio e procedeu-se de acordo com a tabela 1 abaixo Tabela 1: procedimento da prática. Tubo B 1 2 3 4 5 6 7 Água (mL) 5,0 4,4 4,3 4,0 3,5 2,5 0,5 3,9 Ac. Acético 0,1 M (mL) - 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 4,0 - Ac. Acético 1,0 M (mL) - - - - - - - 0,6 pH (calculado) - 5,46 5,16 4,76 4,46 4,16 3,86 3,68 Abs (570nm) - 0,015 0,130 0,320 0,330 0,260 0,180 0,030 1/Abs (570 nm) - 66,67 7,69 3,125 3,03 3,846 5,556 33,33 Em seguida. Adicionou-se 0,5 mL da solução de caseína em acetato de sódio nos tubos 2 até 7 e leu-se as absorbâncias em 570 nm. RESULTADOS 4.1. Cálculo da concentração final do sal Vcaseína = 0,5mL [acetato] = 0,1M Vfinal = 5mL [acetato]final = ? 0,5 x 0,1 = 5 x [sal]final [sal]final = 0,01M 4.2. Cálculo do valor de pH teórico de cada tubo (pka = 4,76) Tubo 1: Vac. acético = 0,1 mL [ac. acético]inicial = 0,1 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 0,1 x 0,1 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,002M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,002) = 5,46 Tubo 2: Vac. acético = 0,2 mL [ac. acético]inicial = 0,1 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 0,2 x 0,1 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,004M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,004) = 5,16 Tubo 3: Vac. acético = 0,5 mL [ac. acético]inicial = 0,1 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 0,5 x 0,1 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,01M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,01) = 4,76 Tubo 4: Vac. acético = 1,0 mL [ac. acético]inicial = 0,1 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 1,0 x 0,1 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,02M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,02) = 4,46 Tubo 5: Vac. acético = 2,0 mL [ac. acético]inicial = 0,1 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 2,0 x 0,1 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,04M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,04) = 4,16 Tubo 6: Vac. acético = 4,0 mL [ac. acético]inicial = 0,1 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 4,0 x 0,1 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,08M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,08) = 3,86 Tubo 7: Vac. acético = 0,6 mL [ac. acético]inicial = 1,0 M Vfinal = 5mL Vac. acético x [ac. acético]inicial = Vfinal x [ac. acético]final 0,6 x 1,0 = 5 x [ac. acético]final [ac. acético]final = 0,12M pH = pka + log ( [sal]final / [ac. acético]final ) pH = 4,76 + log (0,01/0,12) = 3,68 4.3. Gráfico A partir da tabela 1 e dos valores de pH calculados no item anterior tem-se o gráfico abaixo: Figura 1: gráfico do inverso da turbidez (1/Abs) x pH 4.4. Análise do gráfico e pI da caseína Em solução, quando as moléculas de determinada proteína estiverem carregadas positivamente ou negativamente, a solubilidade dessa proteína será maior, pois as moléculas se repelirão entre si, aumentando a interação com o solvente. Observando o gráfico acima, essas substância estão na faixa de pH no valor menor que 4 para as que estiverem carregadas positivamente e no valor maior que 5 para que estiverem carregadas negativamente Existe um pH intermediário, que varia de proteína para proteína (pois depende dos radicais R dos aminoácidos que a constituem), em que há um equilíbrio entre as cargas positivas e negativas. Este pH é conhecido como ponto isoelétrico da proteína – pI. Nesse pH, a proteína apresenta solubilidade mínima, porque a carga efetiva da molécula é nula (há um balanço entre cargas positivas e negativas), ficando diminuída a repulsão entre as moléculas e havendo interação eletrostática das moléculas entre si. Como conseqüência, forma-se grumos que tendem a precipitar. Então para se ter o pI a partir do gráfico observa-se o menor valor de 1/Abs (maior absorbância), pois com a formação dos grumos que tendem a precipitar há uma maior obstrução do caminho da luz, tendo uma absorbância maior. A partir do gráfico a faixa onde se situa o pI da caseína seria entre 4,25 e 4,75. CONCLUSÕES A partir da curva de solubilidade da caseína em função do pH pôde-se encontrar a faixa onde se situa o pI da caseína entre 4,25 e 4,75. O valor do pI da literatura1 4,6 encontra-se dentro da faixa estipulada pelo gráfico da figura 1. Observou-se tammbém que pelo gráfico a solubilidade da caseína é altamente influenciada pelo pH. 1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Case%C3%ADna
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