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aula 3 oxidação de lipídeos e ciclo da uréia

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TRANSCRIÇÃO AULA 3- BIOQUÍMICA
OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS / OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS E CICLO DA URÉIA
OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS
	A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa em acetil-COA é uma via central liberadora de energia. Os elétrons são removidos durante a oxidação dos ácidos graxos, passam através da cadeira respiratória mitocondrial e a energia liberada é empregada na síntese de ATP. O acetil- COA produzido pelos ácidos graxos têm diversos destinos, no fígado ele é convertido em CORPOS CETÔNICOS para serem utilizados como combustível hidrossolúvel exportado para o cérebro ou outros tecidos quando a glicose não estiver mais disponível. Os ácidos graxos são convertidos em ACETIL- COA por meio da β-OXIDAÇÃO (PROCESSO REPETITIVO DE QUATRO PASSOS).
ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS
	Os lipídeos possuem uma particularidade, devido a sua hidrofobicidade são de complicada absorção. Eles fogem do ambiente comum reacional que é a água por serem apolares. Surge daí dois problemas: para digestão será necessário o trabalho da enzima lipase (produzida pelo pâncreas e secretada pelo duodeno), que são enzimas que catalisam em água e como os lipídeos não podem ir ao ambiente aquoso surge o primeiro elemento dessa absorção, que é: EMULSIFICAÇÃO. (cria-se solução para solubilizar a gordura), para isso utilizamos os sais biliares. Dessa forma, as grandes gotas de TRIACILGLICEROL, adquiridas na dieta são quebradas em gotículas lipídicas pequenas (pela bile) que podem entrar em ambiente polar, para que a partir disso as lipases possam degradá-los em ácidos graxos e glicerol ( e podem ser absorvidos pelo intestino). Ao entrarem, os produtos da degradação anterior ( ácidos graxos e outros ) são remontados no enterócito e novamente adquirem a forma de triacilglicerol (reesterificam). 
	Depois os lipídeos são transportados pelo sangue que é polar, como os triglicerídeos são apolares eles são transportados dentro do sangue por LIPOPROTEÍNAS (ex: QUILOMICRONS, VDL, HDL, LDL). 
Os triacilgliceróis viajam até entrar em células de tecido adiposo, onde será armazenado.
Obs: outro tecido, além do sangue, que transporta lipídeos é a linfa. Daí surge o principio de drená-los quando se quer perder medidas. 
COMEU-DIGERIU-ABSORVEU-REESTERIFICOU-COLOCOU NO QUILOMICRON- FOI LEVADO AO TECIDO ADIPOSO.
OBS: é uma via de estocagem que não tem limites, quanto mais ingerir calorias mais serão estocadas.
 Quando há privação calórica, pode-se oxidar os lipídeos, através de 3 etapas.
ETAPAS DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
Relembrando: umas das características do catabolismo é a convergência. Dessa forma, para oxidar completamente um ácido graxo e leva-lo até H2O E CO2, são 3 etapas: 
1ª ETAPA: β-oxidação (matriz da mitocôndria- é chamada de β, pois cliva esse ácido graxo na unidade de 2 carbonos e essas unidades de 2C são os Acetis- COA). Ou seja, o número de ACETIL-COA formado por uma β-oxidação, será igual à metade do número de carbonos do ácido graxo.
 ACIDO GRAXO DE 16C = 8 ACETIL-COA
2ª ETAPA: é a oxidação do acetil- COA, através no ciclo de Krebs que ocorre na matriz mitocondrial.
3ª ETAPA: produção de carreadores de elétrons reduzidos onde são formados dois carreadores para cada β-oxidação. e por fim, forma H2O, CO2 E ATP.
Para oxidar o ácido graxo em acetil-COA, deve-se fazer X β-oxidações.
X= número de β-oxidações
 X = (número de ACETIL COA – 1)
EX: 8 ACETIL- COA , SERÃO PRODUZIDOS ATRAVÉS DE 7 Β-OXIDAÇÕES.
Obs: a β-oxidação é cíclica.
14C-CLIVADO- ACETIL-COA
12C-CLIVADO- ACETIL-COA
10C-CLIVADO- ACETIL-COA
 8C-CLIVADO- ACETIL-COA
 6C-CLIVADO- ACETIL-COA
 4C-CLIVADO- GERA NO FINAL 2 MOLÉCULAS DE ACETIL-COA
TOTAL= 7 ACETIL-COA
Β-OXIDAÇÃO : FORMAÇÃO DO ACETIL-COA
Os ácidos graxos estão estocados no tecido adiposo e quando vão ser oxidados eles estão no CITOSOL da célula e precisam ir até a matriz da mitocôndria, este processo, chamado CARREAMENTO ou TRANSPORTE DE ÁCIDOS GRAXOS, só é realizado se o ácido graxo for ativado. Então, antes de transportar o ácido graxo para a matriz da mitocôndria, ele tem que ser ativado no citosol, através da formação do ACIL-COA. 
Ativar um ácido graxo significa ligar a ele uma COENZIMA-A. Podendo depois disso, ser oxidado.
OBS: não é incomum que vias catabólicas que visam produzir energia, comecem gastando (ex: a fase de preparação da glicólise gasta/investe 2 ATPs). Dessa forma, o catabolismo dos ácidos graxos inicia-se gastando 2 ATPs. 
FORMAÇÃO/ SÍNTESE DO ACIL-COA : ATIVAÇÃO DO ÁCIDO GRAXO
	O que é chamado processo de ativação de um ácido graxo é um processo ativo, ou seja, com gasto de ATP. Esse processo ocorre no citosol, apenas depois de ativado o ácido graxo será transportado a matriz mitocondrial para ser oxidado.
	Essa ativação ocorre em duas etapas e envolve um intermediário:
1ªETAPA: tem-se uma molécula de TRIFOSFATO DE ADENISONA e o O2 faz um ataque nucleofílico ao fosfato α (ligado à adenosina), rompendo a ligação fosfodiéster ( o ATP sofre clivagem em AMP e PPi). Essa reação é catalisada pela ÁCIDO GRAXO COA SINTETASE, que liga o AMP (retirado pelo ataque nucleofilico do oxigênio) ao ÁCIDO GRAXO. Por isso, o produto formado é o ácido graxo ligado ao AMP, sendo um intermediário chamado ACIL-ADENILATO GRAXO. Esse intermediário ainda está ligado à enzima, então ele não é liberado nunca para o meio. Após ter retirado o AMP do ácido graxo, sobrou o PIROFOSFATO (fosfatoβ e fosfato δ), que ainda possui energia (por ter a ligação fosfodiéster/ sua quebra gera energia). Em um segundo momento a mesma enzima que tinha prendido o AMP ao ácido graxo catalisa a ligação da coenzima A, então o produto final fica ACIL-COA GRAXO (ATIVO).
Um outro detalhe, é que essa ligação fosfodiéster é clivada por uma outra enzima chamada PIROFOSFATASE, favorecendo a formação do ACETIL COA GRAXO pela hidrólise de duas ligações de alta energia. A ativação de ACIL-COA GRAXO, assim como a PIROFOSTATO também libera energia, então para saldos energéticos futuros vamos dizer que a ativação de ácidos graxos gastou a energia de 2 ATPs. Pois, são rompidas duas ligações fosfodiéster (uma no início para clivar o ATP em AMP e PPI ao formar o intermediário e outra para clivar o PIROFOSFATO), então é como se tivesse sido gasto 2 ATPs . 
OBS: O ácido graxo só pode ser levado até a matriz mitocondrial depois que estiver ligado a coenzima A, pois o que a matriz irá utilizar no inicio da β-oxidação nem é o ácido graxo ( ele não é o substrato da β-oxidação), o substrato é ACIL-COA ( ACIDO GRAXO + COENZIMA) para que se inicie a sua oxidação.
 A PRIMEIRA ETAPA (SÍNTESE) É GASTO UM ATP (TRIFOSFATO DE ADENOSINA), SENDO QUE ESSE ATP VAI SER CLIVADO DUAS VEZES. DESSA FORMA, SÃO INVESTIDOS NA PRIMEIRA ETAPA A ENERGIA DE DOIS ATPs (Não é um processo de investimento de ATP tão claro, como na 1ª e na 3ª reação da glicólise). POIS, É TAMBÉM NESSA ETAPA QUE UMA ENZIMA DIFERENTE DA ACIL-COA GRAXO SINTETASE, A PIROFOSFATO CLIVA UMA LIGAÇÃO FOSFODIÉSTER INVESTINDO ENERGIA. 
OU SEJA, QUANDO FOR BALANCEAR O SALDO ENERGÉTICO DA β-OXIDAÇÃO, TEM QUE SUBTRAIR 2 ATPS, MESMO VENDO E SABENDO QUE DE FATO É GASTO 1ATP ( LEVA 1ATP, MAS PAGA POR 2ATP, POIS SÃO CLIVADAS DUAS LIGAÇÕES FOSFODIESTER). 
O composto ACIL-COA ativado, vai estar no citosol de praticamente todas as células.
 
TRANSPORTE DO ACIL-COA
Vai levar o ácido graxo ativo – ACIL COA- do citosol até a matriz mitocondrial para que seja oxidado.
Para se transportar esse ACIL-COA existe uma molécula carreadora que é a CARNITINA ( aminoácido não-proteico). Ela carreia ácidos graxos, acelerando a queima de lipídeos quando se realiza atividade física( por isso, é vendida para praticantes de exercício físico). Ela é quem dirige a entrada dos ácidos graxos até a matriz da mitocôndria. 
2ª ETAPA: O ACIL-COA, que acabou de ser sintetizado, está no citosol. Imediatamente após sua síntese, na membrana externa da mitocôndria esse ACIL-COA reage com a CARNITINA , a COENZIMA A é liberada e cria-se a estrutura que é transportada, que é chamada de ACIL-CARNITINA.A enzima que atua nessa reação é a CARNITINA ACIL TRANSFERASE I (troca à coenzima A pela carnitina). Após a união entre o ACIL e a CARNITINA cria-se a estrutura passível de transporte que é A ACIL-CARNITINA. Passa primeiramente através da membrana externa que é permeável e em seguida através de uma proteína antiporte na membrana interna, a ACIL-CARNITINA passa pelo espaço periplasmático e entra na mitocôndria. Ao entrar na mitocôndria a enzima CARTININA ACILTRANSFERASE II converte a ACIL-CARNITINA novamente em ACIL-COA (tira a carnitina e liga a coenzima). A CARNITINA é liberada e volta para o CITOSOL, deixando a matriz pelo mesmo transportador antiporte da membrana interna (a CARNITINA saí e a ACIL-CARNITINA entra) e passa livremente pela membrana externa. Agora que o ACIL-COA (OU ACIL GRAXO COA) está dentro da matriz, ele pode ser oxidado, ou seja, é dado inicio o processo de β-OXIDAÇÃO na matriz da mitocôndria.
 	OXIDAÇÃO DO ACIL-COA
	Ocorre na matriz mitocondrial. 
	É a via oxidativa mais rentável para ácidos graxos , sendo, por exemplo, o que sustenta o nosso coração ( músculo com contração constante que depende das calorias de lipídeos).
Obs: o extrato do miocárdio tem cor de ferrugem devido a grande quantidade de mitocôndrias que ele tem, por que é um tecido que gasta muita energia e essa energia vem dos lipídios. Quanto maior a frequência cárdica, maior o gasto de calorias.
	 o NEURÔNIO não faz essa via de obtenção de energia, até porque está embebido em lipídios que agem como isolante elétrico ( ex: bainha de mielina)/protegendo, por isso os neurônios não oxidam lipídios. Eles dependem totalmente dos carboidratos e de um segundo produto que são os CORPOS CETÔNICOS.
	A β-oxidação é uma via mais simples que a glicólise, envolvendo apenas 4 reações. E essas reações podem ser repetidas quantas vezes forem necessárias. Produz de valor energético NADH e FADH2 que valem mais que 1 ATP, pois cada NADH = 3ATP e cada FADH2= 2ATP e esses carreadores são produzidos em cada β-oxidação. Ou seja, multiplica o NADH e o FADH2 pelo número de β-oxidações que foram feitas. Por exemplo: um ácido graxo de 18C que libera 9 ACTIL COA através de 8 β-oxidações, produz 8NADH e 8FADH2.
A β-oxidação não produz nenhum ATP de maneira direta. 
Via simples de 4 reações:
OBS: RETIRAR HIDROGÊNIOS É SINÔNIMO DE RETIRAR ELÉTRONS.
1ª REAÇÃO: a enzima ACIL-COA DESIDROGENASE pega o ACIL-COA ( nesse caso PALMITOL-COA) desidrogena-o formando o TRANENOIL-COA ( o produto é uma dupla ligação entre o Carbonoα e o Carbonoβ). Nesse processo entra o FAD⁺ e libera o FADH2 (retirou dois elétrons).
2ª REAÇÃO: o TRANSENOIL COA é hidratado pela ENOIL COA HIDRATASE desfazendo essa dupla ligação criando um álcool que é o β-HIDROXIACIL COA.
3ª REAÇÃO: o β-HIDROXIACIL COA é oxidado (perde hidrogênio=perde elétrons) e cria agora uma cetona a β-CETOACIL- COA.
4ª REAÇÃO: o CETOACIL-COA é clivado pela sulfidrila da coenzima A através da tiólise (quebra pelo tiol/ enxofre), formando um ACETIL-COA e um ácido graxo com 2C a menos do que tinha no início. Esse produto volta ao início do ciclo quantas vezes forem necessárias e a cada etapa é liberado um ACETIL COA que vai para mitocôndria participar do CICLO DE KREBS. 
RENDIMENTO ENERGÉTICO
Um ácido graxo de 16C, realiza7 β-oxidações, formando 8 ACETIL-COA. Nesse processo são formados 7 FADH2, 7NADH. Cada ACETIL-COA vai participar do ciclo de Krebs na matriz mitocondrial. Lembrando que o saldo energético do ciclo de Krebs representa 3NADH (3x 3ATP) + FADH2 (2ATP) +ATP= 12ATP, ou seja, cada acetil-coa liberado da β-OXIDAÇÃO vai formar 12ATP.
7β-OXIDAÇÃO: 7FADH2 – 7NADH – 8ACETIL COA
	 (14ATP) (21ATP) (96ATP) 
TOTAL DE =131ATP – 2ATP (GASTOS PARA ATIVAR O ACIL-COA)= 129ATP.
CORPOS CETÔNICOS
O TECIDO NERVOSO UTILIZA COMO PRINCIPAL VIA DE OBTENÇÃO DE ENERGIA OS CARBOIDRATOS, CASO ESSA VIA ACABE OCORRE A CONVERSÃO DOS LIPÍDIOS EM UM PRODUTO QUE O CÉREBRO POSSA OXIDAR (LIPÍDIOSCORPOS CETÔNICOS), ESSA CONVERSÃO SEMPRE É FEITA NO FÍGADO E O SUBSTRATO SEMPRE É O ACETIL-COA , QUE VEM DA TIOLISE DO ACIDOS GRAXOS.
Ocorre a condensação enzimática de duas moléculas de ACETIL COA (que foram catalisadas pela TIOLISE), formando o ACETOACETIL COA.
 A HMG COA SINTETASE condensa a molécula de ACETOACETIL COA com uma molécula de ACETIL COA para formar o HMG COA.
 Esse HMG COA LIASE quebra o HMG COA extraindo o ACETIL COA e formando o primeiro corpo cetônico que é o ACETOACETATO.
 Do ACETOACETATO são formados mais dois corpos cetônicos: 3-HIDROXIBUTIRATO ( reduzido pela enzima 3-HIDROXIBUTIRATO DESIDROGENASE) e ACETONA ( o ACETOACETATO é convertido espontaneamente nesse caso). No total são formados 3 CORPOS CETÔNICOS.
Obs: a ACETONA, é um dos corpos cetonicos formados para quando a reserva de carboidratos de esvair. Ela produz um odor característico.
 Os CORPOS CETONICOS não são produtos ideais, são muito ruins, mas são importantes no caso de necessidade. Por isso, o cérebro opta em oxidá-los. 
A formação dos corpos cetônicos acontece no fígado.
A condensação do ACETYL COA e a conversão em ACETOACETIL COA. A formação dos 3 corpos cetônicos ocorre no fígado, tendo o ACETIL COA como substrato.
 Outro tecido que utiliza os corpos cetônicos é o músculo, mas esse processo não é exclusivo, pois o músculo tem muitos substratos energéticos, sendo os corpos cetônicos oxidados no ciclo do ácido cítrico.
TODO CORPO CETÔNICO ABASTACE O CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO, POIS O ACETOACETATO E O 3-HIDROXIBUTIRATO FORMAM 2 MOLÉCULAS DE ACETIL COA QUANDO SÃO CLIVADOS, ENTÃO O VALOR ENERGÁTICO DE CADA CORPO CETÔNICO, É O VALOR ENERGÉTICO DE DUAS VOLTAS NO CICLO DE KREBS: CADA CORPO CETÔNICO VALE 24ATPS.
OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
FORMAS DE EXCREÇÃO DO GRUPO AMINO
	
Os aminoácidos não são considerados uma reserva energética ( calórica), ou seja , ninguém estoca proteínas como substrato energético, mas essa proteína pode ser utilizada para extração calórica, um processo chamado CAQUEQUICIA ( condição caquética do indivíduo) . É o ultimo recurso do corpo, utilizado em condições muito extremas de falta de alimentação. CAQUEQUICIA: hidrolisar proteínas para se oxidar e produzir energia é algo muito raro. Extrai-se calorias através da oxidação dos aminoácidos que é tóxica (oxidar aminoácidos implica na composição de compostos tóxicos para todos os seres vivos). Não se reserva proteína, é um recurso muito nobre que é oxidado apenas em situações extremas de falta de alimentação. O grupamento amino é extremamente tóxico para nós, alguns animais extraem esse grupamento amino e formam a amônia, os AMONIOTÉLICOS, outros convertem o grupamento amino em ureia, os UREOTÉLICOS e outros fazem compostos menos tóxicos o ácido úrico , os URECOTÉLICOS.
Estudaremos a síntese da ureia, feita no ciclo da ureia, que é feito em parte na matriz da mitocôndria e em um só tecido o fígado. 
DIGESTÃO
Nos seres humanos a degradação das proteínas ingeridas em seus aminoácidos constituintes envolvidos no trato gastrintestinal. Depois de ingerida a proteína (animal/vegetal) tem-se o mesmo processo de desmonte, com a diferença que as proteínas são solúveis. As proteínas são desmontadas pelas enzimas PROTEASES, sendo que diferentemente dos lipídios (1tipo de ligação- éster) as proteínas possuem 20 tipos de ligação, por isso temos uma baterias de proteases ( ex: tripsina, elastase, carboxipeptidase), sempre empregamos um repertório muito grande de protease para clivar as ligações peptídicas. Essas proteases clivam as proteínas em aminoácidos, são eles ( os aminoácidos) que são absorvidos e distribuídos no corpo de acordo com a necessidade para todos os tecidos. Quando são desfeitas: as proteínas produzidas através da síntese de proteínas são moléculas (biomacromolécula) que têm prazo de validade, então constantemente órgãos como cérebro, baço, pulmão, todos os tecidos degradas proteínas, o problema disso é que o produto da degradação é tóxico. O fígado é o órgão responsável passa desintoxicar o nosso organismo(retirando o grupamento tóxico, o amino), somente o fígado vai fazer o ciclo da uréia, então para isso deve haver um transporte.
TRANSPORTE DE AMÔNIA
Para que a amônia seja transportada ao fígado, devem ser necessários dois carreadores:
Dessa forma, todos os tecidos ligam essa amônia ao GLUTAMATO e com isso produzem GLUTAMINA. Ou seja, todos os aminoácidos que são gerados nos tecidos, virão GLUTAMINA. É ela que é transportada para o fígado.
 Já o músculo (exceção), converte os seus AMINOÁCIDOS a ALANINA. Ou seja, o que o músculo manda para o fígado é a própria alanina.
Então, no plasma de todos os seres humanos são encontrados esses dois aminoácidos muito concentrados: A glutamina e a alanina. Glutamina é a maneira de se enviar a amônia dos tecidos periféricos para o fígado, única exceção é o músculo que envia a amônia através da Alanina.
 O MÚSCULO POSSUI UMA VANTAGEM AO ENVIAR A ALANINA AO FÍGADO, QUE É A OBTENÇÃO DE GLICOSE. TODA A ALANINA É ENTÃO CONVERTIDA EM GLICOSE (A VANTAGEM É: ENVIAR ALGO TÓXICO E RECEBE GLICOSE EM TROCA). EXISTE, ENTÃO, UMA COMBINAÇÃO ENTRE O MÚSCULO E O FÍGADO CHAMADA: ALANINA-GLICOSE.
Constantemente, o fígado recebe glutamina e alanina para desintoxicar o organismo.
CICLO DA URÉIA
Ainda no citosol o grupamento amina é transferido da ALANINA para o αCETOGLUTARATO. E o αCETOGLUTARATO, que é um dos intermediários do ciclo de Krebs, quando ganha a AMINA vira um aminoácido que é o GLUTAMATO. Então a ALANINA ainda no citosol do hepatócito é convertida imediatamente em GLUTAMATO. Então, o que a matriz mitocondrial recebe não são exatamente os mesmos produtos que chegaram ao fígado, chega ao fígado a GLUTAMINA e ela passa para a matriz sem nenhuma conversão, já toda alanina que chega é convertida a glutamato. Portanto, o que a matriz mitocondrial recebe para iniciar o ciclo da ureia é GLUTAMINA e GLUTAMATO. O que chega ao fígado é glutamina e alanina e o que chega a matriz é glutamina e glutamato.
Então, para iniciar o ciclo da ureia tem-se glutamina (que veio dos tecidos) e glutamato ( que veio indiretamente dos músculos).
1ªETAPA-Dentro da matriz:
A GLUTAMINA sofre a ação de uma enzima GLUTAMINASE e libera GLUTAMATO e AMÔNIA ( ação inversa que houve nos tecidos extra-hepáticos). Agora só tem na matriz GLUTAMATO (VEIO DA GLUTAMINA OU DA ALANINA, SENDO CONVERTIDO NO CITOSOL) E AMÔNIA. Ou seja, nesse momento dentro da matriz, só existe um substrato o GLUTAMATO; 
A enzima GLUTAMATO DESIDROGENASE retira o último grupamento AMINA desse GLUTAMATO E forma MAIS UMA AMÔNIA. OU SEJA, ESTE É O PONTO DE CONVERGÊNCIA (TODOS OS CAMINHOS LEVARAM A AMÔNIA). Agora tudo o que se têm de tóxico é a amônia ( nesse caso, os peixes simplesmente a diluem na água, diferentemente dos seres humanos que convertemos ela em um produto muito menos tóxico que é a ureia).
OBS: NÃO É NOVIDADE O GASTO/INVESTIMENTO DE ATP NA PRIMEIRA REAÇÃO, ISSO TAMBÉM OCORRE NO CICLO DA UREIA.
Então, para ligar a AMÔNIA ao DIÓXIDO DE CARBONO ( bicarbonato), ligação feita pela CARBAMOIL FOSFATO SINTETASE, são gastos 2ATPs ( vias oxidativas começam gastando ATP) e forma o CARBAMOIL FOSFATO ( AMÔNIA+BICARBONATO+FOSFATO). Tudo isso ocorre na matriz da mitocôndria.
2ª ETAPA- CITOSOL:
Quando o CARBAMOIL-FOSFATO é condensado com a ORNITINA que já vem do CÍCLO DA UREIA, é formada a CITRULINA que é o intermediário que deixa a matriz e vai para o citosol. A maior parte do ciclo da ureia é feita no citosol.
A CITRULINA vai para o citosol, reage gastando 1ATP, forma um intermediário ( CITRULIL-AMP).
Esse intermediário se condensa com o ASPARTATO, formando a ARGININA-SUCCINATO (aminoácido proteico).
ARGININA-SUCCINATO é rompido liberando FUMARATO e produz a ARGININA.
A ARGININA é hidrolisada em ORNITINA E LIBERA URÉIA.
BICICLETA DE KREBS
Existe comunicação entre os dois ciclos. O FUMARATO formado no ciclo da ureia pode ir ao ciclo do ácido cítrico fazendo o ciclo girar, ou ser convertido em MALATO ( por uma simples hidratação) e esse MALATO ir ao ciclo do ácido cítrico. 
Ou o GLUTAMATO pode ser convertido a ΑCETOGLUTARATO e esse em ASPARTATO, pois o ASPARTATO é a condensação do OXALOCETATO com um grupamento amina. O ASPARTATO é o outro composto que é gasto no ciclo da uréia.
Ou seja, o CICLO DE KREBS e o CICLO DA UREIA, trabalham em nós em constante colaboração. Intermediários de um e de outro são intercambiáveis, por isso chamado bicicleta de Krebs.

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