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CRIMINOLOGIA Mod II

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II. CRIMINOLOGIA: CONCEITO.
É a ciência que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o controle social da delinqüência, englobando a prevenção e as formas de intervenção.
Utiliza-se, para cumprir suas funções, de método empírico, baseado na observação e análise da realidade, e interdisciplinar.
Esse método é indutivo, tendo como ponto de partida as influências endógenas (internas) e exógenas (externas) que atuam no processo delitivo.
A moderna Criminologia encara o crime como problema, daí englobar não apenas o criminoso, mas também a vitima e o controle social da delinqüência. 
Prioriza a prevenção e a intervenção dinâmica e pluridimensional.
Fundamenta suas ações na análise dos modelos de reação ao delito, sem abandonar o estudo da origem do mesmo.
Como o homem e a sociedade se modificam constantemente, o conhecimento da realidade é sempre parcial, provisório, inexato, o que não retira o aspecto cientifico da Criminologia, pois esta tem método para análise dos dados obtidos e cumpre a tarefa de fornecer informação válida e confiável.
Os critérios utilizados são os mesmos em todos os países, apesar das diferenças porventura existentes na criminalização de certos atos, porque as circunstâncias criminais são as mesmas. Daí seu caráter universal.
Entretanto, as diferenças entre os homens criminosos e a complexidade dos fatores criminógenos tornam as certezas relativas, e impedem a generalização das suas análises.
O fato de valer-se de outras ciências como a Sociologia, a Biologia, a Antropologia, a Psicologia, a Psiquiatria, a Medicina Legal, a Estatística Criminal etc., não lhe retira o caráter autônomo, pois com elas não se confunde uma vez que tem finalidade, método e objeto próprios.
Relação da Criminologia com o Direito Penal.
DIREITO PENAL.
O Direito Penal caracteriza-se como um conjunto de normas jurídicas.
Objetiva a paz, a ordem social, a tranqüilidade e a segurança por meio da pena como vingança, castigo, pagamento do mal com o mal, retribuição, atacando apenas as conseqüências.
Ignora fatores criminógenos, pois se baseia no livre arbítrio.
Não se importa com as razões da criminalidade, nem com a sua expansão, pois tem por objetivo a solução dos conflitos através do poder punitivo do Estado.
O Direito Penal está no mundo do dever ser, onde temos o pressuposto (crime) e a relação jurídica (enquadramento normativo e processual) levando à conseqüência (punição).
O método utilizado é o dedutivo ou lógico-abstrato, que parte das relações singulares para chegar à construção do sistema normativo.
Baseia-se no livre arbítrio e no dogmatismo jurídico penal, ignorando os fatores criminógenos. Dogmas são preceitos com caráter de certeza absoluta, incontestáveis.
O Direito Penal é material e formal. 
Seus fundamentos estão na teoria do pecado, que sedimentou o sentimento popular de vingança e pagamento do mal pelo mal, tendo como resultado o crescimento da criminalidade, pois quanto mais violenta a reação da sociedade, mais violento se torna o criminoso.
CRIMINOLOGIA:
A Criminologia é uma ciência. 
Tem como objetivos evidenciar os fatores criminógenos, as razões que levaram o homem ao crime, a sua personalidade anormal, que afeta a convivência na sociedade, e a oscilação da criminalidade.
Preocupa-se com a segurança das pessoas e com o combate à criminalidade, analisando as medidas mais benéficas à sociedade.
A criminologia está no mundo do ser, interessando-se pelas causas (fatores criminógenos), pelo nexo causal (o que levou o individuo a se tornar criminoso) e pelo efeito (criminoso).
Tem objeto, método e fins próprios, valendo-se do conhecimento de outras ciências que também se preocupam com o ser humano como a Sociologia, a Biologia, a Medicina Legal, a Psicologia.
Utiliza o método indutivo, experimental e naturalístico, extraindo as verdades da realidade.
Emprega técnicas de investigação criminológica como inquéritos sociais, estudos biográficos dos criminosos, estatística criminal e até exames clínicos para concluir precisamente sobre os fatores criminógenos.

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