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Resumo- Fisiologia das gônada femininas

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THIAGO PRATA- UFS- FISIOLOGIA ENDÓCRINO 
1 
 
FISIOLOGIA DAS GÔNADAS FEMINIAS – CAPÍTULO 68 B 
1.0- INTRODUÇÃO 
 O sistema reprodutor feminino (ovários, trompas, útero e vagina) se molda de acordo com afase da 
vida em que se encontra: 
o Fase fetal: diferenciação e desenvolvimento do sistema reprodutor; 
o Fase infantil: é mantido quiescente, sem dimensão estrutural e funcionalidade sexual; 
o Fase juvenil (ou puberdade): fase de transição entre a infantil e a adulta. Marcada pela menarca. 
o Fase adulta reprodutiva (ou menacme): caracterizada pelos ciclos menstruais de 28 (mais 
comum), 25 ou 35 dias. 
o Fase de climatério: marcada pela diminuição da fertilidade e irregularidades do ciclo menstrual. 
o Fase de menopausa: final da capacidade reprodutiva. Inicia a fase de senectude. 
o Fase de senectude. 
 Ovários: responsáveis pela ovulação apartir do desenvolvimento de folículos que contêm os gametas. 
o Excitados por LH e FSH hipofisários. 
1.1- A estrutura ovariana 
 O ovário está dividido em três regiões anatômicas: 
o Córtex: onde se encontram os folículos em diferentes estágios de desenvolvimento ou em 
regressão (atresia), circundados de tecido conjuntivo do estroma e células hilares 
(semelhantemente às células de Leydig masculinas, elas produzem os hormônios ovarianos). 
o Medula: células de hilares, fibras musculares lisas e estroma. 
o Hilo: local de transição de vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. 
1.2- O ciclo ovarinano: foliculogênese, ovulação e formação e regressão do corpo lúteo 
 Ciclo ovariano: tempo entre duas ovulações sucessivas. 
 Período pré-ovulatório: 9 a 23 dias é chamado de fase folicular. 
 Fase ovulatória: 1 a 3 dias. Ocorre o pico pré-ovulatórios de LH e FSH e posterior ovulação. 
 Fase lútea: demora em média 14 dias após a ovulação. Nessa fase, as ações da progesterona preparam 
o trato reprodutor feminino para a implantação do embrião. Posteriormente, ocorre a ovulação. 
1.2-1. Desenvolvimento folicular (foliculogênese) 
1- Folículo primordial: é o invólucro mais externo que o oócito e as células fusiformes precursoras das 
células granulosas. Processo de formação de oócitos: 
 
o Há extrema atresia de folículos durante a vida. Mulheres normais, terão cerca de 400-500 
folículos primordiais sendo inteiramente desenvolvido. O processode atresia folicular é 
contínuo da vida fetal até a menopausa. 
2- Folículo primário: caracteriza-se pelo aumento do tamanho do oócito, formação da zona pelúcida e 
alteração na forma das células da granulosa de planas para ciuboides, sendo uma camada ao redor do 
oócito. 
a. Zona pelúcida: camada de mucopolissacarídeo, formado pelas células da granulosa. 
3- Folículo secundário: as células da granulosa se multiplicam e formam múltiplas camadas e gap 
junctions entre elas. 
a. Células mesenquimais estromais envolvem a lâmina basal e formam a camada tecal. A camada 
tecal é dividida em teca interna (atividade secretora) e teca externa. 
6ª-8ª semana de gestação: 
divisão mitótica das células 
germinativas primordiais 
em oogônias (6-7 milhões 
20ª semana)
Oogônias começão a se 
dividir por meiose, parando 
em prófase, formando os 
oócitos (5 milhões na 24 
semana)
Oócitos ficam dessa forma 
até o momento da 
fecundação
THIAGO PRATA- UFS- FISIOLOGIA ENDÓCRINO 
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4- Folículo antral: Um onda de desenvolvimento dura 85 dias. Há desenvolvimento tônico ou lendo sob 
ação do FSH e aparecimento do antro folicular, preenchido por líquido. 
5- Folículo pré-ovulatório ou folículo de DE GRAAF: é marcado pela periferização do oócito e formação 
da cumulus oophurus, envolvendo o oócito por células da granulosa. 
6- Recrutamento folicular: 
 
 
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1.2-2. Seleção e dominância folicular 
 O folículo selecionado é diferenciado estrutural e funcionalmente. 
 Ele presenta maior capacidade de proliferação das células da granulosa e produção de estrogênio 
(armazena mais dele no líquido antral), tem maior sensibilidade ao FSH, expressa receptores de LH na 
células da granulosa e produz fatores, como inibina e VEGF (fator de crescimento endotelial vascular). 
o Em um período do ciclo ovariano, há queda de FSH e aumento do estrogênio. 
o O VEGF produzido pela ação do FSH é importante por criar uma vascularização mais rica ao 
redor dos folículos selecionados. 
o O folículo selecionado também inibirá o desenvolvimento de outros. 
1.2-3. Ovulação 
 É o processo de ruptura folicular e sucessiva expulsão do oócito juntamente com a zona pelúcida, 
cumulus oophurus e parte do líquido folicular. 
 O LH induz a continuação da meiose que será completa com a fecundação. Além disso, o LH promove 
a expansão do cumulus oophurus, estimula a síntese de progesterona e de prostaglandinas e inicia o 
processo de luteinização da granulosa. 
o Prostaglandinas auxiliam na expulsão do oócito do óvulo. 
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1.2-4. Formação e regressão do corpo lúteo 
 
 
 
 
2.0- OS HORMÔNIOS OVARIANOS 
2.1- Estrogênios 
 Três deles são os mais importantes nas mulheres: 
o β-estradiol- mais importante; é secretado por ovórios e, em menor quantidade, adrenal. 
o Estrona- é secretado em pequena quantidade pelos ovários, origina-se principalmente dos 
androgênios em tecidos periféricos; 1/12 da potência do estradiol 
o Estriol- estrona e estradiol são convertidos no fígado, formando estriol 1/80 mais fraco que o 
estradiol 
2.2- Progestágenos 
 A progesterona é o progestágeno mais concentrado na circulação sanguínea e o mais importante. 
Produzido na zona reticular da adrenal e nos ovários. 
2.3- A biossíntese dos esteroides sexuais 
 O colesterol para biossíntese dos hormônios esteroides sexuais é proveniente das proteínas plasmáticas 
(LDL, IDL, VLDL...), biossíntese no fígado ou a partir da síntese no próprio ovário. 
 O principal hormônio produzido depende da maquinaria enzimática da célula. 
 Passo a passo da biossíntese: 
1- O colesterol é transportado para a membrana interna da mitocôndria pela proteína StAR. 
2- O colesterol sobre clivagem da sua cadeia lateral pela enzima scc transformando-se em 
pregnenolona. 
3- As duas etapas anteriores ocorrerem na teca interna (durante toda fase folicular), nas células da 
granulosa (durante a fase folicular tardia) e nas células luteínicas. A partir desse ponto, a 
pregnenolona pode tomar duas vias: a via delta-4 (δ-4) ou via delta-5 (δ-5). CONSULTAR 
IMAGEM. A via δ-4 é a preferencial das cél luteínicas, já a via δ-5 é a preferencial da teca interna. 
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4- A androstenediona é secretada na circulação sistêmica, podendo ser convertida a testosterona ou 
estrona nos tecidos periféricos ou a testosterona nos ovários. 
5- A enzima aromatase é chave para a conversão de androstenediona em estrona e testosterona em 
estradiol. No fígado estrona e estradiol são convertidos à estriol. 
2.4- O transporte dos esteroides sexuais 
 Por ser um hormônio lipossolúvel, os estereoides necessitam ser carreados por proteínas plasmáticas, 
como albuminas e globulinas. 
 Menos de 10% está livre no plasma (forma biologicamente ativa). 
 Globulina ligante de esteroides sexuais (SHBG)- estoides possuem grande afinidade 
 Proteína ligante de cortisol (CBG) –principal proteína carreadora de progesterona. 
2.5- Síntese dos hormônios não-esteroides 
 Inibina: é um hormônio não-esteroidal que é produzido e secretado pelas céluas da granulosa no ovório, 
sendo estimulado pelo FSH. A inibina realiza feedback negativopara a síntese de FSH. 
 Ativina: tem ação oposta à inibina sobre a secreção de FSH. 
 Folistatina: provavelmente, inibe a síntese e secreção de FSH, inibindo a ação da ativina. 
 Relaxina: é produzida pelas células granulosas luteinizadas do corpo lúteo. Sua secreção é estimulada 
pela gonadotrofina coriônica e tem como ação mais conhecida o relaxamento dos ligamentos pélvicos 
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e amolecimento do colo uterino durante a gestação. Além disso, podemos citar o aumento da síntese 
de glicogênio e da captação de água pelo miométrio e diminuição da contração uterina.O pico de 
relaxina ocorre logo após o pico de LH pré-ovulatório. 
2.6- O controle da secreção de esteroides ovarianos pelas gonadotrofinas 
2.6-1. O modelo duas células-dois hormônios 
 
 
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 Mecanismo de feedback positivo: O aumento do 
número de receptores de FSH e de sua ação na granulosa 
amplifica ainda mais o crescimento do folículo, a 
atividade da aromatase e a produção de estrogênios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.7- O controle da secreção de gonadotrofinas pelos esteroides ovarinos e pelo GnRH 
2.7-1. Origem do GnRH 
 Os neurônios produtores de GnRH se encontram no núcleo arqueado e área pré-óptica medial do 
hipotálamo. De lá, dirige-se a eminência mediana, onde é secretado no plexo primário do sistem porta-
hipofisário, de onde alcança os gonadotrofos via vasos porta longos. Nos gonadotrofos, GnRH 
estimula a secreção de LH e FSH. 
2.7-2. A secreção pulsátil de GnRH e gonadotrofinas 
 A secreção de LH e FSH é pulsátil por conta da secreção também pulsátil de GnRH. Esse mecanismo 
evita a dessendibilização dos receptores destes hormônios nas células-alvo. 
o Importante!! Para o tratamento de tumores de próstata e endometriose, usa-se um tratamento 
contínuo de GnRH que sessensibiliza seu receptores nos gonadotrofos, diminuindo ou 
eliminando a secreção de LH e FSH. Estes têm função trófica. Sem a sua presença, endométrio 
e próstata atrofiam. 
2.7-3. O controle da liberação de GnRH por neurotransmissores/neuromoduladores 
2.8- O controle da liberação de gonadotrofinas por retroalimentação de esteroide 
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 Feedback negativo de estrogênio e progesterona: Eles atuam na adeno-hipófise alterando a síntese de 
receptores para GnRH, inibindo a secreção de LH. Os estrogênios também agem no hipotálamo, 
diminuindo a secreção pulsátil de GnRH. Isso se dá através da inibição direta da secreção; 
indiretamente, estimulando neurônios que modulam negativamente a secreção de GnRH; e diminuindo 
as interações sinápticas entre neurônios moduladores e os liberadores de GnRH. 
 Feedback positivo: durante o final da fase folicular e toda fase ovulatória, o aumento gradual e depois 
agudo de secreção de estrogênios estimula, na hipófise, a proliferação de gonadotrofos, a síntese de 
LH e receptores de GnRH bem como de próprios estrogênios. Além disso, os estrogênios aumentam a 
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síntese de GnRH no hipotálamo. A síntese de LH e GnRH não acompanha a sua secreção, havendo 
um grande estoque deles que é liberado na pré-ovulação. 
o O próprio GnRH acaba auxiliando os esteroides a produzir receptores para ele mesmo, 
garantindo resposta mais vigorosa. 
o Os estrogênios induzem a síntese de receptores de progesterona nos gonadotrofos, permitindo 
a ação desta. 
o A progesterona causa o pico de LH e FSH porque interage com receptores de neurônios 
excitatórios no hipotálamo, liberando GnRH. 
o Após a ovulação progesterona e estrogênios, voltam a realizar feedback negativo. 
2.9- O ciclo uterino e a mestruação 
 
 A função do ciclo ovariano é: induzir o crescimento do folículo e a ovulação; aumentar a receptividade 
sexual no folículo e no ovário; preparar o sistema reprodutor feminino para a gestação. 
 A diminuição da ação de andrógenos e estrógenos provoca alterações vasculares devidas ao aumento 
da síntese de prostaglandinas, que induzem a isquemia das arteríolas espirais e necrose do tecido 
uterino. A descamação do tecido acompanha sangramento de 2 a 5 dias. 
 Por volta do 4º dia do ciclo ovariano, o endométrio começa a proliferar-se e aumentar de tamanho por 
ação de esteroides. Esse processo acompanha angiogênese e foração das glândulas endometriais 
2.10- Ações dos esteroides ovarianos em órgãos reprodutivos 
2.10-1. Útero 
 O endométrio é dividido em duas partes: (1) camada basal- não sobre alterações; está em contato com 
o miométrio. (2) cada funcional: que reveste o útero internamente. 
 No início da fase folicular ovariana, as quantidades de estrogênios começam a crescer. Esse 
crescimento aumenta a síntese proteica, assim como o miométrio e as células estromais e epiteliais. 
o Desenvolvem-se também novas glândulas endometriais e vasos sanguíneo. 
 As glândulas endometriais secretam um muco fino e filamentoso. 
o Há aumento da retenção de água e eletrólitos, que tornam o órgão edemaciado. 
o Eles ainda aumentam a contratibilidade do miométrio (em parte, por conta da maior expressão 
de receptores de ocitocina) e induzem a expressão de receptores de progesterona. 
o No colo do útero, há relaxamento e abertura dos óstios. 
 Na fase secretora ocorre: 
o Ação dos estrogênios: aumento do endométrio, preparando-se para a implantação do ovo. 
o A progesterona passa a estimular a atividade das glândulas endometriais, que produzem o “leite 
uterino” (composto rico em proteínas aminoácidos e açúcares) coma função de nutrir o 
embrião. 
o A progesterona estimula o desenvolvimento das artérias espiraladas 
o A progesterona reduz a contratibilidade do miométrio e torna o colo mais firme, fechando-o. 
2.10-2. Trompas 
 As trompas têm por função a captação e transporte do óvulo. 
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 Os estrogênios causam proliferação do tecido glandular e do revestimento epitelial, aumentando o 
número de células e cílios e na atividade secretora. Os movimentos ciliares, atividade secretora e 
contrátil muscular aumentam com o propósito de levar o óvulo para o útero, encontrando-se com o 
espermatozoide na ampola. 
 A progesterona, que atinge seu pico no pós-ovulação, provoca diminuição do número de células de 
revestimento, no número e na atividade dos cílios e na atividade secretora, de forma que o volume, 
bem como as quantidades de açúcar e proteína do líquido, é diminuído. 
 Desequilíbrio de hormônio ovarianos: 
o Altas doses de estrogênios podem, por consequência da grande mobilidade de cílios e 
contrações musculares, expulsar o concepto prematuramente. 
o Altas concentrações de progesterona, como é o caso da “pílula do dia seguinte”, pode dificultar 
a fecundação por diminuir os batimentos ciliares e a atividade contrátil. 
2.10-3. Vagina 
 A vagina possui 4 epitélios (e o que indica sua predominância no exame citológica) 
o As células superficiais: ação estrogênica 
o As células intermediárias: predominam sob altas concentrações estrogênicas. 
o As células parabasais- concentrações baixa de estrogênio 
o Células basais- concentrações baixa de estrogênio menopausa e período pré-puberal. 
 Os estrogênios aumentam a espessura da mucosa vaginal. Além disso, a síntese de glicogênio é mais 
intensa, fermentando glicose a ácido lático. O ácido diminui o PH vaginal, prevenindo infecções e 
traumatismos. 
2.10-4. Muco cervical 
 O muco cervical é produzido pelas glândulas do colo uterino, sendo composto predominantemente por 
água (92-98%), sais, açúcares, polissacarídeos, proteínas e glicoproteínas. Tem pH alcalino e funcionacomo uma barreira para microrganismos e regular o acesso de espermatozoides da vagina para o útero. 
 Os estrogênios estimulam a produção de quantidade abundante de muco aquoso, liso, transparente e 
com poucas células. Ele facilita o acesso dos espermatozoides. 
 A progesterona atua diminuindo a quantidade de muco secretada, tornando-o mais espesso, turvo, 
granulado, viscoso e celular. Dificulta a movimentação de espermatozoides. 
2.10-5. Glândulas mamárias 
 Sob ação dos estrogênios, as mamas ficam maiores por aumento do estroma, crescimento dos ductos 
e deposição de gordura. Ainda há aumento dos receptores de progesterona. 
 A progesterona aumenta a arborização e o comprimento dos ductos, acelera o desenvolvimento dos 
alvéolos e causa retenção de líquido edemaciando as mamas. 
 
 
2.11- Outras ações dos esteroides ovarianos 
2.11-1. Temperatura corporal 
 Imediatamente após a ovulação, a progesterona aumenta a temperatura corporal em torno de 0,5-0,6ºC, 
mantendo-se assim até o final da fase lútea. 
 Durante a menopausa também ocorrem alterações no controle da temperatura. Nela, 75% das mulheres 
apresenta ondas de calor, vasodilatação periférica e sudorese. Esse problema é facilmente resolvido 
com estrogenioterapia. 
 Os episódios de calor são seguidos de grande liberação de LH e GnRH. 
2.11-2. Tecido ósseo 
 Durante a puberdade, os estrogênios atuam nas cartilagens epifisárias dos ossos longos, inicialmente 
acelerando o crescimento ósseo e em seguida fechando as cartilagens. 
 Os estrogênios agem inibindo a atividade osteoclástica, sendo antagonistas do paratormônio. 
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 No climatério e na menopausa, os níveis de estrogênios despencam, causando desequilíbrio na ação 
inibitória. O resultado é a maior probabilidade de desenvolvimento de osteoporose. 
2.11-3. Sistema cardiovascular 
 Os hormônios esteroidais induzem o aumento de NO, um grande vasodilatador. 
 Causam alterações no metabolismo de lipídeos, diminuindo o risco de obstrução vascular. 
 Aumenta-se também a permeabilidade do endotélio, fazendo água e eletrólitos se dirigirem para o 
interstício (ação edemaciante). 
 Aumentam o fluxo sanguíneo, reduzem a fragilidade capilar e diminuem a concentração de entotelina, 
um importante vasoconstritor. 
2.11-4. Sistema nervoso central 
 A variação da secreção de estrogênios parece ser responsável, pelo menos em parte, pelos distúrbios 
de humor que caracterizam a chamada tensão pré-menstrual (TPM). 
 Os hormônios estrogênios têm ação antidepressiva per se, além de afetarem a resposta a drogas 
antidepressivas. 
o São pró-convulsivantes 
o Há melhora da função cognitiva (memória e aprendizadem), funções motoras e funções 
sensoriais. 
 Aumento de espinhas dendríticas no hipocampo em ratas com estimulação de 
estrogênio. 
 A progesterona tem efeitos ansiolítico e tranquilizantes. Na TPM, o corpo lúteo regrediu e a 
progesterona está em baixa, deixando mulheres mais ansiosas. 
o Além disso, apresenta efeitos anestésicos e anticonvulsivantes. 
2.11-5. Metabolismo de lipídeos 
 Os estrogênios facilitam a deposição de gordura principalmente na região dos quadris e da mama. 
Importante durante a puberdade. 
2.11-6. Síntese proteica 
 Estimula a síntese de proteínas carreadoras de hormônios sexuais (SHBG, CBG e TBG) no fígado. 
Estrogênios são levemente anabólicos, diminuindo o apetite e a progesterona fracamente catabólica. 
2.11-7. Rim 
 A progesterona compete com a aldosterona pelo seu sítio receptor nos túbulos renais. Aumenta-se a 
secreção de aldosterona e angiotensinogênio. 
2.11-8. Respiração 
 A progesterona aumenta a resposta ventilatória ao CO2. Na gestação e na fase lútea do ciclo menstrual, 
há redução da PCO2 arterial e alveolar. 
2.11-9. Coagulação sanguínea 
 Estrogênio aumenta a disponibilidade de plasminogênio e fatores de coagulação, diminuindo a 
antiprotrombina e adesão plaquetária 
 
2.12- Funções da prolactina na função reprodutiva 
 Existe uma possível ação da prolactina na maturação folicular e no desenvolvimento oocitário. 
2.13- Estresse e função reprodutiva 
 Estímulos estressores crônicos hiperativam o eixo o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), 
liberando um excesso de cortisol. Em mulheres com hiperatividade do eixo HPA pode haver supressão 
do ciclo menstrual, conhecida como amenorreia hipotalâmica funcional ou anovulação crônica 
hipotalâmica funcional, caracterizada pela quiescência ovariana, amenorreia e infertilidade. Há 
evidências de que a infertilidade esteja ligada a diminuição da atividade do pulso gerador de GnRH. 
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 Estímulos estressores agudos, associados à pré-condição hormonal favorável a ovulação, poderiam 
antecipar a ovulação. 
3.0- PUBERDADE E MENARCA 
 Sinais da puberdade: crescimento linear, brotamento e desenvolvimento das mamas, aumento dos 
pequenos e grandes lábios da genitália externa, a produção de secreção vaginal transparente ou 
ligeiramente esbranquiçada antes da menarca, o surgimento de pelos pubianos e axilares e o 
crescimento do útero e do ovário. 
 A instalação da puberdade envolve a adrenarca e alterações da atividade ovariana. 
 O período de infância até o início da puberdade é marcado pela quiescência do eixo hipotálamo-
hipófise-ovário, de modo que as secreções de LH e FSH e esteroide ovarianos são muito baixas. 
4.0- CLIMATÉRIO E MENOPAUSA 
 O climatério é decorrente do declínio da função ovariana. Nesse período há ciclos menstruais 
irregulares devidos à alteração da fase folicular. Observa-se o aumento da secreção de LH e FSH. 
 O climatério inicia-se na quarta semana de vida até a última menstruação (próximo aos 50 anos de 
vida). 
 Após a menopausa, a mulher perde os efeitos protetores do estrogênio.

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