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Nome: Thiago Silva Rodrigues Nº matrícula:11711GEO239 Disciplina:História do Pensamento Geográfico Turma:☐Noturno ☐Diurno Prof. Dra Rita de Cássia Martins de Souza Referências Bibliográficas BERDOULAY, Vincent. A Abordagem Contextual. Revista Espaço & Cultura, Rio de Janeiro: UERJ. Nota: publicado originalmente como The Contextual Approach, em Geography, Ideology and Social Concern, organizado por D.R. Stoddart. London: Blackwell, 1981., v. 16, p. 47–56, dez. 2003Tradução Márcia TRIGUEIRO. . Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/7763/5611>. Acesso em: 15 abr. 2017. Destaques “ A história da geografia é um repositório de idéias sobre a relação entre homem e natureza. Ela é um relato do homem tentando compreender seu mundo. Em outras palavras, reflete amplamente o conhecimento da consciência humana”(BERDOULAY, 2003, p.47.) “ O erro é visto como algo maléfico, que atrapalha o desenvolvimento da ciência, conseqüentemente pouca atenção é dada a contextos históricos ou ambiências intelectuais, de vez que o foco está assentado na evolução interna de cada ciência.”(BERDOULAY, 2003, p.47.) “ De fato, a tendência que tornou dominante no sistema universitário – como a de Vidal de La Blache na França - é considera como a principal corrente da melhor pesquisa, como a tendência “boa”, “superior”...” (BERDOULAY, 2003, p.48.) “ Os trabalhos de Richard Hartshorne (1939, 1968 ) – por mais atentos que possam ser – fornecem um bom exemplo das armadilhas dessa abordagem. Logo que o autor identificou qual era a “boa” ou “correta” idéia de geografia, ele a remota a Kant, Humboldt e Ritter.” (BERDOULAY, 2003, p.48.) “ Afirma-se que a construção de teorias ou modelos baseados em técnicas quantitativas é a única abordagem válida, porque ela permite uma rápida acumulação de conhecimento e porque se baseia em um desenvolvimento interno da disciplina rigoroso, isento de valores e lógico.Nos exemplos acima, a história da geografia é interpretada e distorcida a fim de justificar posições metodológicas ou epistemológicas específicas.” (BERDOULAY, 2003, p.48.) “ Outras abordagens procuram ser pluralistas diversas “tradições” ou “correntes” geográficas são identificadas, e sua respectiva evolução é mapeada ao longo da história” (BERDOULAY, 2003, p.48.) “ Desenvolvida na virada do século na Europa, particularmente na França, por autores como Henri Poincaré (1902, 1905) e Pìerre Duhem (1906), essa abordagem às vexes é denominada de “convencionalismo”, no sentido de que ela realça a natureza convencional das teorias.” (BERDOULAY, 2003, p.48.) “ Na verdade, cada vez mais se reconhece que fatores “externos” ao desenvolvimento do pensamento geográfico devem receber a devida consideração (HOOSON, 1968, CLAVAL, 1972, GRANO, 1977)” (BERDOULAY, 2003, p.49.) “ A visão de mundo de um cientista fornece uma explicação para seu quadro de referências, mas não pode justificar todas as iniciativas específicas tomadas por ele.”(BERDOULAY, 2003, p.49.) “ Outra abordagem, que apresenta mais similaridades com a anterior do que se pensaria inicialmente, consiste em salientar as condições socioeconômicas de uma época para explicar a emergência de novas idéias científicas” (BERDOULAY, 2003, p.49.) “ ... esse efeito constritor de fatores externos sobre internos lembra o determinismo simplista que foi defendido sem muito sucesso por Griffith Taylor (1957) e, assim, não anima o historiador do pensamento geográfico a voltar-se para esse tipo de abordagem.” (BERDOULAY, 2003, p.50.) “ Não obstante, a importância da contribuição de Kuhn foi acentuar a natureza social-cognitiva da ciência e propor um modelo de sua dinâmica social.” (BERDOULAY, 2003, p.50.) “ A convergência desses interesses com os de planejadores e historiadores da ciência levou a uma profusão de novas publicações sobre aquilo que freqüentemente é chamado de ciência da ciência, ou estudo social da ciência (HAHN, 1975). Deste modo, ela levanta questões interessantes que mal foram abordadas na literatura sobre a história da geografia, tais como o status desigual da geografia entre os “países em desenvolvimento”, a difusão de conceitos geográficos através das fronteiras, o deslocamento, de um país para outro, ao longo do tempo, de centros inovadores, e o papel de várias instituições influenciando a orientação da pesquisa geográfica.” (BERDOULAY, 2003, p.51.) “ O estudo da institucionalização – como um processo – auxilia a trazer o foco da pesquisa para a conjunção dos fatores internos e externos” (BERDOULAY, 2003, p.51.) “ È imperativo colocar maior ênfase em ideologias do que em instituições.” (BERDOULAY, 2003, p.52.) “ ... a abordagem consiste menos em examinar a possível “influencia” de uma idéia do que em verificar as razões que estão por trás da “demanda” ou “uso” dessa idéia. Toulmin (1972) chegou a um,a conclusão similar nas suas reflexões filosóficas sobre conhecimento.” (BERDOULAY, 2003, p.52.) “ A abordagem contextual, quase sem formalização como se encontra, serve como uma moldura abrangente para analisar a conjunção da lógica interna e do conteúdo da ciência com o contexto no qual o cientista está situado. ” (BERDOULAY, 2003, p.52.) Visão geral Podemos abduzir da obra colocada em estudo que, nenhuma abordagem, teoria ou conceito, vislumbrados em separado, ou seja, isoladamente, possui a capacidade de explicar a realidade. Deve-se, portanto, o geógrafo, aparelhar-se de uma gama conceitual, isto é, de um sistema de conceitos, categorias e variáveis, de modo a poder abordar a problemática, contudo, deve o pesquisador revisar a produção teórica a cada passo do processo. Por consequência, deve a produção teórica ser vista, analisada e reanalisada, arguida com criticidade e bases argumentativas, em dialogia com própria disciplina e de forma interacionista e interdisciplinar com os demais campos do conhecimento, assim como da própria vivência contextual vivenciada pelo autor. Resumo do autor. Enfatizamos as palavras de Berdoulay através de seus estudos desenvolvidos no presente artigo quando da elaboração do resumo de apresentação. O estudo, ora desenvolvido, “... DESTINA-SE A CONTRIBUIR PARA A ELABORAÇÃO DE UMA ABORDAGEM CONTEXTUAL À HISTÓRIA DA GEOGRAFIA. INICIALMENTE, ENFATIZA-SE A IMPORTÂNCIA DE SE CONSIDERAR O CONTEXTO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO. DEPOIS, É EXAMINADA, À LUZ DE HISTORIOGRAFIA DA CIÊNCIA, A DIFICULDADE DE ESTABELECER COMO O CONTEXTO INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO DA GEOGRAFIA, PARA QUE, FINALMENTE, A NATUREZA DE UMA ABORDAGEM CONTEXTUAL SEJA DELINEADA EM SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS.” (BERDOULAY, 2003, p.47) Base do pensamento metodológico Escola Geográfica Principais características Alguns dos Representantes Positivista Tradicional Determinista ambiental O espaço geográfico estruturou-se a partir das relações que se dão entre o homem e a natureza, comandadas pela última. As características intrínsecas do meio natural são responsáveis pelos diferentes formas e níveis de organização das sociedades. As condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Friedrich Ratzel Ellen Churchill Semple Possibilista O espaço geográfico estruturou-se a partir das relações que ocorrem entre o homem e a natureza, onde a natureza sofre a ação do homem. A natureza é considerada como fornecedora de possibilidade para se quiser o homem poderá modificá-la a seu favor. Paul Vidal de La Blache Lucien Febvre Concepção regional (Método Regional) Estudos das diferenciações das áreas. Os espaços eram divididos em classes de área, nas quais os elementos mais homogêneos determinariam cada classe, e assim as descontinuidades destes trariam as divisões das áreas. Focalizando assim o estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto de geografia. Richard Hartshorne Alfred Hettner Saskia Sassen Paul Vidal de La Blache Neo-positivistaPragmática (Quantitativa ou Teorética ou Nova geografia) Utilizou-se da situação de pobreza e miséria existente nos países subdesenvolvidos para legitimar o expansionismo das industrias Norte-americanas e europeias no mundo subdesenvolvido, quando afirmava que a pobreza e o subdesenvolvimento era um estágio superável a partir de adoção de políticas de planejamento do espaço a partir do uso de estudos com base em métodos matemático-estatísticos, que ao serem analisados serviriam para orientar a ações do homem sobre a natureza, em regiões (países) que fossem economicamente viável para o estado capitalista. David Harvey Materialismo Histórico e Dialética Marxista Crítica / Radical (ou marxista) O espaço geográfico é visto como a própria sociedade (especializada), fruto da reprodução do modo capitalista de produção. Critica o empirismo exacerbado da Geografia Tradicional e todas as outras decorrências da fundamentação positivista, o apego as velhas teorias, e criticava ainda, dentre muitas coisas colocadas pelas correntes anteriores, a despolitização ideológica do discurso geográfico, que afastava do âmbito dessa disciplina a discussão das questões sociais. Luta pela conscientização da população e defesa do saber como instrumento de mudança da realidade das classes menos favorecidas. Élisée Reclus Caio Prado Júnior Gueorgui Plekhanov Yves Lacoste Milton Santos Tabela elaborada com base no conteúdo disponibilizado no conteúdo disponibilizado em meio digital nos portais: - Wikipédia <https://www.wikipedia.org/>; e, - Academia.edu <http://www.academia.edu/9102144/ASSUNTO_PRINCÍPIOS_GEOGRÁFICOS. Para melhor entender o texto Zeitgeist significa: espírito de época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. É uma palavra alemã. O Zeitgeist é o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo. Episteme: na filosofia grega, esp. no platonismo, o conhecimento verdadeiro, de natureza científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida. No pensamento de Foucault 1926-1984, o paradigma geral segundo o qual se estruturam, em uma determinada época, os múltiplos saberes científicos, que por esta razão compartilham, a despeito de suas especificidades e diferentes objetos, determinadas formas ou características gerais (O surgimento de uma nova episteme estabelece uma drástica ruptura epistemológica que abole a totalidade dos métodos e pressupostos cognitivos anteriores, o que implica uma concepção fragmentária e não evolucionista da história da ciência).
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