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Apostila de Direito Internacional Comple

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Apostila de Direito Internacional 
Direito Internacional Público 
Professor: Maxwilian Novais Oliveira 
10º Direito 
 
Observando-se que cada Estado é soberano, vislumbramos a existência de 
uma ordem interno que regula de forma centralizada o poder. Todavia, no 
âmbito do Direito Internacional, a supremacia que o Estado possui em seus 
Direitos Internos, não são usufruídos, na realidade no Direito Internacional eles 
são pautados pela coexistência de um mundo de soberanias múltiplas. 
 
Assim, ao contrário do Direito Interno, o Direito Internacional não se identifica 
na centralização do ordenamento jurídico, quer seja em torno de um único país 
dominante, quer seja em torno de uma instituição internacional universal. Trata-
se, portanto, de uma ordem jurídica na qual não se pode buscar, ou encontrar, 
as mesmas características dos ordenamentos jurídicos internos. Como não 
pode ser descrito nos mesmos termos dos ordenamentos jurídicos internos, o 
Direito Internacional chega, até mesmo, a ser negado por alguns teóricos. 
 
Denominação do Direito Internacional Público (Natureza Jurídica) 
 
No direito brasileiro a denominação da disciplina é Direito Internacional Público, 
em francês a expressão é droit International Public e em inglês International 
Law. Em alemão a denominação mais tradicional é Völkerrecht, que vem sendo 
substituída pela expressão Internationales Recht. 
 
droit International Public: Direito Internacional Público 
International Law: Direito Internacional 
Völkerrecht: Direito das gentes ou Direitos dos Povos 
Internationales Recht: Direito Internacional. 
 
A expressão em língua portuguesa e francesa possui o mesmo sentido, 
indicando que trata-se de um Direito sendo, portanto, uma ordem jurídica 
normativa voltada a regular condutas, sendo internacional porque é aplicado às 
relações entre nações. Por fim, é pública porque se refere às unidades políticas 
organizadas na forma de Estados. 
Assim, a expressão adotada no Brasil, portanto, parece favorecer a tendência 
interestatalidade, na medida em que ressalta o caráter público, o qual, ao cabo, 
se refe aos Estados. 
 
Origens 
 
Desde a antiguidade que os historiadores conseguiram constatar as relações 
entre as unidades políticas de Estados Independentes, como o tratado de 
Kaddesh, de 1258 a.C., entre Ramses II, do Egito, e Hattuli II do povo Hititas. 
Para alguns doutrinadores o marco inicial das relações internacionais mais 
modernas é o tratado de “Paz de Vestefália”, que se deu em 1648 pondo fim a 
guerra dos trinta anos e a guerra dos oito anos, partindo do princípio da 
igualdade jurídica entre os Estados. 
 
É inegável também a influência de três grandes doutrinadores Francisco de 
Vitória com relação a expansão marítima da península ibérica (Portugal e 
Espanha) impondo direito aos habitantes das Índias, Francisco Suárez que 
seguiu o mesmo pensamento de Francisco Vitória continuando a obra desde 
historiador e o holandês Hugo Grócio que publicou uma obra (Do Direito da 
Guerra e da Paz). 
 
A importância de Francisco de Vitória, Francisco Suárez e Hugo Grócio para a 
formação do pensamento e jusinternacionalista é tão destacada, que seria 
muito difícil e, seguramente, injusto, laurear um fundador único. Todos, a seu 
tempo e seu modo, lançaram bases do Direito Internacional Público. 
 
SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
 
O que são sujeitos de Direito? São pessoas, físicas ou naturais, às quais o 
ordenamento jurídico imputa capacidade de ser o titular de direitos e 
obrigações, bem como de exercer esses mesmos direitos. 
 
No Direito Internacional Público Também existem sujeitos que fazem parte 
dessa ordem jurídica internacional. Tradicionalmente, apenas os Estados 
figuram como sujeitos de direito internacional público, se limitando esses entes 
dotados de soberania a capacidade internacional de ser sujeito de direitos e 
deveres. 
 
Todavia, o Estado não é o único sujeito do Direito Internacional Público. 
Recentemente passou a existir outros entes jurídicos que passaram a ser 
considerados como sujeitos do Direito Internacional. 
 
Assim, podemos dizer que o Sujeito do Direito Internacional Público é uma 
entidade jurídica que goza de direitos e obrigações previstos pelo Direito 
Internacional e que tem capacidade de atuar na esfera internacional para 
exercê-los. 
Diante dessa sucinta abordagem chegamos aos seguintes sujeitos do Direito 
Internacional Público: 
 
Estados: os Estados são sujeitos primários da sociedade internacional, sendo 
considerado o mais importante dos sujeitos do Direito Internacional Público, 
permanecendo em um patamar mais elevado aos demais sujeitos, isto porque 
os Estados são os criadores das normas internacionais e os próprios 
destinatários delas. 
 
OBS.: Não se deve confundir Estado com Nação. A nação pode ser 
compreendida por meio das concepções subjetivas e objetivas. Para que haja 
uma Nação é necessário que a massa humana apresente elementos que unam 
os seus membros (objetivista), tal como identidade de origem, de tradições e 
costumes, de raça, de idioma, de cultura, de história e de religião, além de se 
manifestar a vontade de viver em conjunto (subjetivo). Já o Estado em sua 
concepção não necessita que a massa humana apresente qualquer unidade de 
origem, cultura, tradição, raça ou língua; é necessário apenas existir uma 
população estabelecida em um território definido, organizada por um governo 
soberano capaz de manter relações internacionais. 
 
Organizações Internacionais: são entidades jurídicas constituídas por acordo 
firmado entre Estados que possuem personalidade jurídica própria. Essas 
Organizações assim definidas podem celebrar tratados com Estados, bem 
como com outras organizações internacionais. Essas organizações são criadas 
através de tratado internacional e por essa razão são considerados sujeitos 
secundários da sociedade internacional. São exemplos de Organizações 
Internacionais a ONU (Organização das Nações Unidas), OIT (Organização 
Internacional do Trabalho), a OEA (Organização dos Estados Americanos), a 
OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), entre outras. Elas 
tiveram início no início do século XX, porém após a 2ª Guerra Mundial elas se 
proliferaram com mais nitidez, se destacando hoje nas mais diversas áreas, 
quais sejam, sociais, políticas, econômicas, científica, humanitária, etc. 
 
O Indivíduo: esse sujeito é a própria sociedade mundial de forma 
individualizada. Isso é decorrente as constantes e irremediáveis violações dos 
direitos humanos cometidos durante a 2ª Guerra Mundial pelos próprios 
Estados. É bem verdade que os ordenamentos jurídicos internos dos Estados 
já consagram esses direitos através dos direitos e individuais, a sociedade 
internacional percebeu que seria necessário arquitetar mecanismos 
internacionais de proteção da pessoa humana. 
 
Organizações não – governamentais: são entidades jurídicas privadas com 
finalidade geralmente políticas, sociais e técnicas que, apesar de terem 
personalidade jurídica de direito interno, participam e se manifestam 
ativamente na sociedade internacional. Para grande parte da doutrina não é 
considerada sujeito de Direito Internacional de Direito Público, mas atores da 
sociedade internacional. Em regra elas atuam na sociedade como forças de 
pressão em defesa de um determinado objeto, sobretudo em questões de 
proteção ao mei ambiente e dos direitos humanos. 
 
Santa Sé, Cruz Vermelha e a Ordem de Malta: A Santa Sé é a expressão 
jurídica internacional da Igreja Católica Apostólica Romana. Ela é considerada 
um sujeito de direito Internacional, pois a Itália em 1929, reconheceu através 
do Tratado de Latrão a soberania da Santa Sé no domínio Internacional, com 
os atributos inerentes à sua natureza. Além disso, ela também foi reconhecida 
como uma entidadeque possui representação diplomática, ativo e passivo, 
segundo as regras gerais de direito internacional, ou seja, a Santa Sé possui 
tanto a capacidade de celebrar tratados internacionais como de enviar e 
receber representações diplomáticas. Devido a essa soberania da Santa Sé o 
Vaticano passou a ser considerado como Estado. A Cruz vermelha foi 
oficialmente criada em 1863 por Henri Durant em função da crueldade 
praticada na Batalha de Solferino em 1859. O seu objetivo é prestar assistência 
imparcial às vítimas de guerras e de conflitos armados. Alguns doutrinadores 
dizem a o Direito Humanitário teve sua origem na Criação da Cruz Vermelha. 
Segundo o Doutrinador Jorge Miranda, apesar da Cruz Vermelha não ter sido 
instituída por um tratado e de também atuar por meio de sociedade nacionais 
com personalidade jurídica de Direito Interno, a sua relevância na Ordem 
Jurídica internacional aponta para a sua qualificação como sujeito de Direito 
Internacional, porém com capacidade limitada. A convenção de Genebra de 
1949 sobre a Proteção das Vítimas de Guerra confia à Cruz Vermelha tarefas 
protetoras que, a princípio, caberiam aos Estados, o que revela seu caráter sui 
generis. De referir, por fim, que as pessoas e os locais protegidos com o 
símbolo da Cruz Vermelha gozam de proteção contra qualquer tipo de 
violência. A Ordem de Malta possui finalidade filantrópica e assistenciais, ela 
sucede a antiga Ordem de São J oão de Jerusalém surgida em 1070. Apenas 
cerca de 20 Estados e a Santa Sé consideram a Ordem de Malta como sujeito 
de Direito Internacional. 
 
O ESTADO 
CONCEITO: é uma organização política com a finalidade de manter a ordem 
social, política e jurídica, zelando pelo equilíbrio, paz, harmonia, num sentido 
maior, pelo bem estar - social dos administrados. 
A Convenção Internacional de Montevidéu sobre Direitos e Deveres do Estado 
em 1993 estabelece 4 requisitos para um Estado ser aceito como sujeito de 
Direito Internacional quais sejam: 1) ter um população permanente; 2) possuir 
um território definido; 3) possuir um governo; 4) ter capacidade para 
estabelecer relações com outros Estados. 
Elementos Constitutivos 
Povo: é conjunto de nacionais, natos ou naturalizados, do Estado, ainda que 
residentes no exterior, que representam o elemento pessoal do Estado. Não se 
deve confundir povo com população. População é o conjunto de indivíduos 
estabelecidos em caráter permanente no território do Estado, incluindo os 
estrangeiros e apátridas que se localizarem no território do Estado. 
Território: é a base física definida do Estado sobre a qual se estabelece o seu 
povo. É nessa porção espacial delimitada que o Estado exerce sua soberania. 
O território não compreende apenas a porção terrestre propriamente dita, como 
também as águas que nele se encontram (rios, lagos e lagoas), o subsolo 
respectivo, certos espaços marítimos adjacentes às suas costas (águas 
interiores e mar territorial), além do espaço aéreo sobrejacente a sua ao seu 
território terrestre e espaço marítimos estatais. Existem vários modos de 
aquisição do território de um Estado. Originário é aquele que foi adquirido sem 
a existência de um dono. Derivado é a aquisição de território submetido a 
competência do Estado. A ocupação e a acessão são modos originários e a 
cessão e conquista são modos derivados. Ocupação é o ato pelo qual um 
Estado toma posse de um território que não pertence a outro Estado, com o 
objetivo de submetê-lo a sua soberania (período das grandes navegações e 
descobrimentos). Acessão refere-se ao acréscimo ou a incorporação de uma 
massa terrestre ao território original do Estado seja por causa natural ou por 
causa da ação humana (geralmente ocorre por aluvião e formação de ilhas. A 
cessão ocorre através de um ato ou um tratado pelo qual um Estado adquiri um 
território em virtude de transmissão voluntária e definitiva por parte de outro 
Estado. A conquista consiste na transferência de parte do território de um 
Estado derrotado na término de uma guerra ao vencedor. 
Governo: é o conjunto de pessoas que exercem o poder político de um 
Estado, determinando suas orientações políticas para a sociedade. A forma e o 
regime de governo não interessam ao Direito Internacional, cabendo ao povo o 
modo que melhor entender. 
Soberania: Este elemento se revela através de três direitos, o primeiro o de 
celebrar tratados, o segundo de enviar e receber representantes diplomáticos e 
o terceiro o direito de fazer guerra. Atualmente a soberania é vista no poder 
que o Estado exerce de forma interna, no limite de seu território, mantendo em 
pé de igualdade com os demais membros da sociedade internacional nas 
relações internacionais. 
 
OBS.: Necessariamente para instituir um Estado como sujeito do Direito 
Internacional Público a existência dos 4 elementos de constituição. A 
ausência de qualquer um deles, será impossível reconhecer um Estado na 
esfera internacional. 
Classificação dos Estados. 
Os Estados se classificam da seguinte forma: Simples ou unitário e composto 
por coordenação 
Estado Simples ou unitário é aquele que é plenamente soberano nas suas 
relações exteriores, porém não existe uma divisão interna da autonomia. Essa 
não divisão da autonomia não impede a descentralização do poder. Ex.: 
Espanha, Portugal, Uruguai, França, Chile, Japão são exemplos de Estados 
Simples. 
Estados Composto por Coordenação: Formado por mais de um Estado, 
existindo uma pluralidade de poderes políticos internos. Há diversas espécies 
de Estados composto. 
A) A União pessoal, possível somente em Estados monárquicos, é a união de 
dois ou mais Estados sob o governo de um só rei. Em virtude de casamento ou 
sucessão hereditária, o mesmo monarca recebe a coroa de dois ou mais 
Estados. Exemplo: Espanha e Portugal, no período de 1580 a 1640, época em 
que o Brasil esteve sob o domínio espanhol, em razão de Felipe II ser o 
herdeiro das duas coroas. 
B) A União real, é a união de dois ou mais Estados sob o governo do mesmo 
rei, guardando cada um deles a sua organização interna, via de regra 
comungam dos mesmos interesses em matéria de negócios estrangeiros. 
Exemplo: Reino Unido de Portugal, Brasil e Algares, de 1815 a 1822 outro 
exemplo e a Dinamarca e a Islândia que durou de 1918 a 1944. 
c) A Confederação é a união permanente e contratual de Estados que se ligam 
para fins de defesa externa, paz interna e outras finalidades que possam ser 
ajustadas. Os Estados confederados conservam a soberania, guardando 
inclusive a possibilidade de se desligarem da União. Como adverte Sahid 
Maluf, “a tendência da Confederação é caminhar para uma penetração mais 
íntima, sob a forma federativa, ou dissolver-se”. Foi o que aconteceu com a 
Suíça, que ainda conserva formalmente o nome Confederação, e os Estados 
Unidos da América Inicialmente. O Exemplo mais recente é a CEI – 
Comunidade dos Estados independentes, resultante da dissolução da antiga 
URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). 
D) A Federação é a união de dois ou mais Estados para a formação de um 
novo, em que as unidades conservam autonomia política, enquanto a 
soberania é transferida para o Estado Federal. Exemplos: Estados Unidos, 
Brasil, Argentina, México. Na Federação não há possibilidade de secessão, e a 
base jurídica é uma Constituição. 
Reconhecimento do estado 
Para identificar a existência de um Estado enquanto pessoa jurídica de Direito 
Internacional precisam estar presentes os 4 elementos constitutivos do estado 
(povo, território, Governo e Soberania). Mas, para ele seja considerado um 
sujeito da sociedade internacional, com capacidade para exercer os seus 
direitos, contrair obrigações inerentes a essa condição, é necessário o seu 
reconhecimento por parte dos demais membros da sociedade internacional. 
Esse reconhecimento é o ato jurídico peloqual o governo de um Estado 
preexistente aceita outro ente como tal. O entendimento é que esse 
reconhecimento é um direito seu, uma vez presentes os elementos 
constitutivos. Logo, o não-reconhecimento apenas acontecerá nos casos em 
que o novo Estado tenha sido criado de forma irregular, em desconformidade 
com as normas de direito internacional. 
Reconhecimento do Governo 
O governo de um Estado pode ser de Direito (quando constituído nos termos 
da ordem constitucional) ou de fato (quando investido por força de revolução ou 
golpe de Estado). 
O reconhecimento de governo não se faz necessário quando a mudança do 
governo ocorre dentro dos moldes previstos na constituição, como exemplo nas 
eleições regulares. Todavia, quando ocorre a modificação de governo de 
formas anormais, como, por exemplo de uma revolução ou de uma guerra civil, 
ocorrendo uma violação da ordem constitucional do Estado, é preciso que o 
novo governo seja reconhecido pelos membros da sociedade internacional. 
Esse reconhecimento do governo é importante para identificar quem será o 
representante daquele Estado nas relações internacionais. 
Vale lembrar que desde o início da década de 80 do século XX que não existe 
mais o reconhecimento expresso do governo, razão pela qual se considera que 
o reconhecimento expresso é desnecessário na sociedade internacional 
contemporânea. 
Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 
O Estado, na visão internacional, possui 4 órgãos que o representa 
internacionalmente. 
Chefe de Estado: é o mais alto representante público de um Estado inclui 
geralmente a personificação da continuidade e legitimidade do Estado e o 
exercício de poderes, funções e deveres atribuídos ao chefe de Estado pela 
Constituição do país. Numa monarquia, o monarca é o chefe de Estado, como 
no caso da Inglaterra. Numa república, o chefe de Estado recebe geralmente o 
título de presidente (como em Portugal e no Brasil), embora alguns líderes 
tenham assumido outros títulos. Em alguns países que adotam o sistema 
presidencialista, o chefe de Estado acumula as funções de chefe de Governo, 
como é o caso do Brasil. O art. 84, VII da CF determina tal função privativa do 
Presidente da República. 
Chefe de Governo: é uma posição ocupada, num sistema parlamentarista de 
governo, pelo indivíduo que exercerá as funções executivas e/ou a função de 
chefiar o Poder Executivo. Geralmente, nomeará um gabinete e ditará políticas 
públicas. O chefe-de-governo parlamentarista não cumpre mandato 
predeterminado e pode ser destituído a qualquer momento pelo Parlamento se 
perder apoio ou for reprovado num voto de confiança. Em sistemas 
presidencialistas, o Chefe de Estado (normalmente chamado de presidente) 
ocupa também a Chefia de Governo. 
Ministro das Relações Exteriores: também denominado em outros Estados 
como Ministros dos Negócios Estrangeiros. Ele é auxiliar do Chefe de Estado 
ou do Chefe de Governo conforme o Sistema de Governo, na formação e 
execução da política exterior. O Ministro é o chefe hierárquico dos funcionários 
diplomáticos e consulares do Estado. No Brasil, o Ministérios das Relações 
Exeteriores, também conhecido como Itamaraty é um órgão do Poder 
Executivo, responsável pelo assessoramento do Presidente da República na 
formulação, desempenho e acompanhamento das relações do Brasil com 
outros países e organismos internacionais. A atuação do Itamaraty cobre as 
vertentes política, comercial, econômica, financeira, cultural e consular das 
relações externas, áreas nas quais exerce as tarefas clássicas da diplomacia: 
representar, informar e negociar. 
Missão Diplomática: é o escritório de representantes diplmáticos de um país 
na capital do outroas missões diplomáticas gozam de estatus extraterritorial, 
portanto, ainda que pertencem ao território da nação anfitriã, estão separadas 
das leis locais e, em quase todas as situações, são tratadas como parte do 
território do país ao que pertencem. 
EXTINÇÃO E SUCESSÃO DO ESTADO 
A existência do Estado está concretizada com a existência dos 4 elementos 
constitutivos do Estado. Portanto o desaparecimento de qualquer deles 
constitui na extinção do Estado. 
A extinção de um Estado pode ser total ou parcial. A primeira ocorre quando 
um dos elementos constitutivos desaparece ocasionando a perda da 
personalidade jurídica internacional, por exemplo, o desaparecimento total do 
território de um Estado em virtude de uma tsunami. A segunda ocorre quando o 
Estado sofre alguma transformação, mas não é suficiente para lhe retirar a 
personalidade jurídica. Alguns doutrinadores entendem que a extinção somente 
se dá de forma total, não existindo extinção na modalidade parcial, esta por sua 
vez seria uma transformação e não extinção. 
Aplica-se o princípio da continuidade do Estado onde pelo simples fato de sua 
existência, continua existindo ainda que sob uma nova roupagem política 
diversa da anterior modificando a determinação da titularidade da soberania. 
Todavia esse princípio diz respeito à extensão territorial ocupada 
permanentemente por uma comunidade de indivíduos. 
São modos de extinção (transformação) do Estado: 
Anexação: A anexação é a incorporação de um Estado em outro. Ela pode ser 
de forma total ou parcial. Será total quando um Estado é inteiramente 
absorvido por outro, perdendo a sua personalidade jurídica Internacional. Será 
parcial quando um Estado perde parte de seu território e de sua população 
para outro Estado, ocasionando uma redução da soberania, mas não implica 
na perda da personalidade jurídica Internacional. 
Desmembramento: ocorre quando um território de um Estado é repartido 
entre dois ou mais Estados ou quando um Estado se desmembra em duas ou 
mais partes dando origem a dois ou mais novos Estados. Devemos observar 
que no caso do desmembramento o Estado originário é extinto e perde a sua 
personalidade jurídica Internacional. 
Fusão: a fusão é o resultado da união de dois ou mais Estados, ocasionando a 
perda da personalidade jurídica Internacional do Estado Originário em favor de 
um novo Estado. 
Direitos e Deveres dos Estados 
A doutrina Clássica costumava atribuir aos Estados soberanos apenas os 
direitos inerentes a celebração de tratados, a declaração de guerra e o direito 
de enviar e receber representantes diplomáticos. Todavia, hoje o leque de 
direitos e deveres é bem mais amplo. 
Esse direito dos Estados são divididos em fundamentais ou essenciais e 
acidentais ou secundários. Os direitos fundamentais são decorrentes da própria 
existência do Estado enquanto sujeito de Direito Internacional. Já os 
secundários são aqueles resultantes dos tratados firmados entre os Estados, 
bem como, dos costumes internacionais relativo a questões particulares. 
São direitos fundamentais do Estado: 
Direito à igualdade: o preâmbulo da Carta das Nações Unidas Diz que: NÓS, 
OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS a preservar as gerações 
vindouras do flagelo da guerra,que por duas vezes, no espaço da nossa vida, 
trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos 
fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na 
igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações 
grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o 
respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito 
internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e 
melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla. 
Juridicamente todos os Estados possuem os mesmos direitos à igualdade, ou 
seja, nenhum Estado por ser maior territorialmente ou economicamente é maior 
que um Estado que possui um território pequeno ou uma economia fraca. Nas 
decisões internacionais cada Estado possui o direito de voto igualitário, 
nenhum Estado pode reclamar jurisdição sobre o territóriode outro Estado 
soberano. 
Direito à Liberdade: esse direito diz respeito a soberania do Estado. O Estado 
é livre para escolher a sua forma de governo, as suas legislações, a forma das 
leis no âmbito internacional para manter as relações com outros membros da 
sociedade internacional. 
Direito ao mútuo respeito: diz respeito ao trato de um Estado para com o 
outro, ou seja, decorre do fato de que para que haja um bom relacionamento 
na esfera internacional os Estados devem trata-se uns aos outros com o devido 
respeito e com observância das normas de Direito Internacional. 
Direito de defesa e conservação: esse direito compreende todas as medidas 
necessárias à conservação e defesa do Estado, inclusive contra ameaças que 
comprometem a integridade dos elementos constitutivos de um Estado. Esse 
direito oferece aos Estados as seguintes prerrogativas: treinamento das forças 
Armadas, levantamento de fortificações para defesa, proibição do trânsito pelo 
território nacional de material bélico, a expulsão de estrangeiros que comentem 
atividade nociva a Segurança do Estado, regulamentação de imigração, etc. 
Devemos observar que o entendimento desse direito de defesa e conservação 
não é tão amplo. Esse direito não justifica todo e qualquer ato praticado pelo 
Estado, tendo em vista que esse direito não o autoriza a praticar atos em 
violação a normas do direito internacional. Nesse sentido, esse direito de 
defesa e conservação será aplicado o princípio da razoabilidade e da 
proporcionalidade. Cabe ressaltar ainda que em caso de agressão injusta, atual 
ou iminente, o Direito Internacional Público admite a legítima defesa individual 
e a legítima defesa coletiva nos termos do artigo 51 da Carta das Nações 
Unidas que assim diz: ARTIGO 51 - Nada na presente Carta prejudicará o 
direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de 
ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até 
que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para 
a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas 
pelos Membros no exercício desse direito de legítima defesa serão 
comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, 
de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente 
Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação 
que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da 
segurança internacionais. 
 
Direito ao Comércio Internacional: pelo fato dos Estados não serem auto-
suficientes ele convivem em relação de interdependência. Um Estado pode 
limitar seu comércio internacional de acordo com os seus próprios interesses, 
mas não pode praticar isoladamente e discriminação, tampouco se valer de sua 
situação para impor sua vontade nos atos de comércio nos Estados mais 
vulneráveis economicamente. 
 
Além desses direitos acima mencionados a doutrina elenca dois deveres 
pertinentes aos Estados. São eles: 
 
O dever moral: que consiste na obrigação de assistência mútua que cabe aos 
Estados. Nesse dever aplica-se o princípio da solidariedade, normalmente esse 
dever é aplicado nos casos de catástrofes naturais, desastres, naufrágios, 
questões humanitárias, etc. 
 
E o Dever Jurídico: é aquele decorrente dos tratados internacionais, além de 
respeitar os direitos fundamentais e normais gerais do Direito Internacional, tal 
como a boa-fé nas relações internacionais, a igualdade soberana entre os 
Estados, etc. 
 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
Não se sabe ao certo quando começou a surgir as Organizações 
Internacionais. A quem defende que existia na Antiga Grécia a Liga da Grécia 
Antiga (Anfictionias). Na realidade as organizações Internacionais começou a 
ter seu espaço após a primeira Guerra Mundial. Fato é que após o surgimento 
da ONU 1945 a institucionalização das sociedades internacionais houve grande 
crescimento da criação dessa Organizações. Atualmente, essas organizações 
internacionais são essenciais para a sociedade internacional, representando a 
quebra de que o Estado era o único sujeito do direito internacional. 
Conceito: é uma associação voluntária de sujeitos do Direito Internacional 
(Estados e Organizações Internacionais), constituída por tratado, dotada de 
uma constituição e de órgãos comuns, possuindo personalidade jurídica 
internacional própria distinta de seus membros. 
Características: associação de sujeitos do Direito Internacional. Criação 
através de tratado multilateral. Finalidade internacional relevantes. Pode ser 
por prazo indeterminado ou pelo menos longa. Possui órgãos próprios. É 
dotada de personalidade jurídica internacional. E possui capacidade 
corresponde aos seus objetivos. 
Tratado Constitutivo: As Organizações são sujeitos secundários do direito 
Internacional, na medida que sua criação depende dos sujeitos originários 
(Estados). Esses tratados se assemelham às Constituições dos Estados 
quando define seus objetivos e estabelece as condições de execução dos seus 
objetivos. Os tratados devem ser aceitos integralmente pelos membros 
signatários, isto porque não se aplica o instituto da reserva nos tratados 
constitutivos das Organizações Internacionais. Esse tratado constitutivo que vai 
explicar a organização da personalidade jurídica própria da Organização 
Internacional. Entre as competências da organização está a de realizar tratados 
internacionais com qualquer outro sujeito do direito internacional, inclusive com 
outra organização internacional. 
Classificação: 
Quanto à finalidade: as organizações podem ser gerais ou específicas. São 
gerais quando desempenham suas atividades nos mais diversos assuntos 
internacionalmente relevantes, no limite, evidente, de suas finalidades.são 
exemplos de Organizações Gerais a ONU, a união Africana e a Organização 
dos Estados americanos. As de finalidade específica são aquelas constituídas 
para cooperar em matérias razoavelmente delimitadas, como por exemplo a 
Organização das Nações unidas para a Educação, Ciência e Cultura, 
Organização Internacional do Trabalho e a Organização de Aviação Civil 
Internacional, cujas finalidades se limitam a atuação de sua finalidade 
específica. 
Quanto ao âmbito de atuação: elas podem ser universal ou regional. Será 
Universal quando admite o ingresso de qualquer Estado, independentemente 
de sua localização geográfica, de critérios políticos ou culturais, isto porque ela 
via o ingresso da totalidade dos Estados, por exemplo a ONU, Já a Regional 
permite o ingresso apenas de determinados Estados, conforme critérios 
geográficos, políticos ou culturais, por exemplo a União Europeia, União 
Afriana. Mercosul, etc. 
Quanto a Ordem Interna: as Organizações Internacionais podem ser 
dependentes ou independentes. Será dependente quando, além e obedecer as 
regras do Direito Internacional, deve obedecer a determinadas regras de uma 
ordem jurídica interna, por exemplo é a União Postal Internacional que sujeita a 
fiscalização do Governo suíço. Todavia será independente quando não 
possuem vínculo com qualquer ordem jurídica interna. 
Quanto à participação de Estados: Nessa classificação as Organizações 
Internacionais podem ser abertas ilimitadamente, abertas limitadamente e 
fechadas. Será aberta ilimitadamente quando permite o ingresso de qualquer 
Estado. Será aberta Limitadamente quando estabelece alguns critérios de 
admissão de membro Como a Comunidade dos países de Língua Portuguesa. 
E será fechada quando não permite a admissão de nenhum outro membro que 
não tenha participado originariamente de sua instituição. 
Composição: as organizações internacionais São compostas por membros 
originários e por membros admitidos. Serão originários os que constituíram a 
Organização através do tratado constitutivos e admitidos os que ingressarem 
após a sua criação. Em regra os Estadossão os membros das organizações 
internacionais, mas nada impede que uma organização internacional seja 
membro de outra Organização internacional. Temos por exemplo a União 
Europeia, que é parte do protocolo de Marraquexe de 1994 que Criou a 
Organização Mundial do Comércio (OMC). 
Órgãos das Organizações Internacionais: Esses órgãos já serão instituídos 
no Tratado Constitutivo da Organização Internacional. Existem dois Órgãos que 
são obrigatórios, ou seja, que são indispensáveis em qualquer Organização 
Internacional quais sejam uma Assembleia Geral e uma Secretaria. 
Admissão e Retirada de Estados – Membros: A admissão de Estados em 
uma Organização Internacional será disciplinada pelo Tratado Constitutivo 
abordando em regra 3 questões relevantes: localização geográfica, adesão a 
tratado constitutivo sem permitir o direito de reserva e aceitação do novo 
membro pelos Estados que já compõem àquela Organização Internacional, por 
exemplo na ONU a admissão de novos membros depende a Aprovação da 
Assembleia Geral, após recomendação do Conselho de Segurança. Já a 
retirada pode ser feita através da denúncia, quando no tratado constitutivo 
permite a saída voluntária, nesse caso será necessário um pré-aviso à 
Organização da sua denúncia e que esteja quite com as suas obrigações 
financeiras. 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) 
Conteúdo histórico: a ONU sucedeu a extinta Liga das Nações criada após a 
primeira guerra mundial. O Presidente norte-americano Woodrow Wilson 
visando a preservação da paz defendeu a ideia de criar uma Organização que 
visasse esse objetivo. A Liga das Nações teve principais objetivos de oferecer 
garantias mútuas de independência política e de integridade territorial, além da 
principal finalidade que seria a manutenção da paz. Foi criado o tratado de 
Versalhes instituindo a Liga das Nações, porém não teve sucesso, pois o 
Senado Norte-americano não ratificou o tratado, como os EUA foi o principal 
impulsionador da Sociedade das Nações a mesma não logrou êxito. 
Em 26/06/1945, após a segunda guerra mundial foi instituída a ONU na cidade 
da Califórnia EUA através de uma Carta de São Francisco contendo um 
preâmbulo de 111 artigos, além de um anexo a respeito do Estatuto do Tribunal 
Internacional de Justiça. 
Objetivos da ONU: manter a paz e a segurança internacional; desenvolver as 
relações de amizade entre as nações baseadas no respeito do principio da 
igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos; realizar a cooperação 
internacional, resolvendo os problemas internacionais de caráter econômico, 
social, cultural e humanitário; e ser o centro destinado a harmonizar a ação das 
nações para a consecução desses objetivos comuns. Originariamente eram 51 
membros, hoje possuem 192 Estados membros da ONU. Pra ser membro da 
ONU o Estado precisa: ser amante da paz; aceitar as obrigações contidas na 
Carta e ter aptidão e disposição para cumprir essas obrigações. Além disso 
depende de uma recomendação do Conselho de Segurança, ficando a cargo 
da Assembleia Geral decidir sobre essa admissão do Estado pretendente. 
Composição da ONU: A ONU é composta por 6 órgãos quais sejam: 
Assembleia Geral, Conselho de Segurança, Secretariado, Conselho Econômico 
Social, Conselho de Tutela e o Tribunal Internacional de Justiça. 
Assembleia Geral: é o principal órgão deliberativo das Nações Unidas porque 
é constituída por todos os membros participantes dessa Organização 
Internacional. Todos os membros possuem igual direito de voto e nenhum 
membro poderá ter mais de 5 representantes na Assembleia Geral. 
Em regra a Assembleia Geral possui sessões ordinárias anualmente tendo 
início na terça-feira da terceira semana do mês de setembro com termina na 
véspera de natal. Existe também a possibilidade de realizar sessões 
extraordinárias sempre quando as circunstâncias exigirem, neste caso a 
convocação parte do Secretário Geral da ONU, a pedido do Conselho de 
Segurança ou da Maioria dos Membros da Nações Unidas. 
A competência da Assembleia Geral é genérica, isto porque ela pode discutir , 
deliberar e fazer recomendações sobre todo e qualquer assunto relacionado 
com os fins previstos na Carta das Nações Unidas. 
O membro que estiver em atraso no pagamento de sua contribuição não 
poderá votar na Assembleia Geral caso o montante devido seja igual ou 
superior ä soma das contribuições dos 2 anos anteriores. 
OBS.: caso o Estado inadimplente prove que o atraso se deu por 
circunstancias alheias a sua vontade a Assembleia Geral poderá permitir que 
ele vote. 
A Assembleia Geral possui comissões para facilitar as suas decisões: 
Comissão de desarmamento e Segurança Internacional; Comissão Econômico 
Financeiro; Comissão de questões Sociais, Humanitárias e Culturais; Comissão 
política Especial e de Descolonização; e Comissão Jurídica. 
As resoluções possuem caráter de recomendação, ou seja, não produz normas 
vinculantes para os membros. E quando aprovado pela maioria vira costume 
internacional. 
Conselho de Segurança: é o principal órgão das Nações Unidas uma vez que 
é o responsável pela consecução da finalidade maior da Carta: A Manutenção 
da paz e da Segurança Internacional. O Conselho de Segurança é constituído 
por 15 membros, sendo 5 permanentes e 10 rotativos (não – permanentes). Os 
5 membros permanentes são EUA, França, Reino Unido, China e Rússia, já os 
membros rotativos são eleitos pelo período de 2 anos, sendo vedada a 
reeleição para o período imediatamente seguinte. Para todos os continentes 
terem representantes, os membros não permanentes são distribuídos de 
maneira geográfica, sendo 5 membros do continente africano e asiático, dois 
membros da América latina, dois membros da Europa ocidental e outros e um 
membro do leste europeu. 
O Conselho de Segurança se reúne periodicamente, podendo reunir-se em 
lugares diversos da sua sede. Cada membro terá apenas um representante no 
Conselho de Segurança e direito a um voto. O quorum deliberativo do 
Conselho de Segurança se apresenta com 9 votos afirmativo dos seus 15 
membros. Todavia nas questões efetivamente importante, além de ter os 9 
votos favoráveis, todos os membros permanentes devem ingressar nessa 
maioria é nesse sentido que consiste o direito de veto, pois somente os 
membros permanentes que possui essa prerrogativa.

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