Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE ZOOTECNIA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA E DEGRADABILIDADE “IN SITU” DA MATÉRIA SECA DE SILAGEM DE CAPIM ELEFANTE COM TEORES CRESCENTES DE VAGENS DE FAVEIRA (Parkia platycephela Benth) DISCENTE: SANAYRA DA SILVA MENDES ORIENTADORA: PROFª. DRª. ANA PAULA RIBEIRO DE JESUS CHAPADINHA - MA 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE ZOOTECNIA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA E DEGRADABILIDADE “IN SITU” DA MATÉRIA SECA DE SILAGEM DE CAPIM ELEFANTE COM TEORES CRESCENTES DE VAGENS DE FAVEIRA (Parkia platycephela Benth) DISCENTE: SANAYRA DA SILVA MENDES ORIENTADORA: PROFª. DRª. ANA PAULA RIBEIRO DE JESUS CHAPADINHA - MA 2015 Monografia apresentada ao Curso de Zootecnia da Universidade Federal do Maranhão, para obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. SANAYRA DA SILVA MENDES COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA E DEGRADABILIDADE “IN SITU” DA MATÉRIA SECA DE SILAGEM DE CAPIM ELEFANTE COM DIFERENTES TEORES DE VAGENS DE FAVEIRA (Parkia platycephela Benth) Aprovado em: ___/____/____ BANCA EXAMINADORA: ______________________________________________________________________ Prof. Drª Rosane Cláudia Rodrigues Curso de Zootecnia – CCAA/UFMA ______________________________________________________________________ Sâmara Stainy Cardoso Sanchês Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal – CCAA/UFMA ______________________________________________________________________ Prof. Drª Ana Paula Ribeiro de Jesus Curso de Zootecnia – CCAA/UFMA CHAPADINHA - MA 2015 Aos meus pais, Edivan de Lima Mendes e Aldenira Gomes da Silva, por sempre estarem ao meu lado e por serem minha motivação a cada dia, pelo o apoio em todos os momentos da minha vida, ensinando-me a traçar os melhores caminhos com os melhores valores. As minhas irmãs, Mayara e Ivanayra, por todo apoio e compreensão, DEDICO AGRADECIMENTOS À Deus por não me abandonar e estar ao meu lado me permitindo levantar a cada tropeço no meu caminho, me permitindo não desistir jamais, e me dando um motivo pra sorrir e seguir em frente após cada jornada. Agradeço a minha orientadora Profa. Ana Paula Ribeiro de Jesus e minha co-orientadora Profa. Rosane Cláudia Rodrigues por toda atenção, paciência, ensinamento e principalmente compreensão. A Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais em especial ao corpo docente: professores excelentes que compartilharam conhecimentos e experiências que, contribuíram para minha formação e oportunidade de realização deste curso. Ao Dr. Marcônio pela grande ajuda, sua colaboração foi de grande relevância para o sucesso deste trabalho. A minha amiga Ivone Rodrigues da Silva por estar presente durante todo essa jornada nos momentos de alegria ou de tristeza, nos momentos de descontração, por toda a ajuda, apoio, amizade e atenção, pelo convívio no laboratório que deixava meus dias mais felizes, sem você esse trabalho não seria executado com êxito. Agradeço a Sâmara Stainy por me ensinar as práticas de laboratório e pela grande ajuda durante as análises do experimento. Aos amigos e companheiros de graduação, Rebeca, Anália, Sebastião e Laíze, pela amizade, pelas muitas e muitas reuniões de estudos, ajuda e conselhos, pelas gargalhadas e conversas engraçadas, aliás foram praticamente cinco de convivência, saibam que fizeram e fazem parte dessa caminhada e terei sempre boas lembranças de vocês. Ao Antonio Junior (Junilde) por me alegrar e me fazer rir com sua “zueira”, e me fazer esquecer dos problemas, saiba que levarei sua amizade pra sempre, de fato já faz mais de dez anos que te conheço (risos). Ao grupo FOPAMA, a todos os integrantes, incluindo não só os de agora como os antigos, que contribuíram para meu desenvolvimento e aprendizado dentro do grupo, por me concederem conhecimento e alegria que me proporcionaram . “Adoramos a perfeição, Porque não a podemos ter, Repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, Porque o humano é imperfeito.” Fernando Pessoa RESUMO COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA E DEGRADABILIDADE “IN SITU” DA MATÉRIA SECA DE SILAGEM DE CAPIM ELEFANTE COM TEORES CRESCENTES DE VAGENS DE FAVEIRA (Parkia platycephela Benth) Objetivou-se com o presente trabalho avaliar os efeitos de teores crescentes de vagens de faveira de bolota (VFB) sobre a composição químico-bromatológica e degradabilidade “in situ” em silagens de capim-elefante nos teores de 0, 5, 10, 15 e 20%, em um delineamento inteiramente casualizado, cinco tratamentos com cinco repetições. Os silos foram abertos após 60 dias, e retiradas amostras homogêneas das silagens que foram submetidas à pré-secagem e posteriormente moídas. Foram avaliados os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HEM), celulose (CEL), lignina (LIG) e pH. Foi utilizado para incubação ruminal um bovino adulto da raça Girolando, com peso vivo médio de 400 Kg. Amostras de 5 g das forragens foram incubadas no rúmen em sacos de náilon. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com arranjo fatorial 4x5 (quatro tempos de incubação 6, 24, 72 e 96 horas e cinco níveis de inclusão), utilizando-se quatro repetições por tempo de incubação. Houve diferença (P<0,05) para o pH da silagem, sendo os maiores valores de pH encontrados para as silagens com adição de 10, 15 e 20% de VFB, respectivamente, sendo menor valor pra a inclusão de 5%. Para o teor de PB, a inclusão de 5% de VFB , apresentou valor superior (17,08%), porém todas as silagens apresentaram valor acima do recomendado (7%). Os teores de MS da silagem de capim-elefante com 20% de adição de VFB apresentou percentual superior as demais, porém similar ao teor de 15% de VFB. A silagem com adição de 20% de VFB apresentou o menor teor de FDN (40,73%) seguido dos teores de inclusão de 10 e 15% , as quais não diferiram entre si. Para os teores de FDA verificou-se que as silagens de 10, 15 e 20% não diferiram, apresentando menores valores (44,45, 42,10, 40,73%) respectivamente. Para os teores de celulose, a silagem com 20% apresentou valor inferior (P<0,05) comparado com o teor de 0 e 5% de VFB. A adição de 5% de VFB proporcionou maiores teores de matéria mineral 7,60%, porém o teor de 20% apresentou valores inferiores. No ensaio de degradabilidade, a inclusão de 15% de VFB apresentou maior degradabilidade potencial. Os tratamentos com 0 e 20% apresentaram taxa de degradação dentro do recomendado. O desaparecimento da MS aumentou a medida que o material permaneceu por mais tempo no rúmen. A inclusão de 20% de VFB proporcionou melhorias na qualidade da silagem e melhor taxa de degradação. Palavras – chave: aditivo, degradação,fermentação, inclusão ABSTRACT CHEMICAL COMPOSITION AND DEGRADABILITY "IN SITU" THE GRASS FOR SILAGE OF ELEPHANT WITH DRY MATTER CONTENT OF FAVEIRA PODS OF GROWING (Parkia platycephela Benth) The objective of the present study was to evaluate the effects of increasing levels of pods acorn field bean (VFB) on the chemical composition and bromatological degradability "in situ" in elephant grass silage in the levels of 0, 5, 10, 15 and 20% in a completely randomized design, with five treatments and five replications. The silos were opened after 60 days and taken homogeneous samples of silages were subjected to pre-drying and subsequently milled. We evaluated the dry matter (DM), crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), hemicellulose (HEM), cellulose (CEL), lignin (LIG) and pH. It was used for ruminal incubation adult bovine Girolando, with average live weight of 400 kg. 5 g samples of forage were incubated in the rumen in nylon bags. The experimental design was completely randomized with factorial arrangement 4x5 (four incubation times 6, 24, 72 and 96 hours and five levels of inclusion), using four replicates per incubation time. There was significant difference (P <0.05) for silage pH, and the higher pH values found for the silage with addition of 10, 15 and 20% VFB, respectively, being lower for the inclusion of 5%. For the CP content, the inclusion of 5% of VFB had higher value (17.08%), but all silages showed above the recommended value (7%). The DM content of elephant grass silage with 20% added VFB presented a percentage higher than the others, but similar to the content of 15% of VFB. The silage with addition of 20% of VFB had the lowest NDF (40.73%) followed by the addition of 10 levels and 15%, which did not differ. For the ADF concentration was found that the silage 10, 15 and 20% did not differ, showing lower values (44.45, 42.10, 40.73%) respectively. For the cellulose content in silage with 20% had lower (P <0.05) compared with the content of 0 to 5% VFB. The addition of 5% of VFB resulted in higher levels of mineral matter 7.60%, but 20% content showed lower values. In degradability test, the inclusion of 15% of VFB presented greater potential degradability. The treatments with 0 and 20% showed degradation rate within the recommended. The DM increased as the material remained longer in the rumen. The inclusion of 20% VFB provided improvements and better silage quality degradation rate. Keywords: additive, degradation, fermentation, inclusion LISTA DE TABELAS Tabela 1: Composição químico-bromatológica do capim-elefante e da vagem da faveira de bolota antes da ensilagem.........................................................................................................22 Tabela 2: Percentuais médios de matéria seca (MS), pH, proteína bruta (PB) e produção de gases (PG) das silagens de capim elefante com adição de vagem de faveira de bolota........................................................................................................................................23 Tabela 3: Teores médios de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HC), celulose (CEL), lignina (LIG) e matéria mineral (MM) da silagem de capim- elefante com a adição da vagem de faveira de bolota (VFB).......................................................................................................................................24 Tabela 4: Estimativa dos parâmetros de degradação da matéria seca e degradabilidade efetiva de silagens de capim-elefante contendo diferentes teores de vagem de faveira de bolota........................................................................................................................................27 Tabela 5: Desaparecimento da matéria seca (%) em silagem de capim-elefante contendo teores crescentes de vagem de faveira de bolota........................................................................................................................................28 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Corte do capim-elefante...................................................................................35 Figura 2- Pré-murchamento do capim.............................................................................35 Figura 3- Picagem do capim............................................................................................35 Figura 4- Homogeneização do capim com o subproduto................................................35 Figura 5- Enchimento dos silos.......................................................................................35 Figura 6- Silos vedados...................................................................................................35 Figura 7- Análise da FDN...............................................................................................36 Figura 8- Análise da FDA...............................................................................................36 Figura 9- Amostras no digestor de fibras........................................................................36 Figura 10- Digestão da proteína......................................................................................36 Figura 11- Destilação do nitrogênio................................................................................36 Figura 12- Amostras na solução de lignina.....................................................................36 Figura 13- saquinhos de náilon.......................................................................................37 Figura 14- Incubação das amostras no rúmen.................................................................37 Figura 15- Amostras do tempo zero no banho-maria......................................................37 Figura 16- Lavagem dos saquinhos após incubação.......................................................37 Figura 17- lavagem final dos saquinhos.........................................................................37 Figura 18- Amostras na estufa de circulação de ar forçada............................................37 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 13 2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................. 15 2.1 Uso de capim elefante na produção de silagem ............................................... 15 2.2 Uso de plantas nativas na alimentação animal................................................ 17 2.3 Técnica da degradabilidade “in situ”.............................................................. 18 3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................. 20 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 23 4.1 Análise químico bromatológica........................................................................ 23 4.2 Ensaio de Degradabilidade “in situ” .............................................................. 26 5 CONCLUSÃO ...................................................................................... 29 13 1 INTRODUÇÃO A pecuária brasileira baseia-se na utilização das pastagens, as quais representam a forma mais prática de alimentação de ruminantes. Apesar do Brasil deter o maior rebanho bovino comercial do mundo, observa-se que a capacidade atual de produtividade ainda é baixa. Dentre os vários fatores que contribuem para essa baixa produtividade, pode-se destacar a estacionalidade na oferta de alimento proveniente de pastagens, alternando-se períodos ondeé grande a disponibilidade quantitativa e qualitativa da forragem (águas), com períodos em que o crescimento das plantas é reduzido (secas), em reposta às alterações climáticas. Considerando que grande parte das forrageiras concentra sua produção anual no período chuvoso e que seu crescimento acumulado leva à redução do seu valor nutritivo, uma alternativa é manter essa forragem conservada na forma de silagem, para alimentação do rebanho no período seco. A ensilagem é o armazenamento de forragens verdes e de outros volumosos, por intermédio de um processo fermentativo cujo resultado depende de propriedades intrínsecas ao próprio alimento e das condições ambientais proporcionadas no interior do silo (Pinto et al,. 2010). A conservação dos alimentos em forma de silagem está sujeito a grandes variações, uma vez que a conservação depende da fermentação de açúcares a ácidos, sob condições anaeróbicas, pelas bactérias ácido láticas, produzindo como produtos final, principalmente o ácido lático e o ácido acético (Santos et al,. 2001). O objetivo da ensilagem é conseguir, dentro da massa ensilada concentração de ácido lático, produzido com o resultado da presença de microrganismos dentro da cultura cortada, suficiente para inibir outras formas de atividade microbiana e, assim, preservar o material até que ele possa ser consumido pelos animais. Em geral, a resposta do animal à silagem é dependente do padrão de fermentação que por sua vez afeta a forma e a concentração dos nutrientes e a ingestão (Jobim, 2007). Dentre as gramíneas perenes, o capim-elefante (Pennisetum purpureum Shum), além de ser utilizado para a formação de capineiras, se destaca devido ao seu excelente potencial de produção de matéria seca e valor nutritivo para a produção de silagem. Para essa finalidade, têm sido recomendados cortes desta forrageira quando nova, visando melhor valor nutritivo, porém, é necessário eliminar o excesso de umidade da forragem 14 (Zanine et al,. 2006). Ressalta-se que o elevado teor de umidade da forrageira pode ser reduzido pela prática do emurchecimento, que é indicado como um dos métodos mais eficientes, técnica e economicamente, na elevação do teor de matéria seca de forrageiras a serem ensiladas. Nesse sentido, recomenda-se cortar o capim e deixá-lo exposto ao sol, por um período de seis a oito horas, para posterior trituração. Essa prática é realizada com o objetivo de reduzir a ocorrência de fermentações secundárias (Lima et al,. 1992). Segundo Monteiro et al. (2011) para a produção de silagem, o capim-elefante deve ser cortado com 60 dias de desenvolvimento, após o corte de uniformização. Entretanto, o teor de matéria seca nesta idade é baixo, 15 a 20%, o que deixaria de ser recomendado para o processo de ensilagem. Desta forma, recomenda-se a adição de produtos ricos em matéria seca. O uso de ingredientes secos na ensilagem absorve a umidade e eleva o teor de matéria seca da silagem, estabilizando a fermentação lática. Partindo deste princípio, a faveira de bolota (Parkia platycephela Benth.) apresenta-se como opção interessante na região Nordeste, especialmente na região semiárida, devido à sua alta resistência à seca, além de apresentar elevado teor de proteína bruta e alta teor de matéria seca, favorecendo assim, maior retenção de água, uma vez que promove melhoria nas condições de fermentação da silagem. A faveira de bolota é uma leguminosa de grande porte característica das áreas de “Chapadas”, conhecidas como agreste da região Meio-Norte. Suas vagens são muito apreciadas pelos bovinos, caprinos, ovinos e suínos, amadurecem no período mais seco do ano, ou seja, quando as pastagens nativas e cultivadas estão escassas e de baixo valor nutritivo (Ramos et al,. 1999). Os animais consomem as vagens diretamente no campo, sob árvores ou estas são colhidas e fornecidas no cocho. Como a maior parte da proteína bruta da vagem de faveira encontra-se na semente (acima de 16% de PB) e esta apresenta baixa digestibilidade quando consumida inteira, recomenda-se, sempre que possível, que a vagem seja moída (triturada) para o seu melhor aproveitamento pelo animal. As vagens de faveira são higroscópicas, portanto, antes de serem trituradas precisam ser secadas para evitar o embuchamento (Ramos et al,. 1999). Assim, numa tentativa de melhorar a qualidade da silagem de capim-elefante, tanto nutritiva quanto fermentativa, utilizando aditivos regionais, ou seja, plantas com 15 potencial forrageiro, este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes níveis de faveira de bolota sobre o valor nutritivo da silagem de capim elefante. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Uso de capim elefante na produção de silagem O capim-elefante (Pennisetum purpureum Shum) é originário do continente Africano, mais especificamente da África Tropical, sendo atualmente encontrado nas regiões tropicais e subtropicais, e introduzido no Brasil no ano de 1920, encontra-se disseminado, praticamente, em todo o território brasileiro, seja para produção de leite ou na utilização da suplementação alimentar de animais. Segundo Silveira (1976), o capim elefante se destaca pela elevada produção de matéria seca (MS)/ha podendo chegar a 60 toneladas/ha, com 9-12% de proteína bruta (PB), 57-62% de fibra em detergente neutro (FDN), 55-59% de digestibilidade, de forma que a silagem obtida desse capim colhido em estágio adequado seja considerada satisfatória. No entanto, por apresentar várias características que se adequam às necessidades da pecuária brasileira como, rusticidade, alta produção de forragem, facilidade de multiplicação, disponibilidade de diversas variedades e cultivares, ser adaptado a vários tipos de solo, certa resistência à seca, a pragas e doenças, e apresentar bom valor nutritivo quando novo, esta gramínea pôde distribuir-se no país, sendo utilizada de diversas formas (Lavezzo, 1994), tanto para pastejo direto como para consumo no cocho nas formas verde picado, ou na forma de conservação de forragem, silagem e feno. Dentre essas formas, o aproveitamento do capim-elefante para a ensilagem é estratégico, devido à produção sazonal de forragem nas regiões tropicais. Faria et al. (1995/96) relataram que cerca de 80% do total de forragem produzida ocorre no período chuvoso, ficando os rebanhos sujeitos à escassez de alimentos no período seco. Logo, a estacionalidade de produção das plantas forrageiras demanda o uso de práticas de conservação de forragens durante o período de crescimento característico dessas plantas, a fim de serem utilizadas ao longo do período de escassez, minimizando os efeitos da disponibilidade estacional de alimentos (Junior et al,. 2008). A silagem 16 tem sido alternativa para a manutenção e amplificação da produção animal, principalmente durante o período de menor disponibilidade de forragem. A ensilagem é um método de preservação de forragens, em seu estado úmido por meio da fermentação. É baseado na conversão de carboidratos solúveis em ácidos orgânicos, principalmente lactato, por bactérias ácido-láticas. Como resultado, há redução do pH e o material, ainda úmido, torna-se livre da ação de microrganismos danosos por um longo período de tempo. O processo de ensilagem é influenciado tanto por fatores químicos, relativos ao tamanho de partícula e a massa específica (kg de silagem/m 3 ); fatores biológicos como tecnológicos (manejo e técnicas de ensilagem) e composição química da forragem, a escolha da espécie forrageira para formação de pastagens ou uso conservada deve obrigatoriamente contemplar, além das condições de solo e clima da região, o potencial do rebanho.Archibald et al. (1952) consideraram um dos principais fatores limitantes na conservação da silagem de capim-elefante, o teor excessivo de umidade. Em geral, isto ocorre quando o capim é cortado novo (60 dias). Nesse estágio, o capim se encontra com altos teores de água (75 a 80% ou mais), o que irá contribuir para o aumento dos níveis de ácido butírico, bases voláteis e amônia, diminuindo o consumo voluntário da silagem (Silveira et al., 1980), porém, para minimizar esses problemas podem ser utilizados aditivos. Segundo Evangelista et al. (1999) os aditivos funcionam como substâncias contribuintes na redução de perdas, estimuladores de fermentação desejada e enriquecedores do valor nutritivo, contribuindo com a melhoria da aceitabilidade e o consumo da silagem resultante. Quando utilizados no processo de ensilagem os aditivos alteram o perfil fermentativo, uma vez que influenciam o pH final da silagem, aumentam a pressão osmótica do meio, dificultando o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis e alteram a composição químico-bromatológica da planta, aumentando a concentração de carboidratos solúveis no material ensilado. Evidências experimentais têm sugerido que a inclusão de uma fonte de carboidratos solúveis ao capim-elefante durante a ensilagem, pode melhorar consideravelmente a qualidade final das silagens. Bernardino et al. (2005) avaliaram os 17 efeitos da adição de 10, 20, 30 e 40% de casca de café ao capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum), com base na matéria natural, sobre a composição bromatológica e a produção e composição do efluente resultante do processo de ensilagem. A casca de café foi eficiente na redução da umidade da silagem, estimando-se acréscimo de 0,69% no teor de matéria seca para cada unidade percentual de casca adicionada. Devido o baixo teor de carboidratos solúveis, o teor proteico não satisfatório no capim elefante para atender as necessidades dos ruminantes, e o elevado poder tampão presente nas gramíneas, faz-se necessário a utilização de métodos especiais de ensilagem com a finalidade de alterar a composição em ácidos orgânicos, e consequentemente adquirir um alimento de boa qualidade (Onselen; lopes, 1988). Segundo McDonald et al. (1991) o principal objetivo na conservação de plantas forrageiras, sob fermentação natural, é alcançar condições de anaerobiose, minimizando perdas de nutrientes e evitando mudanças adversas na composição química da planta. Além disso, é necessário o adequado aporte de substrato na forma de carboidratos solúveis para suprir as bactérias láticas. 2.2 Uso de faveira na alimentação animal A faveira (Parkia platycephala Benth.) é uma leguminosa arbórea de ocorrência natural em áreas do cerrado brasileiro, onde suas vagens são utilizadas na suplementação alimentar de ruminantes, principalmente quando há baixa disponibilidade de forragem, na estação seca, consistindo fonte energética para esses animais (Alves et al., 2007). Sendo uma das alternativas promissoras para se reduzir os problemas nutricionais de ruminantes no período de escassez de forragem de boa qualidade. Parkia platycephala, conhecida popularmente como faveira, faveira-de-bolota, fava-de-bolota, visgueiro, fava-de-boi e sabiú, entre outros, ocorre na Região Nordeste do país, é característica dos cerrados e regiões de transição para o semi-árido, no Piauí e Maranhão, sendo encontrada também no Ceará, Pernambuco e Bahia (Lorenzi, 2002). O mesmo enfatiza ainda que a espécie tem potencial paisagístico, econômico e forrageiro, cujas vargens maduras constituem de excelente fonte de suplementação alimentar para os ruminantes. Ao analisar a composição químico bromatológica de 18 vagens de faveira, Alves (2007) obteve para vagens inteiras 77,25% de MS, com PB de 11,18%, 19,70% de FDN, 13,10% de FDA e 5,50% de lignina. De acordo com Carvalho et al. (1981), a faveira apresenta grande potencial produtivo com concentraçao da produçao em curto periodo (90% no mês de setembro), o que não proporciona um suprimento uniforme de alimento nas pastagens, exceto se as vagens forem armazenadas. É uma espécie que se adapta bem as condições de cerrado, podendo ser uma opção vantajosa como legurninosa arbórea, superando a algaroba, principalmente nos solos de baixa fertilidade natural. 2.3 Técnica da degradabilidade “in situ” A técnica de degradabilidade ruminal “in situ” proporciona o conhecimento das taxas e extensões de degradação dos nutrientes, avaliando também o grau de aproveitamento do alimento. A exatidão dos resultados obtidos depende exclusivamente do contato íntimo da amostra com o ambiente ruminal, apesar de não estar sujeita a mastigação, ruminação ou fluxo para o trato digestivo. A técnica da incubação “in situ” por meio de sacos de náilon tem sido amplamente utilizada para determinação da degradabilidade da matéria seca e de vários constituintes da planta. Essa técnica consiste no preenchimento desses sacos com amostras do alimento a ser estudado em quantidade e tamanho de partículas previamente definidos. As amostras são então incubadas no rúmen através de fistulas durante diferentes intervalos de tempos. Muitos fatores podem afetar a degradabilidade dos alimentos, dentre os quais se destacam: tamanho das partículas da amostra, porosidade dos sacos, quantidade de amostra incubada por saco, lavagem dos sacos, regime alimentar do animal fistulado, o período de fermentação das amostras no rúmen, o peso da amostra, o preparo da amostra e a posição dos sacos de náilon no rúmen entre outros. Segundo Ørskov e Mcdonald (1979) a qualidade de um alimento pode, essencialmente, ser expressa em termos de três características próprias: 1) a extensão da degradação potencial, que determina a quantidade do material não degradável, o qual ocupa espaço no rúmen; 2) a taxa de fermentação, que influencia o tempo em que a 19 fração digestível ocupa espaço no rúmen; e, 3) a taxa de redução do tamanho de partícula, que influencia ambos, a taxa de passagem da fração não degradável e a taxa de fermentação da fração digestível. Entre as características as duas primeiras podem ser estimadas usando-se a técnica “in situ”. O tempo de incubação ruminal é uma das variáveis de maior influência sobre a representatividade dos resíduos indigestíveis em procedimentos de incubação in situ (Casali et al, 2008). Para que o máximo potencial de degradação seja alcançado, Orskov et al. (1980) recomendaram, para concentrados, de 12 a 36 horas de incubação; para forragens de alta qualidade, de 24 a 60 horas; e de 48 a 72 para forragens de baixa qualidade. O intervalo de incubação sugerido por Sampaio (1994), deve ser de 6 a 96 horas, além da utilização do tempo de incubação zero para estimar a taxa de degradação, sendo que três ou quatro tempos de incubação, segundo o autor podem estimar a equação de degradabilidade com eficiência. No entanto, é importante que a dieta fornecida ao animal contenha ingredientes a serem incubados, para que se desenvolvam microrganismos que colonizem e degradem de forma eficiente o material incubado, já que esta afeta a composição da microbiota ruminal. 20 3 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Setor de Forragicultura, em área pertencente ao Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão, no Município de Chapadinha, Região do Baixo Parnaíba situada a 03 o44'33 “W de latitude, 43 o21'21” W de longitude. O tipo de clima de Chapadinha é tropical úmido. A época chuvosa vai de dezembro a maio enquanto o período de estiagem estende-se de julho anovembro (SELBACH & LEITE, 2008). Gráfico1. Gráfico da média histórica dos últimos 10 anos da cidade de Chapadinha-MA O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos: T1- Capim-elefante, T2- capim-elefante + 5% de faveira de bolota, T3- capim-elefante + 10% de faveira de bolota, T4- capim-elefante + 15% de faveira de bolota, T5- capim-elefante + 20% de faveira de bolota, com cinco repetições por tratamento. O capim-elefante foi cortado manualmente deixando um resíduo de 30 cm, proveniente de capineira previamente estabelecida no setor de Forragicultura, com 60 dias de idade. Em seguida o material sofreu um emurchecido por 6 horas, e após, o material foi picado em picadeira de forragem acoplada ao trator e, posteriormente, homogeneizado manualmente com a vagem de faveira triturada. Para confecção das silagens, utilizou-se silos de PVC com 0,25 m de diâmetro e 0,25 m de altura, dotados de drenos para permitir escape dos gases oriundos da 232,27 297,8 380,13 356,74 201,66 77,16 19,71 3,45 1,75 25,18 50,83 88,46 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez P lu v io si d a d e (m m ) Meses 21 fermentação, com capacidade de aproximadamente 2 Kg de forragem. Foram coletadas amostras do capim-elefante e da faveira de bolota antes da ensilagem e colocadas em sacos de papel e secas em estufa de ventilação forçada de ar, com temperatura de 55 0 C por 72 horas para determinações da composição químico-bromatológica. Após 60 dias, os silos foram abertos e, retiradas amostras homogêneas de 300 g das silagens que foram submetidas à pré-secagem por 76 horas em estufa de ventilação forçada a 65°C e, em seguida, moídas em moinho tipo Willey com peneira de 5 mm para as posteriores análises químico-bromatológica e degradabilidade “in situ”. Nas amostras das silagens, foram determinados os teores de matéria seca (MS), pH, proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina, hemicelulose (HEM), celulose e matéria mineral (MM), de acordo com a metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002), por meio de análises realizadas no Laboratório de Forragicultura do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA) da UFMA. Para o ensaio da degradabilidade “in situ”, pesou-se 5g de amostra em sacos de náilon de 12x8cm e porosidade 50μm (NOCEK, 1988). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com arranjo fatorial 5x4 (quatro tempos de incubação e cinco níveis de inclusão). Os tempos de incubação utilizados foram 6, 24, 72 e 96 horas (NRC 2001) utilizando-se quatro repetições por tempo de incubação até 72 h e no período de incubação de 96 h foram realizadas duas réplicas por repetição, totalizando assim oito repetições. Em seguida, as amostras foram conduzidas ao Laboratório de Nutrição Animal pertencente à Universidade Federal do Piauí, onde os sacos foram inseridos no rúmen de um bovino adulto da raça Girolando, 400 Kg PV, por 6, 24, 72 e 96 h, sendo que o tempo 0 as amostras foram mantidas em banho-maria por 1 hora com temperatura igual a 39°C. Inicialmente foram incubados os sacos do período de 96 horas, fixados em fios de náilon com ligas de borrachas amarradas em uma extremidade por uma corda de náilon com 1m de comprimento, e em outra extremidade presa à tampa da cânula ruminal. O mesmo procedimento foi realizado para os demais períodos. Após o tempo de incubação, foram removidos simultaneamente e imersos em água gelada para interromper a fermentação, lavou-se os sacos e em seguida foi realizada a pré-secagem em estufa com circulação forçada de ar a 55ºC por 72h. A percentagem de desaparecimento de matéria seca (DMS) em cada tempo foi calculada pela proporção de alimento que desapareceu nos sacos após a incubação no 22 rúmen. Para avaliação dos parâmetros de DMS foi utilizado o modelo conforme Orskov e McDonald (1979) adaptado por Sampaio (1988). Deg = A - B (-ct) , onde: A - corresponde a degradação potencial do material incubado quando o tempo não é um fator limitante; B - parâmetro sem valor biológico, ou seja, se não houvesse tempo de colonização, ele corresponderia ao total a ser degradado pela ação microbiana; c - taxa de degradação por ação fermentativa de B; t = tempo de incubação no rúmen, em horas Uma vez calculados os coeficientes A, B e c, esses foram aplicados à equação proposta por Ørskov e McDonald (1979) para o cálculo da degradabilidade efetiva: DE= a’ + (b’ *C) /(C+k) onde: a’ = % desaparecimento no tempo zero (Média); b’ = A-a’; C= taxa constante de degradação; K = taxa de passagem do alimento, assumiu-se uma taxa de passagem da digesta para o duodeno de 2, 5 e 8% por hora Os valores obtidos nas análises feitas do capim elefante e da vagem de faveira de bolota antes de ensilar estão descritos na Tabela 1. Tabela 1- Composição químico-bromatológica do capim-elefante e da vagem da faveira de bolota antes da ensilagem Itens (%) Capim-elefante Faveira de Bolota MS PB 17,9 11,08 77,23 13,41 FDN 72,70 21,47 FDA 63,29 15,42 HC LIG 9,41 12,36 6,05 6,36 MS - matéria seca, PB - proteína bruta, FDN - fibra em detergente neutro, FDA - fibra em detergente ácido, HM - hemicelulose, LIG - lignina Inicialmente os dados foram submetidos a teste de normalidade (Crame- Von Misses) e homocedasticidade (Levene) e, atendida as pressuposições, foram submetidas 23 a análise de variância. As análises estatísticas foram realizadas considerando-se um nível de significância de até 5% de probabilidade do procedimento GLM do software SAS 9.0 (2002). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Análise químico-bromatológica Os resultados da composição químico-bromatológica e características fermentativas da silagem de capim-elefante com diferentes teores de vagem de faveira de bolota utilizados, estão apresentados na Tabela 2. Houve diferença entre os tratamentos para o pH da silagem, sendo o menor valor de 3,75 registrado para a silagem aditivada com 5% de VFB. Os maiores valores de pH encontrados foram para as silagens com adição de 10, 15 e 20% de VFB, respectivamente. As demais silagens apresentaram valores de pH semelhantes, levando- se em conta que em uma silagem de boa qualidade o pH deve variar de 3,8 a 4,2, verifica-se que todos os tratamentos estudados proporcionaram pH dentro dos valores recomendados para uma boa fermentação. Tabela 2 - Percentuais médios de matéria seca (MS), pH, proteína bruta (PB) e produção de gases (PG) das silagens de capim-elefante com teores crescentes de vagem da faveira de bolota. Variáveis Teores (%) 0 5 10 15 20 CV pH 3,84AB 3,75B 3,90A 3,95A 3,95A 2,08 PB 11,68B 17,08A 11,38B 11,85B 9,23B 15,79 MS 19,08C 22,45C 28,55B 32,23AB 33,84A 9,96 PG 0,06B 0,16A 0,08B 0,04B 0,09B 43,82 Médias seguidas de letras iguais não diferem entre si pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. O percentual de PB apresentado pela VFB (13,41%), fez com que, no teor de 5%, as silagens atingissem 17,08% de proteína bruta, valor esse superior ao teor de 0% e as demais inclusões de VFB. A queda no teor de PB pode ser atribuída ao efeito de 24 diluição, em consequência da proporção de matéria seca do aditivo. De acordo com Carvalho et al. (2011), o teor mínimo de PB capaz de garantir adequada fermentação dos carboidratos fibrosos no rúmen é 7% de PB. Dessa forma, as silagens de capim elefante com diferentesteores de inclusão de VFB, apresentaram teores de PB acima do recomendado (7%) para garantir adequada fermentação ruminal. Os teores de 10, 15 e 20% de VFB aplicados na forragem de capim elefante promoveram aumento no teor de MS da massa ensilada. Os teores de MS da forragem de capim-elefante com 20% de adição de VFB apresentou percentual superior aos demais tratamentos, porém similar ao teor de 15% de VFB utilizados na ensilagem de capim- elefante. Com adição de 10, 15 e 20% da VFB a silagem atingiu teor médio de (28,55, 32,23 e 33,84%) respectivamente de MS, próximo, portanto, da faixa de 28-34% de MS tido com o ideal por McCullough (1977) para que haja eficiente processo fermentativo da silagem. As perdas de gases na inclusão de 15% de VFB apresentou menor valor quando comparado com o tratamento com 5% de VFB. As perdas por gases estão associadas ao perfil de fermentação ocorrido na silagem, sendo que as menores perdas são ocasionadas pelas bactérias homofermentativas que utilizam glicose como substrato para a síntese de lactato. Maiores produções de gases estão associadas com as bactérias heterofermentativas (Igarassi, 2002) que produzem álcool, sendo as maiores perdas associadas a fermentação butírica. Elevado teor de umidade da forrageira, favorece o desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium (Pires et al., 2009), ocasionando perdas na ensilagem. No entanto, o teor de umidade recomendável à ensilagem é relativamente variável, mas normalmente situa-se entre 30 e 42%. Os dados referentes à composições químico – bromatológicas das silagens de capim–elefante com adição de vagem de faveira de bolota estão apresentados na Tabela 3. Tabela 3 - Teores médios de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HC), celulose (CEL), lignina (LIG) e matéria 25 mineral (MM) da silagem de capim-elefante com teores crescentes da vagem da faveira de bolota (VFB). Variáveis Teores (%) 0 5 10 15 20 CV FDN 65,98A 64,50A 57,93B 51,13C 51,15C 6,14 FDA 57,36A 52,40A 44,45B 42,10B 40,73B 10,20 HEM 8,29A 12,10A 9,95A 9,03A 10,43A 23,54 CEL 45,00A 43,18A 38,00AB 33,23B 31,83B 14,38 LIG 7,62A 9,23A 8,78A 8,88A 8,90A 20,22 MM 6,91AB 7,60A 6,58B 6,18BC 5,78C 7,42 Médias seguidas de letras iguais não diferem entre si pelo teste de Duncan a 5 % de probabilidade. Para os valores obtidos para a FDN, foi observado comportamento decrescente (P<0,05) dos teores de inclusão de VFB. Essa redução acentuada pode ser explicada pelo efeito de diluição, causado, provavelmente, pelo fato da VFB apresentar baixo teor de FDN, quando comparado ao capim-elefante 21,47 e 72,70 % respectivamente. A silagem com adição de 20 e 15% de VFB apresentaram menor teor de FDN (51,13 e 51,15%), ficando 20,7 pontos percentuais abaixo do teor das silagem de capim-elefante, seguido dos teores de inclusão de 5 e 10% , as quais apresentaram maiores valores. Os resultados estão em conformidade com Rêgo (2008) que avaliando a composição químico bromatológica de silagem de capim-elefante em diferentes idades de corte com a inclusão de farelo da vagem de algaroba, observaram redução no teor de FDN a medida que aumentava-se o teor de inclusão de farelo da vagem de algaroba, o qual apresentou (70,46, 67,14, 65,16%) para os teores de 5, 10 e 15% respectivamente, com idade de corte de 90 dias. Quanto aos teores de FDA das silagens de capim-elefante aditivadas com diferentes teores de VFB, foi observado efeito (P<0,05), os teores de FDA seguiram a mesma tendência observada para os teores de FDN, reduziram gradativamente com a inclusão de VFB, verificando-se que as silagens de 10, 15 e 20% não diferiram entre si, apresentando menores valores (44,45, 42,10, 40,73%) respectivamente, com redução de 22% pontos percentuais do teor das silagem de capim-elefante. Segundo Van Soest (1994), esses resultados são benéficos, haja visto, que reduções nos teores de FDA estão positivamente correlacionados com aumento da digestibilidade da MS. 26 Para os teores de hemicelulose (HEM), não se observou efeito significativo (P>0,05) com a inclusão de VFB. Tal fato sugere a ocorrência de alterações decorrentes do processo fermentativo na ensilagem. A redução da porcentagem de hemicelulose nas silagens com VFB, pode ser atribuída à menor concentração dessa fração no aditivo (6,05%). Segundo McDonald et al. (1991), a metade da hemicelulose contida na forragem pode ser hidrolisada e a maior parte da hidrólise ocorre na fase inicial do processo fermentativo. Para os teores de celulose (CEL), verificou-se que as silagens com 10, 15 e 20% se mostraram similares (P>0,05). Contudo, a silagem com 20% apresentou valor inferior (P<0,05) ao observado na silagem exclusiva de capim-elefante e com 5% de VFB, que não diferiram entre si. Observa-se que não houve diferença significativa (P>0,05%) entre os valores de lignina(LIG) para os teores de inclusão de VFB na silagem de capim-elefante. Logo, a VFB agiu de forma benéfica, pois como ressalta Van Soest (1994), a lignina na parede celular das forragens, age de forma negativa na digestão da fibra pelos microrganismos ruminais. Através de sua estrutura e tipo de ligações covalentes com a hemicelulose, torna-se o principal componente redutor da qualidade das plantas forrageiras, por reduzir a digestibilidade dos nutrientes das plantas. Observou-se efeito significativo (P>0,05) para os teores de matéria mineral, o teor de 5% de adição de VFB proporcionou valor superior de matéria mineral 7,60%, valor semelhante quando comparado com a silagem sem adição de VFB, em contrapartida o teor de 20% de inclusão de VFB apresentou menores valores de MM. A exigência de minerais requerida por ruminantes variam de acordo com o tipo e nível de produção, a idade do animal, a raça e o sexo. 4.2 Ensaio de Degradabilidade “in situ” Os parâmetros de degradabilidade ruminal “in situ” da matéria seca (MS) de silagem de capim- elefante com a inclusão de diferentes teores de vagem de faveira de bolota, (VFB) encontram-se na Tabela 4. 27 Tabela 4 - Estimativa dos parâmetros de degradação da matéria seca e degradabilidade efetiva de silagens de capim-elefante contendo teores crescentes de faveira de bolota. Parâmetros Variáveis A B C.10 2 R 2 DE 2% DE 5% DE 8% C.E 74,83 59,28 2,48 95,57 54,24 45,64 42,25 0 74,35 56,68 2,78 91,90 57,38 48,29 44,26 5 71,03 60,76 1,91 96,43 52,58 44,79 41,69 10 91,95 59,22 1,11 98,26 54,40 44,17 40,67 15 119,00 61,31 0,52 97,23 51,94 42,46 39,66 20 80,60 48,34 2,19 98,17 58,60 48,54 44,41 Capim antes da ensilagem (C.A.E), Degradabilidade potencial (A), fração degradável no rúmen (B), taxa de degradação (C), coeficiente de determinação (R 2 ), Degradabilidade de Efetiva (DE para taxas de passagem de 2, 5 e 8%/h), relativos aos modelos de degradação da MS segundo as forrageiras. Segundo Sampaio (1998), forragens com valores altos de degradabilidade potencial (A) apresentam maior degradabilidade, no entanto, valores de A maiores que 100 ou de C menores que 0,01 indicam inadequacidade do modelo aos pontos observados ou respostas atípicas (erro experimental), resultando em estimativas de digradabilidade efetiva que devem ser vistas com a devida restrição. Este foi o caso do teor de 15% de inclusão de VFB que apresentou maior degradabilidade potencial (119 %). Porém, este apresentou taxas de C desejáveis (C= 0,0052). Para a fração degradável (B) no rúmen a inclusão de 5 e 15% de VFB apresentaram valores próximos e maiores que a silagem sem adição 60,76 e 61,31% respectivamente. Segundo Sampaio (1994),a interpretação de B não interfere na classificação da forrageira, já que ele normalmente indica quanto do potencial de degradação foi efetivamente devido à ação químico-biológica. Para a taxa de degradação (C) os níveis de inclusão de 0 e 20% apresentaram valores dentro do recomendado, permanecendo dentro da faixa de 2 a 6% por hora, uma característica de alimentos de boa qualidade, o qual é proposto por (Sampaio, 1988). Altos valores de (c) significa que o potencial máximo de degradação é alcançado em menor tempo. 28 A degradabilidade efetiva (DE) decresceu à medida que aumentou a taxa de passagem para todos os níveis de adição estudados, para as taxas de passagens de 2,0%/h, 5,0%/h e 8,0%/h foram de 58,60, 48,54, 44,41% respectivamente, para a inclusão de 20% de VFB, valores estes superiores a todos os demais teores analisados, e valores inferiores 51,94, 42,46, 39,66% para a inclusão de 15% de VFB. Para Sampaio (1988), os parâmetros A e C são os principais na qualificação de uma forragem. Um elevado valor de “A” indica um material muito degradável, ao passo que maior valor de “C” implica menor tempo para o desaparecimento da fração potencialmente degradável. Tabela 5- Desaparecimento da matéria seca (%) em silagem de capim-elefante contendo teores crescentes de vagem faveira de bolota. Média de desaparecimento da MS Inclusão Tempo de incubação (horas) CV(%) 6 24 72 96 0 38,54Cc 53,05Bb 67,97Aa 71,86Ba 5 32,75Dc 43,32Db 60,80Ba 63,72Ca 10 42,17BCc 47,87CDb 70,15Aa 71,57Ba 4,90 15 50,07Ab 51,42BCb 72,02Aa 73,15ABa 20 45,92Bd 58,72Ac 70,60Ab 77,12Aa *Médias seguidas de letras iguais Maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo teste de Duncan P>0,05. Ao comparar a degradabilidade da matéria seca (MS) da silagem de capim- elefante com adição de VFB em função dos períodos de incubação, verificou-se que a inclusão de 5% de VFB apresentou os menores valores para o desaparecimento da MS para os tempos estudados. Com uma redução de 48% percentuais para cada 1% da inclusão do subproduto da vargem da faveira de bolota. Os melhores valores de desaparecimento foram observados no tempo de 96 horas para todos os níveis de inclusão, em função do maior tempo de contato da amostra com o ambiente ruminal. Para o tempo de incubação de 6 horas a inclusão de 15% apresentou maior desaparecimento da MS (50,07%), seguido da inclusão de 20%, e para o tempo de 24 horas os teores de 20 e 0% apresentaram maior desaparecimento da MS, totalizando 58,72, 53,05% respectivamente, já para o tempo de 72 e 96 horas o 29 desaparecimento da MS aumentou, apresentando os maiores valores para a inclusão de 0, 10, 15 e 20%. 5 CONCLUSÃO O teor de 20% de inclusão de VFB proporcionou melhores valores para o perfil fermentativo e recuperação da matéria seca em silagem de de capim-elefante e melhor taxa de degradação. 30 REFERÊNCIAS ALVES, A. A. et al. Degradabilidade ruminal in situ de vagens de faveira (Parkia platycephala Benth.) em diferentes tamanhos de partículas. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.59, n.4, p.1045-1051, 2007. ARCCHIBALD, J. G. Sugar and acids in grass silage. J. Dairy Sci., Illinois, 36(4): 385- 390. 1952. BARNETT, A. J. G. Silage fermentation. London Butterworths Sci. Publ. 1954. BERNARDINO, F.S.; GARCIA, R.; ROCHA, F.C. et al. Produção e características do efluente e composição bromatológica da silagem de capim-elefante contendo diferentes níveis de casca de café. Rev. Bras. Zootec., v.34, supl., p.2185-2191, 2005. CARVALHO, J.H.; NASCIMENTO, H.T.S.; NASCIMENTO, M. P.S.C.B.; et aI. Produção de vagens de faveira (Parkia platycephala Benth) em Teresina, PI. Teresina, EMBRAPAUEPAE de Teresina, 1981. 4p. (EMBRAPA-UEPAE de Teresina. Pesquisa em andamento, 13). CARVALHO, D.M.G.; CABRAL, L.S.; ZERVOUDAKIS, J.T. et al. Suplementos para ovinos mantidos em pastos de capim - marandu. Pesq. Agropec. Bras., v.46, p.196 204, 2011. CASALI, A. O.; DETMANN, E.; VALADARES FILHO, S. C.; PEREIRA, J. C.; HENRIQUES, L. T.; FREITAS, S. G.; PAULINO, M. F. Influência do tempo de incubação e do tamanho de partículas sobre os teores de compostos indigestíveis em alimentos e fezes bovinas obtidos por procedimentos in situ. Revista Brasileira de Zootecnia. v. 37, n. 2, p. 335-342, 2008. EVANGELISTA, A R.; LIMA, J.A; SILVA, C.L. et al. Características da silagem do capim estrela roxa (Cynodon nlemfuensis) In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36, 1999, Porto Alegre - RS, p.23. EVANGELISTA, A. R; ROCHA, G. P. Forragicultura. Lavras: Universidade Federal de Lavras/ Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, 1997. 246 p. FARIA, E.F.S.; GONÇALVES., L.C.; ANDRADE. V.J. de. Comparação de seis tratamentos empregados para melhorar a qualidade da silagem da capim elefante ( 31 Pennisetum purpureum Schum. ) em três idades de rebrota I – 60 dias. Arquivo da Escola de Medicina Veterinária da UFBA, v.18, n.1, p.103-125, 1995/96. IGARASSI, M.S. Controle de perdas na ensilagem de capim Tanzânia (Panicum maximum Jacq. Cv. Tanzânia) sob os efeitos do teor de matéria seca, do tamanho de partícula, da estação do ano e da presença do inoculante bacteriano. Piracicaba, 2002. 152p. Tese (Doutorado) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. JOBIM, C.C.; NUSSIO, L.G.; REIS, R.A. et al. Avanços metodológicos na avaliação da qualidade da forragem conservada. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, suplemento especial, p.101-119, 2007. LAVEZZO, W. Ensilagem de capim elefante. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS, 10.,1994, Piracicaba. Anais... Piracicaba: ESALQ, 1994. p. 169-275. LIMA, J. A. Qualidade e valor nutritivo da silagem mista de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) e soja (Glycine max (L.) Merril), com e sem adição de farelo de trigo. 1992. 69 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 1992. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e cultivos de plantas arbóreas do Brasil. 2ª Ed. São Paulo: Nova Odessa. 2002. MEHREZ, A.Z.; ORSKOV, E.R.; McDONALD, I. Rate of rumen fermentation in relation to ammonia concentration. British Journal of Nutrition, v.38, p.437- 443, 1977. McCULLOUGH, M.E., Silage and silage fermentation. Feedstuffs, 49:49-52. 1977. McDONALD, P; HENDERSON, A. R; HERON, S. J. E. The biochemistry of silage. Marlow, UK: Chalcombe Publications, 1991. MONTEIRO, J.G.; CABRAL, L.S.; RIBEIRO, M.D.; REIS, R.H.P. Silagem de capim elefante aditivada com produtos alternativos. Acta Scientiarum. Animal Sciences. Maringá, v.33, n.4, p.347-352, 2011. NOCEK, J. E. In situ and other methods to estimate ruminal protein and energy digestibility: A review. Journal of Dairy Scencei, v.71, n.8, p.2051-2069, 1988. 32 NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Nutrient requeriments of dairy cattle.7.rev.ed. Washinton, D.C.: 2001. 381p. ONSELEN, V. J. V; LOPEZ, J. Efeito da adição de fontes de carboidratos e de um produto enzimático comercial na composição químico-bromatológica da silagem de capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum.). Rev. Bras. Zoot., v. 17, n. 5, p. 421- 27, 1988. ORSKOV, E. R.; McDONALD, I. The estimation of protein degradability in the rumen from incubation measurements weighed according torate of passage. Journal Agricultural Science, v. 92, p. 499 – 503, 1979. ØRSKOV, E. R.; HOVELL, F. D. B.; MOULD, F. The use of the nylon bag technique for evaluation of feedstuffs.Trop. Anim. Produc., v. 5, n. 3, p. 195-213. 1980. PINTO, A. P.; LANÇANOVA, J. A. C.; LUGÃO, S. M. B.; ROQUE, A. P.; ABRAHÃO, J. J. S.; OLIVEIRA, J.S.; LEME, M. C. J.; MIZUBUTI, I. Y. Avaliação de doze cultivares de milho (Zea mays L.) para silagem. Semina: Ciências Agrárias. Londrina, v. 31, n. 4, p. 1071-1078, 2010. PIRES, A.J.V.; CARVALHO, G.G.P.; GARCIA, R.; CARVALHO JUNIOR, J. N.; RIBEIRO L.S.O.; CHAGAS, D.M.T. Capim-elefante ensilado com casca de café, farelo de cacau ou farelo de mandioca. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.1, p.34-39, 2009. RAMOS, G.M.; NASCIMENTO, H.T.S.; LEAL, J.A.; GIRÃO, R.N. Alternativas para suplementação de ruminantes no período seco na região Meio-Norte. Teresina. Embrapa Meio-Norte, 55p. (Embrapa Meio –Norte. Circular Técnica, 23). RÊGO, A.C., Avaliação de silagem de capim elefante (Pennisetum Purpureum, Schum) com inclusão do farelo da vagem de algaroba (Prosopis juliflora). 2008, 81p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. 2008. SAMPAIO, I.B.M; PIKE, D.J.; OWEN, E. Optimal design for studying dry matter degradation in the rumen. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.47, p.373-383, 1985. 33 SAMPAIO, I. B. M. Experimental designs and modeling techniques in the study of roughage degradation in rumen and growth of ruminants. 1988. 214 f. Tese (Doutorado em Fisiologia) – Reading, Univesity of Reading, 1988. SAMPAIO, I. B. M. Contribuições estatísticas e de técnica experimental para ensaios de degradabilidade de forragens quando avaliada in situ In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, REUNIÃO ANUAL, 31, 1994, Maringá, Anais... Maringá: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1994, p. 81-88. SANTOS, G. T.; ÍTAVO, L. C. V.; MODESTO, E. C.; JOBIM, C. C.; DAMASCENO, J. C. Silagens alternativas de resíduos agro-industriais. In: SIMPÓSIO SOBRE PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE FORRAGENS CONSERVADAS, 2001, Maringá. Anais... Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2001. p. 262-285. SELBACH, J. F.; LEITE, J. R. S. A. Meio ambiente no Baixo Parnaíba: olhos no mundo, pés na região. São Luis: EDUFMA, 2008, 216p. SILVA, D. J.; QUEIROZ, A. C. Análise de Alimentos (métodos químicos e biológicos). 3.ed., Viçosa: Imprensa Universitária da UFV, 235 p. 2002. SILVEIRA, A. C. Contribuição para o estudo do capim elefante (Pennisetum purpureum) como reserva forrageira no trópico. 1976. 234p. Tese de Livre Docência - UNESP, Botucatu. SILVEIRA, A.C.; LAVEZZO, W.; SILVEIRA FILHO, S. et al. Consumo de silagem de capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum) submetidas a diferentes tratamentos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.9, n.2, p.306-320, 1980. VAN SOEST. Nutritional ecology of the ruminant. Washington, Cornell Univertsity Press, 476p. 1994 ZANINE, A. M.; SANTOS, E. M.; FERREIRA, D. J.; OLIVEIRA, J. S.; ALMEIDA, J. C. C.; PEREIRA, O. G. Avaliação da silagem de capim-elefante com adição defarelo de trigo. Archivos de Zootecnia, v. 55, n. 209, p. 75-84, 2006. 34 FOTOGRAFIAS DO EXPERIMENTO Figura 1- corte do capim Figura 3 – Picagem do capim Figura 4 – Homogeneização do capim com o subproduto Figura 5 – Enchimento dos silos Figura 6 – Silos vedados Figura 2 – Pré murchamento do capim 35 Figura 8 - Análise da FDA Figura 9 - Amostras no digestor de fibras Figura 10 - Digestão da proteína Figura 11- Destilação da proteína Figura 7 - Análise da FDN Figura 12-Amostra na solução de lignina 36 Figura 13 – incubação das amostras no rúmen Figura 14 - Sacos de náilon Figura 15 - Amostras tempo zero no banho-maria Figura 16 - Lavagem dos sacos após a incubação Figura 17 - Lavagem final dos sacos Figura 18 - sacos na estufa de circulação forçada 37
Compartilhar