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FICHAMENTO ATORES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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FICHAMENTO ATORES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
- Encontra-se na atuação externa do Estado o alicerce das modernas relações internacionais. O Estado é o ator originário do sistema internacional. Pode inspirar-se nos interesses privados de seus nacionais, sejam eles empresas ou indivíduos. Ainda assim permanece como juiz único e supremo da oportunidade, da forma e do agir no plano externo.
- As OI (organizações internacionais) nascem como atores secundários inerentes a vontade dos Estados após o fim da primeira guerra mundial. Possuem caráter publico somente os Estados nelas detém representação plena. Relação criador criatura pois as OI tendem a buscar de forma incessante a diminuição do seu grau de dependência em relação ao Estado.
- As ONGAT (organizações não governamentais de alcance transnacional) são compostos por instituições de origem privada, vinculadas a uma ordem jurídica nacional, que visam em seus objetivos atingir os indivíduos ou os bens localizados no território de dois ou mais Estados, ou em espaços internacionalizados. Ausência formal do Estado, na autonomia da organização em relação aos governos. Criadas para se oporem ao Estado, competindo com ele tanto no campo internacional quanto no nas fronteiras nacionais dele.
- As igrejas são as manifestações de fé organizadas de maneira transnacional. Serve de combustível para conflitos internacionais, mas também exerce forte onda humanitária e valores de solidariedade na sociedade.
- As dificuldades na identificação das seitas, que costumam interferir nas relações internacionais, a exemplo do trafico de narcóticos, pessoas, armas, metais preciosos, lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, corrupção transnacional e principalmente o terrorismo, todos são atores contemporâneos das relações internacionais.
- Há também outro ator, a opinião publica, sua possível manipulação e o impacto diferenciado nas distintas sociedades tornam perigoso o exercício da analise de sua influencia nas RI e a opinião publica nacional ou transnacional.
- Por ultimo está o individuo que por vezes alcança níveis razoáveis de autonomia com relação aos outros atores, tendo acesso ao privilegiado campo de atuação internacional.
O ESTADO
- O Estado é um fenômeno internacional, quando um Estado desaparece em razão de conflitos internos ou internacionais com o fornecimento da vontade de compartilhar valores e destino, a historia demonstra que sua morte equivale ao renascimento de um ou vários outros entes estatais no mesmo espaço territorial.
- O surgimento de novos Estados traz consigo outra característica: grande parte deles é apenas uma caricatura de Estado de direito, ou quase- Estados, a exemplo do Haiti. 
- O Estado desempenha três funções principais: a primeira é de repartidor de espaços, esses que somente adquirem sentido através do Estado. Atinge também o espaço marítimo de 200 milhas, primeiras 12 milhas são mar territorial sobre qual o Estado exerce plena soberania, as outras 188 são consideradas zona econômica exclusiva, detendo direitos exclusivos de exploração econômica, mas não a soberania do mar territorial. Através de tratados internacionais, os Estados definem o mar internacional ou o alto mar, que não é propriedade de nenhum Estado, mas patrimônio de toda a humanidade.
- A segunda função é o Estado-instrumento, que tenta adaptar as sociedades ao ambiente em constante evolução, decorre dos vínculos de causalidade- mudança nascida da necessidade, da funcionalidade- criação de novas estruturas e reforma de outras, e da intencionalidade- capacidade do homem de Estado, ao contrario do burocrata, de moldar seu ambiente segundo os desejados objetivos.
- A terceira função é a obrigação de garantir a segurança aos seus cidadãos. O Estado deve diminuir os riscos de violência proveniente do exterior e eliminar a violência privada dentro de seu espaço territorial. 
- O Estado dispõe da legitimidade que lhe confere o poder fazer nos limites de seu espaço territorial, onde exerce, sem partilha, seu poder discricionário, poder esse que só é limitado pela vontade própria do Estado, a partir de tratados, por exemplo, o Estado não perde sua soberania. O tratado entre Estados expressa, a montante um de seus atributos fundamentais, e a jusante limita ou atinge de qualquer modo uma de suas competências. 
 - O Estado define-se como detentor soberano de um espaço territorial delimitado, ocupado de forma permanente por indivíduos que se vinculam a ele pelo liame da nacionalidade. A partir de um governo que dispõe de vontade e instrumentos, como a diplomacia e as forças armadas, que operacionalizam sua ação externa, o Estado encontra pares no sistema internacional, que apresentam os mesmos atributos. 
- A ausência de um poder comum e de uma ordem centralizada em âmbito externo, ao contrario do que ocorre no plano interno, conduz o Estado a cooperar, competir ou se mostrar indiferente em relação aos outros integrantes do sistema internacional.
- Os Estados possuem personalidade jurídica internacional, que é um atributo exclusivo dos Estados, assim eliminando a nobreza, a igreja e outros rivais concorrentes. A partir disso, é reconhecido ao Estado a exclusividade do exercício de um duplo direito, o de desejar (negociar e concluir tratados) e o de agir (conceder legações e recorrer a força). 
- Conceito de paradiplomacia vem da atuação dos entes infra-estatais, podendo também ser chamado de ativismo publico transnacional, alguns elementos podem ser considerados, o primeiro vincula esse conceito a existência de conflitos étnicos e culturais no interior do espaço nacional e a incapacidade do governo em administra-los. O segundo indica a natureza não conflitante entre esse e a ação centralizada do Estado. 
- Há também o conceito de regionalismo estreito ou de localismo, que identifica as correntes de cooperação transnacional de alcance limitado, envolvendo o intercambio de uma comunidade que foi dividida pela linha de fronteira politica do Estado.
- Com o retorno do Estado de Direito, o processo de integração econômica no âmbito do Mercosul e a interpretação dos interesses externos trouxeram a cena internacional as administrações municipais e concederam aos governadores um espaço inédito de atuação internacional, com isso também foram criadas pelo ministério das relações exteriores escritórios de representação estadual em varias regiões do pais. 
- A atuação do chefe de Estado é a de representação formal do Estado, que independe do regime governamental, capacidade de nomear ou exonerar embaixadores, aceitar o acreditamento de representantes diplomáticos dos Estados estrangeiros e declará-los persona non grata. Todas as convenções também partem da autorização do chefe de Estado, sem essa nenhum compromisso pode se vincular ao Estado, também possui poder de manter a paz externa e declarar a guerra. Pode contar com o apoio dos outros órgãos do Estado como o congresso e conselho de defesa, mas a ultima palavra é sempre do chefe de Estado. A politica das relações exteriores não pode prescindir da ação dele, nada pode ser feito sem seu ativo e formal discurso. 
- Alguns países desejam ter liberdade para criarem os seus próprios Estados, surgindo assim movimentos de libertação nacional, podendo ser considerados atores em construção, um exemplo é o Quebec, que deseja sua independência do Canadá, não devendo ser confundido com um movimento de descolonização, pois esse pais deseja uma secessão, ou seja, desligar-se do território nacional. Junto a esse existe o principio da autodeterminação dos povos, que é um estatuto ambíguo de caráter provisório que se aplica nos territórios, concedendo-lhes limitada autonomia administrativa.
- A politica externa é o processo de percepção, avaliação, decisão, ação e prospecção estatais, inclusive aquelas iniciativas tomadas no âmbito interno que possuam uma incidência além-fronteiras. Pode ser considerada como a resultante entre as necessidades internas e os constrangimentos externos.
- Não deve haver confusão entre politica externae politica internacional: a primeira é consequência da existência do próprio Estado, que o obriga a manter relações externas. Já a segunda decorre da capacidade de agir externamente, do nível de potencia do qual ele dispõe. Somente um numero reduzido de Estados participa da politica internacional, enquanto todos participam da politica externa.
- Portanto, o principio essencial da ação externa estatal resume-se por um lado, no resguardo da amplitude de decisão dentro da linha de fronteira de seu território e, por outro, na tentativa de direcionar os debates sobre as questões internacionais e sobre a evolução interna dos outros Estados, seguindo uma percepção própria do interesse nacional. 
- O interesse nacional é responsável por orientar as tomadas de posições do chefe de Estado, as iniciativas diplomáticas, os acordos comerciais, a constituição de blocos econômicos, os votos nas instâncias multilaterais, as concessões de favores e a obtenção de vantagens entre os Estados.
- Condicionado pela cultura, moral, ideologia, interesses partidários e por sua visão de mundo, o chefe de Estado ou de governo em ultima instância, arbitra as diferentes opções que se apresentam e na melhor das hipóteses, decide da forma que lhe parece mais conveniente e compatível com o que ele julga ser o interesse nacional. 
- A sustentação das atividades externas dos Estados transforma em ação externa a vontade expressa pelo governo em exercício ou em uma verdadeira democracia, a vontade expressa pela parcela do eleitorado que o sustenta no poder. 
- Os elementos estruturais da politica externa são compostos por aqueles que não são passiveis de modificação: a localização geográfica, a dimensão territorial, recursos naturais disponíveis, condições climáticas, cultura dominante que se apresenta por meio da língua, religião e sistema de valores. O fato de o território estar sujeito a diversos perigos ambientais o torna frágil, pois deverá apelar periodicamente a ajuda internacional para fazer frente as catástrofes naturais. A localização geográfica traz consigo a noção de ambiente e de vizinhança, auxiliando a definir o conteúdo, a intensidade e o direcionamento da politica externa dos Estados. 
- Os elementos conjunturais sofrem constante mutação e tendem a se adaptar facilmente as mudanças e a realidade cambiante: nível de desenvolvimento socioeconômico, organização politico administrativa, capacitação tecnológica e nível de mobilização social. 
- A politica externa é sempre centralizada, independente da forma unitária ou federal do Estado. No entanto, um Estado centralizado tende a ser mais coerente em sua ação internacional, embora em detrimento de uma maior legitimidade. Ao transferir responsabilidades e vincular-se profundamente ao exterior, o Estado perde autonomia interna e abandona instrumentos importantes de politica externa.
- Os condicionantes organizacionais informais listam a realidade do embate sociopolítico e como ele pode incidir sobre a formulação e condução da politica externa dos Estados. 
- O grau de mobilização da sociedade incide sobre a politica externa dos Estados, seja de maneira pontual e desorganizada, seja com a constância das ONGAT ou por meio da atuação dos grupos de pressão, por exemplo os que impedem mudanças tanto na politica agrícola comum europeia quanto nos Estados Unidos, bem como aqueles vinculados aos interesses da indústria bélica. 
- Os condicionantes militares exercem extraordinária influencia na PE, o percentual de defesa dos Estados nos gastos governamentais desenham a sua inserção internacional. A defesa nacional é um dos atributos fundamentais dos Estados, é natural que eles procurem se armar ou se colocar sob a proteção dos mais poderosos. E raros são os Estados com estratégia de defesa exclusivamente nacional, pois a quase totalidade dos Estados optou por participar de alianças militares defensivas, baseadas no principio da segurança coletiva. A grande exceção é os EUA, que promovem e lideram essas alianças, mas ainda assim conseguem manter uma autonomia nacional de julgamento e ação.
 - Por ultimo estão os condicionantes culturais: o sistema de valores, caráter nacional, língua, papel desempenhado pela opinião publica, componentes ideológicos e a qualidade dos responsáveis políticos. 
- A primeira constatação do processo de tomadas de decisões consiste na decisão racional, fundamentada numa clara percepção do interesse nacional, que é tomada por um dirigente supremo que age com total conhecimento de causa. Um segundo modelo considera esse dirigente apenas um porta-voz, que resulta do funcionamento normal da burocracia do Estado. Outro modelo indica que as decisões em PE resultam das pressões de setores informais e clandestinos situados no interior das fronteiras do Estado, mas que, de fato, estão vinculados a interlocutores que se encontram no exterior. 
- A ultima categoria sublinha a impossibilidade, para os responsáveis pelos processos decisórios de reunir a totalidade das informações pertinentes e projetar as possíveis consequências de suas decisões. A incessante busca da racionalidade pode ser questionada pois o objetivo a ser perseguido em PE não é uma hipotética e impossível racionalidade, mas sim como fazer com que a decisão tomada atinja os objetivos necessários. 
- A decisão tomada pelo dirigente pode resultar de um jogo de influencia dos diferentes setores da administração publica que possuem percepções próprias e que leva em consideração de forma diferenciada a realidade internacional. A escolha dos instrumentos desejados, podendo ser diplomacia, forças armadas e instrumentos formais, dependerá do objetivo perseguido, uma politica de aproximação ou de confrontação, tratando de aprofundar o conflito ou buscar fórmulas de solucioná-lo e dar demonstrações de cooperação. O diplomata é o agente responsável por essas relações, sendo a ligação dos objetivos externos e a realidade internacional. 
- Uma primeira característica a respeito dos diplomatas é a incompreensão do que é politica externa e da negociação diplomática, a concepção das relações exteriores com sua execução; A segunda consiste em considerar o termo diplomacia como adjetivo; A terceira, com uma carga positiva e misteriosa, afastam os leigos e coloca a diplomacia na mão de profissionais. A origem da diplomacia está ligada a continuidade de uma politica de Estado e a conservação da memoria por meio de arquivos. 
- A diplomacia decorre de diferentes definições: ela está a serviço do Estado e do governo. Nesse sentido, os serviços encarregados da diplomacia são o instrumento da soberania do Estado. A função de representação estatal do agente diplomático retira-lhe os atributos de cidadania quando estes se chocam com os interesses do Estado.
- Um MRE, órgão do executivo, dispõe de uma estrutura burocrática própria e de um serviço permanente localizado no país e no exterior. A discrição e a autonomia deveriam acompanhar as atividades diplomáticas brasileiras mas sofrem com a impossibilidade do Estado de resolver sem ingerência externa, meras questões administrativas. 
- A diplomacia não deve ser confundida com PE. É um instrumento de execução de uma estratégia de negociação para atingir objetivos definidos pelo Estado. Já a PE é uma atividade estritamente intelectual que expressa a concepção do relacionamento externo de um Estado. 
- As quatro principais definições da diplomacia são representação, negociação, informação e proteção. A representação é a mais antiga função, ela implica que o embaixador pode substituir o chefe de Estado de seu Estado junto ao chefe estrangeiro que o acolhe em missão diplomática. A negociação está ligada a capacidade do diplomata de receber instruções e estarem aptos a tratar no nível mais elevado dos interesses do Estado. A proteção está de acordo com que mesmo que os interesses do Estado não coincidam com os nacionais que se encontram em solo estrangeiro, deve ser conduzido a prestar auxilio, socorro e proteção a seus compatriotas, tendo coragem e profundo conhecimentojurídico para tal. Por ultimo a informação, ou observação diplomática, que consiste em recolher informações acerca do Estado visitado. 
- Além do recolhimento de informações de Estados vizinhos, os diplomatas devem divulgar informações de seu próprio Estado que sejam uteis aos objetivos desejados, fazendo um bom banco de dados, se tornando uma boa ferramenta para a ação diplomática. Conhecimento futuro a respeito de PE. 
ATORES SECUNDÁRIOS
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
- Não se tratam de instituições que congregam varias nações, mas exclusivamente Estados. Tais organizações deveriam ser denominadas interestatais ou intergovernamentais, pois outros atores menores das RI podem alcançar somente o patamar de observadores e jamais de membros plenos.
- São percebidas de maneiras diferenciadas pelos Estados membros. Para os mais poderosos são um instrumento inovador de ação externa pelo qual busca a eficácia que o bilateral não comporta, e, sobretudo a legitimidade outorgada pelo coletivo. Para os mais débeis representam fator de sobrevivência. Para os intermediários representam incontornável instrumento de administração publica, como por exemplo, o FMI e o banco mundial da América latina.
- Os princípios do bom governo e da estabilidade econômica são elementos que orientam as iniciativas, quanto maior for o peso do Estados, mais presente será a tendência de perceber a OI como um espaço suplementar de atuação de PE, excluindo os constrangimentos do coletivo.
- Tensão criador/criatura, as OI tentam sair dos limites impostos pelos Estados que figuram seu tratado constitutivo, por uma luta incessante de busca por maior autonomia. A maioria dos Estados reluta em delegar competências e prefere que as OI permaneçam como simples organizações intergovernamentais, cujas decisões são tomadas por consenso ou maioria qualificada.
- Três principais características: caráter multilateral, pelo seu alcance regional ou universal, permanência, pelo fato dela ser criada com o objetivo de durar indefinidamente e institucionalização, pela sua intrínseca rede de relações bilaterais. Essa institucionalização pode ser simples, com um secretariado administrativo que fique sob cuidado de um dos sócios, e complexo com a doação dos poderes para um órgão supranacional, que pode impor certas decisões e suas aplicações. 
- A OI possui impossibilidade de impor uma decisão a um Estado que dela não faz parte, com exceção do poder que detém o CS, podendo constranger Estados não membros da ONU a acatar decisões que objetivam a manutenção da paz e segurança internacional. Somente os Estados soberanos são sujeitos das OI, por deterem a soberania primaria e sua adesão constitui um evidente exercício de soberania. 
- As natureza dos propósitos, atividades e resultados das OI podem ser políticos ou aqueles que buscam cooperação técnica, as primeiras enfrentam questões essencialmente conflitantes e as segundas trabalham com temas para os quais o bom senso e alguns mínimos de racionalidade exigem um tratamento internacional.
- As de natureza politica podem pretender congregar a totalidade do mundo, como a ONU ou parte dele, como a OEA. Seu traço fundamental é o caráter politico diplomático de suas atividades, que tem por objetivo primeiro a manutenção da paz e segurança internacional. As de cooperação técnica descartam a interferência em assuntos de natureza politica e se restringem a aproximar de posições e tomar iniciativas conjuntas em áreas especificas. 
- Estreita relação entre a politização ou a tecnicidade dos objetivos perseguidos pelas OI e o grau de democracia de seu processo decisório. Se mais marcada por questões politicas, estratégicas e diplomáticas, mais se afasta do voto universal. O principio da unanimidade se vincula a legitimidade da decisão, ou ira se afastar da unanimidade, implicando na paralisia ou lentidão das instituições internacionais. 
- O conselho de segurança da ONU funciona num sistema misto, onde necessita de 9 dos 15 votos possíveis, entre eles o dos cinco membros permanentes ou sua abstenção. O voto contrário de um destes impede a tomada de decisão do conselho. Nesse sentido, as OI formalizam e concedem legitimidade a uma hegemonia consensual. É necessário distinguir claramente a ideologia da OI como sujeito da decisão e a ideologia dos atores, os Estados membros. 
- A primeira indicação do exercício do poder internacional aparece no perfil hierárquico dos Estados, os principais traços do meio internacional onde se manifestam a ação e o discurso das OI indicam que sua ideologia esta ligada a dos Estados membros. 
- Baseada no principio que as OI deveriam servir aos interesses da sociedade e descartar a preponderância da influencia dos Estados, a teoria funcionalista se propõe a socializar suas ações e iniciativas. A segunda fase está na impossibilidade de atuação no campo da manutenção da paz e segurança, o vinculo entre paz e desenvolvimento como nova justificativa ideológica de suas atuações. A terceira trata-se do de transnacionalismo, a inviabilidade das importações de bens de capital induziu ao oferecimento de condições para a instalação em solo pátrio de filiais de empresas estrangeiras. A quarta fase é o globalismo, que identificava os limitados recursos em matérias primas da terra e os efeitos perversos da busca por crescimento econômico. 
- O poder dos mercados e dos entes privados que atuam no SI representam um inovador desafio que pode colocar em risco os fundamentos das OI, sobretudo os esforços coletivos que objetivam alcançar a um desenvolvimento solidário e manter a segurança e a paz internacional. 
EMPRESAS TRANSNACIONAIS
- Aquelas cujas matrizes estão localizadas no território de um Estado que lhe concede nacionalidade, possuindo também filiais em outros, tendo controle de filiais em outros países. Pode ser uma aliada ou uma opositora ao poder do Estado hospedeiro, a procura do lucro, da rentabilidade e da segurança para os investimentos realizados pode ocasionar conflitos com autoridades publicas locais. 
- Desajuste no sistema financeiro internacional: quanto mais um país necessitar de auxilio externo, mais alta será a taxa de juros dele cobrada, pois maior é a insegurança do empréstimo. Todos os países desenvolvidos possuem um núcleo de prospecção de mercados, de analise de risco e de estudos sobre as perspectivas da economia mundial. Os investidores contribuem para a fixação por meio de mercados de capitais , quando esses valores são cotados na bolsa de valores, representam outro importante indicador de saúde econômica e do nível de confiança em um país. Uma simples especulação financeira pode acelerar uma crise latente e causar sérios danos a economia de um país ou de uma região, em razão do risco de contagio e da natureza volátil do capital. 
- O calculo da taxa de risco surgiu com a avaliação da saúde das empresas e permanece assim. Balanços confiáveis, gestão transparente e uma boa administração são fatores importantes na avaliação dos investidores da bolsa. 
ONGAT’S
- As organizações não governamentais de alcance transnacional podem ser definidas como instituições sem fins lucrativos de direito privado, podendo reunir pessoas físicas, jurídicas ou morais, com o intuito de atingir objetivos de alcance internacional e de natureza publica expostos em seus estatutos. 
- A jusante auxilia na identificação e contribuem para a solução de microproblemas em suas áreas de atuação. A montante problematizam as macro questões, sobretudo de natureza politica relacionadas as definições de responsabilidades. Representam um ator que se coloca contra o Estado, ou como complemento a ele, agindo com ou sem sua autorização. O que importa é a ação: a concessão ou não de uma autorização do Estado objeto é secundaria. Não pretendem conquistar o poder dele, mas sim secundá-lo. 
- O principio da solidariedade decorre da concepção de que a humanidade é só uma e que qualquer sofrimento ou injustiça imposto a um homem devem ser considerados como uma violência dirigida a todos os homens. Poroutro lado há a defesa de que o mundo possui recursos não renováveis limitados e de que os seres humanos são guardiões da terra e responsáveis por deixar um futuro melhor às futuras gerações. Compromisso moral e ético que interfere de maneira substantiva nas RI.
- Agem junto ao conselho de segurança da ONU. Representa, em definitivo, um dos instrumentos de regulação da sociedade internacional. 
IGREJAS

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