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ADAM SMITH EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO 1 – Origem e sistematização do pensamento econômico 1.1. O pensamento liberal 1.2. O pensamento socialista 1.3. O pensamento marginalista 2 – O pensamento keynesiano 2 2 UMA SÍNTESE DO PENSAMENTO MERCANTILISTA Não há nas concepções mercantilistas o desenvolvimento de uma teoria do valor. A idéia geral é de que o lucro tem origem no ato de troca. Disso resulta a importância dada ao comércio (e à balança comercial favorável); E o fato das grandes companhias de comércio evitarem, ao máximo, a concorrência (defendem o monopólio e o exclusivo comercial). 4 Fisiocracia e a doutrina do laissez-faire Primeira escola econômica - François Quesnay (1694-1774) e o Tableau Économique Reação ao Mercantilismo A doutrina fisiocrática e a questão do valor Características liberais do pensamento fisiocrático Papel do Estado Eliminação de barreiras ao comércio Combate aos monopólios Laissez-faire, laissez passer... 4 4 FRANÇOIS QUESNAY * 1694 (França) - † 1774 Médico do rei Luiz XV 1758: Tableau Économique – marca o início da Escola Fisiocrática. Princípios: ordem natural e ordem providencial, solidamente ligadas à terra, que propõem serenidade ao período de inquietação econômica e política. Fisiocratas Fisiocracia provém do grego: phisis (natureza), cratos (poder), o que significa “poder da natureza”. Grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as idéias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, de maneira sistemática e lógica, uma teoria do liberalismo econômico. Os fisiocratas eram discípulos intelectuais de François Quesnay. A ordem natural é uma ordem providencial, pois é desejada por Deus. Por ser providencial é a melhor possível, e, portanto, deve ser deixada livre para o alcance do progresso econômico e social (raiz da doutrina liberal – laissez-faire). François Quesnay François Quesnay (1694-1774): Procurou criar uma ciência econômica à semelhança das ciências naturais. Para ele, a economia se reduzia a números, nada teria a ver com questões morais e seria independente do processo histórico humano. Considera direitos naturais o direito à vida com liberdade e o direito à propriedade sem restrições. Ordem Natural Os fenômenos econômicos processam-se livre e independentemente de qualquer coação exterior, segundo uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais (idéia de equilíbrio estacionário, retomada por Walras no séc. XIX). A sociedade se compõe de três classes: 1) produtiva, formada pelos agricultores, 2) classe dos proprietários imobiliários/nobreza, e 3) estéril (comerciantes, artesãos/membros das corporações urbanas). A circulação de riquezas ocorre entre essas diferentes classes (idéia do fluxo circular de renda retomada por economistas modernos). Fisiocratas Quesnay critica os mercantilistas: Ele protesta contra uma política que havia abandonado a agricultura para pensar apenas em estimular a indústria e o comércio externo; Protesta também contra a proibição da livre circulação de cereais; e Critica também a idéia de que as riquezas de uma nação se regulam pela massa de riquezas pecuniárias (estoques de divisas). Avanços dos Fisiocratas Economia como um “sistema vivo” Diferenciação de “trabalho produtivo” e “trabalho improdutivo” Organicidade também das Classes Sociais Excedente é gerado pela Produção Liberalismo Econômico na área da economia, os pensadores liberais argumentavam que a única forma de se alcançar o bem-estar geral de uma sociedade seria assegurar aos indivíduos e às empresas plena liberdade de iniciativa a intervenção do Estado, para os liberais, deveria ser limitada ao mínimo indispensável. começou a ser proposto em meados do século XVIII pelos fisiocratas franceses, cujo princípio fundamental era “deixe fazer, deixe passar” (“laissez faire, laissez passer”), sugerindo que o mercado e não o Estado, regulasse a economia. Liberalismo Econômico foi Adam Smith, autor de Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776), quem deu ao liberalismo econômico sua formulação mais completa defendeu que o princípio fisiocrata do laissez-faire, afirmando que o caminho para a prosperidade das pessoas e dos países estaria na livre organização das atividades produtivas e comerciais. seria o próprio mercado, por meio de sua “mão invisível”, que se encarregaria de melhorar a distribuição de renda entre os indivíduos, corrigindo as injustiças sociais. 13 Economia clássica Liberalismo, individualismo e a expansão capitalista Adam Smith e a Riqueza das Nações (1776): a crítica ao Mercantilismo. O trabalho com fonte do valor (teoria do valor trabalho) Trocas, divisão do trabalho e economias de escala (a experiência da Revolução Industrial) A “mão invísivel” do mercado. 13 13 OS CLÁSSICOS Adam Smith (1723-1790) David Ricardo (1772-1823) John Stuart Mill (1806-1873) Jean-Baptiste Say (1768-1832) Thomas Malthus (1766-1834) KARL MARX (1818-1883) ADAM SMITH * 1723 (Escócia) - † 1790 Segunda metade do século XVIII: início da 1ª Revolução industrial Professor de “Filosofia moral” da Universidade de Glasgow 1759: A Teoria dos Sentimentos Morais 1776: A Riqueza das Nações ADAM SMITH Princípios de “A Riqueza das Nações” A Economia entendida como a ciência que se ocupa da “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações” Trabalho (entendido como atividade produtiva) é a fonte de riqueza das nações. A produtividade diferenciada entre países é tida como a explicação dos diferentes níveis de riqueza entre as nações. Princípios de “A Riqueza das Nações” A produtividade é causada pela “eficácia do trabalho”, e esta provém da divisão do trabalho (e não das propriedades naturais da terra): Pelo aumento da destreza de cada trabalhador Pela economia de tempo decorrente da “racionalização do processo de trabalho” Pela invenção de um grande número de máquinas... permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos São duas as condições prévias para a divisão do trabalho: extensão do mercado (decorrente da “propensão natural à troca” e da facilidade de transportes) e abundância de capitais (derivados dos lucros conseguidos a partir do “produto líquido do trabalho” e utilizados como “capacidade de comandar trabalho”). Princípios de “A Riqueza das Nações” A política mais favorável à ampliação dos mercados e do capital é a da liberdade do comércio. A maneira como o produto do trabalho é dividido entre os salários, renda fundiária e lucro é o que torna uma nação mais ou menos rica. “O valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a possui...e que tenciona trocá-la por outras, é igual à quantidade de trabalho que lhe permite adquirir. Logo, o trabalho é a medida do real valor de troca de todas as mercadorias” Jean Baptiste Say (1768-1832) JEAN-BAPTISTE SAY (1768-1832) AMPLIOU AS ANÁLISES DE SMITH. SUBORDINOU O PROBLEMA DAS TROCAS DE MERCADORIAS A SUA PRODUÇÃO, ELABORANDO UMA TEORIA QUE FICOU CONHECIDA COMO LEI DE SAY. ESTA LEI CONSITIA DA AFIRMAÇÃO DE QUE “A OFERTA CRIA SUA PRÓPRIA PROCURA”; OU SEJA, O AUMENTO DA PRODUÇÃO GERARIA A RENDA NECESSÁRIA PARA SEU PRÓPRIO CONSUMO. 22 DAVID RICARDO (1772-1823) Princípios de Economia Política e Tributação” - 1817 Teorias de desenvolvimento econômico e comércio internacional Teoria do Valor - valor da mercadoria determinado pela quantidade de trabalho Teoria da Renda da Terra Teoria das Vantagens Comparativas 22 22 DAVID RICARDO David Ricardo: todos os custos se reduzem a custos de trabalho e mostra como acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda. Desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria das vantagens comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista. Principal obra: “Principles of Political Economy and Taxation”-1817. Causa: conflito (antagonismo) entre indústria e agricultura. Sua principal contribuição foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir uma teoria do valor a partir da aplicação do trabalho. Outra contribuição foi a Lei do Custo Comparativo, que demonstrava os benefícios advindos de uma especialização internacional na composição dos commodities do comércio internacional. Este foi o principal argumento do Livre Comércio, aplicado pela Inglaterra, durante o século XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas. DAVID RICARDO A sua teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem beneficiar-se do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. Pois, Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro em um país nem o valor monetário desse dinheiro era o maior determinante para a riqueza de uma nação. Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes. Ao apresentar esta teoria, usou o comércio entre Portugal e Inglaterra como exemplo demonstrativo. DAVID RICARDO A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. No exemplo construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal), dois produtos (tecidos e vinho) e apenas um fator de produção (mão-de-obra). A partir da utilização do fator trabalho, obtém-se a produção dos bens mencionados, conforme o quadro a seguir: Quantidade de Homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria Tecidos / Vinho Inglaterra 100 120 Portugal 90 80 Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo na produção de ambas as mercadorias. Mas em termos relativos, o custo de produção de tecidos em Portugal é maior que o da produção de vinho, e, na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos. Comparativamente, Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos. DAVID RICARDO A TEORIA DA POPULAÇÃO MALTHUSIANA FOI O PRIMEIRO A ELABORAR E SINTETIZAR UMA TEORIA SOBRE POPULAÇÃO. PARA ELE O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DEPENDIA RIGIDAMENTE DA OFERTA DE ALIMENTOS. SEUS ARGUMENTOS DERAM CONSISTÊNCIA À TEORIA DOS SALÁRIOS DE SUBSISTÊNCIA . THOMAS MALTHUS (1766-1834) PARA MALTHUS O PROBLEMA CONSISTIA NO EXCESSO POPULACIONAL. ENQUANTO A POPULAÇÃO CRESCIA EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA, A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS CRESCIA EM PROGRESSÃO ARITIMÉTICA. O CRESCIMENTO POPULACIONAL OBEDECIA O INSTINTO DE REPRODUÇÃO E SE RESTRINGE POR LIMITAÇÕES DERIVADAS DA MISÉRIA, DOS VÍCIOS E DA DEGRADAÇÃO MORAL, QUE ATUAM SOBRE A NATALIDADE E A MORTALIDADE. ADVOGOU O ADIAMENTO DE CASAMENTOS E A LIMITAÇÃO VOLUNTÁRIA DOS NASCIMENTOS NAS FAMÍLIAS POBRES. ACEITAVA A GUERRA COMO UM MAL NECESSÁRIO NA MEDIDA EM QUE CONTRIBUÍA PARA INTERROMPER O CRESCIMENTO POPULACIONAL. THOMAS MALTHUS THOMAS MALTHUS
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