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Farmacologia - Resumo para Prova 2

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Aula 1 da prova 2 de Farmacologia - Betina
DIURÉTICOS:
# Revisada em fisiologia e anatomia:
Néfron – unidade funcional do rim, que tem milhares. Capsula de Bowman onde ocorre a filtração glomerular, tem o glomérulo dentro... o túbulo contorcido proximal, a alça de Henle e o túbulo contorcido distal e o ducto coletor. *O sódio é o principal eletrólito componente da urina.
Importância: Diferentes diuréticos vão atuar em diferentes pontos. 
# Reabsorção e Secreção nas diversas regiões do Néfron:
Reabsorção: da luz tubular para o sangue. Secreção: do sangue, para dentro do túbulo. Absorção: da luz para o sangue. Filtração: pelo glomérulo.
Túbulo proximal: reabsorção de sódio, reabsorção de água: a osmolaridade dentro e fora do túbulo se mantém, por que o sódio arrasta a água.
Ramo descendente da alça de Henle: único local do néfron onde NÃO OCORRE a reabsorção de sódio, isso vai nos dizer que os diuréticos em geral não agirão aí, visto que a grande maioria age inibindo a reabsorção de sódio. Não há reabsorção de sódio, mas há reabsorção de água, isso quer dizer que a urina nesta porção é muito concentrada (lógico, pois a água é reabsorvida → sai da urina e volta para a corrente sanguínea), a água é reabsorvida, mas o sódio não, ele é secretado (vai participar da urina).
Ramo ascendente da alça de Henle: local onde o sódio é mais fortemente reabsorvido. Isso quer dizer que o diurético que agir nesta porção vai ser muito potente, inibindo a reabsorção. A urina aqui, como tem muita reabsorção de sódio e a membrana aqui é impermeável à água (ou seja, água não é secretada e nem reabsorvida), vai ser mais diluída. Pouquíssimo eletrólito.
Túbulo distal: Na porção mais proximal, ocorre a reabsorção de sódio acompanhada da reabsorção de cloro. Na porção mais ampla do túbulo distal há uma reabsorção de sódio em troca da secreção de potássio, patrocinada pela Aldosterona. Na presença ocorre a troca da reabsorção de sódio pela secreção de potássio.
Túbulo/Ducto coletor: Ocorre a reabsorção de água, que é patrocinada pelo hormônio ADH. Único local que depende da presença do ADH.
600ml/min. de sangue passam pelo glomérulo, apenas 1/5 são filtrados, ou seja, 120ml e 1ml é eliminado. 119ml são reabsorvidos. Se impedir a absorção de 1% destes 199ml estarei aumentando mais de 100% a eliminação. 1ml + 1,19ml = 2,19ml
Mecanismo de formação da urina: Qual é o mais importante?
Filtração glomerular
Reabsorção tubular
Secreção tubular
Os rins analisam o nosso sangue, todo momento: Parte é filtrado e parte segue circulando. O que é urina? É o sangue filtrado. Porque ela é clara? Porque não há componentes “figurados”, eles não são filtrados. Se houvesse a presença dos mesmos na urina, alguma coisa está mal. Não pode haver componentes figurados, proteínas, substancias no geral de alto peso molecular. O rim realmente analisa o que pode e o que não pode ser filtrado.
Se o coração não estiver funcionando bem, o rim também não estará. Nós podemos mexer com:
Reabsorção tubular: Podemos. Com o uso de diuréticos.
Filtração glomerular: mais ou menos (quando há uma baixa na filtração muito grande poderia até tentar aumentar a diurese entrando com cloreto de sódio: seria filtrado, mas com a baixa na filtração glomerular nós temos pouca formação de urina, ativa-se a reabsorção do sódio muito rapidamente não arrastando água nenhuma). 
Secreção: com algum medicamento que faça competição pela secreção tubular: os diuréticos tipo os de alça, tiazídicos, precisam ser secretados para dentro do túbulo para agir como diuréticos. Eles não são filtrados. Ex.: quando se tem uma Insuficiência Renal Aguda há maior concentração de ácidos orgânicos no sangue, então, como eles são secretados (é assim que eles saem do nosso organismo), os tiazídicos (que para agirem tem que ser secretados), perdem a competição pela secreção para os ácidos orgânicos, que não deixam os tiazídicos serem secretados ocupando o lugar. Os analgésicos são secretados, a penicilina, dentre outros.
OBS.: antigamente se usava um medicamento chamado probenecide, que era usado para prolongar o efeito da penicilina, administrado junto para competir com a secreção de penicilina e a dose do probenecide fazia com que a penicilina não fosse secretada e continuasse agindo. 
# Diuréticos Fisiológicos: A água e o álcool são os principais. 
Água: Mecanismo de ação: vamos pensar assim, a água principalmente vai ser diurético numa super-hidratação. Todos urinam mais se ingerirem mais liquido. Todos temos um ritmo de diurese, alguns urinam mais, outros menos. Mas todos, se houver uma ingestão maior de água, aumenta a diurese. Elimina-se mais ou menos a mesma coisa que se ingere de líquidos. Na super-hidratação o sangue fica mais diluído, que vai estimular osmoreceptores que enviarão um sinal via neuronal para o eixo hipotálamo-hipófise, que vai mandar um sinal para diminuir o ADH, diminuindo a liberação deste, a água não será reabsorvida, e sim, eliminada.
Resumo: ↑ingestão de água → Sangue fica diluído → Osmoreceptores → Eixo H-H → ↓ADH → água segue seu caminho no túbulo até virar urina, sem ser reabsorvida.
Álcool: Mecanismo de ação: Tem a ver mais com medicina humana, portanto creio que não cairá na nossa prova... mas cito de toda forma: Não se conta com a diluição do sangue, então ele vem diretamente ao Eixo H-H, inibe a liberação do ADH, de restante, igual ao da água.
Resumo: Ingestão de álcool → Eixo H-H → ↓ ADH → água não é reabsorvida e segue seu caminho.
# Diuréticos Osmóticos: Os principais em veterinária são Manitol e Glicose.
Uma substancia osmótica é aquela que atrai liquido para junto de si. Todos os diuréticos osmóticos têm estrutura de açúcar, e estas fazem que os mesmos sejam osmóticos, que atraiam liquido para junto das suas moléculas. Quanto maior o número de moléculas osmoticamente ativas, maior a diurese, maior o poder diurético do diurético. 
Os diuréticos osmóticos atuam pela sua presença física... atuam por estarem ali. O que determina o maior ou menor número de moléculas é o peso molecular.
Exemplo: 2 substancias a 20%, uma com maior peso molecular que a outra, há diferença na atuação, visto que a de maior peso molecular atua puxando mais água que a outra, de menor peso. 
Características dos diuréticos osmóticos:
Osmoticamente ativos – explicado acima;
Farmacologicamente inertes – não tem mecanismo de ação farmacológico atuando pela presença física.
Não eletrolíticos – açúcares sem carga;
Livremente filtráveis – quando um rim não está funcionando, se der um pouquinho desse diurético ele TEM que arrastar a agua e aumentar a diurese, se não arrastou é porque tem-se já uma insuficiência renal instalada. Sempre são filtráveis no rim saudável. 
O Manitol é totalmente NÃO REABSORVIDO, ficando onde colocaram. É utilizado IV (principalmente no edema cerebral sem hemorragia) injeta-se na veia, circula até o cérebro, puxando o liquido de edema para junto dele, do LEC para dentro do vaso, continua circulando e é filtrado. A glicose se for administrada sem doença nem nada, é TOTALMENTE REABSORVIDA. Ela só atua como um diurético osmótico, quando ela estiver em excesso (diabetes, insuficiência renal). Quando somente a quantidade ultrapassa a velocidade da reabsorção. 
Mecanismo de ação: atuam na alça de Henle principalmente, aumentando a eliminação de quase todos os eletrólitos importantes na fisiologia renal.
Farmacocinética: Manitol – via venosa (via oral somente em diarreia osmótica: quando se quer operar o intestino ou no caso de realização de uma colonoscopia).
# Diuréticos Tiazídicos: Hidroclortiazida é o principal.
Mecanismo de ação: Principalmente no TCD, mas também agem no TCP.
Atuam aumentando a eliminação de sódio e cloro, porque os diuréticos tiazídicos inibem a reabsorção de sódio acompanhado do ânion fixo cloro no túbulo contorcido distal, na parte mais proximal deste túbulo: sódio permanece na luz tubular, arrasta a água e por fim aumenta a diurese.
Resumo: Inibição da reabsorção de sódio e cloro
(porção mais proximal do distal) → Na+ permanece na luz → arrasta a água → ↑ da diurese.
Características: 
Hipopotassemia ou Hipocalemia: O sódio que fica na luz, até chegar na região do túbulo em que o sódio é trocado pelo potássio, e quando aumenta a contração de sódio neste local, o potássio é muito mais secretado visto que chegou mais sódio. Havendo a perda de potássio. Se a perda de potássio e muito grave, indicasse sais de potássio.
Promovem a reabsorção de cálcio (reduzem sua excreção): aumenta a reabsorção de cálcio, fazendo-o aumentar na circulação. Aplicação na clínica humana em doenças de nível ósseo como a osteoporose.
Alcalose metabólica: perdem-se íons negativos que é o cloro, levando na alcalose, mas isso não interfere no efeito do diurético. 
Administração aguda: aumenta a excreção de ácido úrico, muito raramente. Se fosse para ter essa função, seria utilizado na gota.
Administração crônica: diminui a excreção de ácido úrico: contraindicação em gota.
Farmacocinética: 
Disponibilidade da via oral
Sofrem secreção tubular
Competição com a Probenecida
Inadequados na I.R. – acumulo de ácidos orgânicos que competem com a secreção dos tiazídicos.
Os Tiazídicos são saluréticos moderados, não são tão potentes quanto os de alça!
# Diuréticos de Alça: Furosemida (é o mais conhecido - lazix) e Bumetanida
Algumas pessoas tomam erroneamente para emagrecer, o que não se deve pois perde-se água, porém não gordura, correndo perigo de desidratação. 
Mecanismo de ação: atuam no ramo ascendente da alça de Henle, sendo os mais potentes fazendo a inibição do co-transporte existente nesta área (sódio, cloro e potássio), esta inibição ocorre pela furosemida se ligando à enzima transportadora impedindo que a mesma carreie as substancias. O sódio está junto dos outros elementos neste transporte, permanece na luz, arrasta a água, aumentando a diurese. Quem determina o aumento a diurese é o sódio, os outros só fazem parte do transporte pela mesma proteína. 
*A furosemida é contraindicada na gravidez/prenhes visto que mobiliza liquido amniótico.
Características: 
Vasodilatação – para aumentar o afluxo de sangue ao coração, no caso de ICC (aliviando a carga do coração)
Diminuem a reabsorção de cálcio (usados para tratar hipercalcemia) – contrário dos tiazídicos.
Muito potentes
Tempo curto de latência, agindo rapidamente: se for injetado, 30 minutos depois já se tem a diurese.
Curta duração de ação, dura cerca de 3 horas e o efeito já vai diminuindo, necessitando novas doses.
Alcalose metabólica – pela perda de cloro (íon negativo)
Hipopotassemia – mesma explicação dos tiazídicos: O sódio que fica na luz, até chegar na região do túbulo em que o sódio é trocado pelo potássio, e quando aumenta a contração de sódio neste local, o potássio é muito mais secretado visto que chegou mais sódio. Havendo a perda de potássio. Se a perda de potássio e muito grave, indicasse sais de potássio.
Farmacocinética: 
Via de administração – oral e venosa;
Ligam-se muito às proteínas plasmáticas extensivamente – cuidar interação medicamentosa;
Secreção tubular;
Mesmo sistema da secreção de ácidos orgânicos - competição com a furosemida
# Diuréticos Poupadores de Potássio: 
Mecanismo de ação: inibem a troca de sódio por potássio, fazendo com que o sódio permaneça na luz, arraste a água e aumente a diurese. São utilizados para impedir a perda de potássio, promovido pelos diuréticos que fazem Hipopotassemia. Como diuréticos em si são muito fracos, são utilizados juntamente com outros diuréticos mais fortes.
Grupo dos Competitivos com a Aldosterona: Espironolactona através de seu metabólito ativo, Canrenona. Agem competindo com Aldosterona, agindo diretamente na membrana do túbulo. A Canrenona se liga aos receptores da Aldosterona, impedindo que a mesma se ligue, portanto, não ocorre a ação da mesma no túbulo que é patrocinar a troca de sódio por potássio.
*Hiperaldosteranismo: quando é liberado uma quantidade muito grande de Aldosterona, que retém sódio, que aumenta a volemia que por fim aumenta a pressão arterial. 
Grupo dos Não-Competitivos: Amilorida, Triantereno e Clorazanil. São associados aos tiazídicos numa mesma formulação... os prescritores não gostam deste formato pois se acontece alguma coisa como baixa da pressão por exemplo não podem tirar os dois. Em veterinária, eles não são usados como monoterapia em pressão arterial, visto que o diagnóstico é muito difícil {what?}. Agem alterando o transporte através da membrana, então o sódio não é reabsorvido ficando na luz.
# Usos terapêuticos Da Furosemida em Medicina Veterinária: 
Insuficiência Renal Aguda – fase Oligúrica (pouca urina): quando se tem a possibilidade de reversão, pois muitas vezes a insuficiência já está instalada e não tem reversão. (Receptores dopaminérgicos a nível renal fazendo vasodilatação para aumentar aporte sanguíneo). Furosemida + Dopamina;
Edema Cerebral (sem hemorragia): Diuréticos osmóticos, atrai o liquido de edema. Já explicado mais acima no conteúdo. Furosemida e\ou Manitol;
Hemorragia pulmonar: durante o exercício em equinos, se for permitido, uso enduro (por competição eu acho, pois foi o único significado que encontrei no dicionário), é administrado como preventivo antes da competição. Furosemida sozinho;
Hipercalcemia: quando surge está associada a tumores. Furosemida + Espironolactona;
Síndrome Nefrótica: pois há uma perda muito grande de proteínas a nível de néfron. Furosemida sozinho;
ICC: os felinos mais sensíveis a este medicamento. Furosemida sozinho;
Hipertensão: sozinho não se usa, porém junto com bloqueador beta, IECA, vasodilatador.
Glaucoma: diuréticos osmóticos.
INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA:
Aula sobre fármacos que aumentam a força de contração do coração, utilizados na Insuficiência Cardíaca.
O que é a ICC? É a incapacidade do coração de bombear o sangue para o resto do organismo, O² e nutrientes para os tecidos. Primariamente pela falta de força de contração.
Causas: diversas causas... exemplos: Cardiopatia Isquêmica após infarto do miocárdio (alta percentagem), sobrecarga crônica de pressão, Sobrecarga crônica de volume (ex. valvulopatias), miocardiopatias congênitas (no caso de humanos, as crianças também podem ter de forma congênita). 
Ocorre em decorrência de anormalidades:
Esvaziamento ventricular (função sistólica ou inotrópica)
Enchimento ventricular (função diastólica)
Mecanismo da IC:
Quando a IC se inicia por diminuição da força do miocárdio o processo segue com alterações no próprio músculo e no organismo como um todo. Pode haver uma alteração na estrutura e na forma do coração chamada remodelação ventricular (aumenta a espessura da parede do ventrículo, tudo numa tentativa de melhorar a IC). Este processo envolve aumento do estresse oxidativo, inflamação local e morte celular programada (apoptose). As alterações sistêmicas (fora do coração) decorrem de diminuição da capacidade de perfusão tecidual (visto que o coração está com menor bombeamento), ou seja, de levar e trazer os elementos necessários ao funcionamento das células. Lembrando que se há problemas cardíacos como a IC, leva à IR (insuficiência renal).
Resumo da IC: ↓ força de contração → ↓Débito Cardíaco → Estímulo de Barorreceptores Aórticos e Carotídeos (devido à baixa do débito) → Simpático vai ser ativado (para fazer taquicardia, vasoconstrição, enfim, todos os efeitos simpáticos para tentar compensar a falta de força de contração) → ↑ pressão venosa (hipertensão venosa, com a jugular palpável na IC) → Estase venosa (se a IC for instalada agudamente causa uma Hepatomegalia) → Retenção de líquido devido ao aumento da pressão venosa (edema) → ↓ diurese (por diminuição da filtração glomerular)→ ↓ retorno venoso
Quando diminui a diurese devido à baixa da filtração glomerular, é ativado o sistema renina-angiotensina-Aldosterona, que retém sódio, retém liquido, aumenta a volemia, aumenta a pressão arterial, tudo no sentido de melhorar, porém não melhora. É o segundo mecanismo
cujo organismo lança mão para tentar compensar a falta de contração. Hipertrofia, é o terceiro mecanismo: remodelação, aumentando a fibra. (O primeiro mecanismo seria?)
Se for usado um fármaco que aumente a força de contração estaremos regredindo este quadro, utiliza-se um diurético junto. O coração guarda um sangue residual visto que não tem força para ejetar tudo, e este volume de sangue volta, indo para o pulmão por exemplo, podendo causar edema (edema retrogrado de pulmão), causando dispneia. 
Existem vários sistemas envolvidos nestas alterações, como: {ela não deu bola para esta parte na aula, é desprezível}
Sistema nervoso simpático
Sistema renina-angiotensina-Aldosterona 
Substâncias constritoras dos vasos, como a Endotelina 
Substâncias dilatadoras dos vasos, como o Óxido Nítrico 
Substâncias inflamatórias, como as Interleucina-6, Interleucina-1 e Fator de necrose tumoral alfa
 
*O número de sistemas envolvidos é muito grande e apenas parcialmente conhecido. A interação entre estes múltiplos sistemas leva a progressiva diminuição da capacidade do coração funcionar como efetiva bomba propulsora sangue.
Sintomas: Dispneia, Cansaço, Tosse, Sintomas Digestivos, Edema
Tratamento: Diminuição dos sintomas, melhora na qualidade de vida e Aumento da sobrevida. IECA, Diuréticos (por causa do edema de pulmão e edema generalizado), Digitálicos, Nitratos (vasodilatadores) e Antagonistas dos receptores de angiotensinas (somente usados se o paciente não responder aos IECA).
**Slides de diuréticos >> já falado na aula antes do intervalo, de diuréticos!! Só citou: “Porque usamos furosemida principalmente? Mobiliza líquidos, tem ação rápida, diminui o edema aumentando a diurese”.
***Uso racional de medicamentos: mais barato, bom efeito... não dar um diurético de alça para um cobrador de ônibus, pois em cada parada ele teria que descer para urinar. 
# Digitálicos: 
O termo digitálico deriva de plantas conhecidas vulgarmente como dedaleira, cujas flores lembram “dedos”. Plantas: Digitalis spp., Digitalis purpúrea e D. Lanata. É um alcaloide.
{Ela pulou o histórico no áudio, copiei e colei abaixo mas creio que seja desprezível:}
O uso dos digitálicos remonta aos gregos e romanos;
Em 1785 William Withering usou no tratamento do edema com sucesso;
A atuação sobre o coração foi sugerida por John Ferrier, em 1799, e somente em 1910 Wenckebach comprovou seu efeito estimulante sobre o músculo cardíaco;
A partir do século XIX foram indicados no controle das taquiarritmias embora considerados muito tóxicos;
Existem relatos do uso dos digitálico com sucesso no tratamento da ICC e do seu efeito inotrópico positivo no início do século XX.
Química: é um esteroide, e como tal ele tem o núcleo ciclo-pentano-perido-fenantreno, com um anel lactônico com dupla ligação e mais os açúcares. Possuem as OH que darão a Hidrossolubilidade ou lipossolubilidade do composto: quanto mais OH, mais lipossolúvel.
Mecanismo de ação: {ela pediu que ignorássemos o slide, e que focássemos na explicação que coloquei abaixo:}
Para que a fibra cardíaca se contraia, precisa-se de uma despolarização, onde ocorre a rápida entrada de sódio na fase 0, que depois sai em troca do potássio. O sódio é removido pela bomba de Na+\K+. Esta bomba, é quem é inibida pelos cardiotônicos: ela é uma proteína transportadora, ou seja, inibe no lugar do potássio. Se a bomba é inibida, aumenta o gradiente de sódio no LIC. Enquanto isso, a bomba de Na+\Ca+ está lá: quando aumenta o gradiente de sódio no LIC, impede que entre mais sódio pela outra bomba, cálcio não sai, aumenta a força de contração.
Propriedades Farmacológicas: Diminui a Frequência Cardíaca!!!
Efeitos inotrópico positivo – aumenta a força de contração. EFEITO FUNDAMENTAL.
Efeitos parassimpatomiméticos nos nódulos sinusal e atrioventricular e nos átrios – quando o paciente está com IC, seu coração bate 120-140bpm, em repouso. Quando se entra com medicamento, ↑ a força de contração, ↑ débito cardíaco, desaparece o estimulo dos barorreceptores, e o simpático para de agir, entrando o parassimpático, que reduz a excitabilidade dos nodos, causando uma bradicardia. Bradicardia esta que pode não ser uma bradicardia propriamente dita, mas sim uma bradicardia comparada à taquicardia em que estava antes. Passa de 120bpm para 90bpm por exemplo. Em 72 horas o quadro é revertido, ocorre aos poucos.
Estimulação vagal central – vago faz o coração “frear”.
*OBS: Função atrial: Inervação colinérgica é mais rica nos átrios
** O índice terapêutico dos cardiotônicos é baixíssimo, em torno de 2, então quer dizer que o paciente intoxica facilmente: a dose toxica está muito próxima da dose eficaz. Deve-se sempre se adequar a dose, uma dose baixa não causara risco de intoxicação como uma dose maior.
Farmacocinética:
Digoxina: Dos dois citados é o mais usado. Polaridade é maior tem meia-vida mais curta (36-48hr), não sofre biotransformação, eliminada somente pelo rim praticamente inalterada; absorvida até 75%. 
Digitoxina (transformada pelo fígado em Digoxina) é apolar, completamente absorvida (100%) e sua Biotransformação Hepática; Meia-vida demora dias. Eliminada via hepática, fecal {??}
Efeitos Adversos: Sinais de toxicidade ou intolerância por ordem de aparição:
TGI: Primeiras alterações
Perda de apetite
Náuseas
Vômitos
Dor na parte baixa do estômago
Diarreia
Cardíacos: 
Cansaço ou debilidade não habituais
Batimentos cardíacos lentos ou irregulares
 Centrais: Normalmente nos mais idosos:
Visão embaçada ou outros distúrbios visuais
Sonolência
Confusão ou depressão mental
Dor de cabeça
Desmaios
Usos Terapêuticos em Veterinária:
Principal indicação é na disfunção miocárdica sistólica, que apresenta taquiarritmia supraventriculares. É usado na ICC, e nas taquiarritmias supraventriculares (alterações atriais).
ANTIHIPERTENSIVOS:
A Hipertensão não é o o que mais acomete os pequenos animais, mas a insuficiência cardíaca é, e a hipertensão e um agravo para a insuficiência cardíaca. É um fator de risco muito importante para as doenças cardiovasculares, entre estes destaca-se o AVC. 
Classificação dos Anti-hipertensivos:
Diuréticos – hipertensão leve.
Inibidores do Sistema Nervoso Simpático:
Drogas de ação central
Drogas de ação periférica
Bloqueadores de receptores α e β
Inibidores da enzima conversora de Angiotensina 
Anti-hipertensivos diuréticos:
Tiazídicos: Hidroclortiazida, Clortalidona 
De alça ou Teto Elevado: atuam na porção do néfron onde é mais intensa a reabsorção de Sódio, por isso chamados de potentes, pois atuam num local que inibindo a reabsorção de Sódio, ocorre um aumento do mesmo na luz, importante. Furosemida (o diurético de alça mais usado- Lazix), Ácido etacrínico e Bumetanida 
* Furosemida é contraindicada na prenhes pois mobiliza líquido amniótico. 
Poupadores de Potássio: o exemplo principal dos competitivos com a Aldosterona é a Espironolactona que atua através de um metabólito ativo (reação de ativação). Triantereno, Amilorida são exemplos dos não competitivos, atuam na membrana dos túbulos distais impedindo a reabsorção de Sódio;
>> Mecanismo de ação: o mecanismo de ação mais compreensível é a reabsorção inibida de sódio, aumentando-o na luz, arrastando água e, por conseguinte aumentando a diurese. Isso diminui a volemia e o débito cardíaco, diminuindo a PA.
>> Utilidade clínica: hipertensão leve como monoterapia; Hipertensão moderada à grave: terapia combinada com os anti-hipertensivos.
Anti-hipertensivos Inibidores do SNASimpático:
Drogas de ação central: α-metildopa e clonidina (anti-hipertensivos, anti-adrenérgicos que atuam centralmente). 
# Mecanismo de ação: Estímulo de receptores α2 pré-sinápticos, que diminuem a liberação do neurotransmissor fazendo com que não haja estímulo nos receptores pós-sinápticos.
# A diferença entre os dois fármacos consiste no fato da clonidina atuar diretamente nos receptores e a α-metildopa ter que ser transformada em α-metil-dopamina → α-metil-noradrenalina
aí age.
# Reações adversas: 
Clonidina: boca seca, tonturas. Não pode ser retirada abruptamente por causa do fenômeno rebote (aumento da pressão arterial se tirada abruptamente);
α-metildopa: sedação, tonturas, boca seca, cefaleia.
Drogas de ação periférica: β-Bloqueadores
>> Classificação:
ASI (Atividade Simpatomimética Intrínseca: estimular os receptores antes de bloquear: agonista parcial): 
São os O.P.A.: Oxiprenolol, Pindolol e Acebutolol. Não devem ser usados em pacientes que já estão com atividade simpática aumentada, pois aumentaria mais antes de bloquear.
Cardiosseletivos: A.M.A.: Atenolol, Metoprolol e Acebutolol. Preferencialmente bloqueiam os β1 cardíacos, mas se a dose for muito aumentada a seletividade é perdida, e acabam bloqueando β2. Podem ser usados em asmáticos, visto que em dosagem correta não afetam os receptores β2 pulmonares.
Ação Quinidínica: ação estabilizadora de membrana (são os anestésicos locais, bloqueiam os canais de sódio), numa arritmia o que acontece é a desestabilização de membrana, então administra-se um bloqueador com estabilização de membrana, causando a melhora da arritmia. Propranolol.
>> Mecanismo de ação dos β-Bloqueadores: Bloqueio de receptores β.
>> Utilidade clínica dos β-Bloqueadores: Na hipertensão. 2 a 3 semanas o efeito máximo é atingido. Pode ser usado como monoterapia, mas na hipertensão grave é usado juntamente com outro anti-hipertensivo e mais um diurético. 
>> Efeitos Colaterais dos β-Bloqueadores: Mais comuns em idosos e também em altas doses
Fadiga, letargia e frieza das extremidades são as queixas mais comuns. 
Diminuição da função sexual nos homens: causa de abandono de tratamento;
Com os lipossolúveis (como o Propranolol) pode ocorrer sonolência e pesadelos, pois atravessam a BHE causando efeitos centrais.
Broncoconstrição: pois bloqueia a broncodilatação. (α1 nos brônquios: vasoconstrição e com isso descongestionamento dos brônquios).
Drogas de ação periférica: α-Bloqueadores - Prazosin e Fentolamina
Fentolamina: é usada quando se deseja uma ação rápida. Um exemplo é em casos de manipulação de tumor de suprarrenal (feocromocitoma), afim de evitar os efeitos simpáticos como aumento de pressão por exemplo.
Prazosin: pode ser usado como anti-hipertensivo, mas não é a primeira escolha; tem um ótimo efeito na hipertrofia prostática pois bloqueando α, relaxa a próstata, e dá uma maior fluidez da urina através dos ureteres. Também conhecido como falso Viagra (vasodilatador).
*Porque o Prazosin NÃO provoca taquicardia? Bloqueia especificamente α1 pós-sináptico, a noradrenalina se junta na fenda e estimula α2 a liberar menos neurotransmissor, não tendo neurotransmissor disponível para estimular β e provocar a taquicardia.
>> Mecanismo de ação: bloqueio de receptores α.
>> Utilidade Clinica: Não é usado como monoterapia. Geralmente é associado à βbloqueador e diuréticos. Pode provocar a hipotensão ortostática de primeira dose, que pode ser evitada com doses iniciais menores e à noite.
IECA: inibidores da enzima conversora de ANGIOTENSINA: Captopril e Enalapril
>> Introdução:
O Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona foi reconhecido como um mecanismo que estimula a síntese (liberação) de Aldosterona e como importante mecanismo hemostático na regulação da pressão arterial e da composição eletrolítica.
*Não esquecer que a Aldosterona é aquele hormônio que patrocina a troca de sódio por potássio na porção proximal do túbulo distal. Através deste papel que regula a pressão arterial pois devido os efeitos que causa como diurético, acaba por inibir a liberação de renina (Renina é liberada nas arteríolas aferentes a nível de glomérulo)
A angiotensina que é formada (pela ECA) pode se ligar à diversos receptores Angiotensinérgicos como AT1, AT2, AT3, AT4... que também participam no crescimento celular, hipertrofia, inflamação, fibrose e apoptose. (No primeiro e segundo quadro da insuficiência cardíaca pode se usar só IECA, pois, impede que se forma a angiotensina, impedindo esses fatores deletérios no coração (crescimento celular, hipertrofia, inflamação, fibrose e apoptose)).
>> Mecanismo de ação: inibem a enzima ECA → inibe síntese da angiotensina II. Captopril e Enalapril. Pequena diferença, maior a nível de preço, Enalapril é mais caro e provoca menos tosse; Além de bloquearem a síntese de angiotensina, potenciam o efeito das cininas o que aumenta o efeito anti-hipertensivo, provocando tosse: as cininas são importantes vasodilatadoras, e tudo que tem esta função congestiona. Essa metabolização das cininas ocorre a nível de pulmão. Congestionando-o. Se inibir a ECA, potencializam-se as cininas provocando congestão e tosse.
>> Utilidade clínica:
Monoterapia, brancos jovens hipertensos respondem melhor do que idosos e da raça negra. Pessoas negras não tem quantidades de renina suficientes para ter uma boa ação dos IECA.
São muito úteis na hipertensão de origem renal (que é mais severa), sem necessidade de associações.
Uso na Insuficiência cardíaca.
CAPTOPRIL
Farmacocinética: 
Via oral
Rápida absorção
Biodisponibilidade de 75% (boa) que é reduzida em 30% pelos alimentos associados, por isso devendo ser administrado 1 hora antes da alimentação
Concentração máxima:1h e a meia vida 2hs (curta), então são necessárias mais doses diárias (posologia mais frequente)
Eliminação: renal
ENALAPRIL
Pró fármaco → Enaprilate (tem que sofrer uma reação de ativação, tem que formar o metabólito ativo que é o ENAPRILATE);
Potente inibidor da ECA;
Biodisponibilidade de 60% mas não é diminuída pelos alimentos;
Meia vida de 11h – forte ligação à ECA. (Menos administrações diárias)
>> Efeitos adversos do Captopril e do Enalapril:
Hipotensão (baixa excessiva da pressão);
Hiperpotassemia (inibe a ECA, inibe Aldosterona → não tem troca de Sódio por Potássio);
Tosse seca (5 a 25% Captopril – desaparece em 4 dias após a suspensão do medicamento);
 Hipotensão fetal → contraindicado na gravidez.
>> Interações Medicamentosas:
Antiácidos: diminuem a biodisponibilidade, pois diminuem a absorção.
AINES: podem reduzir a resposta anti-hipertensiva aos IECA. Inibem a síntese de prostaglandinas vasodilatadoras (elas ajudam no efeito anti-hipertensivo, e se inibir a síntese delas, inibe esse efeito).
Diuréticos poupadores de potássio: IECA + diuréticos poupadores de potássio, podem causar HIPERPOTASSEMIA (IECA: inibe Aldosterona → retém potássio e os Poupadores há mais retenção de mais potássio.
Antagonistas dos receptores de angiotensina: usados somente em pacientes que não respondam aos IECA. Ex: Losartan
ANTIFÚNGICOS:
① Tipos de Micoses:
Micoses Sistêmicas: são infecções causadas por fungos patogênicos primários e que têm como porta de entrada o trato respiratório, donde podem disseminar para todo o organismo. Essas micoses constituem um grande problema na saúde humana e veterinária devido à dificuldade em seu diagnóstico e seu caráter crônico. Exemplos: Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis), Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) e Criptococose (Cryptococcus neoformans).
Micoses Superficiais: infecções por fungos em pelos, unhas/garras, pele e mucosas. Tem maior incidência do que as micoses profundas. Exemplos: Candidíase cutânea e Candidíase das mucosas (Candida albicans e outras espécies do mesmo gênero).
Micoses Subcutâneas: são infecções fúngicas que acometem primariamente a pele e tecidos subcutâneos, e geralmente desenvolvem-se após penetração do organismo na pele em local de pequenos traumas. Exemplos: Esporotricose (Sporothrix schenckii) e Micetoma Micótico (Pseudallescheria boydii).
Micoses Raras: Basidiomicose (Schizophyllu Commune).
② Classificação dos Antifúngicos, Farmacocinética e Usos Terapêuticos:
→ Podem ser classificados quanto à via de aplicação:
Uso tópico
Uso sistêmico
→ Conforme seus agentes químicos mais usados em Medicina Veterinária:
Imidazóis: Atividade antifúngica destes se faz através de alteração na permeabilidade da membrana, promovida pela inibição
da síntese do ergosterol. Exemplos: 
Cetoconazol – foi o primeiro imidazol a ser administrado por via oral para infecções fúngicas sistêmicas e superficiais. Sua absorção é facilitada por pH ácido, portanto deve-se cuidar para não interagir com antiácidos estomacais e antagonistas histaminérgicos H². Cerca de 84% liga-se na Albumina, 15% nos eritrócitos e 1% fica livre. Cerca de 5% atravessa a BHE. É biotransformado à nível hepático. Amplamente utilizado em micoses superficiais e também profundas (neste último caso associado à Anfotericina B visto que tem latência demorada).
Miconazol – comumente utilizado pela via tópica e raramente pela via intravenosa (somente em caso de infecção sistêmica grave). Não é administrado por via oral, visto que a absorção é muito pequena. Uso tópico é vantajoso, pois o medicamento persiste por ate 4 dias no estrato córneo, já pela via intravenosa é desvantajoso pois a meia vida plasmática dele é muito curta devendo ser reaplicado a cada 8 horas. Muito pouco atravessa a BHE, então em casos de meningite fúngica deve-se administrar pela via intra-tecal. Biotransformado à nível hepático. Apenas 1% é excretado de maneira integra na urina, podendo ser administrado em pacientes com insuficiência renal.
Triazóis: Novo grupo de antifúngicos com grande eficiência e baixa toxicidade. O mecanismo de ação é idêntico aos imidazóis, interferindo na síntese do ergosterol. Diferentemente dos imidazóis, os triazóis tem alta afinidade pelo Citocromo P450 fúngico, e nenhuma pelo mamífero. 
Itraconazol: representa a nova geração de antifúngicos de uso sistêmico, e por enquanto só existe na via oral. Quanto ao mecanismo de ação comparado ao cetoconazol, é mais eficiente em doses menores e tem menores manifestações de efeitos colaterais. É altamente lipofílico, tendo excelente absorção pela via oral: atinge o pico de concentração plasmática em 3 horas e possui meia-vida plasmática de 8-12hr. Biodisponibilidade máxima quando administrado após a refeição. Cerca de 99% se ligam as proteínas plasmáticas, especialmente a Albumina. Se distribui amplamente em quase todos os órgãos, atingindo maior concentração a nível pulmonar, rins, fígado, adrenais, pâncreas e pele, onde se liga fortemente à queratina. Atravessa pouco a BHE, porem sendo mais eficazes que os imidazóis na meningite fúngica. Biotransformado à nível hepático e excretado pelas fezes.
Fluconazol: Administrado por via oral (rapidamente absorvido no TGI) ou intravenosa. Ao contrário do cetoconazol não requer meio ácido para ser melhor absorvido. Se distribui amplamente por todo organismo. Atinge concentrações elevadas no liquido cefalorraquidiano (atravessa a BHE) sendo o medicamento de escolha no tratamento das meningites fúngicas. Excretado de maneira integra na urina. Possui meia vida plasmática de 25-30hr. 
Fluocitosina: antifúngico sintético de baixo espectro de ação, sendo eficaz principalmente nas infecções causadas por leveduras. Exclusivamente administrada pela via oral. Bem absorvido no TGI e é amplamente distribuído em todos os tecidos do organismo, incluindo SNC. A meia vida é 3-6hr, sendo a maior parte excretada pela urina de forma íntegra. Desuso na Medicina Veterinária, um dos únicos usos é na meningite criptocócica. O mecanismo de ação é por meio da enzima citosina desaminase, que a converte em 5-fluoracil que é convertida por outras enzimas até chegar em um metabólito que inibe a timidilatosintetase, enzima esta que é fundamental para a síntese de DNA fúngico. Causa alguns efeitos tóxicos, e segundo pesquisas estes são ocasionados pela conversão inicial promovida pela citosina desaminase. Os efeitos são raros, e incluem vomito, náuseas, supressão de medula e os principais: neurotoxicidade e nefrotoxicidade (monitoração do órgão a cada 2 semanas).
Antibióticos antifúngicos:
Antibióticos Poliênicos: apresentam várias duplas ligações, são a Anfotericina B e a Nistatina. Atuam como antifúngicos a partir de ligações irreversíveis aos esteroides (ergosterol) da membrana celular, alterando a permeabilidade fazendo com que saia potássio e magnésio, comprometendo o metabolismo celular. Possuem maior afinidade pelo ergosterol do que pelo colesterol mamífero, proporcionando a ligação ao fungo e não às células do hospedeiro. 
Anfotericina B: antifúngico mais utilizado no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas. Possui potente atividade fungostática e em altas concentrações fungicidas com pouco surgimento de resistência. Não é absorvida por via oral, portando o uso fica restrito apenas à afecções no TGI. No caso de infecções sistêmicas deve-se administrar por via intravenosa, ou no caso de meningite fúngica por via intra-tecal. Liga-se 95% às proteínas circulantes. Atravessa a placenta, mas mínima quantidade atravessa a BHE. Eliminação se faz de maneira bifásica: meia vida inicial é 24-48hr e a fase terminal é 15º dia. Pode-se detectar a presença da mesma na urina até 60 dias após. Os efeitos colaterais são vários, incluindo toxicidade renal, muito observada em cães. Hipopotassemia e Hipomagnesemia.
Nistatina: Praticamente não é absorvido por mucosa e pele (uso tópico). Uso restringe-se a micoses de pele e mucosas, incluindo as do TGI não sendo absorvido por esta via (oral). Além disso não tem efeito sobre a flora intestinal. Espectro de ação limitado à leveduras. Efeitos colaterais são raros.
Antibiótico Não-Poliênico:
Griseofulvina: Tratamento de dermatofitoses. Administração exclusivamente pela via oral. Exerce seu mecanismo antifúngico de diversas maneiras: ao adentrar no fungo causa ruptura do fuso mitótico por ligar-se a uma proteína associada aos microtúbulos, inibindo a mitose do fungo e impedindo seu crescimento do MO. Causa também alterações morfogenéticas na parede celular fúngica. Possui propriedades anti-inflamatórias. Não se sabe ainda se a ação é fungiostática ou fungicida. Praticamente insolúvel em água, aumenta-se a absorção ao se administrar juntamente com alimentos ricos em gordura. É amplamente distribuída nos fluidos orgânicos, gordura, fígado e musculo. Na pele, se incorpora a queratina. Meia vida muito variável: em seres humanos é 20hr e em cães é 45 minutos. É biotransformado no fígado, sendo excretada como glicuronídeo inativo na urina. Os efeitos colaterais mais frequentes são vomito, diarreia e anorexia. Em felinos, pode causar anemia, leucopenia e anormalidades neurológicas. 
Outros Antifúngicos:
Iodeto de Sódio e de Potássio: São os mais antigos utilizados em micoses mais profundas, e amplamente utilizados ate hoje como por exemplo em Esporotricose, sendo o tratamento de primeira escolha nesta enfermidade. São administrados por via oral, 40mg/kg para cães. Os felinos são mais sensíveis aos efeitos tóxicos, sugere-se então a dose de 10mg/kg 2 vezes ao dia. Dentre os efeitos colaterais, observa-se corrimento oculonasal, vomito, anorexia, depressão e colapso que é bastante raro. Ao aparecimento de quaisquer um dos sintomas citados, deve-se suspender o tratamento e reinstitui-lo em doses menores.
Tolnaftato (Cremederme): substancia sintética usada de forma tópica em dermatofitoses. É ativo somente em células fungicas em crescimento. 
Ácido undecilênico: em doses normais e um fungostatico mas em altas doses e/ou tratamento prolongado torna-se um fungicida. Tratamento de varias dermatofitoses. Na pele pode-se aplicar altas concentrações de ate 10%, já em mucosas somente 1%.

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