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Imunidades e Garantias Processuais do Presidente da República
Ao contrario dos parlamentares e congressistas, o presidente da republica não possui imunidade material, ou seja, ele não é imune por dizer algumas palavras  opiniões e manifestações no exercício da Presidência da República. Logo, mesmo no estrito exercício da Presidência da República, ele responderá normalmente por suas condutas perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade, e perante o Supremo Tribunal Federal, nos crimes comuns.
 O Presidente possui três imunidades processuais que lhe concedem certas prerrogativas no processo de sua responsabilização, todas elas previstas no art. 86 da Constituição Federal. O artigo 86 diz que: ”admitida à acusação contra o presidente da republica, por dois terços da câmara dos deputados, será ele submetido a julgamento perante o senado federal, nos crimes de responsabilidade.” O paragrafo primeiro diz: “O presidente ficará suspenso de suas funções: l) nas intenções penais comuns, se recebida a denuncia ou queixa-crime pelo supremo tribunal federal, II) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo senado federal”.
 O paragrafo segundo diz que: “Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessara o afastamento do presidente sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.” O paragrafo terceiro diz que: Enquanto não sobreviver sentença condenatória, nas infrações comuns, o presidente da republica não estará sujeito a prisão.” E por ultimo o paragrafo quarto diz que: “O presidente da republica, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.”
O Presidente da República poderá praticar uma infração comum em conexão com o exercício do mandato (isto é, na condição de Presidente da República) ou poderá praticar uma infração comum estranha ao exercício do mandato (isto é, na condição de cidadão comum, sem nenhuma relação/conexão com o exercício da Presidência da República). Portanto, pela prática de infração comum conexa ao exercício do mandato, o Presidente da República responderá, na vigência do mandato, perante o STF, após autorização da Câmara dos Deputados. Ja pela prática de infração comum estranha ao exercício do mandato - o Presidente da República, na vigência do mandato, não responderá por ela perante o STF; ele só responderá por tal ato estranho ao exercício de suas funções após a expiração do mandato, e já perante a Justiça Comum, por não mais gozar de foro especial por prerrogativa de função.

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