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3 pericia contabil 201203 final

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APOSTILA 
 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
usuario
Cross-Out
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1) Introdução 
1.1) Funções Fundamentais e/ou complementares da 
Contabilidade 
2) Perícia Contábil 
2.1) Necessidades de se fazer uma Perícia Contabil. 
2.2) Classificação da Perícia Contábil. 
2.3) Requisitos Fundamentais. 
2.4) Normas. 
2.5) Laudo Pericial. 
2.6) Parecer Pericial. 
2.7) Honorários. 
2.8) Prazo e Pontualidade. 
2.9) Considerações Finais. 
3) Resolução nº 858/99 – CFC. 
3.1) Conceituação e Objetivos. 
3.2) Planejamento. 
3.3) Execução. 
3.4) Procedimentos. 
3.5) Laudo Pericial Contábil. 
3.6) Parecer Pericial Contábil. 
4) Estudos de Casos. 
4.1) Perícia Trabalhista 
4.2) Perícia Bancária 
4.3) Perícia de Cartão de Crédito 
4.4) Perícia de Financiamento/Arrendamento (Método de Gauss). 
Bibliografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
 
 
1) Introdução 
 
A Perícia é concebida como uma atividade de examinar as coisas e os fatos, 
reportando sua autenticidade e opinando sobre as causas, essências e efeitos 
da matéria examinada. Pode haver em qualquer área, sempre onde existir a 
controvérsia ou a pendência, inclusive em algumas situações empíricas. 
 
Sua origem está ligada aos mais remotos tempos da humanidade, onde iniciou- 
se o processo civilizatório, que alias, até hoje continua, um indivíduo que por 
sua experiência ou por maior poderio físico, comandava a sociedade primitiva 
era, a bem dizer juiz, legislador e executor ao mesmo tempo, já que 
examinava, por sua ótica, julgava, fazia e executava as leis. 
 
Na Índia surgiu a figura do árbitro, que na verdade era o perito e juiz ao mesmo 
tempo, pois fazia a verificação dos fatos, o exame do estado das coisas e 
lugares, e também tinha o poder da decisão judicial. 
 
Os primeiros vestígios da Perícia surgiram no Egito e na Grécia, onde existiam 
especialistas em determinados campos para proceder à verificação e ao exame 
de determinadas matérias. 
 
O objetivo da Perícia, é o estado do fato característico e peculiar, que está 
sendo objeto de litígio extrajudicial ou judicial, e que ocorre dentro do âmbito 
de qualquer uma das ciências em questão, fornecendo mediante um Laudo, 
Parecer ou Relatório, em linguagem acessível ao ser humano normal, 
condições para o julgamento e apreciação jurídica do fato estudado. 
 
 
1.1) Funções Fundamentais e/ou complementares da Contabilidade. 
 
a) Funções fundamentais 
 
• subfunção escritural ou de registro; 
 
• subfunção expositiva ou demonstrativa; 
 
• subfunção interpretativa ou de análise. 
 
b) Funções Complementares 
 
• Função administrativa – As normas de vigilância sobre os elementos 
patrimoniais, dos cálculos das operações, do inventário de bens e dos seus 
processos de avaliação, da elaboração de orçamentos, enfim do que signifique 
colaboração justificada com os meios da contabilidade e aptidões de seus 
técnicos. 
 
 
 
 
 
 
3
 
 
 
 
• Função revisora – O exame dos lançamentos, a verificação dos cálculos, o 
rigor das transações, a crítica e formulação das partidas fazem parte da função 
revisora. 
 
• Função pericial – é a informação esclarecedora do contador que orienta os 
litigantes. 
 
2) Perícia Contábil 
 
É uma ramificação da Contabilidade, utiliza-se das mesmas técnicas 
empregadas por essa ciência de forma genérica. 
 
É uma modalidade superior da profissão contábil, que fornece informações 
sobre o patrimônio das entidades físicas e jurídicas . 
 
Funciona com objetivos específicos de: 
 
a) Informação fiel. 
b) Certificação, exame e a análise do estado circunstancial do 
objeto. 
c) Esclarecimento e a eliminação das dúvidas suscitadas sobre o 
objeto. 
d) Fundamento cientifico da decisão. 
e) Formulação de uma opinião ou juízo técnico. 
f) Mensuração, análise e a avaliação ou o arbitramento sobre o 
“ quatum” monetário do objeto. 
g) Trazer à luz o que está oculto por inexatidão, erro, inverdade, 
má-fé, astúcia ou fraude. 
 
2.1) Necessidades de se fazer Perícia Contábil. 
 
a) Irregularidades Administrativas: 
 
• Generalidades – Pela função de revisão ou perícia, são 
descobertas e evidenciadas irregularidades administrativas, fundamentado-se 
medidas acauteladoras ou sanções, e estabelecendo-se a verdade dos fatos, 
com definições de responsabilidade e justa atribuição de direitos e obrigações 
pecuniárias. 
 
• Imperfeições – Por várias causas e fatores a ação 
administrativa, em qualquer de suas manifestações, pode contaminar-se de 
imperfeições, conscientes e inconscientes, que perturbam a normalidade, pois 
esta é que deve predominar no uso dos meios e na realização de negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
4
 
 
São imperfeições administrativas, o acúmulo de funções incompatíveis, as falas 
na aquisição, guarda, conservação e alienação dos bens materiais. 
 
• Negligências – As negligências tem efeitos imediatos ou 
remotos. Dos efeitos exigem-se investigações de causas e identificações dos 
culpados. Quando conscientes, ressaltam a responsabilidade dos causadores, 
sendo falta culposa a originada da displicência ou negligência inconsciente, em 
que atuam fatores físicos ou psíquicos. 
 
• Erros – São expressões generalizadas de 
irregularidades. Objetivamente, os erros traduzem-se em omissão, imprevisão, 
incompreensão, cálculos inexatos, técnica mal aplicada, decisões 
inconvenientes, interpretações irreais, falsas situações de direito etc. 
 
• Infrações – A ação da administração deve processar-se 
de conformidade com normas gerais estatuídas, originalmente, pelo órgão 
volitivo ou de deliberação. 
 
• Simulações – A simulação consiste em aparentar 
regularidade em determinado ato ou negócio, quando em realidade, atos ou 
negócios simulados contrariam as normas jurídicas e a ética. 
 
• Adulterações – Consistem na alterações de coisas e 
fatos, com o fim preconcebido de enganar a outrem em proveito próprio. 
 
• Fraudes – Fraudar é enganar ou burlar. Engana-se a 
outrem para proveito próprio; burla-se a lei em proveito próprio. A fraude não se 
presume, deve ser provada por quem acusa. Variantes da fraude são: furto, 
roubo, lesão, desfalque, alcance, estelionato, falsificação. 
 
• Culpas - é causa de dano pela qual responde moralmente 
seu autor, quando ineficiente e de boa-sé, e de direito, quando deixa de 
cumprir obrigações explícitas ou com tendências para a má-fé. 
 
• Responsabilidades - em matéria administrativa, 
responsável é aquele que se obriga pela boa guarda e conservação das coisas 
e pela execução de atos como agente de litígio dono da coisa administrada. 
 
b) Irregularidades Contábeis. 
 
• Generalidades – A organização contábil e suas 
respectivas escritas devem assegurar e confirmar a regularidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 
 
 
 
administrativa. Entretanto, falha administrativa, por sua vez, pode ser causa de 
irregularidades contábeis. 
 
• Imperfeições técnicas – A organização do trabalho de 
contabilidade obedece a planos previamente elaborados e sua execução é 
guiada por normas predeterminadas. 
 
• Principais imperfeições técnicas: - desordem geral na 
escrituração, confusão e atraso; - ausência de evidências 
(peças justificativas) - Falta de balancetes e conferências - 
Frequência exagerada de estornos. 
 
• Negligência profissional – Ainda que as negligências 
profissionais se originem na inépcia ou incapacidade 
técnica ou pessoal do contador, os efeitos serão sempre 
de inferioridade moral na justificação de atos de gestão, 
defesa de interessesperante terceiros ou justificação de 
infrações das leis. 
 
• Erros técnicos de escrituração – A primeira distinção a 
fazer é a do erro substancial ou formal. Por definição, 
substancial é o que se refere à essência. Erro de forma é a 
representação gráfica defeituosa ou viciada de fatos. 
 
• Infrações – Não cumprimento de uma determinação 
administrativa e, principalmente, legal; cumpri-la 
parcialmente, com desvirtuamento ou deformação, é 
infringir normas ou preceitos a serem observados na 
contabilidade. 
 
• Simulações – Quando coisas e fatos administrativos não 
correspondem à verdade. Simulação de inventário, de 
operações ou negócios, de débitos e créditos, de despesas 
ou prejuízos. 
 
• Adulterações – As adulterações podem ser de contas, 
históricos, datas, quantias, lançamentos ou peças 
contábeis já elaboradas. 
 
• Fraudes – Falsificações de lançamentos nas falências, as 
falsas situações de contas, lucros líquidos alterados, erros 
 
 
 
 
 
6
 
 
de classificação de receita e despesa, omissão de entrada 
de dinheiro. 
 
• Culpas profissionais - as imperfeições técnicas de 
organização e execução de contabilidade, as negligências 
profissionais, os erros técnicos e de escrituração e outras 
irregularidades de escrita poder ser causa determinante ou 
concorrente, direta ou indiretamente, de prejuízos materiais 
e morais contrario ao dono de um patrimônio ou de 
terceiros em relações comerciais. 
 
• Responsabilidades profissionais – quer sejam involuntárias 
as falhas e culpas do contador , quer sejam intencionais, 
que seja ação de dolo ou fraude, o profissional contábil 
sofre as respectivas consequências, que se traduzem em 
perda de emprego, ressarcimento de prejuízos ou 
responsabilidade criminal. 
 
 
2.2) Classificação da Perícia Contábil – a Perícia classifica-se : 
 
I – Por vontade ou consentimento do proprietário - Voluntária 
II – Por ordem judiciária ...................................... - Perícia Judicial 
 
As espécies de Perícia contábil, identificáveis e definíveis segundo os 
ambientes em que são instaladas a atuar : 
 
a – Perícia Judicial – a perícia judicial é aquela realizada dentro dos 
procedimentos processuais do poder judiciário, por determinação, requerimento 
ou necessidade de seus agentes ativos, e se processa segundo regras legais 
específicas (Justiça do Trabalho e Justiça Civil, Poder Judiciário). 
 
b- Perícia Semijudicial - a perícia semijudicial é aquela realizada 
dentro do aparato institucional do Estado, porém fora do poder judiciário (Em 
âmbito Policial e na área de Administração Tributária, Tribunal de Contas). 
 
c – Perícia Extrajudicial – a perícia extrajudicial é aquela realizada 
entre pessoas físicas e privadas, fora do Estado e fora do poder judiciário. 
 
d – Perícia Arbitral – é aquela realizada no juízo arbitral, instancia 
decisória criada pela vontade das partes, tem características especialíssima de 
atuar parcialmente como se judicial e extrajudicial – Tribunais de Mediação e 
Arbitragem. 
 
 
 
7
O Perito, especialmente o perito contador , é o encarregado de exercer a 
perícia, e deve considerar os efeitos em benefício da sociedade, propiciando 
bem estar a todos os que tem interesse no deslinde da controvérsia. 
 
Aristóteles define algumas características que devem compor o perfil do 
profissional, que são essenciais: a excelência moral (honestidade, moderação, 
equidade), excelência intelectual ( inteligência, conhecimento, discernimento, 
etc.). 
 
Exigem também do perito, capacidade de estar sempre atualizado, 
pesquisando novas técnicas e sempre preparado para execução de trabalho de 
boa qualidade. 
 
 2.3) Requisitos Fundamentais: 
 
a) a) Jurídicos Formais – o Código do Processo Civil art. 156 determina: 
 
 - Que tenham grau de nível universitário na matéria que deverão 
opinar. 
 
 - Que estejam registrados, no órgão de classe regulador da profissão a 
que se refere à especialidade da matéria submetida a apreciação pericial. 
 
 b) Pessoalidade – a perícia possui caráter de pessoalidade do exercício, 
na forma judicial, é permitido somente como pessoa física, conforme o 
Código do Processo Civil preceitua. 
 
O Conselho Federal de Contabilidade incumbe privativamente ao Contador, ou 
seja o Bacharel em Ciências Contábeis, devidamente registrado como tal no 
Conselho Regional de Contabilidade a execução de perícias judiciais, 
extrajudiciais ou arbitrais. 
 
 c) Saber Técnico Científico – Para que se aprofunde cientificamente na 
interpretação do fato em sua especialidade. 
 
 d) Conhecimentos Jurídicos – Para que conheça em profundidade o 
roteiro legal, notadamente o processual, como também a legislação que 
recai sobre a matéria examinada. 
 
 e) Português Instrumental - deve o profissional dominar com segurança 
o instrumento básico de transmissão e percepção de ideias, a língua 
portuguesa segundo a norma culta. 
 
 
2.4) Normas 
 
As atividades de Perícia Contábil são prerrogativas do Contador e reguladas pelas 
Resoluções NBC PP 01, DE 27 de 27 de fevereiro de 2015, dá nova redação à 
Norma Brasileira de Contabilidade PP 01 – Perito Contábil e NBC TP 01, de 27 de 
fevereiro de 2015, dá nova redação à Norma Brasileira de Contabilidade TP 01 – 
Perícia Contábil. 
 
2.5) Laudo Pericial 
 
Segundo Antônio Lopes de Sá: 
 
“O Laudo Pericial é o julgamento, ou pronunciamento, baseados no conhecimento 
que tem o profissional da contabilidade, em face de eventos ou fatos que são 
submetidos a sua apreciação.” 
 
O Laudo é o relatório onde o perito poderá ouvir testemunhas, obter 
informações e documentos que estejam em poder das partes ou de 
repartições públicas, podendo instruir o laudo com plantas, desenhos, 
fotografias, balancetes, balanços, cópias do livro diário, relatórios gerenciais 
etc. 
 
É entendido sobre dois aspectos: 
 
 a) Materialização do trabalho pericial desenvolvido pelo perito 
contábil. 
 b) E a prova pericial 
 
Deve obedecer a certos requisitos “ extrínsecos uns, intrínsecos outros “ 
 
Extrínsecos – o Laudo Contábil deve ser lavrado na forma escrita e assinado 
pelo perito contábil, além de ser rubricado, evitando-se qualquer possibilidade 
de substituição de folhas. 
 
Intrínsecos – ser completo, claro, circunscrito ao objeto da perícia e 
fundamentado. 
 
O Laudo é elaborado pelo Perito Contador nomeado pelo Juiz, é o profissional de 
sua confiança, de sua livre escolha conforme consta nos arts. 465 e 477 do Código 
do Processo Civil. 
 
9 
 2.6) Parecer Pericial 
 
É o documento escrito mediante o qual o perito da parte, expressa sua opinião 
de forma clara, objetiva e circunstanciada sobre o conteúdo do Laudo. 
 
A contratação desse Perito Contador Assistente é de iniciativa privativa da 
parte, e indica-lo como seu assistente técnico é facultativo. 
 
Para que o parecer tenha fundamentação há que ter procedido a pesquisa, exame 
verificação, diligências ou qualquer medida que tenha por escopo a busca da 
verdade ou da realidade do fato em exame. Ele realiza uma perícia, da mesma 
forma que realiza o perito contador, contudo a lei não os impedem de trabalharem 
em conjunto, conforme previsto na NBC TP 01. 
 
2.7) Honorários 
 
O perito deverá apresentar por meio de petição a sua proposta, recomenda-se um 
plano de trabalho, estimado no número de horas previstas para a execução do 
trabalho, mediante avaliação dos serviços. (NBC-PP 01). Se acordados, poderá 
haver depósito total ou parcial de honorários. 
 
Os honorários serão pagos pela parte que solicitou a perícia, ou pela parte autora, 
conforme art.95 CPC. Os honorários o perito assistente serão pagos pela parte 
que o contratar. 
 
Concluído o Laudo Pericialdentro do prazo previamente definido pelo juiz, o 
perito do juízo fará, por meio de petição o seu encaminhamento e a restituição 
do processo, solicitando a liberação do Alvará de Levantamento referente ao 
depósito de honorários. 
 
 2.8) Prazo e Pontualidade 
 
O Juiz fixará o prazo para entrega do Laudo Pericial, o que deverá ser entregue 
em cartório no prazo fixado. A pontualidade propiciará o andamento normal do 
processo. Caso, por motivo justificado, o perito contador não possa apresentar o 
Laudo Pericial no prazo assinalado, ele deverá solicitar ao juiz, com fulcro no 
art.476 do CPC, a prorrogação deste prazo por uma vez. 
 
 2.9) Considerações Finais 
 
O mercado de trabalho na área das Ciências Contábeis, é um universo sem 
fronteiras. O profissional qualquer que seja sua área, não pode ser visto tão 
 
 
10 
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TP 01, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2015 
 
Dá nova redação à NBC TP 01 – Perícia Contábil. 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e 
regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 
9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a 
seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): 
NBC TP 01 – PERÍCIA CONTÁBIL 
 
Objetivo 
1. Esta Norma estabelece regras e procedimentos técnico-científicos a serem observados 
pelo perito, quando da realização de perícia contábil, no âmbito judicial, extrajudicial, 
mediante o esclarecimento dos aspectos e dos fatos do litígio por meio de exame, 
vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação. 
Conceito 
2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados 
a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução 
do litígio ou constatação de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer 
técnico-contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais e com a 
legislação específica no que for pertinente. 
3. O laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil têm por limite o próprio objeto 
da perícia deferida ou contratada. 
4. A perícia contábil é de competência exclusiva de contador em situação regular perante 
o Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição. 
5. A perícia judicial é exercida sob a tutela do Poder Judiciário. A perícia extrajudicial é 
exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária. A perícia arbitral é exercida sob o 
controle da lei de arbitragem. Perícias oficial e estatal são executadas sob o controle 
de órgãos de Estado. Perícia voluntária é contratada, espontaneamente, pelo 
interessado ou de comum acordo entre as partes. 
Execução 
6. Ao ser intimado para dar início aos trabalhos periciais, o perito do juízo deve comunicar às 
partes e aos assistentes técnicos: a data e o local de início da produção da prova pericial 
contábil, exceto se designados pelo juízo. 
(a) Caso não haja, nos autos, dados suficientes para a localização dos assistentes técnicos, a 
comunicação deve ser feita aos advogados das partes e, caso estes também não tenham 
informado endereço nas suas petições, a comunicação deve ser feita diretamente às partes 
e/ou ao Juízo. 
(b) O perito-assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o 
perito do juízo, colocando-se à disposição para a execução da perícia em conjunto. 
(c) Na impossibilidade da execução da perícia em conjunto, o perito do juízo deve permitir aos 
peritos-assistentes o acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados durante a 
perícia, indicando local e hora para exame pelo perito-assistente. 
(d) O perito-assistente pode entregar ao perito do juízo cópia do seu parecer técnico-contábil, 
previamente elaborado, planilhas ou memórias de cálculo, informações e demonstrações que 
possam esclarecer ou auxiliar o trabalho a ser desenvolvido pelo perito do juízo. 
7. O perito-assistente pode, logo após sua contratação, manter contato com o advogado da 
parte que o contratou, requerendo dossiê completo do processo para conhecimento dos fatos 
e melhor acompanhamento dos atos processuais no que for pertinente à perícia. 
8. O perito, enquanto estiver de posse do processo ou de documentos, deve zelar por sua 
guarda e segurança e ser diligente. 
9. Para a execução da perícia contábil, o perito deve ater-se ao objeto e ao lapso temporal da 
perícia a ser realizada. 
10. Mediante termo de diligência, o perito deve solicitar por escrito todos os documentos e 
informações relacionadas ao objeto da perícia, fixando o prazo para entrega. 
11. A eventual recusa no atendimento a diligências solicitadas ou qualquer dificuldade na 
execução do trabalho pericial deve ser comunicada, com a devida comprovação ou 
justificativa, ao juízo, em se tratando de perícia judicial; ou à parte contratante, no caso de 
perícia extrajudicial. 
12. O perito deve utilizar os meios que lhe são facultados pela legislação e normas 
concernentes ao exercício de sua função, com vistas a instruir o laudo pericial contábil ou 
parecer técnico-contábil com as peças que julgarem necessárias. 
13. O perito deve manter registro dos locais e datas das diligências, nome das pessoas que o 
atender, livros e documentos ou coisas vistoriadas, examinadas ou arrecadadas, dados e 
particularidades de interesse da perícia, rubricando a documentação examinada, quando julgar 
necessário e possível, juntando o elemento de prova original, cópia ou certidão. 
14. A execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob 
a orientação e supervisão do perito do juízo, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, 
devendo assegurar-se de que as pessoas contratadas sejam profissionais e legalmente 
capacitadas à execução. 
15. O perito deve documentar os elementos relevantes que serviram de suporte à conclusão 
formalizada no laudo pericial contábil e no parecer técnico-contábil, quando não juntados aos 
autos, visando fundamentar o laudo ou parecer e comprovar que a perícia foi executada de 
acordo com os despachos e decisões judiciais e as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Procedimentos 
16. Os procedimentos periciais contábeis visam fundamentar o laudo pericial contábil e o 
parecer técnico-contábil e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a 
complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, 
mensuração, avaliação e certificação. 
17. O exame é a análise de livros, registros de transações e documentos. 
18. A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou 
fato, de forma circunstancial. 
19. A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto 
ou de fato relacionado à perícia. 
20. A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer 
técnicocontábil o que está oculto por quaisquer circunstâncias. 
21. O arbitramento é a determinação de valores, quantidades ou a solução de controvérsia por 
critério técnico-científico 
22. A mensuração é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e 
obrigações. 
23. A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e 
receitas. 
24. A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo ou ao parecer pelo perito. 
25. Concluídos os trabalhos periciais, o perito do juízo apresentará laudo pericial contábil e o 
perito-assistente oferecerá, querendo, seu parecer técnico-contábil, obedecendo aos 
respectivos prazos. 
26. O perito do juízo, depois de concluído seu trabalho, deve fornecer, quando solicitado, 
cópia do laudo ao perito-assistente, informando-lhe com antecedência a data em que o laudo 
pericialcontábil será protocolado em cartório. 
27. O perito-assistente não pode firmar o laudo pericial quando o documento tiver sido 
elaborado por leigo ou profissional de outra área, devendo, neste caso, oferecer um parecer 
técnico-contábil sobre a matéria periciada. 
28. O perito-assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito do juízo, em laudo 
pericial contábil, não pode emitir parecer técnico-contábil contrário a esse laudo. 
29. O perito-assistente pode entregar cópia do seu parecer, planilhas e documentos ao perito 
do juízo antes do término da perícia, expondo as suas convicções, fundamentações legais, 
doutrinárias, técnicas e científicas sem que isto implique indução do perito do juízo a erro, por 
tratar-se da livre e necessária manifestação científica sobre os pontos controvertidos. 
Planejamento 
30. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede as diligências, 
pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juízo estabelece a 
metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-o a partir do 
conhecimento do objeto da perícia. 
Objetivos 
31. Os objetivos do planejamento da perícia são: 
(a) conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos 
que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a 
tomar a decisão a respeito da lide; 
(b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados, em 
consonância com o objeto da perícia; 
(c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido; 
(d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da 
perícia; 
(e) identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não passem 
despercebidos ou não recebam a atenção necessária; 
(f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia; 
(g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, 
sempre que o perito necessitar de auxiliares; 
(h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos. 
Desenvolvimento 
32. Os documentos dos autos servem como suporte para obtenção das informações 
necessárias à elaboração do planejamento da perícia. 
33. Em caso de ser identificada a necessidade de realização de diligências, na etapa de 
elaboração do planejamento, devem ser considerados, se não declarada a preclusão de prova 
documental, a legislação aplicável, documentos, registros, livros contábeis, fiscais e societários, 
laudos e pareceres já realizados e outras informações que forem identificadas como 
pertinentes para determinar a natureza do trabalho a ser executado. 
34. Quando necessário, o planejamento deve ser realizado pelo perito do juízo ainda que o 
trabalho venha a ser realizado de forma conjunta. 
35. Quando necessário, o planejamento da perícia deve ser mantido por qualquer meio de 
registro que facilite o entendimento dos procedimentos a serem aplicados e sirva de 
orientação adequada à execução do trabalho. 
36. Quando necessário, o planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que fatos novos 
surjam no decorrer da perícia. 
Riscos e custos 
37. O perito, na fase do planejamento, com vistas a elaborar a proposta de honorários, deve: 
(a) avaliar os riscos decorrentes das suas responsabilidades e todas as despesas e custos 
inerentes; 
(b) ressaltar que, na hipótese de apresentação de quesitos suplementares, poderá estabelecer 
honorários complementares. 
Equipe técnica 
38. Quando a perícia exigir a necessidade de utilização de trabalho de terceiros (equipe de 
apoio, trabalho de especialistas ou profissionais de outras áreas de conhecimento), o 
planejamento deve prever a orientação e a supervisão do perito, que responderá pelos 
trabalhos executados, exclusivamente, por sua equipe de apoio. 
Cronograma 
39. O perito do juízo deve levar em consideração que o planejamento da perícia, quando for o 
caso, inicia-se antes da elaboração da proposta de honorários, considerando-se que, para 
apresentá-la ao juízo ou aos contratantes, há necessidade de se especificarem as etapas do 
trabalho a serem realizadas. Isto implica que o perito deve ter conhecimento prévio de todas 
as etapas, salvo aquelas que somente serão identificadas quando da execução da perícia. 
40. No cronograma de trabalho, devem ficar evidenciados, quando aplicáveis, todos os itens 
necessários à execução da perícia, como: diligências a serem realizadas, deslocamentos, 
necessidade de trabalho de terceiros, pesquisas que serão feitas, elaboração de cálculos e 
planilhas, respostas aos quesitos, prazo para apresentação do laudo e/ou oferecimento do 
parecer, de forma a assegurar que todas as etapas necessárias à realização da perícia sejam 
cumpridas. 
Termo de diligência 
41. Termo de diligência é o instrumento por meio do qual o perito solicita documentos, coisas, 
dados e informações necessárias à elaboração do laudo pericial contábil e do parecer técnico-
contábil. 
42. Serve também para determinar o local, a data e a hora do início da perícia, e ainda para a 
execução de outros trabalhos que tenham sido a ele determinados ou solicitados por quem de 
direito, desde que tenham a finalidade de orientar ou colaborar nas decisões, judiciais ou 
extrajudiciais. 
43. O termo de diligência deve ser redigido pelo perito, ser apresentado diretamente ao 
peritoassistente, à parte, a seu procurador ou terceiro, por escrito e juntado ao laudo. 
44. O perito deve observar os prazos a que está obrigado por força de determinação legal e, 
dessa forma, definir o prazo para o cumprimento da solicitação pelo diligenciado. 
45. Caso ocorra a negativa da entrega dos elementos de prova formalmente requeridos, o 
perito deve se reportar diretamente a quem o nomeou, contratou ou indicou, narrando os 
fatos e solicitando as providências cabíveis 
Estrutura 
46. O termo de diligência deve conter os seguintes itens: 
(a) identificação do diligenciado; 
(b) identificação das partes ou dos interessados e, em se tratando de perícia judicial ou 
arbitral, o número do processo ou procedimento, o tipo e o juízo em que tramita; 
(c) identificação do perito com indicação do número do registro profissional no Conselho 
Regional de Contabilidade; 
(d) indicação de que está sendo elaborado nos termos desta Norma; 
(e) indicação detalhada dos documentos, coisas, dados e informações, consignando as datas 
e/ou períodos abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere; 
(f) indicação do prazo e do local para a exibição dos documentos, coisas, dados e informações 
necessários à elaboração do laudo pericial contábil ou parecer técnico-contábil, devendo o 
prazo ser compatível com aquele concedido pelo juízo, contratante ou convencionado pelas 
partes, considerada a quantidade de documentos, as informações necessárias, a estrutura 
organizacional do diligenciado e o local de guarda dos documentos; 
(g) a indicação da data e hora para sua efetivação, após atendidos os requisitos da alínea 
(e), quando o exame dos livros, documentos, coisas e elementos tiver de ser realizado perante 
a parte ou ao terceiro que detém em seu poder tais provas; 
(h) local, data e assinatura. 
Laudo pericial contábil e parecer técnico-contábil 
47. O Decreto-Lei n.º 9.295/46, na alínea “c” do Art. 25, determina que o laudo pericial 
contábil e o parecer técnico-contábil somente sejam elaborados por contador ou pessoa 
jurídica, se a lei assim permitir, que estejam devidamente registrados e habilitados em 
Conselho Regional de Contabilidade. A habilitação é comprovada mediante Certidão de 
Regularidade Profissional emitida pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. 
48. O laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil são documentos escritos,nos quais 
os peritos devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os 
aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova 
necessários para a conclusão do seu trabalho. 
49. Os peritos devem consignar, no final do laudo pericial contábil ou do parecer técnico-
contábil, de forma clara e precisa, as suas conclusões. 
Apresentação do laudo pericial contábil e oferta do parecer técnico-contábil 
50. O laudo e o parecer são, respectivamente, orientados e conduzidos pelo perito do juízo e 
pelo perito-assistente, que adotarão padrão próprio, respeitada a estrutura prevista nesta 
Norma, devendo ser redigidos de forma circunstanciada, clara, objetiva, sequencial e lógica. 
51. A linguagem adotada pelo perito deve ser clara, concisa, evitando o prolixo e a 
tergiversação, possibilitando aos julgadores e às partes o devido conhecimento da prova 
técnica e interpretação dos resultados obtidos. As respostas devem ser objetivas, completas e 
não lacônicas. Os termos técnicos devem ser inseridos no laudo e no parecer, de modo a se 
obter uma redação que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 
52. Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil, devem, quando necessário, 
ser acrescidos de esclarecimentos adicionais e recomendada a utilização daqueles consagrados 
pela doutrina contábil. 
53. O perito deve elaborar o laudo e o parecer, utilizando-se do vernáculo, sendo admitidas 
apenas palavras ou expressões idiomáticas de outras línguas de uso comum nos tribunais 
judiciais ou extrajudiciais. 
54. O laudo e o parecer devem contemplar o resultado final alcançado por meio de elementos 
de prova inclusos nos autos ou arrecadados em diligências que o perito tenha efetuado, por 
intermédio de peças contábeis e quaisquer outros documentos, tipos e formas. 
Terminologia 
55. Forma circunstanciada: a redação pormenorizada, minuciosa, efetuada com cautela e 
detalhamento em relação aos procedimentos e aos resultados do laudo e do parecer. 
56. Síntese do objeto da perícia e resumo dos autos: o relato ou a transcrição sucinta, de 
forma que resulte em uma leitura compreensiva dos fatos relatados sobre as questões básicas 
que resultaram na nomeação ou na contratação do perito. 
57. Diligência: todos os atos adotados pelos peritos na busca de documentos, coisas, dados e 
informações e outros elementos de prova necessários à elaboração do laudo e do parecer, 
mediante termo de diligência, desde que tais provas não estejam colacionadas aos autos. 
Ainda são consideradas diligências as comunicações às partes, aos peritos-assistentes ou a 
terceiros, ou petições judiciais. 
58. Critério: é a faculdade que tem o perito de distinguir como proceder em torno dos fatos 
alegados para julgar ou decidir o caminho que deve seguir na elaboração do laudo e do 
parecer. 
59. Metodologia: conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar o resultado 
da perícia por meio do conhecimento técnico-científico, de maneira que possa, ao final, inseri-
lo no corpo técnico do laudo e parecer. 
60. Conclusão: é a quantificação, quando possível, do valor da demanda, podendo reportar-se 
a demonstrativos apresentados no corpo do laudo e do parecer ou em documentos. É na 
conclusão que o perito registrará outras informações que não constaram na quesitação, 
porém, encontrou-as na busca dos elementos de prova inerentes ao objeto da perícia. 
61. Apêndices: são documentos elaborados pelo perito contábil; e Anexos são documentos 
entregues a estes pelas partes e por terceiros, com o intuito de complementar a argumentação 
ou elementos de prova. 
62. Palavras e termos ofensivos: o perito que se sentir ofendido por expressões injuriosas, de 
forma escrita ou verbal, no processo, poderá tomar as seguintes providências: 
(a) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes, peritos ou advogados, o perito 
ofendido pode requerer da autoridade competente que mande riscar os termos ofensivos dos 
autos ou cassada a palavra; 
(b) as providências adotadas, na forma prevista na alínea (a), não impedem outras medidas de 
ordem civil ou criminal. 
63. Esclarecimentos: havendo determinação de esclarecimentos do laudo ou do parecer sem a 
realização de audiência, o perito deve fazer, por escrito, observando em suas respostas os 
mesmos procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em audiência, no que 
for aplicável. 
64. Os peritos devem, na conclusão do laudo e do parecer, considerar as formas explicitadas 
nos itens seguintes: 
(a) omissão de fatos: o perito do juízo não pode omitir nenhum fato relevante encontrado no 
decorrer de suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha sido objeto de quesitação e 
desde que esteja relacionado ao objeto da perícia; 
(b) a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de haveres; 
liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas; resolução de sociedade; avaliação 
patrimonial, entre outros; 
(c) pode ocorrer que, na conclusão, seja necessária a apresentação de alternativas, 
condicionada às teses apresentadas pelas partes, casos em que cada uma apresenta uma 
versão para a causa. O perito deve apresentar as alternativas condicionadas às teses 
apresentadas, devendo, necessariamente, ser identificados os critérios técnicos que lhes deem 
respaldo; 
(d) a conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos; 
(e) a conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não 
envolvendo, necessariamente, quantificação de valores. 
Estrutura 
65. O laudo deve conter, no mínimo, os seguintes itens: 
(a) identificação do processo e das partes; 
(b) síntese do objeto da perícia; 
(c) resumo dos autos; 
(d) metodologia adotada para os trabalhos periciais e esclarecimentos; 
(e) relato das diligências realizadas; 
(f) transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas para o laudo pericial contábil; 
(g) transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas para o parecer técnico-contábil, onde 
houver divergência das respostas formuladas pelo perito do juízo; 
(h) conclusão; 
(i) termo de encerramento, constando a relação de anexos e apêndices; 
(j) assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional de contador, seu número de 
registro em Conselho Regional de Contabilidade, comprovado mediante Certidão de 
Regularidade Profissional (CRP) e sua função: se laudo, perito do juízo e se parecer, perito-
assistente da parte. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a 
legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras 
- ICP-Brasil; 
(k) para elaboração de parecer, aplicam-se o disposto nas alíneas acima, no que couber. 
Assinatura em conjunto 
66. Quando se tratar de laudo pericial contábil, assinado em conjunto pelos peritos, há 
responsabilidade solidária sobre o referido documento. 
Laudo e parecer de leigo ou profissional não habilitado 
67. Considera-se leigo ou profissional não habilitado para a elaboração de laudo e parecer 
contábeis qualquer profissional que não seja contador habilitado perante Conselho Regional 
de Contabilidade. 
Esclarecimentos sobre laudo e parecer técnico-contábil em audiência 
68. Esclarecimentos são informações prestadas pelo perito aos pedidos de esclarecimento 
sobre laudo e parecer, determinados pelas autoridades competentes, por motivos de 
obscuridade, incompletudes, contradições ou omissões. Os esclarecimentos podem ser 
prestados de duas maneiras: 
(a) de forma escrita: os pedidos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao perito, no 
prazo legal, devem ser prestados por escrito; 
(b) de forma oral: os pedidos de esclarecimentos deferidose apresentados, no prazo legal, ao 
perito para serem prestados em audiência podem ser de forma oral ou escrita. 
Quesitos e respostas 
69. O perito deve observar as perguntas efetuadas pelo juízo e/ou pelas partes, no momento 
próprio dos esclarecimentos, pois tal ato se limita às respostas a quesitos integrantes do laudo 
ou do parecer e às explicações sobre o conteúdo da lide ou sobre a conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Estudos de Casos. 
 
4.1) Estudo de Caso – Perícia na Justiça do Trabalho 
Módulo de Perícia Contábil 
 
 
Um empregado foi admitido pela empresa comercial Antunes & Saraiva Ltda, para 
atuar na função de serviços gerais, em 01/04/2006. Sua jornada de trabalho na 
empresa é de segunda a sexta das 08:00 às 18:00 horas, com intervalo para descanso 
e refeições de 02:00 horas, e aos sábados das 08:00 às 12:00, perfazendo um total de 
44 horas semanais. 
 
 
 
Em 01/05/2007, o empregado recebeu o Aviso de Dispensa do Empregador sem justa 
causa, cientificando-o do fato, e estabelecendo a data de 30/05/2007 como seu último 
dia de trabalho na empresa, data prevista para a rescisão contratual e pagamento das 
verbas salariais devidas. 
 
 
 
Na data em questão, na sede do sindicato da categoria, o empregado tomou 
conhecimento dos valores que lhe seriam pagos, constante da Rescisão de Contrato 
de Trabalho, e considerou que a empresa não lhe pagou todas as verbas a ele 
devidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Obs: Saldo FGTS na data da dispensa do empregado Abril/07 – R$ 433,04 
 
 
 
 
Síntese da Rescisão: 
 
 
 
 
 
 
Isto posto, em 01/06/2007 dirigiu-se a um escritório de advocacia com o objetivo de 
obter maiores informações quanto ao caso, e solicitar a interveniência de profissional 
junto a Justiça do Trabalho para pleitear o pagamento das verbas devidas. 
 
Os dados a seguir descriminados, servem de base para a determinação das verbas 
salariais contestadas: 
 
 
 
a) Salários de Abril/2006 a Mar/2007 – R$ 400,00 e de Abril/2007 e Mai/2007 – 
R$ 440,00. 
 
18 
Descrição da Verba Valor R$ 
Aviso Prévio Trabalhado 440,00 
Férias Integrais 440,00 
1/3 Férias Integrais 146,67 
Férias Proporcionais – 2/12 avos 73,33 
1/3 Férias Proporcionais – 2/12 avos 24,44 
13º Salário – 5/12 avos 183,33 
Sub-Total 1.307,77 
FGTS – Maio/2007 35,20 
FGTS – Férias Indenizadas e 13º Salário 69,42 
FGTS – Multa 40,0 % ( Saldo Base R$ 433,04) 173,22 
Total Bruto 1.585,61 
INSS – Aviso Prévio 35,20 
INSS – 13º Salário 14,67 
Total Líquido 1.535,74 
 
 
 
 
b) Horas extras mensais no período de Abril/2006 a Abril/2007 – 40 horas, sendo 
20 de segunda a sexta e 20 aos domingos e feriados, nunca pagas pelo 
empregador, e registradas no cartão de ponto do empregado. 
 
 
O advogado do reclamante consubstanciou a petição inicial em 05/06/2007, com base 
nos valores devidos de horas extras e demais verbas calculadas em forma de 
reflexos, chegando a um montante global de R$ 5.000,00. 
 
O jurídico da reclamada em suas alegações, contestou a petição formulada pelo 
advogado do reclamante, manifestando-se no sentido de tentar comprovar a 
inexistência das horas extras, afirmando que a empresa trabalha apenas no horário de 
funcionamento normal, e as possíveis excedentes foram compensadas com folgas 
programadas. 
 
 
 
Na audiência de conciliação e julgamento, ocorrida em 30/09/2007 não houve acordo, 
motivo pelo qual o magistrado julgou a ação considerando-a procedente, nomeando 
um perito para emitir um Laudo Pericial – Cálculo de Reclamação Trabalhista, para 
avaliar tecnicamente os valores devidos. 
 
 
 
Isto posto, baseado nos dados fornecidos faça um cálculo dos valores devidos ao 
reclamante. 
 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2 ) Estudo de Caso Perícia Bancária 
 
 
 
Módulo de Perícia Contábil 
 
 
 
Elaborar uma perícia bancária utilizando o extrato fornecido pelo banco, conforme a 
seguir descriminamos: 
 
 
 
 
Dados adicionais : Selic Dez/2008 = 1,12 % 
 
 
 
Utilizando-se o extrato acima, elabore: 
 
 
 
a) Anexo 1; 
b) Anexo 2 : 
 
Resolução: 
 
 
23 
Data Histórico Débito Crédito Saldo 
01/01/09 Saldo inicial 1.000,00 
05/01/09 Cheque 001 500,00 500,00 
07/01/09 Pagamento 2.000,00 -1.500,00 
10/01/09 Depósito 5.000,00 3.500,00 
15/01/09 Cheque 002 10.000,00 -6.500,00 
20/01/09 Pagamento 5.000,00 -11.500,00 
25/01/09 Depósito 8.000,00 -3.500,00 
26/01/09 Tarifa Pacote 35,00 -3.535,00 
30/01/09 Enc.Financeiros 588,50 -4.123,50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3) Estudo de Caso – Cartão de Crédito 
Módulo de Perícia Contábil 
 
 
 
 
Um determinado usuário de cartão de crédito utilizava normalmente o citado 
instrumento creditício, comprando e pagando as faturas mensais nas datas 
aprazadas. Em 15/10/2005, data de vencimento da fatura, o usuário 
apresentando problemas financeiros, deixou de quita-la, pagando o valor 
mínimo nela estabelecido, R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais). Em 
15/11/2005 sua fatura apresentava a seguinte situação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Fatura - Vencimento 15/10/2005 – Encargos Mês – 12,9 % Valores 
Valor da fatura anterior – 15/09/2005 0,00 
Compras do mês 1.250,00 
Valor Pago em 15/10/2005 125,00 
Saldo da Fatura em 15/10/2005 1.125,00 
 
 
 
Demonstrativo da fatura apresentada em 15/11/2005: 
 
 
Em 15/11/2005, o usuário pagou parte do valor apresentado na fatura, correspondente 
ao saldo devido deduzidos os encargos debitados, no valor de R$ 1.125,00 (hum mil 
cento e vinte e cinco reais). 
 
 
 
Em 15/12/2005, a administradora enviou a fatura mensal conforme a seguir 
descriminamos: 
 
 
 
 
O usuário tentou discutir com a administradora o saldo apresentado, ponderando 
sobre o valor dos encargos cobrados sem êxito, deixando de pagar os valores 
cobrados. 
 
 
 
Durante o mês seguinte, o usuário utilizou normalmente seu cartão de crédito fazendo 
compras, e em 15/01/2006 a administradora apresentou nova fatura de cobrança 
assim descriminada: 
 
 
 
 
26 
Fatura - Vencimento 15/11/2005 – Encargos Mês – 12,9 % Valores 
Valor da fatura anterior – 15/10/2005 1.250,00 
Valor pago em 15/10/2005 125,00 
Encargos do Cartão 145,13 
Total da Fatura em 15/11/2005 1.270,13 
Fatura - Vencimento 15/12/2005 – Encargos Mês – 12,9 % Valores 
Valor da fatura anterior – 15/11/2005 1.270,13 
Valor pago em 15/12/2005 1.125,00 
Encargos do Cartão 18,72 
Total da Fatura em 15/12/2005 163,85 
Novamente o usuário tentou negociar os encargos cobrados junto a administradora, 
 
 
 
 
 
Na data o usuário pagou parcialmente o valor da fatura apresentada quitando em 
15/01/2006 R$ 1.150,00 ( hum mil cento e cinqüenta reais). 
 
Nos meses subsequentes o usuário não utilizou seu cartão de crédito, nemtampouco 
quitou os débitos apresentados, e as faturas mensais demonstraram a seguinte 
situação: 
 
 
 
novamente não obtendo êxito. 
 
 
27 
Fatura - Vencimento 15/01/2006 – Encargos Mês – 12,9 % Valores 
Valor da fatura anterior – 15/12/2005 163,85 
Valor pago em 15/12/2005 0,00 
Encargos do Cartão 21,14 
Compras do mês 1.150,00 
Total da Fatura em 15/01/2006 1.334,99 
Fatura - Vencimento 15/02/2006 – Encargos Mês – 12,9 % Valores 
Valor da fatura anterior – 15/01/2006 184,99 
Valor pago em 15/01/2006 0,00 
Encargos do Cartão 23,86 
Compras do mês 0,00 
Total da Fatura em 15/02/2006 208,85 
Fatura - Vencimento 15/03/2006 – Encargos Mês – 12,9 % Valores 
Valor da fatura anterior – 15/02/2005 208,85 
Valor pago em 15/02/2006 0,00 
Encargos do Cartão 26,94 
Compras do mês 0,00 
Total da Fatura em 15/03/2006 235,79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isto posto, preocupado com o crescimento de sua dívida, decidiu recorrer as vias 
judiciais na tentativa de solucionar o problema. 
 
 
 
O jurídico contratado, após uma análise da situação, formulou uma petição inicial com 
base no fato da administradora de cartão de crédito não ser uma instituição financeira, 
estando sujeita a aplicação de juros legais máximos previstos pelo Código Civil – Art. 
406 (Lei 10406/02), a qual define que as taxas de juros moratórios (legais), nelas 
incluídas comissões de permanência e quaisquer outras remunerações direta ou 
indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores ao 
cobrado pela Fazenda Nacional ; cobrança acima deste limite será conceituada como 
crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei 
determinar. 
 
 
 
A capitalização dos juros, também verificada, só pode ocorrer anualmente (art.591 do 
Código Civil), e a sua incidência fora do prazo legal indica a prática do anatocismo 
(juros sobre juros) vedada pela citada lei, além da administradora ferir o Código de 
Defesa do Consumidor, e alegar estar investida na cláusula de mandato. 
 
 
 
Outrossim, baseada nestes dispositivos legais a inicial ainda carecia de um laudo 
pericial, que informasse os cálculos dos valores em litígio, motivo pelo qual foi 
solicitado de um perito tal providência. 
 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.4) Estudo de Caso de Arrendamento Mercantil 
 
 
Módulo de Perícia Contábil 
Contrato do Banco: 
 
BFB Leasing Arrendamento Mercantil 
Objeto Financiado: Volkswagen Gol 16V 1.0 MI - 1999 
Placa: CNG 0382 Chassis nº 9BWZZZ373YT106818 
Valor do Bem: R$ 18.000,00 - Antecipado R$ 6.000,00 - Parcelado R$ 13.821,35 
Plano de Arrendamento: 36 meses Taxa – 2,02 % a.m – 28,35 % a.a. 
Contrato nº : s/nº 00000999-9 
 
Tarifas Cadastro/Serviços 1.821,35 
Valor da Parcela R$ 544,70 
Nº Parcelas Pagas = 8 
 
Data do Arrendamento : 22/06/2009 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODO DE GAUSS 
 
Em se tratando de cálculos para fins judiciais, com o objetivo de calcular os juros devidos a 
serem cobrados de financiamentos oferecidos por instituições financeiras em geral, é comum 
e usual a utilização do conhecido Método de Gauss. Este método baseia-se num modelo de 
cálculo cujo objetivo é determinar o encargo incidente sobre financiamentos com base em 
juros simples, conforme a seguir descriminamos: 
 
a) Inicialmente devemos calcular o valor da parcela acrescida de juros simples: 
 
 
 
Capital x [ 1 + ( i x n ) ] 
 
Encargos a Juros Simples(EJS) = 
 
n x a1 + (n – 1 ) x ( i ) 
 
2 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde : i = taxa de juros 
 
n = período 
 
a1 = parcela 1, a2 = parcela 2, ........ an = parcela n 
 
 
 
Exemplo: 
 
Capital = R$ 445,18 
 
n = 5 meses 
 
i = 4,0 % 
 
445,18 X [ 1 + ( 0,04 x 5 ) ] 534,22 
 
EJS = = = R$ 98,92 
 
5 x 1 + (5 – 1) x ( 0,04) 5,40 
 
2 
 
R$ 98,92 = Valor da Parcela Mensal 
 
 
 
 
 
b) Cálculo do valor a ser amortizado e montante dos juros mensais. 
 
 
 
Utilizando o exemplo fornecido, passamos a apurar: 
 
 
 
1) Total Geral Pago = R$ 98,92 X 5 = R$ 494,60 
2) Total dos Juros Pagos = R$ 494,60 – R$ 445,18 = R$ 49,42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
EM x ( n ) - Capital 
 
Índice Ponderado de Juros (IPJ) = 
 
(n+1) x (n) 
 
2 
 
 
 
 
 
98,92 x (5) - 445,18 
 
IPJ (a1) = = 3,2946 
 
(5+1) x (5) 
 
2 
 
Juro a1 = 3,2946 x 5 = R$ 16,47 
 
 
 
Juro ay = Índice Ponderado x (n – y + 1) 
 
Juro a2 = 3,2946 x ( 5 – 2 + 1) = R$ 13,1784 
 
Juro a3 = 3,2946 x (5 -3 +1) = R$ 9,8838 
 
Juro a4 = 3,2946 x ( 5 – 4 + 1) = R$ 6,5892 
 
Juro a5 = 3,2946 x ( 5 – 5 + 1 ) = R$ 3,2946 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 Bibliografia 
 
 
Conselho Federal de Contabilidade. NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – 
NBC PP 01, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2015. 
 
Conselho Federal de Contabilidade. NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – 
NBC TP 01, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2015. 
 
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997. 
 
ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia Contábil. – 2. Ed.- São Paulo: 
Atlas, 1995. 
 
Internet – site do INPECON – http:/www.tba.com.br.pages/inpecon

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