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Citologia clínica aula 3

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Citologia clínica – Aula 3:
Vagina e vulva:
Os profissionais de citologia fazem muitos exames a fresco. Grande vantagem: Rapidez para análise: Não precisar fixar a amostra, corar e outros procedimentos nessa linha de raciocínio; Quando a carga parasitária/fúngica for alta, o profissional enxergará bem na lâmina; A amostra dura 24 hrs, mas quanto mais rápido se faz, melhor; 
Mucorréia: Corrimento com muco; Natural; Clara de ovo, não pode ser turva;
Leucorréia: Corrimento com leucócito (presença de células inflamatórias); O citologista precisa diagnosticar o agente etiológico causador da leucorréia; A microbiologia está intimamente ligado a esta parte do citologista;
Chave do diagnóstico do corrimento: Sintomas (dor na relação sexual; odor; coceira; ardência);
Líquen escleroso: Doença epitelial, de pele, que apaga as camadas de estratificação do tecido da vagina; Existe teoria de ser causada por vírus, por doença auto-imune (por nunca ter se encontrado nenhum agente infeccioso no local. Então, por que a célula de defesa migra para o local?); Epitélio se apagando; Infiltrado inflamatório próximo ao epitélio que está se apagando: Número de células inflamatórias migrando para o local do epitélio; Forma de tratamento: Cirurgia; Líquen X câncer de vulva; 
Exame clínico de Líquen: Doença silenciosa, Lesões brancas, placas esbranquiçadas na lesão inicial; 
Classificação de Líquen:
 Lesão inicial
 Lesão inicial
 Lesão severa
Lesão severa
Lesão I e II: Epitélio ainda preservado; Hialinização: Hiperqueratinização; Aumento da produção de queratina para tentar preservar o epitélio; Infiltrado inflamatório;
Lesão III e IV: Ausência de pelo; Não há diferença entre grande lábio e pequeno lábio, vira um só; Lesões pigmentosas (vermelhas, pretas..); Não há mais queratina; As camadas do epitélio começam a se apagar; Infiltrado inflamatória; Área fibrosada; Estroma acelular;
Metaloproteinases: Degrada elementos da matriz e da membrana basal; Um pesquisador cultiva amostras normais de vulva e de líquen. Cultura com um tapete de membrana basal (todos os elementos de membrana basal) e joga em cima as células epiteliais de vulva normal e de líquen, e coloca pra cultivar; Tanto tempo depois, 72 horas depois, ele vai analisar a placa. O que aconteceu com a cultura de células de vulva normal? As células epiteliais se aderiram célula a célula e célula com membrana basal; O que aconteceu na placa de líquen? As células estavam todas soltas no sobrenadante, ou seja, a célula não se aderiu a membrana basal. Explicação: Além de não aderir, utilizando metaloproteinases 1 e 9, os níveis destas estavam aumentadas nas amostras de líquen do que na amostra normal. Adicionando informações: O pesquisador quantificou integrinas do hemidesmossomo: Na de líquen não tinha nada, a de vulva tinha bastante. Doença pode não ser auto-imune e sim por conta do aumento das metaloproteinases nas células de líquen, que fazem a degradação das integrinas presentes no hemidesmossomo , fazendo com que as células se soltem do seu local de origem, fazendo com que as camadas do epitélio comecem a se apagar.
Relembrando histologia vaginal: Tecido epitelial estratificado escamoso não queratinizado;
Os lactobacilos são os principais microorganismos encontrados em lâmina normal de corrimento vaginal; Fácil de enxergar; Faz parte da microbiota; Se não enxergar lactobacilos, provavelmente haverá algum problema nessa lâmina; 
Obs: Um lactobacilo pode se tornar patogênico; Como iremos saber? Através da resposta inflamatória que aparecerá na lâmina, sempre associando aos sintomas; 
Há também a situação dos Lactobacilos X Glicogênio liberado na fase secretora, caso a mulher não engravide, os lactobacilos irão fermentar esse glicogênio para equilibrar o PH vaginal e não haver infecções oportunistas; Podem ter células inflamatórias nessa lâmina;
Um jeito para saber a fase do ciclo menstrual que a mulher está sem estar na ficha: Além das diferenças histológicas, pode fazer a coloração de PAS (Corante que cora glicogênio – Fica rosa);
Dúvidas na coloração de HE na ocorrência de ovários policísticos? Utilizar o corante picrosirius: Este método é, basicamente, específico para a diferenciação dos colágenos tipos I e III; Evidencia o colágeno tipo I, característico na inflamação; O colágeno fica laranja na lâmina;
Corante tricromo: Para evidenciar fibras proteicas;
Corante gomori: Coloração de proteoglicanos; gaics, aics; Analisar alguns elementos da matriz, principalmente interação celular; Muito utilizada em observação de câncer;
Infecção baixa: Um infecção mais externa, mais para fora do corpo;
Sugestivo: Possui evidências, mas não enxerga a alteração celular e/ou microorganismo;
Indicativo: Possui célula chave; Certeza do que é;
	Em uma infecção bacteriana, dificilmente o citologista achará apenas um tipo de bactéria; Infecção polimicrobiana=mais de um tipo de bactéria; Principal vaginose presente em uma infecção polimicrobiana: Gardnerella; Lâmina com aspecto sujo, escuro, com poeira;
Aspecto de uma lâmina com a presença de Gardnerella (infecção polimicrobiana): Lâmina com aspecto sujo, fundo com poeira, arenosa; Célula-chave (clue cell): Citoplasma da célula estará todo infestado de bactérias; Lâmina reativa, esfregaço inflamatório com presença de polimorfonucleares, hemácias, muco. Presença de clue cell e indicativo de gardnerella;
Trichomonas vaginalis (patogênica): Conflito pro citologista; Ex: Se o citologista estiver vendo uma lâmina limpa, sem nenhuma reação inflamatória, mas achou uma trichomonas. O que fazer? O Machado colocaria lâmina normal, mas se tivesse contato com o médico, falaria sobre isso com ele; Ou avisar ao médico e marcar uma nova coleta para os próximos 3/ 4 meses para comparar os resultados;
Corrimento vaginal bolhoso: Corrimento característico de infecção de Trichomonas; Trichomonas é oval, com flagelos;
Exame clínico – Histórico da paciente- Suspeita de Neisseria gonorrhoeae: Corrimento vaginal amarelado; meio cremoso; odor fétido; O que fazer? Obrigado a fazer uma cultura bacteriana da amostra para realizar gram: Neisseria é a única bactéria diplococos na infecção de genitália; 
Clamídia: Parasita intracelular obrigatório; Não se vê o parasita no exame a fresco; Lâmina apresentará células com vacúolos intracitoplasmáticos; esfregaço inflamatório – polimornucleares – hemácias – termo: sugestivo para clamídia; Realizar imunomarcação utilizando Ac anti-clamídia – imunofluorescência- Cor verde – Reage 30 minutos na amostra: Verá pontinhos verdes dentro da célula;
Candidíase: Fungo oportunista; Sempre presente em lâminas, sejam normais ou reativas; Principal fungo causador de infecção urinária em grávidas; Frequente infecção em mulher que utiliza anticoncepcional oral; Infecção por conta de imunossupressão; Padrão de corrimento: Coalhado, em blocos; Lâmina com a presença de hifas associados a esporos e filamentos de muco(No Papanicolau se enxerga muito mais esporos do que hifas); Em caso de dúvida, fazer cultura em meio específico de fungos: Ágar sabouraud dextrose, depois fazer coloração de gram; 
Exemplo prático: Em uma lâmina, o citologista diz que viu 50 esporos de Candida, porém não viu células inflamatórias, hemácias ou outro sinal inflamatório. Resultado: Normal; microbiota da mulher; Já em outra lâmina, o citologista viu 30 esporos de Candida, porém viu linfócitos, neutrófilos, bastante filamentos de muco. Resultado: Infecção por Candida.

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