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TRANSNACIONAIS E O IMPACTO NO MERCADO BRASILEIRO.docx

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CCHN – CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DGEO – DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
TRANSNACIONAIS E O IMPACTO NO MERCADO BRASILEIRO – ESTUDO DE CASO: COCA-COLA ANDINA.
 VITÓRIA - ES
2017
GUILHERME KESSY NASCIMENTO
MARIANA SIMONASSI ERLACHER
RAYANE REDINZ VIEIRA
RUTHLEA DE CARVALHO
WALTER GOMES COELHO DE ALMEIDA
TRANSNACIONAIS E O IMPACTO NO MERCADO BRASILEIRO – ESTUDO DE CASO: COCA-COLA ANDINA.
VITÓRIA – ES
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
COCA-COLA ANDINA
GEOCARTOGRAFIA
COCA-COLA ANDINA E ESTADO
COCA-COLA ANDINA, MEIO AMBIENTE E POLÍTICA SOCIAL
COCA-COLA ANDINA: CONCORRÊNCIA, IMPERIALISMO E CRISE
CONCLUSÃO
1. INTRODUÇÃO
A observação, análise e compreensão das dinâmicas territoriais possibilitadas através da disseminação de atividades produtivas na escala mundial se transformaram em um desafio para o tempo atual, pois há predomínio da fluidez nas inter-relações dos agentes que produzem/reproduzem e utilizam do território. É de importância na atual conjuntura, entender os procedimentos, conexões e relações que afetam as atuações, condutas e padrões de modo a abranger todas as escalas regionais. 
Assim, este trabalho apresenta um panorama para o entendimento das dinâmicas territoriais através da forte influência de transnacionais e como essas intervêm no mercado, enfatizando a presença marcante da Coca-Cola nesse processo no Brasil e no mundo.
2. COCA-COLA ANDINA
Coca Cola Andina fundada em 1946, é uma empresa transnacional com sede no Chile e presença em 04 países da América do Sul: Chile, Argentina, Paraguai e Brasil, contando com 59 centros de distribuição. Nasceu da fusão da Embotelladora Andina e a Coca-Cola Polar, no quarto trimestre de 2012. 
A empresa possui franquia para a produção e comercialização dos produtos da The Coca-Cola Company. Com a fusão, a empresa se tornou a 7ª maior engarrafadora da The Coca-Cola Company do mundo, e a 2ª maior da América latina. Atendendo a territórios com 52 milhões de habitantes. Atualmente emprega mais de 16.258 mil colaboradores e alcança mensalmente em torno de 258.809 mil clientes.
Seu portfólio de bebidas apresenta mais de 38 marcas, sendo 36% de produtos com baixa ou zero calorias. E conta com marcas conhecidas como: Coca-Cola, Schweppers, Sprite, Fanta, Kuat, Kapo, Del Valle, Power Ade, Mate Leão, Monster e Burn.
Com sede brasileira no Rio de Janeiro e unidades produtoras na capital fluminense, Ribeirão Preto (SP) e em Cariacica (ES), a Coca-Cola Andina do Brasil domina o mercado da bebida nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, parte dos estados de Sao Paulo e Minas Gerais.
Seu campo de atuação no Mercado Capixaba sofreu um crescimento considerável em 2012, onde foram investidos 146 milhões para ampliar a produção e a capacidade de envasamento de refrigerantes, com o incremento de 50% da capacidade produtiva, a unidade capixaba saltou da produção de 273 milhões de milhões para 409 milhões de litros/ano até o ano de 2016, estes investimentos geraram 300 novos postos de trabalhos para vendedores, repositores, operadores de máquina e operadores de empilhadeiras. Com o início das obras em 2012, a fábrica de Cariacica empregou mais de mil trabalhadores.
Contudo em junho de 2016, a Coca Cola Andina encerrou a produção de refrigerantes na fábrica de Cariacica (ES), a unidade passou a funcionar apenas como centro de distribuição da marca. No novo formato, a empresa que empregava 874, desligou um total de 86, na qual foram realocados para a Leão Alimentos e bebidas, que pertence ao mesmo grupo e possui sede em Linhares (ES). De acordo com a empresa, a opção pela mudança na unidade de Cariacica (ES) para um grande centro de distribuição, se deu pela vocação comercial e logística para atendimento regional.
 A missão da empresa, segundo seu site, é agregar valor crescendo de forma sustentável, refrescando os consumidores e propiciar momentos de otimismo entre amigos e com os clientes. Onde os valores passados são de integridade, trabalho em equipe, atitude, austeridade e manter o foco no cliente. As visões inseridas no âmbito do plano de trabalho da Coca-Cola Andina sobre o que a empresa descreve para ser seguido e consequentemente alcançar a máxima sustentabilidade, qualidade e crescimento no mercado não é coerente a começar que a empresa comercializa produtos de baixa qualidade nutricional, vendendo os mesmos como fonte de felicidade, jovialidade com seu slogan “Abra a Felicidade”. A coca-cola desde os anos 60 nos diz que traz a felicidade, de papais-noéis sorridentes e músicas alegres, de famílias de ursos se ajudando a adolescentes se divertindo juntos, de ações virais mostrando pessoas felizes a máquinas de abraços. Fomos condicionados por anos de publicidade a exposição à marca Coca-Cola que ela traz felicidade ao ser consumida. Como resultado desse marketing, um condicionamento que, em pequena medida, nos faz mais felizes quando somos expostos à marca em comparação a outros refrigerantes.
Outro ponto a ser levantado da ferocidade por mercado da companhia, é que a mesma ao longo dos anos usou e abusou da prática dos trustes, cartéis e holdings, provocando uma perda da livre concorrência entre as empresas no mundo. Por meio de sua holding, a The Coca-Cola Company comprou uma série de marcas, algumas concorrentes, outras concorrentes, assim como usou disso para o enfraquecimento de suas concorrentes para com isso obter maior fatia de mercado.
3. GEOCARTOGRAFIA
A Coca Cola Andina, atualmente está atuando em 04 países da América latina: Argentina, Brasil, Chile e Paraguai, com sede no Chile.
No Brasil a empresa está presente com franquias no estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados que dominam o mercado, e no Estado de São Paulo, no qual domina parte do mercado Paulista e parte do mercado Mineiro.
4. COCA-COLA ANDINA E ESTADO 
 Atualmente, é importante analisarmos a forma em que a Coca Cola Andina vem realizando sua expansão através de sua capacidade produtiva no espaço com base nas suas três franquias localizadas no país, mas principalmente no estado do Espírito Santo. Dentre essas regiões a Andina está distribuída da seguinte maneira: No ano de 2016 no Espírito santo a Coca Cola Andina passou a funcionar apenas como centro de distribuição, deixando de ser a sede de produção, o grupo incorporou a empresa Leão Alimentos e Bebidas, onde também será ampliada a sua produção no município de Linhares. 
No Rio de Janeiro a Coca Cola Andina se instala como distribuidora em Bangu e em Nova Iguaçu, e atua também como empresa de refrigeração comercial no município de Jacarepaguá. No Estado também ocorreu uma série de investimentos da Coca-Cola Andina Brasil que investiu nada menos que R$ 1 bilhão nos últimos cinco anos, envolvendo a construção de uma fábrica — em produção em 2017 — na cidade de Duque de Caxias, instalando um grande centro de distribuição em área antes degradada do Caju, na Avenida Brasil, além de expandir a unidade industrial de Jacarepaguá e revitalizar os centros de distribuição de Bangu, Itambi, Nova Iguaçu, São Pedro D’Aldeia e Campos, como forma de impedir competição de outras empresas de bebidas e que com isso iria atrair investimentos necessários para fortalecer as cadeias produtivas em território fluminense. Já no estado de São Paulo a Coca Cola Andina apresenta-se como Fábrica de produtos.
Percebe-se também que a Coca Cola apresenta-se como resultado desenvolvimento científico-tecnológico, resultado que está associado como o que podemos chamar de as Condições Gerais de Produção tratado pela LENCIONI (2007) que se manifesta (mesmo que em menor escala no Espírito Santo), no Estado do Espírito Santo através das Grandes Indústrias consideradas como as grandes transformadoras do espaço, principalmente localizada na Região Metropolitana da Grande Vitória local onde localiza-se o centro de produção da Andina e também o que pode ser chamado de uma futuraRegião metropolitana expandida onde localiza-se o município de Linhares com outro centro de produção da Andina e como uma região que vem recebendo várias investimentos das grandes dinamizadoras do espaço assim como a Coca Cola que torna-se também participante dessas transformações.
5. COCA-COLA ANDINA, MEIO AMBIENTE E POLÍTICA SOCIAL
Em relação ao Meio Ambiente, a empresa declara que 100% de suas embalagens são recicláveis e que executa programas de reciclagem na Argentina, Brasil e no Chile. Declara também uma recuperação de 2.431 toneladas de garrafas pet pós-consumo, e que 2,63% da matéria-prima PET e 5,34% da matéria prima vidro utilizadas em suas embalagens são de origem reciclada, o que resulta numa redução média de 197 toneladas de garrafas PET em um ano.
Segundo a Coca-Cola Andina, os projetos criados e desenvolvidos são realizados por equipe multidisciplinares e há avaliação dos aspectos econômico, ambiental e social, além disso veem oportunidades de melhoria no design de suas embalagens e nos processos de tratamento, reciclagem ou de reutilização, visando um desenvolvimento sustentável ao longo de seu processo produtivo.
6. COCA-COLA: CONCORRÊNCIA E IMPERIALISMO
Sendo uma das empresas mais lucrativas do mundo, a Coca-Cola é uma gigante no Marketing e na distribuição dos seus produtos, além de possuir a marca mais valiosa do mundo e ser líder absoluta no segmento. Mesmo com todo esse poder, a empresa já teve de modificar sua forma de trabalho para não perder o controle do mercado. Alguns casos peculiares nos mostram que para suprir sua necessidade de mercado a empresa se sujeitou a interferências da cultura local, como o caso da lata Azul de Coca-Cola utilizada em Parintins no Amazonas em decorrência da rivalidade entre as torcidas dos bois bumbás Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul), a rivalidade entre as duas torcidas é tão grande que os torcedores do Caprichoso não consumiam a Coca-Cola pois a cor da lata era associada a cor do rival, enquanto a Pepsi, por ter a lata azul, era preferida por tais torcedores, para não perder consumidores a Coca-Cola adotou o azul em metade de sua produção e também nos materiais de divulgação. Outro Caso de influência regional aconteceu no Maranhão com o Guaraná Jesus, o refrigerante rosa tratado como ícone da cultura local, é líder de mercado, e mesmo com inúmeras estratégias de marketing a Coca-Cola não conseguia se inserir no mercado de forma expressiva, a saída adotada pela empresa foi adquirir os direitos de distribuição do Guaraná Jesus em 2001, assim passou a controlar sua distribuição, deixando-a restrita apenas ao estado do Maranhão.
A Coca-Cola é um bom exemplo de imperialismo cultural e é uma das empresas que mais influencia a decisão de compra das pessoas, pois divulga que seu refrigerante é o mais vendido e mais consumido por muitos anos. Isso leva as pessoas a pensarem que essa é a melhor escolha. A Coca-Cola investe milhões de dólares em propaganda, seu comercial demonstra alegria , poder e pessoas de bem com a vida, identificando como produto que traz felicidade. Alegria, satisfação, sorrisos estampados no rosto, músicas agitadas, assim a Coca-Cola foi conquistando o mundo inteiro.
Criando o seu imperialismo e a influência sobre as pessoas, difícil imaginar que um simples refrigerante possa ter influência na cultura de um país ou até no mundo. Mas a Coca-Cola foi deixando pouco a pouco sua marca bem registrada, um bom exemplo de imperialismo cultural, onde a Coca-Cola faz parte do dia-a-dia das pessoas, tornando uma tradição familiar. A Coca-Cola investe alto para lembrar os consumidores a todo instante do seu produto, uma verdadeira lavagem cerebral.
O refrigerante Coca-Cola chegou no Brasil por volta do ano de 1950, mas foi a partir de 1962 que a marca começou a se fortalecer. Na época, teve mulheres como garotas propaganda, influenciando principalmente os jovens.
Podemos definir a Coca-Cola como “ícone” do capitalismo, pois ela faz parte de uma lista seleta de produtos que não são mais meros produtos, são itens da cultura americana e que espalham o estilo americano de viver. Assim, fomentam a cultura americana em vários países, resultando o modus operandi, modo de operação, da expansão imperialista-cultural da Coca-Cola, de forma natural e eficiente.
7. CONCLUSÃO
Em 1886, a Coca-Cola nasceu em uma pequena farmácia. Atualmente, o refresco Coca-Cola está presente em lares de todo o planeta. A empresa tem se expandido, oferecendo 500 marcas e produtos para o mundo. Alcançando assim, diversos tipos de público, almejando satisfazer suas necessidades para que ela seja a preferência mercadológica. Com isso, há um domínio do mercado, passando a exercer um monopólio, adquirindo força contra pequenos produtos e produtores. 
A Coca-Cola está no dia a dia da população, seja em forma de refresco, roupas, calçados, dentre outros, ela alcançou o cotidiano de diversos povos através de seu marketing. Marketing este, que através de propagandas, jingles, outdoors, etc, foi se sedimentando em nossa mente, fazendo-nos pensar e acreditar nas informações fornecidas. 
É um exemplo de transnacional presente no Brasil e Espírito Santo, mostrando-se veloz em seu processo imperialista de adquirir novos mercados e na incorporação de novos produtos. Uma corrida em busca do capital e de demonstração de desenvolvimento sustentável, passando imagem de uma empresa que se desenvolve em todos os seus âmbitos. A Coca-Cola é agressiva em seu processo neocolonial, seja no mercado ou meio ambiente, mas essa ação é amenizada através de suas jogadas estratégicas.

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