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Bioquímica clínica dia 17.11

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Bioquímica clínica – Aula do dia 17/11/16 (AV2)
A bilirrubina é proveniente da degradação do grupamento heme das hemoproteínas (hemácias), onde a globina (cadeia polipeptídica) é degradada gerando os aminoácidos que serão reutilizados e o grupamento heme será convertido em biliverdina e, posteriormente, em bilirrubina. Esse mecanismo ocorre principalmente no retículo endotelial e baço. Cerca de 20% da bilirrubina é formada através do heme de outras hemoproteínas, mioglobina, catalase e citocromo. As que não amadureceram naturalmente serão degradadas na medula óssea. 
Quando o heme for convertido em biliverdina e bilirrubina, fora do fígado, ela é chamada de indireta ou não conjugada, que é insolúvel. Ela precisa chegar ao fígado e, para isso, há a necessidade de ser transportada no plasma, ligada á uma PTN transportadora (albumina). No fígado, a bilirrubina será convertida em direta ou conjugada, através da ação da enzima UDPGT, que irá catalisar a conjugação da bilirrubina com o ácido glicurônico (bilirrubina agora solúvel). A bilirrubina é um dos componentes que forma a bile, que será enviada á vesícula biliar e durante a digestão será lançada no intestino delgado, participando do processo de digestão de lipídeos. Quando a bilirrubina passa a ser solúvel, essa será lançada nos canalículos biliares para ajudar na formação da bile. 
Uma vez lançada (junto com a bile) no intestino delgado, uma parte da bilirrubina será novamente absorvida através da circulação entero-hepática. E, ao chegar no intestino, sofrerá um processo de desconjugação, onde as bactérias intestinais retirarão o ácido glicurônico, formando novamente a bilirrubina indireta. A bilirrubina que continua no intestino delgado e depois vai para o intestino grosso sofre a conversão por microorganismos da flora intestinal em outras moléculas derivadas, como o urobilinogênio, que será convertido em estercobilinogênio (forma estercobilina) e urobilina. 
A dosagem aumentada de bilirrubina do sangue é investigada através de exames laboratoriais. Bilirrubina total = bilirrubina conjugada + não-conjugada. Quando há algum distúrbio ou anomalia no processo de produção, metabolização ou excreção da bilirrubina, a mesma pode sofrer modificação em sua quantidade. O aumento da bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia) faz com que esse pigmento colorido impregne nos tecidos e o individuo fica com a pele, a esclerótica e a mucosa amareladas. A icterícia é o resultado desse aumento da bilirrubina, que ocasiona a cor amarelada. Essa icterícia não tem uma causa única. 
Quando há predominância de não-conjugada Quadro pré-hepático. 
Uma hiperbilirrubinemia muito acentuada com predominância da fração não-conjugada pode levar á um quadro onde há uma lesão neurológica, porque a bilirrubina se difunde em lipídeos (apolar), ou seja, ela consegue atravessar a barreira hematoencefálica e atinge o SN. A conjugada não provoca lesão neurológica, pois não atravessa a barreira hematoencefálica. 
Os recém-nascidos, principalmente os prematuros, possuem valores de bilirrubina total aumentados. Esses valores são provenientes da imaturidade do fígado em conjugar a bilirrubina. A UDPGT, nos primeiros dias de vida, pode não estar na sua velocidade máxima, levando á uma icterícia que é chamada icterícia neonatal ou icterícia fisiológica. Em alguns dias, esse processo se normaliza. Há necessidade de, após o parto, um monitoramento para distingir a icterícia fisiológica de uma patologia. 
Na icterícia neonatal, há predominância de bilirrubina indireta, porque o fígado ainda não tem sua capacidade plena de conjugação. 
Uma icterícia com predominância da fração insolúvel vai ocorrer quando há uma hemólise intensa. Numa doença hemolítica há muita bilirrubina indireta, que está sendo produzida pela destruição das hemácias. 
Na hiperbilirrubinemia com predominância da fração direta, pode haver uma obstrução nos canalículos biliares, o que promove aumento da bilirrubina direta. 
A colestase intra-hepática é acompanhada por alteração nas enzimas hepática, como a gamma-GT, fosfatase alcalina e os ácidos biliares aumentados. Pode ser ocasionada por hepatite alcoólica, hepatite viral aguda ou hepatite medicamentosa. 
A colestase extra-hepática é resultado da interrupção na passagem, na chegada da bile ao intestino delgado.
O processo de filtração do sangue acontece nos rins. O rim é um órgão fundamental na homeostase dos componentes do sangue. Ele está ativamente filtrando, excretando, secretando compostos para que haja uma taxa normal de todos os componentes sanguíneos. No processo de filtração glomerular, há a passagem da maior parte dos componentes sanguineos e depois a reabsorção e, se o processo não estiver ocorrendo de forma correta, tem-se uma alteração refletida na concentração plasmática e na urina excretada. O ideal quando for avaliar a função renal é fazer a análise tanto da urina quanto do plasma e compará-los. 
Os rins eliminam os resíduos metabólicos (uréia e urobilinogênio, por exemplo), retém nutrientes; faz ajuste das concentrações de glicose, sódio e cálcio plasmáticos e retenção desses componentes. Quase todo filtrado é reabsorvido, inclusive a água. 
O rim secreta compostos como a EPO, a renina, prostaglandinas, entre outros. A ultra-filtração ocorre nos néfrons, que são unidades funcionais dos rins. A filtração glomerular tem vários interferentes nesse processo, tanto no processo de filtração quanto no processo de reabsorção. 
A urina está sendo continuamente produzida, encaminhada para a bexiga e eliminada através da uretra. A urina faz com que, no processo normal, a concentração plasmática e osmótica seja mantida adequada. Então, o suprimento de sangue que passa pelos glomérulos dá origem a uma grande quantidade de filtrado, que em sua maioria, 99% dos compostos será reabsorvido. A partir daí, a urina será o resultado de todos os passos, desde a formação do filtrado até percorrer dentro do rim (ela é o produto final). 
O processo de reabsorção nos túbulos faz com que haja a reabsorção de substâncias como a glicose. A presença da glicose na urina representa que a taxa de reabsorção não está sendo exercida de forma correta, o que reflete na hiperglicemia. 
O volume da urina formada durante a noite é menor. Algumas patologias têm aumento da necessidade de eliminação de urina á noite: mictúria. 
Poliúria = aumento do volume urinário maior do que 2L por dia. Causas: grande ingestão de líquidos, polidipsia (aumento da sede), insuficiência renal crônica, diabetes mellitus e insipidus, etc.
Oligúria = volume de urina menor que 500ml por dia. Causas: baixa ingestão de água, desidratação, diarréia, vômito, sudorese, etc.

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