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MIV36 Infecção Hospitalar

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Infecção Hospitalar | Luís Felipe Inácio Almeida Medicina UFPB Turma 100 
MIV36 – 17/07/2017 
Professora: Rita 
INFECÇÃO HOSPITALAR (IH) 
Slides + Anotações da aula + Anvisa 
Vamos pensar um pouco: 
Jovem, 25 anos, mulher, insatisfeita com a forma de suas mamas, fez cirurgia de implante de próteses de silicone. 
Procedimento cirúrgico transcorreu sem intercorrências. Bom pós operatório e recuperação. Volta às atividades diárias. Após 
dois meses, começa a apresentar dor na mama direita, evoluindo com saída de secreção clara pela cicatriz cirúrgica. 
Qual o diagnóstico? Por que essa resposta? 
Considerações gerais 
 Causada por múltiplos agentes, até saprófitos 
 Disseminação muito variável 
 Ser humano principal fonte de disseminação 
 Lavagem mãos é o principal mecanismo para a prevenção. 
o Falha: causa uma doença infecciosa de difícil controle 
 Desinfecção do ambiente 
o Piso, teto, janela e todo mobiliário 
 Condições favoráveis 
o RN, idoso, DM, imunodeprimido... 
 IHs têm sido as mais freqüentes e importantes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados, podendo 
aumentar até 10d a internação 
 No Brasil estima-se que 05-15% de pacientes internos adquiram algum tipo de IH 
 Gastos relacionados a procedimentos diagnósticos e terapêuticos da IH tornam o seu custo elevado 
 A prevenção deve constituir o objetivo de todos os profissionais de saúde 
Conceitos 
 Portaria 2.616/1998 MS 
o Aquela adquirida após internação e manifesta durante a mesma ou após alta, quando puder relacionar com 
internação ou procedimento 
o Quando mesma topografia IC for isolado germe # seguido piora clínica 
o Toda infecção manifesta a partir 72h da admissão ou <72h associada procedimento 
diagnóstico/terapêutico neste período 
 Portaria 2.616 MS/GM 
o As infecções no RN são hospitalares, exceto transplacentária e associada bolsa rota >24h 
o Oriundo outro hospital  IH hospital origem 
 IRAS 
Antigamente era considerada IH se houvesse infecção no sitio cirúrgico com até 1 ano da realização do procedimento. Hoje 
em dia se houver a utilização de prótese até 3 meses (90 dias) é considerado como IH, e se não houver a utilização de prótese 
até 30 dias após a realização do procedimento. 
Agentes prevalentes 
 MS, 1994 
o 10% IH  agente identificado o 90% IH  agente desconhecido 
 Gram-positivos 
o Infecção pele e subcutâneo, prótese e implante cateter venoso 
o Mãos, preparo pele, técnica e tempo cirúrgicos, técnica inserção cateter 
o MRSA estetoscópio uso hospitalar  não se pode correlacionar com surto 
 Gram-positivos 
o S. epidermidis  infecção dispositivo implantável e cateter venoso 
o Enterococo  ITU 
o VRE  uso amplo de ATB 
Infecção Hospitalar | Luís Felipe Inácio Almeida Medicina UFPB Turma 100 
 Gram-negativos 
o Líquidos e materiais úmidos (fonte)  solução contaminada, material não seco, solução parenteral, falha 
desinfecção ou falta secagem 
o Klebsiella pneumoniae (ESBL e KPC): PNM e ITU 
 Meta IH zero 
 Fatores intrínsecos 
o Déficit imunológico  RN, idoso, queimado, transplantado, SIDA... 
 Fatores extrínsecos 
o UTI, pós-operatório, cateter vesical e/ou central, VM, internação >07d, procedimento invasivo 
Revisão Flora Bacteriana 
Flora permanente (residente) Flora transitória 
– Função 
• Antagonismo entre microrganismos 
• Competição por nutrientes no ecossistema 
impedindo a proliferação de agentes nocivos. 
– Micorganismos residem sobre superfície estrato 
córneo 
– Menos associada com infecção, mas pode infectar 
cavidades estéreis, olhos ou pele não intacta 
– S. epidermidis (dominante) e estafilo resistente a OXA 
é extraordinariamente alta, particularmente em 
trabalhadores da saúde 
– Outras: S. hominis, estafilos coagulase-negativo, 
seguidos pelas bactérias Propionibacteria, 
Corynebacteria, Dermobacteria e Micrococci 
– Fungos: Pityrosporum (Malassezia) spp. 
 
– Adquiridos por contato com pacientes 
– Coloniza superficialmente a pele 
– Usualmente não se multiplicam na pele, mas sobrevivem 
– Podem tornar-se persistentemente colonizadas com S. 
aureus, bacilos Gram – e leveduras 
– Removida com higienização das mãos 
 
 
Mecanismos de resistência 
 
Alteração permeabilidade (G- / Porinas) 
A permeabilidade limitada constitui uma propriedade da membrana celular externa de 
lipopolissacarídeo das bactérias Gram-negativas. A permeabilidade dessa membrana reside na presença 
de proteínas especiais, as porinas, que estabelecem canais específicos pelos quais as substâncias podem 
passar para o espaço periplasmático e, em seguida, para o interior da célula. A permeabilidade limitada 
é responsável pela resistência intrínseca dos bacilos Gram-negativos à penicilina, eritromicina, 
clindamicina e vancomicina e pela resistência de Pseudomonas aeruginosa ao trimetoprim. As 
bactérias utilizam esta estratégia na aquisição de resistência. Assim, uma alteração na porina específica 
da membrana celular externa de P. aeruginosa, pela qual o imipenem geralmente se difunde, pode 
excluir o antimicrobiano de seu alvo, tornando P. aeruginosa resistente ao imipenem. 
 
Alteração sítio de ação ATB (ORSA e SCN / alteração genes) 
A alteração do local-alvo onde atua determinado antimicrobiano, de modo a impedir a ocorrência de 
qualquer efeito inibitório ou bactericida, constitui um dos mais importantes mecanismos de resistência. 
Capacidade adquirida por plasmídeo ou transposon. 
 
Bomba de efluxo (E. coli / plasmídeo) 
O bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular para o extracelular, isto é, o seu efluxo 
ativo, produz resistência bacteriana a determinados antimicrobianos. A resistência às tetraciclinas 
codificada por plasmídeos em Escherichia coli resulta deste efluxo ativo. 
 
Mecanismo enzimático (G + e - / produção de enzima) 
O mecanismo de resistência bacteriano mais importante e freqüente é a degradação do antimicrobiano 
por enzimas. As β-lactamases hidrolisam a ligação amida do anel beta-lactâmico, destruindo, assim, o 
local onde os antimicrobianos β-lactâmicos ligam-se às PBPs bacterianas e através do qual exercem seu 
efeito antibacteriano. Foram descritas numerosas β-lactamases diferentes. Foram desenvolvidos β-
lactâmicos capazes de se ligarem irreversivelmente às β-lactamases, inibindo-as. Esses compostos 
(ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam) foram combinados com as penicilinas para restaurar sua 
atividade, a despeito da presença de β-lactamases em estafilococos e hemófilos. 
Infecção Hospitalar | Luís Felipe Inácio Almeida Medicina UFPB Turma 100 
 
 
Quando há a colocação de uma prótese ocorre uma reação de 
corpo estranho, onde é depositada uma camada de proteoglicanos 
em volta dessa prótese. As bactérias adentram no biofilme, se 
alojam e começam a se proliferar gerando uma infecção. Se eu não 
identifico a infecção e retiro a prótese logo vai haver a liberação de 
Êmbolos Sépticos que vão agravar o quadro gerando uma quadros 
mais complicados e difíceis de tratar. 
 
Taxas ideais 
 Não existe infecção zero  não sabe procurar (“quem procura acha”) 
 Comparar taxas sequenciais mesmo hospital 
 OMS: média 05% para hospital geral  meta 
Infecções mais prevalentes 
 Pode variar muito entre hospitais e no mesmo hospital 
 Levantamento periódico + ação controle 
 Literatura 
o 40% IH  urinária 
o Infecção cirúrgica 
o PNM 
o Infecção relacionada ao cateter 
 Brasil  cirúrgica 
Tratamento 
 ≈ infecção comunitária 
 Baseado 
o Experiência profissional 
o Infecção prevalente local 
 Importante identificar agente  terapêutica adequada 
Infecção Hospitalar | Luís Felipe Inácio Almeida Medicina UFPB Turma 100 
PREVENÇÃO 
Higienização mãos 
o Água + sabãoentre um paciente e outro 
o CDC (EUA)  80% IH seriam prevenidas 
 O quê dificulta a adesão? 
o Excesso paciente/funcionário 
o Falta de consciência 
 Como melhorar adesão? 
o Conscientização 
 fatores risco 
PRECAUÇÕES 
 
 
 
 
Infecção Hospitalar | Luís Felipe Inácio Almeida Medicina UFPB Turma 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCIH 
 Representantes (consultores) 
o Médico, enfermagem, farmácia, 
 microbiologia e administração 
 Executores (SCIH) 
o Executam ações programadas 
o Mínimo 03 técnicos/200 leitos  médico (04h/d), enfermeiro (06h/d) e farmacêutico (04h/d) 
 Objetivo primordial   IH 
 Tripé: 
o Vigilância epidemiológica 
o Educação continuada 
o Controle ATB 
 Decide medidas controle IH 
o Reuniões mensais (obrigatório) e S/N 
o Anualmente traça diretrizes  IH prevalente período

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