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Fontes de Energia - Fontes de energia não-renováveis correspondem aos recursos naturais finitos no meio ambiente PETRÓLEO - Obtenção: Resulta de reações químicas em fósseis depositados principalmente no fundo do mar. É extraído de reservas marítimas ou continentais - Uso: produção de energia elétrica; matéria-prima da gasolina, do diesel e de produtos como o plástico, borracha sintética, cera, tinta, gás e asfalto. - Vantagens: domínio da tecnologia para sua exploração e refino; facilidade de transporte e distribuição. - Desvantagens: polui a atmosfera com a liberação de dióxido de carbono, colaborando para o efeito estufa. NUCLEAR - Obtenção: reatores nucleares produzem energia térmica por fissão (quebra) de átomos de urânio. Essa energia aciona um gerador elétrico. - Uso: produção de energia elétrica; fabricação de bomba atômica - Vantagens: a usina pode ser instalada em locais próximos de centros de consumo; não emite poluentes que contribuam para o efeito estufa. - Desvantagens: Não é tecnologia para tratar lixo nuclear, a construção de usinas é cara e demorada; existe risco de contaminação nuclear. CARVÃO MINERAL - Obtenção: Resulta da transformação química de grandes florestas soterradas. É extraído de minas localizadas em bacias sedimentares. - Uso: Produção de energia elétrica; aquecimento, matéria-prima de fertilizante. - Vantagens: Domínio de tecnologia para seu aproveitamento; facilidade de transporte e distribuição. - Desvantagens: Libera poluentes como dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio; contribui para a chuva ácida. GÁS NATURAL - Obtenção: Ocorre na natureza associado ou não ao petróleo. A pressão existente nas reservas impulsiona o gás para a superfície, onde é coletado em tubulações. - Uso: aquecimento; combustível para geração de eletricidade, veículos, caldeiras e fornos; matéria-prima de derivados da indústria petroquímica. - Vantagens: Não emite poluentes; pode ser utilizado nas formas gasosa e liquida; existe grande número de reservas. - Desvantagens: A construção de gasodutos e metaneiros (navios especiais) para o transporte e a distribuição requer alto investimento. - Fontes de energia renováveis, uma vez exploradas pelo homem, se reconstituem espontaneamente ou por meio de práticas de conservação. Entre elas estão o ar, a água e a vegetação. HIDRO-ELETRICIDADE - Obtenção: A energia liberada pela queda de água represada move uma turbina que aciona um gerador elétrico. - Uso: Produção de energia elétrica - Vantagens: não emite poluentes*; a produção é controlada - Desvantagens: inundação de grandes áreas e deslocamento de população residente; a construção das usinas é cara e demorada. *Se desconsiderarmos as emissões de metano das florestas inundadas das primeiras hidrelétricas EÓLICA - Obtenção: O movimento dos ventos é captado por pás de hélices gigantes ligadas a uma turbina que acionam um gerador elétrico. - Uso: Produção de energia elétrica; movimentação de moinhos - Vantagens: Grande potencial para geração de energia elétrica; não interfere no efeito estufa; não ocupa áreas de produção de alimentos. - Desvantagens: Exige investimentos para a transmissão da energia; produz poluição sonora; interfere em transmissões de rádio e TV. SOLAR - Obtenção: Lâminas recobertas com material semicondutor, como silício, são expostas ao sol. A luz excita os elétrons do silício, que formam uma corrente elétrica. - Uso: Produção de energia Elétrica; aquecimento - Vantagens: Não é poluente; não interfere no efeito estufa; não precisa de turbinas nem geradores para a produção da energia elétrica. - Desvantagens: exige alto investimento para o seu aproveitamento. BIOMASSA - Obtenção: A matéria orgânica é decomposta em caldeira ou biodigestor. O processo gera gás e vapor, que acionam uma turbina e movem um gerador elétrico. - Uso: aquecimento; produção de energia elétrica e de biogás (metano) - Vantagens: Não interfere no efeito estufa (o gás carbônico liberado durante a queima é absorvido depois no ciclo de produção). - Desvantagens: Exige alto investimento em seu aproveitamento. Fontes de Energia Primária São as fontes de energia encontradas, ou captadas, diretamente da natureza, ou ainda, as oriundas de subprodutos, de resíduos naturais ou de processos industriais: como o petróleo, energia hidráulica, carvão mineral, dejetos animais, energia solar, energia eólica, etc. Fontes de Energia Secundária São as fontes de energia resultantes de um ou mais processos de transformação das fontes primárias: derivados energéticos do petróleo, eletricidade, carvão vegetal, álcool, etc. A matriz energética brasileira é composta por 54% de fontes não- renováveis, o percentual mais baixo entre as grandes economias mundiais. Energia sustentável – equilíbrio entre produção e consume Energia limpa – não polui Síntese do BEN 2013 ENERGIA Em 2012, a oferta interna de energia aumentou 11,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep). Gás natural, petróleo e derivados responderam por 97% do total. Redução na oferta interna de biomassa da cana e de hidroeletricidade; Maior importação de gasolina e diesel. Redução da proporção de renováveis na matriz energética. Transportes- liderou o crescimento da demanda (taxa de crescimento de 7,2%) Energia hidroelétrica – aumento de 1.835MW do parque , redução de 1,9% (condições hidrológicas). Energia eólica - 1.894MW – dobrou a fatia desta fonte na matriz elétrica nacional. Aumento do consumo de eletricidade (3,8%)– residencial e serviços - (7,9%) termoelétricas (gás natural). Aumento das perdas na transformação (o rendimento da planta térmica na conversão para eletricidade é bastante inferior ao da usina hidrelétrica.) Biomassa energética - Suprimento estável e custos razoáveis de combustível Existe tecnologia no Brasil para a viabilização de áreas de reflorestamento biomassa florestal se regenere em 20 anos manejo racional de 1600 ha (1 MW) fator de capacidade de 70% Em 2014, a participação de renováveis na MEB manteve-se entre as mais elevadas do mundo, com peqena redução devido à menor oferta de energia hidráulica. Brasil 2014 – 39,4% -> Brasil 2013 – 40,4% -> Mundo 2012 – 13,2% Principais fontes de energia 1970 – Lenha e carvão vegetal 44% 2000 – Petróleo e derivados 46% e surgimento de diferentes fontes (Gás natural, Urânio, outras fontes renováveis) 2030 – Petróleo e derivados 30% e aumento do gás natural (5% -> 16%) EMISSÕES DE CO2 Em 2012, o total de emissões antrópicas associadas à matriz energética brasileira atingiu 429 milhões de MtCO2-eq (toneladas CO2 equivalente) -> 209,3MtCO2-eq ↔ transportes. A economia brasileira permanece sendo, em média, 2 vezes menos intensa em carbono do que a economia americana, 1,3 vezes menos que a economia europeia e 4vezes menos do que a economia chinesa. Setor elétrico brasileiro emitiu, em média, apenas 82kgCO2 para produzir 1MWh o que representa índice ainda muito baixo ↔ americano (7 vezes mais) e chinês (11 vezes mais). Modelo unidirecional do desenvolvimento Política Ambiental Conjunto de normas de conduta expressas sob a forma de dispositivos legais (leis, decretos, etc.). Tendo sua ação realizada através de projetos, ou seja, intervenções em uma dada realidade, em um dado momento, visando atingir uma mudança. Seu objetivo é diminuir os impactos negativos da ação do homem sobre o meio ambiente. Recompensa os gestores que estimulem a redução ou eliminação das externalidades, bem como pune os que não a respeitem. Política pública ambiental– conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos de ação que o poder público dispõe para produzir efeitos desejáveis no meio ambiente. 1ª fase (séc XIX) – intervenção estatal e disputa em tribunais – muito custosa. 2ª fase (déc 50) – padronização de emissão; determinação tecnologia – implementação morosa. 3ª fase (atual) – solucionar os problemas anteriores. Instrumentos de politica ambiental 1) controle de produto/processo/atividades/uso de recursos naturais; padronização. 2) Taxas e tarifas; subsídios; certificados de emissão; sistema de devolução de depósitos; impostos (icms ecológico). 3) Informação; acordos; sistema de gestão; selos ambientais; marketing. Direito e Legislação Ambiental Direito ambiental – estuda os problemas ambientais e suas interligações com o homem, visando à proteção do meio ambiente para a melhoria das condições de vida como um todo. Hierarquia das Normas Legais A lei magna é a constituição federal (1) – lei fundamental, a lei primeira. Conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado. Depois vem as leis federais ordinárias(2), constituição estadual(3), leis estaduais ordinárias(4) e por último, leis municipais(5). Controle de constitucionalidade das leis – é a verificação da adequação vertical que deve existir entre as normas Emendas constitucionais – não foram elaboradas através do poder constituinte. A maioria simples é o primeiro numero inteiro após a metade. É necessária para a aprovação de lei ordinária, decreto legislativo e resoluções. A maioria absoluta tem o mesmo raciocínio do primeiro numero inteiro, mas trata-se da metade dos membros, ou seja, mesmo quem não for, conta. A absoluta vale para rejeição ao veto do presidente, por exemplo. Leis Lei complementar – são leis que completam a constituição e exigem um maior rigor no formalismo do processo legislativo (aprovação da maioria absoluta). Lei ordinária – trata de matéria não reservada pela CF à lei complementar e exige menor rigor (aprovação da maioria simples). Lei delegada – é elaborada pelo presidente da república, mediante delegação do congresso nacional. Medida provisória – tem força de lei e é adotada pelo presidente da república em caso de relevância e urgência, mas tem necessidade de submissão ao congresso nacional. Validade 30 dias. Decretos – através de decretos o chefe do poder executivo (federal, estadual, municipal) expede atos de sua competência privativa. Podem ser expedidas normas gerais (regulamentos) ou normas individuais (atos concretos). Resoluções – expedidas por altas autoridades do poder executivo (excetuando os chefes) ou pelos presidentes de tribunais e órgãos legislativos para disciplinar matéria de sua competência específica. Portarias – autoridades de nível inferior ao chefe do executivo (de qualquer escalão de comando) dirigem-se a seus subordinados transmitindo decisões de efeito interno. Estados Federados Descentralização política, repartição constitucional de competências, participação na ordem jurídica nacional e a possibilidade de auto constituição. A União se limita a estabelecer normas gerais e os Estados a competência suplementar. Nenhuma outra norma pode contrariar um preceito constitucional (= estabelecido pela União). União – matérias de interesse nacional; Estados federados – matérias de interesse regional; Municípios – Matérias de interesse local. Constituição Federal de 1988 Elevou os direitos fundamentais (coletivos, sociais); Destinou um capítulo inteiro à proteção do meio ambiente; Reforçou a democracia, libertou os municípios (determinou atribuições próprias a eles) do jugo dos Estados e da União para que fossem membros integrantes da Federação; A proteção ambiental destaca-se como uma das principais atribuições conferidas à municipalidade. Meio ambiente natural – é aquele constituído pelo solo, a água, o ar atmosférico, a flora e fauna (todos os elementos responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre os seres vivos e o meio em que vivem) Art.225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, com de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações. I – preservar, restaurar, manejo ecológico; III - definir espaços a serem especialmente protegidos, sendo supressão e/ou alteração permitidas somente através de lei; VII – proteger a fauna e flora (vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade). Meio ambiente Trabalho – é aquele em que se buscam a proteção, a saúde, e a segurança do trabalhador: é o local onde se desenrola boa parte da vida do trabalhador, cuja qualidade de vida está em íntima dependência com a qualidade daquele ambiente. Art. 200 – Ao SUS compete, além de outras atribuições, nos termos da lei VII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele o compreendido o do trabalho. Art.7 – são direitos dos trabalhadores, além de outros que visem à melhoria de sua condição social. XXIII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. (Esses trechos não correspondem fielmente aos da constituição, sendo somente um resumo do original). Política Nacional do Meio Ambiente Princípios da PNMA - Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurando e protegido tendo em vista o uso coletivo. - Uso dos recursos: racionalização, planejamento, fiscalização; - Proteção dos ecossistemas: a preservação de áreas representativas, controle e zoneamento das atividades poluidoras, acompanhamento da qualidade ambiental, recuperação de áreas degradadas, proteção de áreas ameaçadas; - Estudo: incentivos à pesquisa de tecnologias para o uso racional e a proteção dos recursos, educação ambiental a todos os níveis de ensino, educação da comunidade para participação ativa na defesa do meio ambiente. Foi criado o SISNAMA (Sistema nacional do meio ambiente) devido à necessidade de estabelecer uma rede de agências governamentais que assegurassem mecanismos aptos à consolidarem a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente em toda a Federação. -Executivo: controle das atividades potencialmente poluidoras, exigir o EIA para posterior licenciamento ambiental, fiscalização das obras, empreendimentos e atividades; -Legislativo: elaborar leis e regulamentos ambientais, aprovar orçamentos dos órgãos ambientais, exercer o controle dos atos administrativos do Executivo, etc. -Poder Judiciário: compete julgar as ações de cunho ambiental, exercer o controle de constitucionalidade das normas e rever os atos administrativos. -Ministério Público: a instauração do inquérito civil, criminal e a promoção da ação civil pública. SISNAMA Implementa a PNMA, estabelece um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas responsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidade ambiental, garante descentralização da gestão ambiental. -Conselho Superior: conselho de governo -Órgão Consultivo e Deliberativo: CONAMA -Órgão Central: Secretaria de meio ambiente da Presidência da República -Órgão Executor: IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) -Órgãos Seccionais: estaduais responsáveis por programas ambientais e fiscalização deatividades utilizadoras de recursos ambientais -Órgãos Locais: municipais responsáveis por programas ambientais e fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente assessora, estuda e propõe ao Conselho de Governo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e delibera sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à qualidade de vida. Descentralização da PNMA Comissões Tripartites - Ministério do Ambiente (MMA) - Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA) - Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA) Lei Complementar Nº 140/2011 -Consórcios -Convênios -Acordos de cooperação técnica -Fundos públicos e privados -Outros instrumentos econômicos Formas de atuação Supletiva – quando a ação de ente da Federação substituir o ente federativo originariamente detentor das atribuições. Subsidiária – quando um órgão estiver auxiliando no desempenho das atribuições decorrentes das atribuições decorrentes das competências comuns, por solicitação do ente federativo originariamente detentor das atribuições. Instrumentos da PNMA Padronização da qualidade ambiental; zoneamento; avaliação de impactos ambientais (AIA); licenciamento e revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; incentivo a tecnologias voltadas para melhoria da qualidade ambiental; espaços especialmente protegidos; sistema de informações sobre o meio ambiente; cadastro técnico de atividades e instrumentos de defesa ambiental; penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas; divulgação anual do Relatório de qualidade do meio ambiente pelo IBAMA; prestação de informações relativas ao meio ambiente; instrumentos econômicos como concessão florestal, servidão ambiental e outros. Padrões de qualidade do ar Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (PRONAR) – fixa o limite máximo de emissão de poluentes no ar atmosférico. Padrões de qualidade das águas Instituto Nacional de Meteorologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) – avaliação da qualidade dos corpos d’água e classificação das águas (doces, salobras, salinas). Padrões de qualidade para ruídos CONAMA – estabelece norma para o controle dos ruídos produzidos por atividades industriais, eletrodomésticos, veículos automotores e quaisquer outras atividades. Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) Elabora diagnóstico dos meios geo-bio-físico e sócio-econômico-jurídico- institucional, gerando respectivamente duas cartas com características próprias, determinando o ZEE do Estado. O ZEE possui grande importância no planejamento e elaboração das políticas públicas e das ações em meio ambiente orientando o governo e a sociedade civil na elaboração dos programas e investimentos. Lei 4.771 de 1965 - Código Florestal Revogado pela Lei 12.651 de 2012 Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa Estabelece: normas gerais, área de preservação permanente, áreas de reserva legal, exploração florestal, suprimento de matéria prima florestal, controle da origem dos produtos florestais, controle e prevenção dos incêndios florestais. Prevê: instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. Disposições gerais - Compromisso soberano do Brasil com preservação (florestas, biodiversidade, recursos, integridade do sistema climático) para o bem estar das gerações presentes e futuras; - Ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas - Criação de incentivos econômicos para fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa e promover atividades produtivas sustentáveis. As florestas existentes no território nacional e as demais formas e vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do país, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação estabelece. 1. Área de Preservação Permanente – área protegida coberta ou não por vegetação nativa com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. 2. Reserva Legal – área no interior de uma propriedade rural com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e reabilitação, conservação da biodiversidade. 3. Pequena Propriedade ou Posse Rural Familiar – explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo assentamentos e reforma agrária. 4. Manejo Sustentável – administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema. 5. Utilidade Pública – atividades de segurança nacional e proteção sanitária, obras de infraestrutura (incluindo atividades defesa civil), atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas quando inexistir alternativa técnica e locacional. 6. Interesse Social – atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, exploração agroflorestal sustentável, implantação de infraestrutura pública, regularização fundiária de assentamentos humanos, implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, atividades de pesquisa e extração outorgadas por autoridade competente, atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas quando inexistir alternativa técnica e locacional. 7. Atividades Eventuais ou de Baixo Impacto Ambiental – abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes, implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo, construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro, construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, cercas na propriedade, pesquisa cientifica, coleta de produtos não madeireiros para subsistência e produção de mudas. Funções Ecossistêmicas Por meio da compreensão delas dá-se a geração dos chamados serviços ecossistêmicos: benefícios diretos e indiretos obtidos pelo ser humano a partir dos ecossistemas (provisão de alimentos, regulação climática, formação do solo. Consideram-se APPs somente, pelo efeito dessa lei: - Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene, excluídos os efêmeros. (As APPs às margens dos cursos d’água passaram a ser medidas a partir da borda da calha do leito regular e não do seu nível mais rápido). - Áreas no entorno de lagos, lagoas naturais, nascentes (rural e urbana), reservatórios d’água artificiais; - Encostas ou partes destas com declividade superior a 45º (100%) - Restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; - Manguezais em toda sua extensão; - Bordas dos tabuleiros ou chapadas, em faixa nunca inferior a 100 mestros em projeções horizontais; - Topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25%; - Áreas em altitude superior a 1800 metros, qualquer que seja vegetação; - Veredas. Consideram-se, ainda, de APPs, quando declaradas de interesse social pelo Poder Executivo: - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; - proteger restingas, veredas, várzeas ou áreasúmidas, especialmente as de importância internacional; - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; - assegurar condições de bem-estar público e a defesa do território nacional. A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em APP somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental. No caso da vegetação nativa ser protetora de nascentes, dunas e restingas, somente no caso de utilidade pública. Em áreas urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas da faixa de passagem de inundação terão sua largura determinada pelos respectivos Planos Diretores e Leis de Uso do Solo, ouvidos os Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente. Áreas de Uso Restrito - Pantanais e planícies pantaneiras: é permitida a exploração ecologicamente sustentável, devendo-se considerar as recomendações técnicas, ficando novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à autorização do órgão estadual do meio ambiente. - Áreas de inclinação entre 25% e 45%: permitido o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas (excetuadas as hipóteses de utilidade publica e interesse social). Uso ecologicamente correto dos apicuns Os apicuns são áreas planas de elevada salinidade ou acidez, localizadas na região de supra-maré e desprovidas de vegetação ou com vegetação rasa; estão necessariamente associados a manguezais e são encontrados nas regiões intertropicais em todo o mundo. - Zona costeira é patrimônio nacional; - Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, mas não superior a área total do Estado, não superior a 10% (Amazônia) e 35% (restante do país), excluídas as APPs; - Proceder ao licenciamento ambiental; - Estabelecer o recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e resíduos; Respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das comunidades locais. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel: -Localizado na Amazônia Legal: a) 80% no imóvel situado em área de florestas b) 35% no imóvel situado em área de cerrado c) 20% no imóvel situado em área de campos gerais -Localizado nas demais regiões do País: 20% A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração os seguintes estudos e critérios: plano de bacia hidrográfica, o zoneamento ecológico-econômico, a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, APP, Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida, as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade e de maior fragilidade ambiental. Dispensa a existência de Reserva Legal em propriedades utilizadas para empreendimentos para abastecimento de água, tratamento de esgoto, reservatórios de água para geração de energia, linhas de transmissão e subestações de energia, instalação de rodovias e ferrovias. Os percentuais de Reservas Legal podem ser flexibilizados, quando município ou a propriedade possuem destaque em relação a(o): Unidades de Conservação, Zoneamento Ecológico-Econômico, Proteção à Biodiversidade, Redução de emissão de gases de Efeito Estufa. Permite a “isenção” de recuperação para reservas legais sem vegetação nativa até 22 de julho de 2008, desde que em imóveis de até 4 módulos fiscais. Ou seja, a Lei n.12.651/2012 permite o registro de Reservas Legais em percentual inferior a 20% da área do imóvel e a consolidação de desmates ilícitos. Permite recomposição de Reserva com Espécies Exóticas ou compensá-la sem outra Bacia Hidrográfica ou Estado, desde que no mesmo bioma. Cadastro Ambiental Rural (CAR)- É o registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que visa integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, constituindo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Após o efetivo registro da Reserva Legal no CAR, fica dispensada a Averbação da Reserva Legal no Registro do Imóvel. Módulo fiscal É a unidade de medida agrária para fins de cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR). Para cada município, podendo variar de 5 a 110 hectares. A Lei n.12.651/2012 dá tratamentos diferenciados à propriedade rural em módulos fiscais, considerando apenas o tamanho, sem qualquer preocupação com a condição social do proprietário ou com a possibilidade de desmembramento dos imóveis. Atos normativos: São aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo visando à correta aplicação da lei. Atos infralegais: São aqueles que encontram fundamento no poder normativo (art.84, IVdaCF). Ex: Decretos; Portarias e etc. Implementação do CAR Prazo de um ano, prorrogável por mais um, p/ inscrição no CAR, contado a partir de sua implantação. Procedimento simplificado para o CAR de imóveis com até 4 módulos fiscais e registro gratuito. O poder público presta apoio técnico e jurídico, para: -Até 4 módulos (atividades agrossilvopastoris) -Assentamentos de Reforma Agrária -Terras indígenas demarcadas -Áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território Vantagens do CAR PROPRIETÁRIO •Comprovar regularidade ambiental • Suspensão de sanções • Acesso a crédito • Acesso aos programas de regularização ambiental • Planejamento do imóvel rural • Manter ou conquistar certificações de mercado ÓRGÃO AMBIENTAL •Distinguir entre desmatamento legal e ilegal •Facilitar monitoramento e o combate ao desmatamento •Apoiar o licenciamento •Instrumento para o planejamento de políticas •Melhorar a gestão ambiental no âmbito rural Exploração Florestal Dependerá de licenciamento do SISNAMA, mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme. O PMFS atenderá os seguintes fundamentos técnicos e científicos: I- caracterização dos meios físico e biológico; II- determinação do estoque existente; III- intensidade de exploração compatível com a capacidade de suporte ambiental da floresta; IV- ciclo de corte compatível como tem poder e posição do volume extraído da floresta; V- promoção da regeneração natural da floresta; VI- adoção de sistema silvicultural adequado; VII- adoção de sistema de exploração adequado; VIII- monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente; IX- adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais. São isentos de PMFS: I- a supressão de florestas e formações sucessoras para uso alternativo do solo; II- o manejo e a exploração de florestas plantadas; III- a exploração florestal não comercial realizada por populações tradicionais. Lei 9.605 de 1.998 – Crimes Ambientais Sistematizou as leis que existiam. Revela grande relevância para o direito ambiental brasileiro, na medida em que prevê diversas hipóteses criminosas, com aplicação de penas restritivas de direito, ou de prestação de serviços à comunidade, ou de multa, dependendo do potencial ofensivo do crime praticado. Crime ambiental –> fatotípico e antijurídico O ato de exportar peles e couros não constitui crime se praticada com autorização da autoridade ambiental competente. Portanto, que nem toda atividade que causa danos ao meio ambiente será, forçosamente, crime ambiental, uma vez que tal qualificação depende do enquadramento aos termos da legislação ambiental. O sujeito ativo dos crimes ambientais, de tal sorte, pode ser qualquer pessoa física ou jurídica. O sujeito passivo dos crimes ambientais é sempre a coletividade, conforme se depreende do art.225, da Constituição Federal, ao rezar que o meio ambiente é bem de uso comum do povo. De tal sorte, todos nós somos sujeitos passivos do crime ambiental. Pessoas jurídicas nos crimes ambientais – serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de órgão colegiado, no interesse ou benefício da pessoa jurídica. A responsabilidade penal das pessoas jurídicas está sempre condicionada a dois fatores: a) que a infração seja cometida por decisão do representante legal ou contratual da pessoa jurídica, ou de seu colegiado, e b) que a infração tenha sido cometida no interesse ou em benefício da pessoa jurídica. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. Da aplicação das penas na lei dos crimes ambientais Para a imposição e a gradação da penalidade, a autoridade competente observará: a) a gravidade do fato, levando-se em conta os motivos que levaram à pratica da infração e as suas consequências; b) os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação ambiental, e c) a situação econômica do infrator, no caso de multa. Segundo o sistema da nova lei, as penas alternativas passaram a constituir a regra, ficando reservadas as penas privativas de liberdade (prisão ou detenção) para casos excepcionais. O art.8º, da Lei dos Crimes Ambientais, elenca quais são as sansões administrativas que podem ser aplicadas em matéria ambiental. São elas: a)advertência; b)multa simples c)multa diária; d)apreensões; e)destruição ou inutilização do produto; f)suspensão de venda e fabricação do produto; g) embargo; h) demolição; i) recolhimento domiciliar; j) interdição temporária de direitos; k) suspensão parcial ou total de atividades; l) prestação pecuniária. Circunstâncias que atenuam a pena: a) baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; b) arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; c) comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental, d) colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. As circunstâncias que agravam a pena As circunstâncias que agravam a pena constituem matéria delicada, e que, para sua aplicação, precisa ser analisada de forma detida e minuciosa pelo aplicador do direito. I- reincidência nos crimes de natureza ambiental; II- ter o agente cometido a infração: para obter vantagem pecuniária; por coação; afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; causando danos à propriedade alheia; à noite; em domingos e feriados; com emprego de métodos cruéis para animais, entre outros. Exemplos de Crimes Ambientais Crimes contra a fauna Art.29 - Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: I- contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; II- em período proibido à caça; III- durante a noite; IV- com abuso de licença; V- em unidade de conservação; VI- com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. Crime contra a flora e o potencial de poluição Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas: Pena–reclusão, 1 a 4 anos e multa. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: Pena–detenção, 6 meses a 1 ano e multa. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente. Pena de reclusão – regime fechado, semi-aberto ou aberto, aplicada sem crimes mais graves; Pena de detenção – regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado Crime contra ordenamento urbano, patrimônio cultural e administração pública Destruir, inutilizar ou deteriorar: I- bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; II- arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial: Pena– reclusão, 1 a 3 anos e multa. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. Política Nacional de Recursos Hídricos- PNRH- Lei 9433/97 Institui os Instrumentos de gestão de recursos hídricos: I– Os Planos de Recursos Hídricos; II– O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; III– A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; IV– A cobrança pelo uso de recursos hídricos; V– O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. - Bacia Hidrográfica: unidade territorial para a implementação da PNRH. - O comitê de Bacia toma decisões pertinentes a uma Bacia Hidrográfica, que conta com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. - Os planos de recursos hídricos orientam e viabilizam a implementação da PNRH. Bacia Hidrográfica↔Estado↔País - A gestão da qualidade e da quantidade da água é feita através do enquadramento dos corpos de água em classes. - A outorga pelo uso da água tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água associado a uma garantia. - A cobrança está condicionada à outorga e objetiva reconhecer a água como um bem econômico, incentivar a racionalização do uso da água e obter recursos financeiros para atendimento das metas estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos. Atribuições da Agência Nacional de Águas (ANA) -Elaborar o Plano de Recursos Hídricos e submetê-lo aos Comitês de Bacias Hidrográficas; -Propor ao Comitê o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso; -Manter o balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos; -Efetuar a cobrança pelo uso de recursos hídricos; - Administrar os recursos arrecadados com a cobrança; -Gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos; -Celebrar convênios, contratar financiamentos e serviços; -Elaborar proposta orçamentária e submetê-la aos Comitês de Bacias Hidrográficas; -Promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de atuação. Outorga Sujeitos à outorga pelo Poder Público os direitos dos usos: I- Derivação ou captação de água, para abastecimento público ou para processo produtivo; II- Lançamento em corpo de água, esgotos e resíduos tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final. A outorga está condicionada às prioridades de uso. Considerar:regime de vazão, enquadramento e capacidade de autodepuração. Cobrança pela Água no Rio Paraíba do Sul - Pacto realizado entre os poderes públicos, os setores usuários e as organizações civis representadas no âmbito do Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) com objetivo de melhorar a quantidade e a qualidade das águas da bacia. - São cobrados pela captação, consumo e lançamento de efluentes de usuários sujeitos à Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos com captação de água superior a 1,0 1/s. Política Nacional de Resíduos Sólidos- PNRS - Lei 12305/2010 Diferença entre resíduo e rejeito: resíduos devem ser reaproveitados e reciclados e apenas os rejeitos devem ter disposição final. Instrumentos definidos: coleta seletiva, logística reversa, incentivo à cooperativas, associação dos catadores de materiais recicláveis. - Coleta seletiva: úmidos, secos, industriais, da saúde, da construção civil, etc. -> Prazo pra eliminação de lixões até 2014. Classificação dos resíduos: a) Origem: resíduos domiciliares, de limpeza urbana, industriais, etc. b) Periculosidade: resíduos perigosos e não perigosos. Inovações: 1) Responsabilidade Compartilhada: Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. 2) Logística Reversa: É um instrumento caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. 3) Coleta Seletiva 4) Acordos Setoriais 5) Planos 6) Catadores 7) Resíduos Perigosos 8) Áreas Contaminadas 9) SINIR Instrumentos: Incentivos fiscais, créditos, cessão de terrenos públicos, subvenções econômicas, critérios e metas de sustentabilidade ambiental para as compras e contratações públicas, pagamentos por serviços ambientais, apoio a projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL, outros mecanismos previstos pela ONU. As instituições financeiras federais podem financiar através de linhas especiais a aquisição de equipamentos e máquinas para cooperativas de trabalhadores com materiais recicláveis e reutilizáveis, atividades de reciclagem, reaproveitamento, inovações no gerenciamento e investimentos no setor de resíduos sólidos. Áreas Protegidas Objetivo: Garantir a sobrevivência de todas as espécies, proteger locais de grande beleza cênica (serras, rios...), regular clima, abastecer mananciais de água e proporcionar qualidade e vida às populações humanas. SNUC - Lei 9985/2000 I- Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção; VIII- Manejo: todo e qualquer procedimento que assegure a conservação da diversidade biológica e ecossistemas. IX- Uso indireto: Não envolve consumo/coleta/dano/destruição dos recursos naturais. X: Uso direto: Envolve Coleta/dano, comercial ou não, dos recursos naturais. XI- Uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos. XVI- Zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicos, para que os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz. XVII- Plano de Manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias àgestão da unidade. Objetivos do SNUC I- Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; II- Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; III- Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; IV- Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; V- Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; VI- Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; VII- Proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; VIII- Proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; IX- Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; X- Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; XI- Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; XII- Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; XII- Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. Atribuições dos órgãos ambientais I- Órgão Consultivo e deliberativo: Conselho Nacional do Ambiente (CONAMA)- acompanha a implementação do sistema. II- Órgão Central: Ministério do Ambiente- coordena o sistema. III- Órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação. Categorias de Unidade de Conservação: I- Unidades de Proteção Integral: Preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção de casos previstos nesta Lei. II- Unidades de Uso Sustentável: Compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Unidades de Proteção Integral Categorias Visitação Pesquisa Domí nio Alterações dos ecossistemas Estação Ecológica Proibido* Depende de autorização Público I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas; IV - pesquisas científicas no máximo 3% da extensão total da unidade e até o limite de 1.500ha. Reserva Biológica Proibido* Depende de autorização Público Não permite Parque Nacional Sujeita às normas e Depende de autorização Público Sujeita às normas e restrições restrições Monument o Natural Sujeita às normas e restrições - Público e Privado - Refúgio de Vida Silvestre Sujeita às normas e restrições - Público e Privado - Unidades de Uso Sustentável Categorias Visitação Pesquisa Domín io Alterações dos ecossistemas Área de Proteção Ambiental Estabelecida s pelo órgão gestor / proprietário Estabelecida s pelo órgão gestor / proprietário Público ou privado Definido pelo Conselho A Área de Relevante Interesse Ecológico Estabelecida s pelo órgão gestor / proprietário Estabelecida s pelo órgão gestor / proprietário Público ou privado - FlorestaNacional Permitida Permitida e incentivada Público Admitida a permanência de populações tradicionais Reserva Extrativista Permitida Permitida e incentivada Público Uso concedido às populações extrativistas tradicionais Reserva de Fauna Permitida - Público Proibido caça Reserva de Desenvolvime nto Sustentável Permitida e incentivada Permitida e incentivada Público Admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. Reserva Particular do Patrimônio Natural Permitida e incentivada Permitida e incentivada Privado Gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Criação, Implantação e Gestão das Unidades de Conservação -Criadas por ato do poder público; -Precedidos de estudos técnicos e de consulta pública; -Localização, dimensão e limites deverão ser adequados para a unidade, conforme sua categoria de manejo. A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade. A redução ou desafetação de limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa. Os recursos obtidos(taxa de visitação e outras renda) do grupo de Proteção Integral serão aplicados da seguinte forma: I- 25 à 50% - implementação, manutenção e gestão da própria unidade; II- 25 à 50% - regularização fundiária das unidades de conservação do Grupo; III- 15 à 50% - implementação, manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral. O empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, com fundamento no EIA/RIMA. O montante a ser destinado pelo empreendedor não pode ser inferior a 0,5% dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas. Considera propostas do EIA/RIMA e do empreendedor; Podem ser criadas novas unidades de conservação. Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação. Algumas considerações sobre o SNUC - Populações tradicionais residentes em unidades de conservação : serão indenizadas e realocadas. - Instalação de redes de abastecimento de água, esgoto, energia e infra- estrutura urbana (em unidades de conservação e sua zona de amortecimento): depende da prévia aprovação do órgão responsável por sua administração, sem estudo de impacto ambiental e outras exigências legais. - O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo abastecimento de água ou que faça uso de recursos hídricos, ou responsável pela geração e distribuição de energia, beneficiário da proteção proporcionada por uma unidade de conservação, deve contribuir financeiramente para a proteção e implementação da unidade. Reservas da Biosfera É um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações. Constituída por: I- Área(s)-núcleo: destinada(s) à proteção integral da natureza; II- Zona(s) de amortecimento: onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para as áreas-núcleo; III- Zona(s) de transição: sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis. - Constituída por áreas de domínio público ou privado. -Integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público. -Gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente. "Toda Unidade de Conservação é uma Área protegida, mas nem toda área protegida é uma Unidade de Conservação” Para ser considerada uma Unidade de conservação é preciso: - Ser criada através de um Diploma Legal; - Possuir uma área fisicamente delimitada; - Estar enquadrada em uma das categorias de manejo estabelecidas pelo SNUC. Planejamento x Gestão Planejamento estratégico: Tentativa de formalizar a Gestão Estratégica, realizado por planejadores ao invés de ser executado pela direção da empresa. Gestão Estratégica: Desenvolve iniciativas de criar o sucesso de um produto ou processo, realizada pelos gestores da empresa. A Gestão oferece um maior controle para os gestores , enquanto o planejamento reduz seu controle , submetendo-os aos planos. As empresas que utilizam o planejamento estratégico tem menos flexibilidade. Importância da Gestão Estratégica: -Mais importante para o sucesso de uma empresa; - Permite que a empresa/órgão possam reagir as pressões exteriores. Porém, o equilíbrio entre as duas formas é necessária. (Gestão estratégica, integrada com o planejamento estratégico). O plano operacional deve ser realizado com eficiência e eficácia. Para isso, torna-se imprescindível avaliar todo o conjunto operacional (áreas de produção, comercial, financeira, RH, P&D, etc.). Envolvimento dos diferentes segmentos da empresa -> Gestão Estratégica. Ferramentas Estratégicas: Matriz SWOT (FOFA): - Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Impacto Ambiental - Resolução CONAMA 01/86 Efeitos da ação humana (alterações físicas, químicas e biológicas) sobre o meio ambiente, que afetam: I- a saúde, a segurança e o bem estar da população; II- as atividades sociais e econômicas; III- a biota; IV- as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V- a qualidade dos recursos ambientais. Tipos de Impacto Ambiental (IA) Diretos e indiretos; Temporários e permanentes; Benéficos e adversos; Imediatos: Médio e Longo prazo; Reversíveis e irreversíveis; Locais regionais e estratégicos. Resolução CONAMA 01/86 Estabelece estudos específicos para avaliação dos impactos ambientais – instrumentos de controle do Estado. Exemplo de empreendimentos sujeitos a estudos específicos: ferrovias, aeroportos, oleodutos, gasodutos, extração de minérios, distritos industriais, complexos siderúrgicos... As avaliações de impactos ambientais são, segundo Bolea (1984): “estudos realizados para identificar, prever e interpretar, assim como prevenir, as consequências ou efeitos ambientais que determinadas ações, planos,programasou projetos podem causar à saúde, ao bem estar humano e ao entorno”.(?) Tipos de estudos de IA 1- Estudo de Impacto Ambiental (EIA)- documento técnico que avalia os impactos de atividades/ empreendimentos que possam causar degradação ambiental. 2- Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)- baseado nas conclusões do EIA, tem o objetivo de informar a população sobre os impactos, medidas mitigadoras e programas de monitoramento das atividades/empreendimentos. 3- Projeto Básico Ambiental (PBA)- Determinado pelo CONAMA 06/87; deve apresentar um detalhamento de todos os programas e projetos ambientais previstos no EIA. Utilizado na concessão de licenças. 4- Plano de Controle Ambiental (PCA)- exigido pela CONAMA 09/90 para concessão de licença de instalação de extração mineral. Contempla projetos executivos de minimização de impactos. 5- Plano de Recuperação de áreas degradadas (PRAD)- Recuperação de áreas degradadas pela mineração, e para outras atividades/empreendimentos. 6- Relatório de Controle ambiental (RCA)- Exigido pelo CONAMA 10/90 quando se dispensa o EIA/RIMA para obtenção de licença prévia. 7- Análise de risco- Analisa as possíveis consequências negativas para a sociedade de atividades humanas ou das forças da natureza. Responder: que pode acontecer de errado? Com que frequência isto pode acontecer? Quais são os efeitos e as consequências? É necessário reduzir os riscos, e de que modo isto pode ser feito? 8- Estudo de impacto na vizinhança (EIV)- Apresenta o conjunto dos estudos e informações técnicas relativas à identificação, avaliação, prevenção, mitigação e compensação dos impactos na vizinhança de um empreendimento ou atividade. Avalia condições de antes e depois da implantação do mesmo. 9- Petróleo e Gás - Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental federal de E&P. Diretrizes para EIA/RIMA a- Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; b- Identificar e avaliar os impactos ambientais das fases de implantação e operação da atividade; c- Definir as Áreas Direta e Indiretamente Afetadas pelos impactos; d- Considerar os Planos e Programas de Governo com jurisdição sobre a área onde será implementada a atividade impactante. Desde modo, considerando as abrangências das Áreas Direta e Indiretamente a serem afetas, o estudo de impacto ambiental deverá no mínimo contemplar as seguintes atividades técnicas: a- O diagnóstico ambiental; b- O prognóstico das condições ambientais com a execução do projeto; c- As medidas ambientais mitigadoras e potenciais a serem adotadas; d- O programa de acompanhamento e monitoramento ambiental. 1- Identificação do Empreendedor; 2- Caracterização do Empreendimento; 3- Métodos e técnicas utilizados para a realização dos estudos ambientais; 4- Definição da área de influência do empreendimento ( delimitação da AID e AII); 5- Especificação da Análise (elaboração de base cartográfica); 6- Diagnóstico Ambiental da área de influência; 7- Prognóstico dos impactos ambientais do plano ou programa proposto e de suas alternativas; 8- Controle ambiental do empreendimento. Diagnóstico Ambiental Completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações. Caracteriza a situação ambiental da área antes da implantação do projeto. Considera: - Meio físico ( subsolo, água, ar, recursos minerais, correntes marinhas...) -Meio Biológico (fauna e flora) -Meio sócio-econômico (uso do meio físico/biológico, relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e o potencial de utilização desses recursos.) Prognóstico ambiental Identificação, valoração e interpretação dos prováveis impactos ambientais associados a execução, e se for o caso, a desativação de um projeto. Desta forma, estes impactos ambientais devem ser categorizados segundo aos seguintes critérios: a. Ordem - diretos ou indiretos; b. Valor - positivo (benéfico) ou negativo (adverso); c. Dinâmica - temporário, cíclico ou permanente; d. Espaço - local, regional e, ou, estratégico; e. Horizonte Temporal - curto, médio ou longo prazo; e f. Plástica - reversível ou irreversível. Definição de Critérios a. Meio: físico (F), biótico (B) ou socioeconômico (S). Em alguns casos o impacto poderá afetar mais de um meio simultaneamente; b. Natureza: Indica quando o impacto tem efeitos benéficos/positivos (POS) ou adversos/negativos (NEG) sobre o meio ambiente; c. Forma: Como se manifesta o impacto, ou seja, se é um impacto direto (DIR), decorrente de uma ação do Empreendimento, ou se é um impacto indireto (IND), decorrente de outros impactos gerados diretamente ou indiretamente por ele; d. Fase de Ocorrência: Indica em que fase do empreendimento o impacto se manifesta, podendo ser nas fases de projeto (PRO), implantação (IMPL) e/ou operação (OPER); e. Abrangência: Indica os impactos cujos efeitos se fazem sentir no local (LOC) ou que podem afetar áreas geográficas mais abrangentes, caracterizando-se como impactos regionais (REG). Considerou-se como efeito local àquele que se restringe à Área Diretamente Afetada do Empreendimento e, regional, aquele que se reflete na Área de Influência Direta; e f. Temporalidade: os que se manifestam imediatamente após a ação impactante, caracterizando-se como de curto prazo (CP), e aqueles cujos efeitos só se fazem sentir após decorrer um período de tempo em relação a sua causa, caracterizando-se como de médio prazo (MP) ou longo prazo (LP). g. Duração: Critério que indica o tempo de duração do impacto, podendo ser permanente (PER), temporário (TEMP) ou cíclico (CIC); h. Reversibilidade: Classifica os impactos segundo aqueles que, depois de manifestados seus efeitos, são reversíveis (REV) ou irreversíveis (IRR); Medidas Ambientais Mitigadora – quando a ação resulta na redução dos efeitos do impacto ambiental negativo; Controle – quando a ação objetiva (i) acompanhar as condições do fator/componente ambiental afetado, de modo a validar a avaliação do impacto negativo identificado, e/ou a eficácia da medida mitigadora proposta para este impacto, e (ii) servir de subsídio para proposição de mitigação ou mesmo para aumento do conhecimento tecnológico e científico; Compensatória – quando a ação objetiva compensar um impacto ambiental negativo significante e não mitigável através de melhorias em outro local ou por novo recurso, dentro ou fora da área de influência da atividade; Potencializadora – quando a ação resulta no aumento dos efeitos do impacto ambiental positivo Métodos de AIA Método Descrição Aplicação Vantagens Desvantagens AD HOC Reunião de especialistas Avaliações rápidas Rapidez e baixo custo Alto grau de subjetividade CHECKLI ST Listagem de fatores e impactos ambientais Diagnostico ambiental até a comparação de alternativas Memorizaçã o de todos os fatores Não identifica impactos diretos e indiretos, características temporais e dinâmicas dos sistemas REDES DE INTERAÇ ÃO Gráfico ou diagrama da cadeia de impacto Determinaçã o de impactos diretos e indiretos Abordagem integrada de impactos e interações Não detectam a importância relativa dos impactos, aspectos temporais e espaciais, dinâmica dos sistemas SUPERPO SIÇÃO DE CARTAS Cartas geradas por superposição de mapas de recursos e usos Projetos lineares e diagnostico ambiental Boa visualização e exposição de dados Resultados subjetivos; não quantifica magnitude, difícil integração de dados socioeconômico s, não considera dinâmicados sistemas MATRIZE S DE INTERAÇ ÃO Listagem de controle bidimension al (fatores x ações) Identificação de impactos diretos Boa visualização , simplicidad e e baixo custo Não identifica impactos indiretos, características temporais e dinâmicas dos sistemas; subjetividade na magnitude SIMULAÇ ÃO Modelos matemáticos automatizad os Diagnósticos e prognósticos de qualidade ambiental Considera a dinâmica dos sistemas, interações entre fatores e impactos e variável temporal Custo elevado; representação da qualidade imperfeita Audiência pública (AP) É um instrumento de participação popular, onde o Ministério Público ou o Legislativo e Executivo podem expor um tema e debater com a população sobre a formulação de uma política pública, a elaboração de um projeto de Lei ou a realização de empreendimentos que podem gerar impactos à cidade, à vida das pessoas e ao meio ambiente. O diálogo é estabelecido com a sociedade na busca de soluções para as demandas sociais. As opiniões dadas em uma audiência pública são de caráter consultivo, e a autoridade, embora não esteja obrigada a segui-las, deve analisá-las segundo seus critérios, acolhendo-as ou rejeitando-as. Características de uma AP As principais características são a oralidade e o debate efetivo sobre a matéria relevante. Papel do Ministério Publico Ministério Público (MP) – “instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e indisponíveis” Segundo a Lei n° 8.625/83 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), a responsabilidade de promover as APs e emitir relatórios e recomendações dirigidas aos órgãos é do MP. Finalidade da AP Serve para expor aos interessados o conteúdo do produto em análise, dirimir dúvidas e ouvir opiniões sobre os anseios da comunidade, em especial a população diretamente afetada. Obrigatoriedade Ela é obrigatória nos seguintes casos: Pelo órgão ambiental, sempre que julgar necessário; Quando solicitada pelo MP; Quando solicitada por entidade civil; Quando solicitada por 50 ou mais cidadãos. Momento de Solicitação A partir da data de entrega do EIA/RIMA ao órgão ambiental, juntamente com o empreendedor, fixa em Edital e anuncia através da imprensa local a abertura de prazo para que os interessados solicitem a realização de Audiência Pública. O prazo estabelecido por este órgão ambiental para sua solicitação é de 45 dias. Durante este período, cópias do RIMA são colocadas à disposição do público no(s) município(s) pretendido(s) para implantação do projeto. Licenciamento Ambiental Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. Licença ambiental - Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. Lei de Crimes Ambientais Lei nº 9.605/98 – a Lei de Crimes Ambientais Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. As competências do IBAMA para o licenciamento ambiental Empreendimentos localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe, no mar territorial, na plataforma continental, na zona econômica exclusiva, em terras indígenas ou em unidades de conservação de domínio da União. Empreendimentos localizados em dois ou mais Estados. Empreendimentos cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados. Empreendimentos destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica”. Tipologia estabelecida pelo poder executivo, através de proposta da Comissão Tripartite Exemplos de empreendimentos de Significativo Impacto Ambiental 1. Estradas de rodagem com uma ou mais faixas de rolamento; 2. Portos marítimos ou fluviais; 3. Ferrovias; 4. Terminais de minério, de petróleo e de produtos químicos; 5. Aeroportos; 6. Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários submarinos de esgotos sanitários; 7. Linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230KV; 8. Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos; 9. Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); 10.Extração de minério, inclusive aqueles para a construção civil; 11.Aterros sanitários; 12.Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; 13.Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, etc.); 14.Distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI; 15.Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; 16.Projetos urbanísticos, acima de 100ha 17.Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia; 18.Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1000 ha., ou menores, inclusive nas áreas de proteção ambiental; 19.Empreendimentos e atividade destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações; 20.Empreendimentos e atividade que utilizem material ou energia nuclear. Tipos de Licença Licença Prévia (LP) Expedida na fase de planejamento de um novo empreendimento ou atividade, contendo os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo. A LP estabelece as condições para a viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade, após exame dos impactos ambientais por ele gerados, dos programas de redução e mitigação de impactos negativos e de maximização dos impactos positivos. Em projetos de significativo impacto ambiental será exigido a realização de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e correspondente Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), como condicionantes para obtenção da licença prévia. Licença de Instalação (LI) Expedida após análise das especificações do Projeto Executivo do empreendimento e da apresentação dos planos, programase projetos, onde serão apresentados o atendimento das condicionantes da LP e as informações detalhadas do projeto, processos e tecnologias adotadas para a neutralização, mitigação ou compensação dos impactos ambientais provocados, assim como os procedimentos de monitoramento ambiental. Licença de Operação (LO) Expedida para autorizar o início da operação da atividade ou empreendimento, após as verificações necessárias do funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição e do atendimento das condicionantes constantes nas Licenças Prévia e de Instalação. As licenças ambientais poderão ser expedidas isoladas ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. Outros tipos de Licença 1. Licença de Instalação e de Operação (LIO): o órgão ambiental aprova, concomitantemente, a instalação e a operação de atividade ou empreendimento. A LIO será concedida antes de iniciar-se a implantação de atividades e empreendimentos cuja operação represente um potencial poluidor insignificante. Poderá ser concedida ainda para ampliações ou ajustes em empreendimentos já implantados e licenciados. 2. Licença de Operação e Recuperação (LOR): autorização da operação da atividade ou empreendimento, concomitante à recuperação ambiental de passivo existente em sua área, caso não haja risco à saúde da população e dos trabalhadores. 3. Licença Ambiental Simplificada (LAS): as atividades enquadradas na classe 2 serão licenciadas em fase única, que atesta a viabilidade ambiental, aprova a localização e autoriza a implantação e/ou a operação, estabelecendo as condições e medidas de controle ambiental. 4. Licença Ambiental de Recuperação (LAR): aprova a remediação, recuperação, descontaminação ou eliminação de passivo ambiental existente, na medida do possível e de acordo com os padrões técnicos exigíveis, em especial aqueles em empreendimentos ou atividades fechados, desativados ou abandonados. Licenciamento Ambiental nos Municípios Dependendo da classe do empreendimento e do seu potencial poluidor, este será licenciado pelo INEA ou por órgão ambiental municipal. Para isso o município deve possuir: Corpo técnico especializado, integrante do quadro funcional próprio, para a realização da fiscalização e do licenciamento ambiental. Conselho Municipal de Meio Ambiente, instância normativa, colegiada, consultiva e deliberativa de gestão ambiental, com representação da sociedade civil organizada. Legislação própria disciplinando o licenciamento ambiental municipal e as sanções administrativas pelo seu descumprimento. Plano Diretor (se sua população for superior a 20.000 habitantes) ou Lei de Diretrizes Urbanas (menos de 20.000 habitantes). Fundo Municipal de Meio Ambiente Fluxograma para o Licenciamento Ambiental PORTE POTENCIAL POLUIDOR Insignificante Baixo Médio Alto Mínimo Impacto Insignificante Classe 1A Impacto Baixo Classe 2A Impacto Baixo Classe 2B Impacto Médio Classe 3A Pequeno Impacto Insignificante Classe 1B Impacto Baixo Classe 2C Impacto Baixo Classe 3B Impacto Médio Classe 4A Médio Impacto Baixo Classe 2D Impacto Baixo Classe 2E Impacto Médio Classe 4B Impacto Alto Classe 5A Grande Impacto Baixo Classe 2F Impacto Médio Classe 3C Impacto Alto Classe 5B Impacto Alto Classe 6ª Excepcio nal Impacto Baixo Classe 3D Impacto Médio Classe 4C Impacto Alto Classe 6B Impacto Alto Classe 6C Definição do potencial poluidor da atividade industrial Outros Estudos Ambientais 1. Relatório Ambiental Simplificado (RAS): Frente à necessidade de estabelecer procedimentos simplificados para o licenciamento ambiental dos empreendimentos com impacto ambiental de pequeno porte. 2. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD): Utilizado, geralmente, para a recomposição de áreas degradadas por atividades de mineração. 3. Relatório de Desempenho Ambiental do Empreendimento: Para a renovação da Licença de Operação, o empreendedor deverá demonstrar que o empreendimento está atendendo a todas as exigências legais e aos compromissos assumidos nas diversas fases do Licenciamento Ambiental. 4. Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA): Relacionado à exploração e lavra de jazidas de combustíveis líquidos e gás natural. Nesse procedimento é concedida a LICENÇA PRÉVIA DE PRODUÇÃO PARA PESQUISA - LPpro, que autoriza a produção para pesquisa da viabilidade econômica da jazida, devendo o empreendedor apresentar, para a concessão deste ato, o Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA que contém o plano de desenvolvimento da produção para a pesquisa pretendida, com avaliação ambiental e indicação das medidas de controle a serem adotadas. Outras Licenças e Autorizações Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) Os pedidos dessa autorização devem ser apresentados ao órgão estadual de meio ambiente quando este possuir delegação para tal. Os requisitos básicos são a apresentação de laudo florestal sobre a área objeto do pedido e sua localização em base cartográfica oficial. Autorização de uso de Áreas de Preservação Permanente (APP) Os órgãos ambientais poderão autorizar a supressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim definido em regulamento, da vegetação em Área de Preservação Permanente (APP). Previamente à emissão da autorização para a supressão dessa vegetação, estabelecerá as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas pelo empreendedor. A supressão de vegetação numa APP somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social. Outorga de uso de recursos Hídricos Sua solicitação é feita diretamente ao órgão gestor da bacia hidrográfica da qual se utilizará os recursos ou onde executará lançamentos. Estão sujeitos a outorga e pagamentos os seguintes recursos hídricos: Derivação ou captação de água para consumo final, inclusive abastecimento público ou insumo de processo produtivo; Extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; Lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte e disposição final; Aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo d’água. Exploração de Recursos Naturais O Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM é a autarquia responsável pela explotação mineral, com competência para promover a concessão relativa à explotação e ao aproveitamento dos recursos minerais, e baixar normas, em caráter complementar, exercendo a fiscalização sobre o controle ambiental das atividades de mineração, em articulação com os órgãos responsáveis pelo meio ambiente. Os empreendimentos que se destinem a explotação de recursos minerais deverão, quando do desenvolvimento dos procedimentos de licenciamento ambiental, apresentar documentos próprios a este tipo de atividade. Desta forma, quando da apresentação do EIA e do correspondente RIMA para obtenção da LP, devem submeter à aprovação do órgão ambiental Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD. Empreendimentos de Geração e Transmissão de Energia Elétrica Órgão Ambiental - Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) Produção e Utilização de Materiais Nucleares e Utilização de Energia Nuclear IBAMA - Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Empreendimentos de Prospecção, Exploração e Refinamento de Petróleo IBAMA – Agência Nacional de Petróleo
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