relatorio micri urina 1

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA – UNIMEP
BEATRIZ GOMES NORMILO
GABRIELA DE MORAES SAQUI
MARILIA D’AMBROZO SATTO
MILENA DE CARVALHO
RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA:
URINA TIPO 1
PIRACICABA
2017
BEATRIZ GOMES NORMILO
GABRIELA DE MORAES SAQUI
MARILIA D’AMBROZO SATTO
MILENA DE CARVALHO
RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA:
URINA TIPO 1
	Relatório apresentado ao Curso de Farmácia, da Universidade Metodista de Piracicaba, como pré-requisito para aprovação da matéria de Microbiologia, orientada pelo Profº Jadson Oliveira da Silva. 
PIRACICABA
2017
INTRODUÇÃO
Urina tipo 1 é um exame indolor que tem como função diagnosticar diversas enfermidades, podendo ser estas infecções por microrganismos ou mesmo alguma inflamação ou ferida de um órgão (geralmente nos rins e trato urinário). A presença de sangue, pus, proteínas, glicose, entre outras substancias, indicam alguma complicação ou doença que pode ainda não estrar apresentando sinais ou sintomas claros. 
Mesmo a urina apresentando uma aparência normal não significa que não tenha nenhuma alteração, por isso é importante a análise laboratorial. 
Esse exame também é conhecido como EAS que é feito através da coleta de 40 – 50 ml de urina em um pequeno recipiente plástico, geralmente fornecido pelo laboratório ou comprado em farmácias. 
É mais indicada a utilização da primeira urina da manhã (não sendo obrigatório), dispensando o primeiro jato de urina, armazenando após em geladeira até chegar no laboratório. Seria mais aconselhável o recolhimento do material em laboratório, entretanto para facilitar para os pacientes pode ser realizado em casa, já que não se deve forçar a urina com a ingestão de líquidos antes dos exames. O cuidado com o material é essencial para não alterar os resultados finais. 
O exame urina tipo 1 vai ocorrer em duas etapas. A primeira é a etapa química, sendo auxiliada com uma fita chamada de dipstick. Trata se de uma fita com vários quadradinhos coloridos acoplados composto por substancias químicas que reagem com elementos da urina, sendo esta imergida por 1 minuto na amostra e após comparada com a tabela que vem na própria embalagem. 
 Embalagem 	 Fita reativa 
 Através da reação de cada quadrado pode se detectar a presença de densidade, pH, leucócitos, nitrito, proteína, glicose, corpos cetonicos, urobilinogênio, bilirrubina, sangue, hemoglobina. 
Esse teste é qualitativo, sendo os valores aproximados das substancias. 
A segunda parte do exame envolve a análise microscópica da amostra de urina, também chamado de exame sedimentar, é um método quantitativo onde será utilizada a câmara de Neubauer para contar os microrganismos presentes na urina do paciente. Também identifica se os contaminantes. 
 Câmara de Neubauer
 Imagem apresentada pela câmara. 
PROCEDIMENTOS
Primeiramente analisou se os aspectos macroscópicos da urina como cor, aspecto, sedimento e volume. 
Após foi feito o exame químico, retira se 10 ml da amostra de urina e passa se para um tubo de ensaio. Mergulha se a fita reativa e deixa por cerca de 20 segundo, retira o excesso de urina e compara se com os parâmetros dados na embalagem. 
O terceiro passo foi o exame sedimentar, o qual primeiramente separa se 1 ml em outro tubo de ensaio e leva se para a centrifuga por um minuto. Após resuspende a amostra e coloca se na câmara de Neubauer, com a ajuda de uma pipeta, que deve se estar com a lamínula em cima. Assim que os dois lados da câmara estiverem preenchidos coloca se no microscópio com a menor lente esse ajusta o foco para poder colocar na lente maior até enxergar apenas um quadrado dos 16 que contem na câmara. 
Deve se contar desde o primeiro quadrado os contaminantes que se enxerga na lamina até o ultimo, fazendo isso nas 4 extremidades, totalizando se assim 64 quadrados. Deve se comparar esses contaminantes com a tabela e anotar quantidade de cada uma dela. 
RESULTADOS 
Analise macroscópica
 (Amostra do dia 15/03)
Cor: amarelo escuro
Aspecto: levemente turva
Sedimento: presença esbranquiçada em pequena quantidade
Volume: normal, cerca de 40 ml
 
(Amostra do dia 23/03)
Cor: alaranjada
Aspecto: turvo
Sedimento: com muito sedimento
Volume: cerca de 50 ml
Exame químico 
 (Amostra do dia 15/03)
Densidade: entre 1020 e 1025
pH: 6
Leucócitos: 1+
Nitrito: positivo
Proteína: negativo
Glicose: 3+
Corpos cetonicos: negativo
Urobilinogênio: 4+
Bilirrubina: 1+
Sangue: negativo
Hemoglobina: negativo
(Amostra do dia 23/03)
Densidade: entre 1025 e 1030
pH: 5
Leucócitos: 1+
Nitrito: positivo
Proteína: 1+ (30)
Glicose: 4+
Corpos cetonicos: negativo
Urobilinogênio: 2+
Bilirrubina: 1+
Sangue: negativo
Hemoglobina: negativo
Exame sedimentar 
(Amostra do dia 15/03)
Foi encontrada na câmara de Neubauer apenas células epiteliais. 
(Amostra do dia 23/03)
Apresentou se na amostra do paciente cristais de urato. 
 
Foto tirada do microscópio optico com o aumento de 40x. 
DISCUSSÃO 
Analise macroscópica
Nesse tópico da analise não se pode concluir muita coisa, pois os aspectos macroscópicos não concluem o resultado do paciente. 
Exame químico 
Densidade: quanto mais próximo de 1000 mais diluída a urina se encontra, próximo de 1035 quer dizer que está pouco diluída e geralmente tem o odor mais forte, pois se compara com a densidade da água, que é 1000. 
pH: a urina geralmente tem caráter ácido entre 5,5 e 7,0, já que é excretada pelos rins, principal excretor dos ácidos do organismos. 
Urinas acima de pH 7 indicam presença de bactérias que alcalinizam a urina. E pH abaixo de 5,5 indicam acidose no sangue ou doenças nos túbulos renais. 
Leucócitos: Os leucócitos, são os glóbulos brancos, nossas células de defesa. A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Valores normais estão abaixo dos 10.000 células por mL ou 5 células por campo.
Nitrito: A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na urina transforma esses nitratos em nitritos. Portanto, fita com nitrito positivo é um sinal indireto da presença de bactérias. Nem todas as bactérias têm a capacidade de metabolizar o nitrato, por isso, exame de urina com nitrito negativo de forma alguma descarta infecção urinária.
Proteína: não é comum a presença de proteínas na urina, pois estas são moléculas grandes, pequenas quantidades encontradas podem ser indícios de: febre, exercício físico horas antes da coleta de urina, desidratação ou estresse emocional, até causas mais graves, como infecção urinária, lúpus, doenças do glomérulo renal e lesão renal pelo diabetes.
Ausência = menos que 10 mg/dL (valor normal)
Traços = entre 10 e 30 mg/dL
1+ = 30 mg/dl
2+ = 40 a 100 mg/dL
3+ = 150 a 350 mg/dL
4+ = Maior que 500 mg/dL
Glicose: geralmente não há excreção de glicose pela urina, deste modo em pacientes que são indicados glicose na urina há grande indícios de portar diabetes ou possuir muita glicose no sangue. 
Corpos cetônicos: são produzidos quando o corpo está com dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia. As causas mais comuns são o diabetes, o jejum prolongado e dietas rigorosas. Outras situações menos comuns incluem febre, doença aguda, hipertireoidismo, gravidez e até aleitamento materno.
Urobilinogênio: Também normalmente ausentes na urina, podem indicar doença hepática (fígado) ou hemólise (destruição anormal das hemácias). 
Bilirrubina: A bilirrubina só costuma aparecer na urina quando os seus níveis sanguíneos ultrapassam 1,5 mg/dL. O urobilinogênio pode estar presente em pequenas quantidades sem que isso tenha relevância clínica.
Sangue: não se deve haver na urina, mas pode existir caso a paciente esteva em período menstrual, em outra situação será o caso de problema em algum órgão. 
Hemoglobina: não se deve haver no sangue, mas caso haja valores normais são descritos de duas maneiras:
– Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mLExame sedimentar 
Células epiteliais indica que provavelmente a paciente era do sexo feminino e estava em seu período menstrual. 
Cristais de urato estão geralmente presentes na urina de pacientes com pedras nos rins. 
REFERENCIAS
<http://www.laboratoriosodre.com.br/index-coleta.html> 	acesso em 29 de março de 2017
EXAME DE URINA, PINHEIRO, PEDRO. <http://www.mdsaude.com/2009/08/exame-de-urina.html> acesso em 29 de março de 2017
 INFECÇÕES URINARIAS NA GRAVIDES <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v30n2/08> acesso em 29 de março de 2017
<http://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/10/conhecendo-camara-de-neubauer.html> acesso em 29 de março de 2017