Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sífilis • Espiroqueta delicada (M. campo escuro) • Corpo envolvido por duas membranas entre as quais se enrola o filamento axial (motilidade) • Motilidade: contração das espirais para frente e para trás, rotação contínua • Não cultiváveis. • Mantidos por inoculação em testículo de coelho Microscopia eletrônica Treponema pallidum Sífilis Antígenos Treponema pallidum • Específicos - membrana externa : proteínas, lipídeos e poliosídeos • Inespecíficos - Parede celular: ácido murâmico, glicosamina e ornitina Membrana: proteínas e fosfolípides (cardiolipina) Sífilis TRANSMISSÃO – Sexual (pele, mucosa, tecidos íntegros ou lesados) – parenteral – vertical • Cancro duro : ulceração indolor, de bordas endurecidas acompanhada de linfadenopatia regional. Sífilis PATOGENIA • Invasivo - via linfática/hematogênica • Resposta celular T forma o cancro ou proto-sifiloma • Resposta imune-inflamatória lenta e progressiva: lesões teciduais granulomatosas • Fatores supressores: mucopolissacarídeo do patógeno Sífilis 1. RESPOSTA HUMORAL: Ac cardiolipínicos e treponêmicos 2. RESPOSTA CELULAR: hipersensibilidade • resistência parcial à reinfecção: – SÍFILIS & AIDS - recidivas de secundarismo, comprometimento precoce do SNC • Cicatrização Espontânea – Ac, LT e mucopolissacaridase bloqueando adesão do treponema aos tecidos + – processo imune-inflamatório. Sífilis - fases clínicas evolutivas crônica em quatro estágios distintos flutuação entre sintomática (curtos) e assintomática (longos) PRIMÁRIA • Proto-sifiloma (local da inoculação) • indolor e reação ganglionar regional. • cicatrização espontânea em 3 a 6 semanas • Anticorpos são detectados concomitante à lesão • Isolamento: Microscopia Campo escuro (S=95%) material coletado após escarificação da lesão Sífilis - fases clínicas evolutivas SECUNDÁRIA • 6-8 sem. após cura da lesão primária • Disseminada (órgãos, ossos, articulações) • Cutâneas: pápulas, manchas, descamativas, nódulos (sem prurido) • Anorexia, artralgia, febre e linfadenopatia • Grave - Síndrome nefrótica moderada ou nefrite hemorrágica: deposição de imunocomplexos • Pode ser isolado o treponema: lesões, sangue, LCR, secreções, leite materno • SNC? Sífilis - fases clínicas evolutivas LATENTE • Precoce (< 1-2 anos) e tardia • A fase latente precoce: infectante e às vezes reincidência de lesões mucocutâneas • Na fase latente tardia é possível a transmissão materno-fetal e por via sangüínea (?) • Ausência de tratamento: invasão SNC e tecidos vasculares Sífilis - fases clínicas evolutivas TARDIA ou TERCIÁRIA Parece ser não infectante. Fase destrutiva. • gomosa: 1-10 anos pós início da infecção. Lesões granulomatosas em olhos, ossos, viscerais (cardiovascular, fígado e SNC) e pele. • cardiovascular: > 10 anos de infecção. Vasculites e aneurismas graves. • neurossífilis: 3-35 anos de infecção pode haver comprometimento do SNC e periférico. – diagnóstico com exames do LCR. Sífilis - fases clínicas evolutivas SÍFILIS CONGÊNITA • Gestantes com sífilis não tratada, pior no 1o trim. • até 40% dos casos evoluem para morte (fetal ou neonatal) • Manifestação precoce: (~ à fase secundária), lesões mucocutâneas, linfadenopatia hepatoesplenomegalia, lesões oculares, renais e do SNC. • Manifestação mais tardia (> 2 anos): neurossífilis, surdez, lesões vasculares, fronte olímpica, nariz em sela, tíbia em sabre, dentes de Hutchinson (mal-formações ósseas e de cartilagens). • Dificuldades diagnósticas: – anticorpos maternos (IgG) Sífilis Diagnóstico laboratorial Direto (Patógeno) – Dificuldade: coleta adequada (exsudato seroso), tedioso, pouco sensível • Microscopia de campo escuro • Isolamento por inoculação intratesticular em coelhos imunossuprimidos por 10-12 dias mantidos 18-21oC • Biologia Molecular a partir de material das lesões (ainda em desenvolvimento) Sífilis Diagnóstico laboratorial Indireto (pesquisa de Ac IgM e IgG) ANTÍGENOS: • FOSFOLIPÍDICO: fosfatidilcolina, monoglicosil diglicerídeo (cardiolipínicos) • PROTÉICO e POLIOSÍDICOS espécie-específicos: na membrana externa do T. pallidum (treponêmicos) • Perspectiva: (diagnóstico e vacinação) Sífilis : Diagnóstico laboratorial Testes CARDIOLIPÍNICOS: VDRL, RPR TREPONÊMICOS • Imunofluorescência Indireta (IgG e IgM) – FTA abs • ELISA (IgG e IgM) VDRL -Venereal Disease Research Laboratory FTA Abs RPR Sífilis Diagnóstico laboratorial Dificuldades: • Obtenção de antígenos treponêmicos em larga escala • Absorção de Ac anti-espiroquetídeos não patogênicos (extrato proteico de Treponema de Reiter) • Diferenciar fase latente de Ac de memória • Falso-positivos nos testes cardiolipínicos: auto-imunidades, outras infecções, fatores hormonais (gestação) e em idosos. IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA Sífilis Diagnóstico laboratorial Testes Índices Primária Secundária Latente Terciária VDRL RPR S E 70-80% 95-100% 100% 95-100% 74-90% 95-100% 60-75% 95-100% FTA-abs EIE S E 92-100% 100% 100% 100% 97-100% 100% 97-100% 100% S – sensibilidade (máximo de detecção = triagem) E – especificidade (específico = confirmatório) Sífilis Diagnóstico laboratorial Sífilis Diagnóstico laboratorial
Compartilhar