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Slides - Ciência Política.pdf

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CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 1: Introdução à disciplina 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Conteúdo desta aula 
APRESENTAÇÃO DO 
 PLANO DE ENSINO 
1 
FENÔMENO POLÍTICO E EXERCÍCIO 
DO PODER E COM A BUSCA 
 DO BEM-COMUM 
3 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
“POLÍTICA” E “POLITICAGEM” 
 - CORRUPÇÃO E NEPOTISMO 
2 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Plano de Ensino 
Contextualização 
Perspectiva interdisciplinar; História, Sociologia, Antropologia Social e Filosofia Política. 
Diálogo principalmente com as seguintes disciplinas: História do Direito Brasileiro, Fundamentos 
das Ciências Sociais, Sociologia Jurídica e Judiciária, Filosofia Geral e Jurídica, Direito Constitucional 
e Direito Internacional. 
Estudo dos comportamentos dos atores políticos, dos modelos teóricos que fundamentam e 
referenciam a ação política e seu cotejamento pelos analistas. 
Fatores que contribuem para uma reconfiguração dos quadros teóricos que fundamentem as 
realidades emergentes. 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Ementa 
A política, as relações de poder e o papel do discurso na construção da vontade coletiva. Estado: 
principais linhas teóricas sobre sua origem (naturalistas, contratualistas, coletivistas e a do Estado 
de Direito); seus elementos essenciais (território, povo e soberania); suas possíveis formas (unitária 
e federal). Governo: suas formas (monarquia e república); seus sistemas (presidencialista e 
parlamentarista); seus regimes (democráticos e autocráticos). Estado Constitucional: evolução; 
realidade; atuais desafios. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Objetivos Gerais 
• Relacionar política com poder e 
discursividade; 
• Conhecer o conceito de Estado e seus 
elementos; 
• Analisar o conceito de governo e suas 
perspectivas (forma, sistema e regime); 
• Examinar o Estado Constitucional a partir de 
suas bases históricas; 
• Analisar as transformações do ente estatal na 
contemporaneidade. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Objetivos Específicos 
• Analisar as estruturas e as articulações do 
discurso político; 
• Compreender a ação política em relação às suas 
finalidades pragmáticas e aos seus efeitos; 
• Compreender o fenômeno estatal em suas 
diversas perspectivas; 
• Expressar correta utilização da terminologia 
política da Ciência do Direito; 
• Examinar o raciocínio jurídico-político, 
argumentativo e persuasivo para reflexão crítica 
sobre a realidade política na qual se está 
inserido. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
• UNIDADE I – SOCIEDADE POLÍTICA E A ORIGEM ESTADO; 
• UNIDADE II – OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ESTADO; 
• UNIDADE III – ESTADO E GOVERNO SEGUNDO SEUS TIPOS CLÁSSICOS; 
• UNIDADE IV – O ESTADO CONSTITUCIONAL. 
Conteúdos 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Procedimentos de Ensino 
• Aulas expositivas, interativas e discussões dirigidas. 
• Leitura do livro didático de base (Ciência Política) e resolução dos exercícios apresentados nos 
Planos de Aula, envolvendo casos concretos (Articulação: teoria e prática), com ênfase no 
estudo da política e sua articulação e inter-relação com o Direito. 
• Realização de debates e pesquisas. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Recursos 
• Quadro e pincel. 
• Retroprojetor ou Data Show. 
• DVD player. 
• Filmes e Documentários. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Procedimentos de Avaliação 
Metodologia do Caso Concreto. 
AV1 (9,0 + 1,0 MCC). AV2 e AV3 (10,0) – Casos da MCC obrigatoriamente (3,0 pontos). 
Para aprovação na disciplina o aluno deverá: atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a 
partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores 
notas obtidas dentre as três etapas de avaliação. A média aritmética obtida será o grau final do aluno 
na disciplina. 
Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 
Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 
 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Bibliografia Básica 
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do 
Estado. ed. São Paulo: Saraiva, 2010 
GÓES, Guilherme Sandoval; LIMA, Marcelo M.C. Ciência 
Política. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015. 
STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luis Bolzan de. Ciência 
Política e Teoria Geral do Estado. 3. ed. Porto Alegre: 
Editora Livraria do Advogado, 2003. 
 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Bibliografia Complementar 
AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São 
Paulo: Globo, 2000. 
BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. 
Brasília: UnB, 2000. 
BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. 
São Paulo: Malheiros, 2004. 
GUANABARA, Ricardo; FERREIRA, Lier Pires; JORGE, 
Vladimyr Lombardo. Curso de ciência política. Rio de 
Janeiro: Campus, 2008. 
MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 30. ed. atual. São 
Paulo: Saraiva, 2010. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Indicação de Material Didático 
GÓES, Guilherme Sandoval; LIMA, Marcelo M.C. 
Ciência Política. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015. 
Plano de Ensino 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Introdução à disciplina Ciência Política 
A política e seus pontos essenciais 
Política 
Atividade pela qual interesses divergentes 
podem ser reconciliados em prol do bem-estar 
e da sobrevivência de toda comunidade. 
 
Politicagem 
Embora a política seja o meio, por excelência, 
pelo qual o grupo social atinge seus interesses, 
uma forma equivocada de se entender o 
conceito vem sendo utilizada com o intuito de 
neutralizar os poderes da cidadania e atender 
os interesses privados de poucos. 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Introdução à disciplina Ciência Política 
A política e seus pontos essenciais 
Política e Poder – Se a política não pode ser 
compreendida sem que entendamos o conceito 
de poder, é possível afirmar que este consiste na 
habilidade dos indivíduos ou grupos fazerem 
valer os próprios interesses ou as próprias 
preocupações, mesmo diante da resistência de 
outras pessoas. 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Introdução à disciplina Ciência Política 
O fenômeno político com exercício do poder e a busca do bem-comum 
A busca pelo bem-comum define a 
política em seu sentido mais amplo. 
Neste ponto, há uma relação 
incontornável entre bem-comum, 
autonomia cidadã e democracia. 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Introdução à disciplina Ciência Política 
Aplicação: articulação teoria e prática 
Em reportagem constante em http://www12.senado.leg.br/, o filósofo francês Francis Wolff, um 
ardoroso defensor da democracia, afirmou que um de seus alvos no estudo da política é exatamente o 
apolitismo. Em sua opinião, o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia, ao 
fomentar, entre outros males, a ação do que chama de políticos profissionais. Livre de cobranças, esse 
grupo teria o hábito de aprovar ou impor medidas descoladas das verdadeiras necessidades e desejos 
dos cidadãos. Por isso, para o filósofo, o apolitismo, seria a recusa dos cidadãos, explícita ou implícita, 
em participar da vida da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz, ou seja, seria o 
desinteresse pela coisa pública. 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINAIntrodução à disciplina Ciência Política 
Aplicação: articulação teoria e prática 
Diante do texto anterior e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 1, 
responda: 
a) A verdadeira concepção de política se coaduna com o desinteresse da coisa pública pela 
cidadania? 
b) Estaria correta a afirmação do filósofo Francis Wolff quando afirma que "o desinteresse 
dos cidadãos pela política ameaça a democracia"? Justifique sua resposta. 
Ciência Política 
AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA 
Antes da próxima aula você deverá: 
1. Ler o Livro de Ciência Política, itens 1.2, 1.3 
e 1.4 do Capítulo 1, Unidade I; 
2. Ler o conteúdo da Aula 2; 
3. Postar a resolução dos Casos Concretos da 
AULA 1 no SAVA. 
Plano de Ensino 
Assuntos da próxima aula: 
1. A definição de Ciência Política e 
seus métodos 
2. O papel do discurso na 
construção da vontade coletiva 
3. O Estado: primeiros contornos 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 2: Política – Entre ciência e discurso 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
1. Compreender o que é ciência política e 
qual é seu objeto de estudo; 
 
2. Analisar o papel do discurso na 
construção da vontade coletiva; 
 
3. Estabelecer os primeiros passos para 
definir o fenômeno estatal. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Conteúdo desta aula 
CIÊNCIA POLÍTICA E 
SEUS MÉTODOS 
1 
O ESTADO: 
PRIMEIROS CONTORNOS 
3 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
PAPEL DO DISCURSO NA 
CONSTRUÇÃO DA VONTADE COLETIVA 
2 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
A definição de Ciência Política e seus métodos 
A Ciência Política é uma área do saber que estuda os fenômenos políticos, o funcionamento de 
comunidades políticas e a convivência entre os seus membros. 
 
Visa, portanto, analisar a política, as estruturas e os processos de governo, utilizando-se de 
abordagem científica. 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
O discurso político tem por objetivo expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva. Seus 
conteúdos alteram-se de acordo com o contexto (político, social, econômico e jurídico). 
O papel do discurso na construção da vontade coletiva 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Nas sociedades contemporâneas democráticas, predominam a dinamicidade, a fragilidade e mesmo 
a provisoriedade dos discursos políticos. 
 
 
 
 
 
 
Tal discursividade no plano político considera a razão, a emoção e a autoridade de quem profere o 
discurso, daí os vários prismas pelo qual tal discurso político pode ser avaliado. 
O papel do discurso na construção da vontade coletiva 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Convicção – Puro raciocínio – Faculdades intelectuais – Busca da verdade – Auditório acredita na 
perspectiva do orador – motivos e razões. 
 
As componentes do discurso político 
Logos 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Relativo aos sentimentos/afeto – deslocamentos emocionais para o convencimento do auditório – 
não é a força do argumento, mas a maneira como é transmitida para o auditório (alegria, tristeza, 
orgulho, desejo etc.). 
As componentes do discurso político 
Pathos 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
As virtudes do caráter do orador – projetando 
dignidade, confiança e credibilidade. 
As componentes do discurso político 
Ethos 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
A Política acaba por se afirmar como um campo de batalha em que se trava uma guerra simbólica 
para estabelecer relações de dominação ou relações pactuais. Aqui não se trata exatamente de um 
discurso puro sobre as ideias, mas de um discurso de ideias contaminadas pelo discurso do poder. 
Análise do Discurso Político 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Enquanto o discurso das ideias pertence à problemática da verdade (dizer o “verdadeiro”), o 
discurso do poder se satisfaz com a problemática do verossímil (dizer o plausível, o aceitável, o 
razoável). 
Análise do Discurso Político 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Sabe-se que um discurso político pode ser convincente quando fundado em raciocínio claro, baseando-
se sobre as faculdades intelectuais e estando voltado para o estabelecimento de verdade. Neste caso, 
obtém-se a persuasão por meio de argumentos que levam o auditório a acreditar que a perspectiva do 
orador é correta. Neste sentido, responda: 
 
a) Em uma democracia, pode haver outros elementos discursivos que influenciem no processo de 
convencimento do auditório? 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
b) Observando a charge acima, poderia a mesma produzir algum sentido na discussão sobre os 
limites do discurso político? Explique. 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
• Sua definição no tempo histórico; 
 
• Não há modelo universalizável de Estado; 
 
• O Estado nacional propriamente dito como construção europeia: primeiros contornos. 
O Estado: primeiros contornos 
Ciência Política 
AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 
Antes da próxima aula você deverá: 
1. O conteúdo da próxima aula (Aula 3) 
encontra-se presente no Capítulo 2 do 
Livro de Ciência Política (pontos 2.1, 2.2 
e 2.2.1) . Leia-o antes de ser 
apresentado pelo seu professor e 
aproveite ainda mais a aula por ele 
ministrada. 
2. Resolva o exercício constante na Aula 3 
(Aplicação: Articulação teoria e 
prática), postando os resultados no 
SAVA. 
Plano de Ensino 
Assuntos da próxima aula: 
1. O fenômeno estatal e as teorias 
naturalistas; 
2. As linhas contratualistas e suas 
características definidoras; 
3. O contratualismo hobbesiano. 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 3: A origem do estado – principais linhas teóricas 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
1. Estabelecer as características que 
definem as linhas “naturalistas” como 
teorizações que buscam explicar o 
surgimento do Estado; 
2. Apontar as principais características 
definidoras do “contratualismo”, como 
teoria que fundamenta a origem estatal 
em um pacto entre indivíduos; 
3. Compreender as linhas teóricas e 
características que fundamentam a teoria 
do contrato social, segundo Thomas 
Hobbes. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Conteúdo desta aula 
O FENÔMENO ESTATAL E 
 AS TEORIAS NATURALISTAS 
1 
O CONTRATUALISMO 
HOBBESIANO 
3 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
AS LINHAS CONTRATUALISTAS E 
SUAS CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS 
2 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
O fenômeno estatal e as teorias naturalistas 
O ser humano seria naturalmente gregário e a cidade é o fim (telos), a causa final da associação 
humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Precede a família e até mesmo o indivíduo, tendo em vista que responde a este citado impulso 
social. 
 
Por isso, é um animal político (zoon politikon) inclinado a fazer parte de uma sociedade política. 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
O precursor da teoria naturalista é Aristóteles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Estado é uma instituição natural, necessária e que decorre da natureza humana. 
Teorias naturalistas 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Ocontratualismo é uma linha teórica central que abarca várias concepções particulares, com 
características diversas, todas unidas pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou 
pacto) entre seres humanos. 
As linhas contratualistas 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Evolução Histórica do Estado 
1789 1648 
Concepção 
Medieval 
de Estado 
Estado 
Absoluto 
Estado 
Liberal 
Estado 
Social 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
• A visão antropológica hobbesiana. 
• O estado de natureza em Hobbes. 
• O contratualismo hobbesiano. 
Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Na visão de em Hobbes, as finalidades do Estado são: 
 
a) Representar os cidadãos, pois, personifica aqueles que a ele livremente delegaram todos os 
seus direitos e poderes; 
b) Assegurar a ordem, ou seja, garantir a segurança de todos, monopolizando o uso da força 
estatal; 
c) Ser a única fonte da lei porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto. 
 
Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Nasce a ideia de que o Estado, enquanto sociedade política, 
nasce de um contrato celebrado pelos cidadãos que 
aceitam ceder seus direitos naturais a um poder comum, a 
cuja autoridade passam a respeitar, sem qualquer tipo de 
contestação. Legitima o Estado Absoluto. 
Thomas Hobbes e o Estado Leviatã 
O pacto de submissão de Hobbes 
rejeita o conceito de direito de 
resistência. 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz 
com que os indivíduos abdiquem de sua 
infinita liberdade e a entreguem a um 
soberano, que deve garantir suas vidas e uma 
ordem social segura. Com este acordo, 
segundo Hobbes, está criada a sociedade e 
também o Estado. Neste sentido, pergunta-se: 
Quais as finalidades do Estado em Hobbes? 
Analisando a situação expressa na charge ao 
lado – corriqueira nas grandes cidades 
brasileiras –, o que supostamente poderia ser 
dito por Hobbes, a partir dos termos 
pactuados no Contrato Social? 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
Antes da próxima aula você deverá: 
1. O conteúdo da próxima aula (Aula 4) 
encontra-se presente no Livro de Ciência 
Política (a partir do item 2.2.2 até o fim 
do Capítulo). Leia-o antes de ser 
apresentado em aula pelo seu professor e 
tenha certeza de que seu aproveitamento 
em sala será ainda melhor. 
2. Não deixe de resolver o exercício 
constante na Aula 4 (Aplicação: 
Articulação teoria e prática), postando os 
resultados no SAVA. 
Plano de Ensino 
Assuntos da próxima aula: 
1. O Contratualismo lockeano; 
2. O Contratualismo rousseauniano. 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 4: A origem do estado – principais linhas teóricas II 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
1. Compreender as linhas teóricas e 
características que fundamentam a teoria 
do contrato social de John Locke, 
relacionando-as ao Estado Liberal que vai 
se construindo no período; 
2. Entender as linhas teóricas e características 
que fundamentam a teoria do contrato 
social em J.J. Rousseau, relacionando-as à 
formação de um ideário democrático 
(plebiscitário) e antiabsolutista; 
3. Apontar as características principais que 
definem as Teorias Coletivistas e as Teorias 
do Estado de Direito como teorias que 
(também) buscam explicar a origem do 
fenômeno estatal. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Conteúdo desta aula 
O CONTRATUALISMO 
 LOCKEANO 
1 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
O CONTRATUALISMO 
ROUSSEAUNIANO 
2 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
O Contratualismo lockeano 
O Estado de natureza em Locke 
Ao ordenar que cada um conserve sua própria 
vida, mas que também não lese a dos outros, a 
lei natural pressupõe um estado de natureza na 
qual, diferentemente do estado de natureza 
hobbesiano, a violência não é a regra. 
 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Em Locke, o estado de natureza não é um estado de luta, mas um estado de cooperação fundado sob 
o signo da racionalidade humana. 
O Contratualismo lockeano 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Na concepção de Locke são direitos naturais anteriores a qualquer decisão política. 
• Vida 
• Liberdade 
• Propriedade 
O Contratualismo lockeano 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
O Direito de Resistência 
E se o governo não for capaz, por meio das leis, de garantir os direitos à vida, à liberdade e à 
propriedade? 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
A teorização política de Locke faz avançar a afirmação 
dos direitos naturais, na medida em que altera o 
paradigma contratual que passa a ser um “pacto de 
consentimento” e, não mais um “pacto de submissão” 
como na obra hobbesiana. 
John Locke e o Estado Liberal 
O pacto de consentimento de John Locke 
reconhece o direito de resistência e com 
isso justifica o Estado liberal. 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
A necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que devolvesse ao ser humano a liberdade 
natural perdida com o surgimento das relações sociais. 
O Contratualismo Rousseauniano 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
O governo (corpo administrativo) está 
absolutamente limitado pela vontade geral 
(lei) do povo soberano que tem a função de 
submeter as vontades particulares. 
O Contratualismo Rousseauniano 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
A visão rousseauniana concebe que a 
representação política não deve se dar 
por meio de uma democracia 
representativa, mas sim por 
intermédio de uma democracia direta, 
nos moldes daquela experimentada 
pelos gregos. 
 
O Contratualismo Rousseauniano 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Principais ideias 
 Mandato Imperativo 
 
 
 
 
 Democracia 
plebiscitária 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Principais ideias 
Concepção fortalecida 
de soberania popular 
 
 
 
 
 Submissão do 
governo à lei 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Dentre os contratualistas, Rousseau é aquele que assume 
posição teorizante que mais se aproxima do princípio 
democrático e da democracia plebiscitária de participação direta 
do povo. 
Jean Jaques Rousseau e a Democracia Plebiscitária 
A ideia de mandato imperativo aproxima 
Rousseau da democracia plebiscitária 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Como foi dito, o contratualismo é um rótulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas 
de organização do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida 
como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a 
enxergaram de forma diversa unsdos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania 
nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda: 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
a) Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem 
do cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela 
pensada no contratualismo Rousseau? Justifique. 
 
b) O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no 
contratualismo rousseauniano? Justifique. 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 
Antes da próxima aula você deverá: 
1. O conteúdo da próxima aula (Aula 5) 
encontra-se presente no Livro de Ciência 
Política (Capítulo 3 do Livro Didático de 
Ciência Política). Leia-o antes de ser 
apresentado pelo seu professor e 
aproveite ainda mais a aula por ele 
ministrada. 
2. Não se esqueça de resolver o caso 
concreto, postando logo a seguir, sua 
resposta no SAVA. 
Plano de Ensino 
Assuntos da próxima aula: 
1. O Estado Moderno a partir da Paz 
de Vestfália; 
2. O Território delimita seu poder de 
Império; 
3. O Território como Visão Espacial 
Multidimensional. 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 5: A Configuração do Estado Moderno e o 
 Território como elemento essencial do Estado 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
1. Entender como se deu historicamente a 
formação do Estado Moderno a partir da 
Paz de Vestfália; 
2. Compreender que o território, como 
elemento essencial do Estado, delimita seu 
poder de império; 
3. Analisar o território a partir de uma visão 
espacial multidimensional. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Conteúdo desta aula 
O ESTADO MODERNO A 
PARTIR DA PAZ DE VESTFÁLIA 
1 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
O TERRITÓRIO DELIMITA 
SEU PODER DE IMPÉRIO 
2 
O TERRITÓRIO COMO VISÃO 
ESPACIAL MULTIDIMENSIONAL 
3 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
O Estado Moderno e sua configuração a partir de Vestefália 
ANTES DA PAZ DE VESTFÁLIA DE 1648 
Organização política típica da medievalidade: 
 
• Concepção dual de poder: poder temporal x poder eclesiástico; 
• Guerras Religiosas – Guerra dos 30 anos; 
• Não existia o Estado nacional propriamente dito. 
 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Nascimento do Estado moderno 
Formação do Direito Internacional Público: 
Sociedade Internacional de Estados Nacionais 
Formação do Estado Nacional propriamente dito: 
Estado Absoluto com os três elementos essenciais – 
povo, território e soberania una e indivisível. 
Paz de Vestfália de 1648 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Formação histórica do Estado 
Revolução 
Francesa 
1789 
Paz Vestfália 
1648 
Concepção 
Medieval 
de Estado 
Estado 
Absoluto 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Território: a delimitação espacial do poder 
• O território é componente material da estrutura do Estado 
Exemplos: Estado da Palestina e a Questão da Ucrânia; 
 
• Base geográfica do poder estatal; 
 
• Base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana; 
 
• Define os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado. 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
• Não se restringe ao elemento terrestre; 
• Incluir o espaço marítimo e o espaço aéreo; 
• Pode incluir áreas destacáveis do núcleo territorial do Estado; 
Exemplos: Ilhas Malvinas e Arco Britânico de Ilhas no Atlântico. 
• Inclui o solo, o subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo sobrejacente. 
O caráter multidimensional do território 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Arco de contenção britânico 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Espaço marítimo 
 MAR TERRITORIAL: 12 MILHAS 
 ZONA CONTÍGUA: 24 MILHAS 
 ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: 200 MILHAS 
 PLATAFORMA CONTINENTAL: ATÉ 350 MILHAS 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Convenção das 
Nações Unidas sobre 
o Direito do Mar 
Montego Bay – Jamaica, 
1982 
A Lei do Mar e a distribuição do espaço marítimo 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Amazônia azul 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar 
(Montego Bay – Jamaica, 1982) 
• Navios e aeronaves de guerra; 
• Navios e aeronaves a serviço do estado; 
• Embaixadas e repartições diplomáticas; 
• Direito de asilo; 
• Passagem inocente de navio mercante. 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Foi noticiado na imprensa a ocorrência de um assassinato no interior de navio mercante com 
bandeira da Nauru (pequena ilha no Pacífico Sul, com território inferior a 22 km quadrados) a 10 
milhas marítimas de distância da linha de base do território brasileiro. A fim de realizar a entrega de 
produtos extraídos na ilha e comercializados para o exterior, o referido navio dirigia-se a uma 
plataforma da Petrobras situada a 15 milhas marítimas de distância da costa brasileira, que explora 
petróleo a uma profundidade de 6 mil metros (pré-sal). Na reportagem, o jornalista afirmou que as 
autoridades brasileiras seriam competentes para investigar e julgar o crime já que o mesmo teria 
ocorrido dentro de seu território (o chamado mar territorial). Além disso, informou a reportagem, a 
pequena extensão territorial de Nauru era fator impeditivo para que se reconhecesse a mesma como 
um Estado detentor de soberania. Analisando as informações acima, responda: 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
a) Procedem argumentos apresentados pelo jornalista para sustentar a competência das 
autoridades brasileiras no que se refere à investigação e ao julgamento do crime? 
 
b) Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade econômica fora de seu mar territorial sem a 
permissão da comunidade internacional? 
 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 
Antes da próxima aula você deverá: 
1. O conteúdo da próxima aula (Aula 6) 
encontra-se presente no Livro de Ciência 
Política (Capítulo 4 do Livro Didático de 
Ciência Política). Não deixe de lê-lo antes 
da aula, pois ao fazê-lo, você terá a 
oportunidade de aproveitar ainda mais o 
conteúdo nela ministrado; 
2. Resolva o exercício constante na Aula 6 
(Aplicação: Articulação teoria e prática), 
postando os resultados no SAVA. 
Plano de Ensino 
Assuntos da próxima aula: 
1. Povo e o seu sentido Jurídico-Político; 
2. Povo e População; 
3. Naçãoe Povo. 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 6: Povo – Traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
1. Compreender o conceito de povo em seu 
sentido jurídico-político; 
 
2. Distinguir os conceitos de povo e 
população; 
 
3. Estabelecer o conceito de “nação” a partir 
da análise de “povo”. 
 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Conteúdo desta aula 
POVO E O SEU SENTIDO 
JURÍDICO-POLÍTICO 
1 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
POVO E POPULAÇÃO 
2 
NAÇÃO E POVO 
3 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
O conceito de povo em uma perspectiva jurídico-política 
O conceito jurídico-político de povo está relacionado com o vínculo da nacionalidade entre a 
pessoa e o Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
A nacionalidade é o atributo que capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, 
participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Os conceitos de povo e população 
Conceito de povo: o conjunto de membros de uma sociedade política 
ligados pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade 
Conceito de população: o conjunto de pessoas que se encontram 
 na base geográfica de poder do Estado, sem que isso importe 
necessariamente possibilidade de participar da vida política do País. 
Diferença entre os conceitos 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
O conceito de nação 
A nação representa uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços 
linguísticos, culturais ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. 
Assim, nação pode ser entendida como grupos constituídos por pessoas que não necessitam 
ocupar um mesmo espaço físico para compartilhar dos mesmos valores axiológicos e da vontade de 
comungar um mesmo destino. 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
O conceito de nação 
Pessoas de nacionalidades diversas podem fazer parte de uma mesma nação e pessoas de uma 
mesma nacionalidade podem ser membros de nações diversas. 
Curdistão é a “pátria” de cerca de 30 milhões de curdos que vivem na Turquia, Síria, Iraque e Irã. A 
grande maioria, mais de metade, vive no Sul da Turquia e representa 20% da população turca. É um 
povo com língua própria, hábitos e tradições seculares e que aspira à constituição de um estado. 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Podem existir diversas nações dentro de um 
mesmo Estado. Da mesma forma que pode 
existir uma única nação espalhada por 
diversos Estados diferentes. 
O conceito de nação 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
O conceito de nacionalidade 
Em sentido jurídico-político, demarcando o vínculo entre um membro do povo 
e o Estado. 
 
Em sentido étnico-cultural, demarcando os laços linguísticos, culturais ou 
espirituais, ou mesmo os interesses, ideais e aspirações comuns. 
 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Conceito de cidadão 
É o nacional no pleno gozo dos seus direitos políticos. 
 
 
 
 
 
 
 
A nacionalidade é condição necessária, mas, insuficiente para definir o conceito de cidadão. 
Todo cidadão é nacional, porém nem todo nacional é cidadão. 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Questão Discursiva 
No quadro acima, observamos que dentro do território do Estado espanhol, surgem dois territórios 
cujos habitantes se reconhecem como catalães e bascos. 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Neste sentido, de acordo com os seus estudos, responda: 
 
a) É possível existir mais de uma nação dentro de um único Estado? 
 
b) Todas as nações são necessariamente reconhecidas como Estados nacionais? 
 
c) Neste momento da história, são os catalães e os bascos partes integrantes do povo espanhol em 
seu sentido jurídico-político? 
 
Questão Discursiva 
Ciência Política 
AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 
Antes da próxima aula você deverá: 
1. O conteúdo da próxima aula (Aula 7) 
encontra-se presente no Livro de Ciência 
Política, mais precisamente no Capítulo 5. 
É importante lê-lo anteriormente à aula, 
pois, agindo dessa forma, você terá a 
oportunidade de aproveitar, ainda mais, o 
conteúdo apresentado pelo seu 
professor. 
2. Resolva o exercício constante na Aula 7 
(Aplicação: Articulação teoria e prática), 
postando os resultados no SAVA. 
Plano de Ensino 
Assuntos da próxima aula: 
1. A construção do Conceito de 
Soberania; 
2. Conceito de “Soberania” nos dias 
atuais; 
3. Conceito de soberania em bases de 
legalidade e de legitimidade. 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 07: A soberania como elemento essencial: 
 traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Objetivos 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
1 – Compreender como se estabeleceu a 
construção do conceito de soberania no 
decorrer da Modernidade; 
 
2 – Estabelecer as características que definem 
o conceito de “soberania” nos dias atuais; 
 
3 – Perceber que o conceito de soberania se 
fundamenta em bases de legalidade e de 
legitimidade. 
Ciência Política 
A construção histórica do conceito de soberania na modernidade 
No contexto de concepção dual de poder, Jean 
Bodin engendra a teoria da soberania absoluta 
do Estado, seja no plano interno, seja no plano 
externo. 
 
É importante aqui lembrar que a Paz de Vestfália, 
de 1648, simboliza, a um só tempo, o nascimento 
do Estado nacional propriamente dito, como, 
também, a formação do Direito internacional 
Público, tal qual é concebido nos dias atuais. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
A construção histórica do conceito de soberania na modernidade 
A ideia de soberania tem uma dimensão 
histórica, na medida em que nem sempre 
existiu tal conceito. 
 
A rigor, trata-se de uma construção 
intelectual do Estado Moderno em 
oposição ao fragmentado poder da era 
medieval. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
A construção histórica do conceito de soberania na modernidade 
O grande precursor do conceito de soberania foi 
Jean Bodin, com o desiderato de legitimar o 
poder do Rei de França no contexto de disputa 
entre o poder temporal e o poder espiritual. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
A construção histórica do conceito de soberania na modernidade 
No decorrer da própria Modernidade, o conceito 
de soberania vai sendo desenvolvido a partir da 
elaboração das teorias clássicas dos filósofos 
contratualistas. 
 
Primeiro, com Hobbes e a legitimação do Estado 
Absoluto, depois com Locke e a ideia de limitação 
da soberania estatal no plano a partir das 
garantias das liberdades individuais (paradigma 
do Estado Liberal), até, finalmente, chegar-se a 
Rousseau e a ideia de soberania popular e 
democracia participativa. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Formação do Direito Internacional Público: 
Fim da sociedade universal do Estado Feudal e 
nascimento da Sociedade de Estados Nacionais 
Paz de Westphalia de1648 
Formação do Estado Nacional propriamente dito: 
Coexistência dos três elementos essenciais do Estado 
(povo, território e soberania una e indivisível) 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Os traços definidores do conceito de soberania 
Em essência, o conceito de soberania designa o 
poder político no Estado, expressando 
internamente seu poder de comando, ou seja, a 
plenitude da capacidade de direito em relação 
aos demais poderes dentro do Estado 
(soberania interna). 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Os traços definidores do conceito de soberania 
Por outro lado, sob uma perspectiva externa, 
a soberania significa o atributo que possui o 
Estado nacional de não ser submetido às 
vontades estatais alienígenas. Assim, somente 
o Estado é dotado de soberania, sendo que 
outras comunidades ou pessoas coletivas de 
direito interno, no limite, podem ser dotadas 
tão somente de autonomia. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania 
A ideia de legalidade deve ser vislumbrada 
como a submissão às leis produzidas pelo 
próprio Estado, podendo ou não refletir as 
aspirações da sociedade como um todo. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania 
O conceito de legitimidade projeta a ideia de 
que o poder soberano no Estado Moderno 
não basta estar submetido às diretrizes legais 
(conceito de legalidade), mas também deve se 
preocupar em atender as aspirações legítimas 
da sociedade (conceito de legitimidade). 
 
Enquanto a legalidade exige apenas uma 
adesão externa (bastando que o cidadão 
cumpra a norma emanada), o 
reconhecimento da legitimidade exige que 
o seguimento ao ordenamento se dê 
por uma adesão interna, psicológica. 
 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania 
A concepção de legitimidade se atrela ao 
grau de lealdade de todos os seus cidadãos, 
ao grau de adesão por convicção. 
 
Corresponde ela à adesão do Auditório 
Universal de Perelman ou à ideia de 
Comunidade aberta de intérpretes da 
Constituição de Härberle. 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Questão Discursiva 
COMPARAÇÃO DOS CONCEITOS 
(Governos da França Ocupada) 
Legalidade do 
Marechal Petain 
Legitimidade do 
General De Gaulle 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Questão Discursiva 
O conceito de soberania é teoricamente bastante 
complexo e tem variado no decorrer do tempo, 
suscitando uma grande quantidade de acepções 
conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que 
se trata de um termo que designa o poder político no 
Estado Moderno estando expresso em praticamente 
todas as constituições modernas. 
A Constituição brasileira tem alguns dispositivos 
(no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, 
senão vejamos: 
 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Questão Discursiva 
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas 
suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
 I – independência nacional; (...) 
III – autodeterminação dos povos; 
IV – não intervenção; 
V – igualdade entre os Estados; (...)” 
 
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I – plebiscito; 
II – referendo; 
III – iniciativa popular. (...)” 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
Ciência Política 
Questão Discursiva 
Diante do exposto anteriormente, pergunta-se: 
 
Em face do que está expresso no Art. 4º da 
Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil 
deve considerar que a soberania sempre exterioriza a 
supremacia estatal? 
 
A qual dos contratualistas é possível relacionar a 
soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna? 
 
Justifique. 
 
AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 8: A separação dos poderes e as clássicas formas de Estado 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
1. Correlacionar a teoria da separação de 
poderes e o sistema de freios e contrapesos 
com os fundamentos do Estado de Direito; 
2. Apontar as principais características das 
duas formas de Estado clássicas: o Estado 
Unitário e o Estado Federal, diferenciando 
este último da organização “confederativa” 
de Estados; 
3. Distinguir as versões brasileira e americana 
de organização federativa, apontando as 
consequências daí produzidas. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
As teorias da separação de poderes e do sistema de freios e contrapesos 
O sistema de freios e contrapesos (checks and balances) 
propicia o controle recíproco entre os poderes da União, 
de modo a evitar a predominância cêntrica de um deles 
sobre os demais, e preservando entre eles uma relação de 
necessário equilíbrio. O controle mútuo entre os poderes 
simboliza mais uma forma de garantir um dos pilares do 
constitucionalismo democrático, que é a separação de 
poderes. 
 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Sistema de Freios e Contrapesos 
Veto do Presidente da República nos projetos de lei já aprovados 
pelo Congresso Nacional. 
Poder do STF, dos Tribunais e dos Juízes singulares de declarar 
 a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos feitos pelo 
Poder Legislativo no controle de constitucionalidade. 
Controle recíproco entre o Executivo, 
 o Legislativo e o Judiciário. 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Sistema de Freios e Contrapesos 
Poder discricionário do Presidente da República de escolher 
os Ministros do STF e submetê-los à aprovação do Senado Federal. 
Possibilidade de Impeachment do Chefe do Executivo com julgamento 
pelo Senado Federal após autorização da Câmara dos Deputados. 
Controle recíproco entre o Executivo, 
 o Legislativo e o Judiciário. 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Sistema de Freios e Contrapesos 
Poder de fiscalização das contas públicas de todos os poderes 
pelo Congresso Nacional (artigo 70 da CF/88). 
Poder de legislar do Presidente da República mediante a edição de 
Medidas Provisórias com força de lei. 
Controle recíproco entre o Executivo, 
 o Legislativo e o Judiciário. 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Formas de estado 
As formas de Estado são as seguintes: Estado Unitário e Estado Federal. 
 
 
 
 
 
 
Tal classificação é feita levando-se em consideração o modo de exercício do poder no território do 
Estado. 
Ou seja, o elemento que caracteriza a forma de Estado é a existência ou não de poderes regionais 
com capacidade de auto-organização política, administrativa e financeira (Estados autônomos). 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
EstadoUnitário é caracterizado pela unidade 
de poder político, ou seja, existe uma só 
fonte normativa para todo o território do 
Estado, inexistindo a descentralização 
política. 
Estado Unitário tem apenas um Poder 
Legislativo, Executivo e Judiciário, daí a ideia 
de uma única ordem jurídica central. 
Os três poderes são todos centrais, 
inexistindo seus congêneres em âmbito 
regional ou local, caracterizando assim a 
centralização política. 
Estado unitário 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
No entanto, isso não quer dizer que o Estado Unitário não possa sofrer uma descentralização 
administrativa, gerando relativa autonomia local para municípios, províncias, departamentos, 
circunscrições, comunas ou condados. 
 
Todos os países latino-americanos, à exceção do Brasil, Argentina, México e Venezuela, são 
Estados Unitários. Na Europa, podemos citar como exemplo de Estados Unitários: França, 
Espanha, Itália e Portugal. A figura a seguir mostra as diferenças entre as duas formas de Estado. 
Estado unitário 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Estado federal 
O federalismo é um instituto jurídico de origem estadunidense. 
 
 
 
 
 
 
 
O conceito de federação nasceu com a formação dos Estados Unidos da América, no exato 
momento em que as treze ex-colônias britânicas abrem mão de sua soberania em prol da formação 
de um único Estado Federal. 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
O conceito de federalismo nasceu juntamente com o conceito de presidencialismo em 
contraposição ao parlamentarismo, sistema de governo até então dominante na Europa. 
 
 
 
 
 
 
Se por um lado, o berço do parlamentarismo é a Inglaterra, por outro, a união das treze ex-colônias 
inglesas a partir da Convenção de Filadélfia de 1787 é a origem de uma nova forma de Estado, a 
federação, e de um novo sistema de governo, o presidencialismo. 
Estado federal 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
1) É politicamente descentralizado. 
 
2) Há manifestação do poder constituinte derivado decorrente (Constituições Estaduais). 
 
3) A vontade regional é considerada pelo Poder Central. 
Estado federal 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
A forma federativa foi transformada em cláusula pétrea pela Constituição de 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, o princípio federativo é indissolúvel e não pode ser retirado do corpo Constitucional de 
1988 nem mesmo por Emenda ou Plebiscito. 
 
O Estado brasileiro jamais deixará de ser uma federação, a não ser que surja uma nova 
Constituição e, portanto, um novo Estado, obra de um novo poder constituinte originário. 
Cláusula pétrea 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Comparação Confederação X Federação 
CONFEDERAÇÃO = União de Estados Soberanos FEDERAÇÃO = União de 
Estados autônomos. 
 
 PACTO ENTRE ESTADOS = Federação (pacto indissolúvel) e na 
Confederação (pacto dissolúvel). 
 
DIREITO DE SECESSÃO: Não se admite na Federação, mas, pode ser 
exercido na Confederação. 
 
VÍNCULO JURÍDICO ENTRE ESTADOS: 
CONFEDERAÇÃO= Tratado Internacional. 
FEDERAÇÃO= Constituição. 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Comparação EUA x Brasil 
Nos Estados Unidos: Federalismo centrípeto: 
Passagem de um Estado Composto Confederal para um Estado Simples 
Federal. 
 
No Brasil: Federalismo centrífugo: 
Passagem de um Estado Simples Unitário para um Estado Simples Federal. 
 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Vários pequenos estados independentes, a fim de obterem maior peso político e econômico, 
resolvem se organizar sob a forma de confederação, denominada confederação “C”. Em razão do 
sucesso da iniciativa, após cinco anos de experiência, os estados confederados resolvem estreitar 
os laços e se organizar sob a forma de federação. A exceção foi o estado “Z”, que não querendo 
fazer parte do novo pacto, resolve se desvincular da confederação “C”. O projeto vai adiante com 
os demais estados e estes promulgam uma constituição criando a república federativa “F”. 
Passados três anos de criação da república federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento a 
ele dispensado, o estado autônomo “X” informa que retornará a condição de estado soberano, 
desvinculando-se de “F”. 
Questão discursiva 
Ciência Política 
AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 
Pergunta-se: 
a) De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações 
de “Z” e “X”? 
 
b) Quando a Confederação “C” resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias 
analisadas no livro didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo? 
Questão discursiva 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 9: As formas clássicas de governo 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
1. Conhecer as classificações formuladas 
por Aristóteles e Maquiavel, que estão 
nas origens das classificações 
contemporâneas; 
 
2. Apontar as principais características da 
Monarquia como forma de governo; 
 
3. Estabelecer as principais características 
da República como forma de governo. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
As teorizações aristotélica e maquiavélica 
As teorizações aristotélica e maquiavélica na origem das formulações contemporâneas de formas 
de governo 
 
Embora as classificações apresentadas por dois ícones da Filosofia política envolva uma tipologia 
não mais usada nos dias atuais, o objetivo desta segmentação temática é compreender o 
desenvolvimento histórico das formas de governo a partir das classificações aristotélica (na 
Antiguidade) e maquiavélica (representativa do início da Modernidade). 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Classificação Tradicional de Aristóteles 
GOVERNO DE UM SÓ 
Forma pura = Monarquia 
Forma impura = Tirania 
 
GOVERNO DE ALGUNS 
Forma pura = Aristocracia 
Forma impura = Oligarquia 
 
GOVERNO DE TODOS 
Forma pura = Democracia 
Forma impura = Demagogia 
 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Visão de Parte da Doutrina (Dalmo Dallari) 
O presidencialismo não deixa de ser um sistema misto em que coexistem as três formas 
aristotélicas puras de governo (monarquia, aristocracia e democracia). 
 
a) O Poder Executivo seria a expressão de um governo unipessoal monárquico (governo de um 
só). 
 
b) O Poder Judiciário simbolizaria um corpo aristocrático cuja nota central é o déficit 
democrático porque não eleito pelo povo (governo de alguns). 
 
c) O Poder Legislativo, este, sim, representando o componente democrático do sistema 
(governo da maioria). 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Sistema de Freios e Contrapesos 
Repúblicas 
Principados 
Classificação de Maquiavel 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
A Monarquia como forma de governo 
A transmissão do poder se dá em virtude dos laços de sangue (hereditariedade), sendo que o 
término do direito de ser o monarca somente ocorre com a morte ou com a comprovada ausência 
de condições de cumprir suas atribuições (vitaliciedade). 
 
 
 
 
 
A condução ao exercício da função de monarca não decorre da escolha popular (a não 
representatividade popular), sendo que o monarca nãotem responsabilidade política e, por isso, 
não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão estatal (irresponsabilidade política como 
ausência de prestação de contas). 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Muitas monarquias dos dias atuais são formas de governo que se guiam pelo regime democrático 
(monarquias parlamentaristas). 
Vale, pois, afastar a confusão costumeira de associar a ideia de monarquia aos estados autocráticos 
ou mesmo Estados absolutistas. 
 Não que as monarquias absolutas tenham deixado de existir, mas, nos dias atuais, são minoria em 
face daquelas que adotam regimes democráticos. 
A Monarquia como forma de governo 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
A República tem como traços marcantes o acesso ao poder por meio de sufrágio censitário 
(república aristocrática) ou universal (república democrática), enquanto a permanência é limitada 
temporalmente por meio de mandato fixo, durante o qual, via de regra, há a responsabilização do 
governante. 
 
 
 
São características da República: a temporalidade, a eletividade e a responsabilidade. 
A República como forma de governo 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Características fundantes da República 
Temporalidade – mandato, com prazo de duração pré-determinado. 
Para evitar o continuísmo, veda-se a reeleição sucessiva. 
 
Eletividade – o chefe de governo é eleito pelo povo, porém não se 
reconhece a sucessão hereditária, ou seja, sempre haverá a 
participação do povo no processo eleitoral de escolha. 
 
Responsabilidade – o chefe de governo é politicamente responsável, 
ou seja, deve prestar contas de seus atos, diretamente ao povo ou, 
indiretamente, a um órgão de representação popular. 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Não sendo a forma republicana, cláusula pétrea constitucional, há quem entenda existir condições 
jurídicas para um retorno da monarquia no Brasil pela via de emenda à constituição. 
 
Vale lembrar aos discentes que esta pergunta foi formulada ao povo brasileiro pela via 
plebiscitária, sendo que o mesmo se manifestou pela permanência da república, embora mais de 
10 por cento dos cidadãos tenham se declarado favorável ao retorno da monarquia. 
Cláusula pétrea 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
O conceito de res publica projeta a ideia-força de governo da coisa pública. 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, o conceito pelo ângulo da chamada res publica tem horizonte mais amplo alcançando o 
combate à degradação política pela corrupção dos agentes políticos, bem como o afastamento de 
práticas nocivas, como, por exemplo, o nepotismo e o patrimonialismo. 
A República como forma de governo 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país “P” 
resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via 
federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os 
mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no 
Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando 
estabelecer qualquer resquício personalista ao poder. 
Questão discursiva 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre 
a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de 
governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com 
eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de 
responder politicamente pelos seus atos. 
 
 
Questão discursiva 
Ciência Política 
AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 
Pergunta-se: 
a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria 
política atualmente estudada? 
 
b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a 
finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? 
 
Pesquise e responda. 
Questão discursiva 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 10: Os clássicos sistemas de governo 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
1. Apontar as principais características do 
presidencialismo como sistema de 
governo; 
2. Estabelecer as principais características 
do parlamentarismo como sistema de 
governo; 
3. Analisar as relações entre os Poderes 
Legislativo e Executivo nas duas 
espécies de sistema de governo. 
Objetivos 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
O Parlamentarismo como sistema de governo 
O Parlamentarismo não é uma construção teórica surgida a partir de um pensamento político-
acadêmico sistematizado. Ele é produto de uma longa evolução histórica, cuja origem remonta aos 
primeiros séculos da monarquia britânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O parlamentarismo inglês começou sua trajetória, em 1215, com a subordinação de João Sem 
Terra ao baronato. Em seguida, consolidou-se a Câmara dos Comuns, que combinou o poder 
ascendente da burguesia com a pequena e média nobreza rural. 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
O Parlamentarismo como sistema de governo 
A partir da Revolução Gloriosa de 1688, o sistema inglês atingiu avançado patamar, uma vez que o 
parlamento passou a predominar sobre a realeza, com nítido primado do poder nacional sobre o 
rei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda dentro desse quadro histórico de evolução, vale salientar a consolidação do Primeiro-
Ministro como Chefe do Poder Executivo, completamente separado do Rei, Chefe de Estado. 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Características do Parlamentarismo 
Organização Dualística do Poder Executivo: 
Distinção entre Chefe de Estado (Rei ou Presidente) e Chefe de Governo 
(Primeiro-Ministro). Para o Chefe de Estado, ficam reservadas as funções 
de representação do Estado, enquanto que para o Primeiro-Ministro cabe 
a Chefia do Gabinete ou Conselho de Ministros (Poder Executivo 
propriamente dito); 
 
Colegialidade do órgão governamental: 
O Poder Executivo é um órgão colegiado composto pelo Primeiro-Ministro 
e pelos membros do Gabinete. 
A política geral do País depende da decisão da maioria dos membros do 
Gabinete (corpo deliberativo do poder executivo) e não da vontade 
unipessoal do Presidente da República como sói acontecer no 
presidencialismo. 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Características do Parlamentarismo 
Prazo do mandato do Poder Executivo (Gabinete e Primeiro-Ministro) é 
indeterminado: Os Poderes Executivo e Legislativo se entrelaçam de tal 
maneira que ocorrendo eventual descontentamento com as decisões 
políticas do Poder Executivo, a maioria do Poder Legislativo pode exigir a 
queda desse Poder Executivo (Gabinete e Primeiro-Ministro) a partir de 
um voto de desconfiança. Logo, é correto afirmar que o prazo do mandato 
do Poder Executivo é indeterminado. 
 
Responsabilidade política solidária entre o Gabinete e o Primeiro-ministro: 
Isto significa dizer que o voto de desconfiança do Parlamento atingirá todo 
o Gabinete, ou seja, ao receber um voto de desconfiança, o Primeiro-
Ministro renunciará juntamente com todo o seu Conselho de Ministros. 
Trata-se do princípio da solidariedade do Gabinete no âmbito do sistema 
parlamentarista de governo. 
Ciência PolíticaAULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Sistema de Freios e Contrapesos 
Voto de Desconfiança do Parlamento 
para o Gabinete 
Direito de Dissolução do Parlamento: 
Convocação de novas eleições 
Equilíbrio entre os Poderes Executivo e Legislativo 
no âmbito do sistema parlamentarista de governo 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Equilíbrio entre Executivo e Legislativo 
O Direito de Dissolução do Parlamento é o contraponto da responsabilidade política do Poder 
Executivo perante o Parlamento. 
 
 
 
 
 
 
Tal direito é o instrumento jurídico de atuação do Poder Executivo em relação à onipotência do 
Poder Legislativo, isto é, evita a imposição da vontade unilateral das maiorias parlamentares. Eis 
aqui, a essência democrática do sistema parlamentarista de governo. 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
O sistema presidencialista foi criado pelos Estados Unidos da América, juntamente com a concepção 
do federalismo. 
 
 
 
 Nasceu em 1787, como reação ao parlamentarismo da monarquia absolutista inglesa, com o 
objetivo de impor um novo sistema de governo de cunho limitado e voltado para a garantia das 
liberdades individuais. 
O Presidencialismo como sistema de governo 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Inspirados nas ideias de Montesquieu, os 
fundadores do Estado norte-americano criaram 
uma nova forma de governo, originando a figura 
do Presidente da República, como Chefe de 
Governo e, também, Chefe de Estado, porém com 
poder limitado por uma Constituição e por 
controle legislativo/judiciário. 
O Presidencialismo como sistema de governo 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Características do Presidencialismo 
O Presidente da República é, a um só tempo, Chefe de Estado (função de 
representação e vínculo moral do Estado) e Chefe de Governo (direção do 
poder executivo); 
 
O Poder Executivo é unipessoal, isto é, monocrático, cabendo, 
exclusivamente, ao Presidente da República exercer a chefia do Poder 
Executivo (magistratura executiva una). Os Ministros de Estado são meros 
auxiliares do Presidente da República (cargos de confiança e de livre 
nomeação e exoneração: cargos ad nutum). 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Características do Presidencialismo 
O poder presidencial deriva da própria nação, ou seja, o Presidente da 
República é escolhido pelo povo, em eleição direta (caso do Brasil) ou quase 
direta (caso dos Estados Unidos). 
 
O mandato presidencial tem prazo determinado, ou seja, uma vez eleito pelo 
povo, o Presidente da República não pode ser destituído pelo Congresso 
Nacional a partir de um voto de desconfiança ou moção de censura. Além 
disso, não existe, no Brasil, o chamado RECALL, instituto jurídico que dá ao 
eleitorado a possibilidade de revogar mandatos por infidelidade às teses 
programáticas. 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Características do Presidencialismo 
O poder de veto do Presidente da República e sua participação efetiva no 
processo de elaboração das leis. Além do direito de veto, o chefe do poder 
executivo é investido ainda de importantes funções legislativas, tais como: 
direito de apresentar projetos de lei e de emenda constitucional, direito de 
emitir medidas provisórias com força de lei em caso de relevância e urgência 
e direito de editar leis delegadas após autorização dada pelo Congresso 
Nacional. 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Cunha defende debate para trocar presidencialismo por parlamentarismo 
Para presidente da Câmara, sistema presidencialista está em 'crise'. Ele citou que, no 
parlamentarismo, o chefe de governo pode ser destituído. (Nathalia Passarinho – Do G1, em 
Brasília. Disponível em: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/06/cunha-defende-
debate-para-trocar-presidencialismo-por-parlamentarismo.html) 
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda-feira (29 jun. 2015), 
em visita à Assembleia Legislativa de Manaus, que o Brasil debata a possibilidade de mudar o atual 
sistema presidencialista pelo parlamentarismo – sistema pelo qual o chefe de governo (Primeiro-
Ministro) é eleito pelo parlamento e pode ser destituído antes do término do mandato (...). “Nós 
vivemos uma crise de presidencialismo. Uma crise na qual, se o sistema fosse parlamentarista, 
seria muito mais fácil de ser resolvida. O presidencialismo implica que você elege o governante e 
depois só na próxima eleição você tem condições de rever sua posição", disse. (...) 
Questão discursiva 
Ciência Política 
AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 
Diante da reportagem acima apresentada, procure responder as seguintes questões: 
 
a) Por que razão o Presidente da Câmara afirmou que no sistema parlamentarista o Primeiro-
Ministro pode ser destituído antes do término do mandato? 
b) Estaria correta a afirmação do Presidente da Câmara quando afirma que no presidencialismo, 
ao se eleger o governante, somente na eleição seguinte o povo teria condições de rever sua 
posição? 
c) O que é o recall? O Brasil adota este instituto? 
Questão discursiva 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 11: A democracia como regime de governo 
Ciência Política 
Objetivos 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
1 – Diferenciar entre si as denominadas 
“democracia dos antigos” e “democracia dos 
modernos”; 
 
2 – Estabelecer quais são os critérios 
definidores do regime democrático; 
 
3 – Apontar algumas vantagens que fazem do 
regime democrático uma melhor opção do que 
qualquer uma das formas autocráticas de 
poder. 
Ciência Política 
O Regime democrático 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
Demos + Kratos Povo + Poder 
 
 Governo do Povo 
Governo do povo, para o povo e pelo povo 
(Pres. Abraham Lincoln) 
Ciência Política 
A democracia em suas tipologias clássicas 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
A Democracia dos Antigos: a democracia direta 
ateniense como paradigma. 
• Assembleias populares para fins 
deliberativos; 
 
• Exigência de técnicas especiais de retórica; 
 
• Viabilidade em cidades com número 
limitado de cidadãos 
Ciência Política 
A democracia em suas tipologias clássicas 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
A Democracia dos Modernos: as democracias 
representativas da modernidade. 
• Transmissão das deliberações aos 
representantes (mandatos políticos); 
 
• Maior debate sobre ideias (negociação); 
 
• Típico modelo em sociedades plurais 
(dissenso e consenso). 
Ciência Política 
Sociedades contemporâneas 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
 Antigos 
 + 
Modernos 
No Brasil: modelo representativo + participação direta 
(plebiscito, referendo e iniciativa popular) 
Sistema misto 
(Estado e instituições) 
Ciência Política 
Critérios definidores de um regime democrático 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
- Soberania Popular; 
- Igualdade Política; 
- Regra da Maioria; 
- Liberdade de manifestação. 
- Poder 
distribuído 
limitado 
controlado 
exercício rotativo 
Ciência Política 
Critérios definidores de um regime democrático 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
Necessidade de conceder igual tratamento a sujeitos 
politicamente iguais. 
 
Critérios de Robert Dahl: 
 
a) Participação efetiva; 
b) Igualdade de voto; 
c) Entendimento esclarecido; 
d) Controle sobreos temas a serem deliberados; 
e) Inclusão do maior número de participantes. 
 
Ciência Política 
Os Planos da Democracia 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
a) Formal – o que está escrito nas leis e na 
Constituição; 
 
 
b) Material – o que é efetivamente aplicado 
no mundo real 
Ciência Política 
Novos mecanismos da democracia: 
além das esferas institucionais tradicionais 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
- Audiência pública; 
 
- Amicus curiae; 
 
- Manifestações populares; 
 
- Ciberdemocracia e transparência – acesso as 
ações do poder público. 
 
 
 
 
 
Ciência Política 
As críticas ao modelo representativo 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
• Ausência de fidelidade dos representantes 
para com as demandas dos representados; 
 
• Falta de transparência e uso de métodos 
corrompidos pelos representantes do povo; 
 
• Desinteresse do titular do poder em 
participar da vida política. 
 
Ciência Política 
A democracia como regime superior 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
• Maior exercício das liberdades individuais; 
 
• Exercício da autonomia; 
 
• Escolha das leis que regem a vida dos 
cidadãos por eles próprios; 
 
• Igualdade política. 
Ciência Política 
Questão Proposta 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
Após inúmeras manifestações populares exigindo 
ampliação de participação dos cidadãos no processo 
político do País “P”, os governantes, assustados com 
tais eventos, dão início a uma reforma política que 
tem por objetivo alterar algumas regras estabelecidas 
na Constituição de “P”. 
 
Nesta, atualmente, há previsão para que apenas os 
homens com idade igual ou superior a 21 anos possam 
votar, sendo que a proposta é a de que o voto seja 
passível de ser exercido por homens e mulheres com 
idade igual ou superior a 18 anos. Além desta 
alteração outras mais poderão ser propostas pelos 
atuais parlamentares, que, simbolicamente, 
representam a vontade do povo de “P”. 
 
Ciência Política 
Questão Proposta 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
Diante do quadro apresentado, e considerando 
a leitura de seu livro de Ciência Politica, 
responda: 
 
a) A alteração da idade mínima para exercício do voto 
pode ser considerada uma medida que amplia o grau 
de democracia de “P”? 
 
b) A vontade popular manifestada por meio de 
parlamentares é admitida dentro de um quadro 
teórico democrático? Se sim, seguindo que modelo 
de democracia, a dos antigos ou a dos modernos? 
Justifique. 
 
 
Ciência Política 
Questão Proposta 
AULA 11: A democracia como regime de governo 
Diante do quadro apresentado, e considerando 
a leitura de seu livro de Ciência Politica, 
responda: 
 
c) Por fim, a manifestação nas ruas pode ser 
considerada como exercício democrático ou a 
democracia somente deve ser reconhecida pela 
manifestação institucional do voto? 
 
Justifique sua resposta. 
 
 
CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA 
Aula 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
Objetivos 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
1 – Apontar as características que definem um 
governo como autocrático, em contraposição 
aos regimes democráticos; 
 
2 – Diferenciar os tipos autocráticos referenciais 
(o autoritário e o totalitário), sem deixar de 
analisar possível relação com as doutrinas 
socialistas e comunistas; 
 
3 – Apontar as características de alguns tipos 
específicos de totalitarismo vivenciados no 
decorrer do século XX. 
Ciência Política 
O Regime Autocrático 
Relação 
de poder: 
Não há terceiro a quem se possa recorrer por emanação de ato arbitrário 
pelo detentor do poder. 
Regime político em que o poder não é delegado ao seu detentor pela via da 
representação democrática 
ordem 
Detentor 
obediência 
Destinatário 
+ 
Órgãos de Estado 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
O detentor do poder (pessoa específica ou 
grupo dirigente) exerce monopólio desse 
poder em detrimento da vontade 
dos comandados. 
 
Há poucos obstáculos institucionais para 
limitar o poder do seu exercente, bem como 
raros meios para afastá-lo do exercício do 
poder. 
 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
O Regime Autocrático 
Ciência Política 
Não necessariamente por vias não 
institucionalizadas (revolução, golpe de 
Estado, insurreição),podendo haver o 
acesso pelas vias legais/ institucionais. 
 
A ascensão ou permanência do autocrata 
no poder pode vir a ser justificada por 
razões várias, tais como: divindade, razão 
de Estado, Tradição, ou mesmo o seu 
carisma. 
 
 
 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
O acesso ao Regime Autocrático 
Ciência Política 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Os regimes autoritários e totalitários como espécies autocráticas 
Ciência Política 
Os regimes autoritários 
Além das características típicas de todo regime autocrático 
(elitista, com baixo grau de respeito à vontade popular, 
pouca transparência e baixo nível de controle dos atos 
governamentais), são características que distanciam os 
regimes autoritários dos totalitários, os seguintes: 
 
a) não se fundamentam em um primado ideológico; 
 
b) embora se caracterize por cerceamento às liberdades 
individuais e cidadãs, em alguns casos específicos podem 
distensionar o controle destas em algumas esferas 
específicas, tais como religião, economia e até mesmo, em 
alguns casos, no âmbito da política; 
 
c) preponderância das esferas executivo-administrativas 
em detrimentos das demais esferas do poder. 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Os regimes autoritários 
Exemplos típicos de regimes autoritários: 
Autocracias tradicionais Ditaduras militares 
Monarquias do mundo árabe Ditadura militar de 1964 (Brasil) 
Ciência Política 
Os regimes autoritários 
São características geralmente identificadoras do regime 
totalitário (como espécie do gênero “Autocracia”, as 
seguintes: 
 
a) Existência de uma ideologia oficial (abrangente, 
não plural); 
 
b) Desconsideração da dicotomia público/privado; 
 
c) Monopólio dos meios de informação e das forças 
de coerção estatal; 
 
d) Direção centralizada da economia; 
 
e) Controle policial da população. 
 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
O Fascismo como espécie totalitária 
Algumas características abrangentes dos 
 modelos fascistas: 
 
a) Antidemocrático; 
 
b) Antiliberal e xenofóbico; 
 
c) Anticomunista; 
 
d) Militarista; 
 
e) Imperialista e expansionista; 
 
f) Culto ao líder. 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
O Nazismo como espécie totalitária 
O Nazismo, como regime de governo, possui além das características típicas apontadas ao 
Fascismo, duas outras que o especificam: 
 
o racismo e o expansionismo militar. 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
O neonazismo: violência e intolerância 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
O Stalinismo como espécie totalitária 
O stalinismo, como espécie totalitária, revela-se nas 
seguintes características: 
 
• Unipartidarismo; 
• Amplo centralismo político e econômico; 
• Forte repressão a ideologias dissidentes; 
• Culto à imagem do líder; 
• Forte censura aos meios de comunicação; 
• Alto grau de militarização. 
• Nacionalismo exaltado e forte incentivo ao patriotismo, 
com uso massivo de propaganda. 
 
AULA 12: Os regimes autocráticos 
Ciência Política 
O Regime Socialista: características gerais 
As linhas socialistas, em geral, seriam uma etapa para 
se atingir o Comunismo, sendo que suas

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