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CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 1: Introdução à disciplina Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Conteúdo desta aula APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO 1 FENÔMENO POLÍTICO E EXERCÍCIO DO PODER E COM A BUSCA DO BEM-COMUM 3 PRÓXIMOS PASSOS “POLÍTICA” E “POLITICAGEM” - CORRUPÇÃO E NEPOTISMO 2 Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Plano de Ensino Contextualização Perspectiva interdisciplinar; História, Sociologia, Antropologia Social e Filosofia Política. Diálogo principalmente com as seguintes disciplinas: História do Direito Brasileiro, Fundamentos das Ciências Sociais, Sociologia Jurídica e Judiciária, Filosofia Geral e Jurídica, Direito Constitucional e Direito Internacional. Estudo dos comportamentos dos atores políticos, dos modelos teóricos que fundamentam e referenciam a ação política e seu cotejamento pelos analistas. Fatores que contribuem para uma reconfiguração dos quadros teóricos que fundamentem as realidades emergentes. Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Ementa A política, as relações de poder e o papel do discurso na construção da vontade coletiva. Estado: principais linhas teóricas sobre sua origem (naturalistas, contratualistas, coletivistas e a do Estado de Direito); seus elementos essenciais (território, povo e soberania); suas possíveis formas (unitária e federal). Governo: suas formas (monarquia e república); seus sistemas (presidencialista e parlamentarista); seus regimes (democráticos e autocráticos). Estado Constitucional: evolução; realidade; atuais desafios. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Objetivos Gerais • Relacionar política com poder e discursividade; • Conhecer o conceito de Estado e seus elementos; • Analisar o conceito de governo e suas perspectivas (forma, sistema e regime); • Examinar o Estado Constitucional a partir de suas bases históricas; • Analisar as transformações do ente estatal na contemporaneidade. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Objetivos Específicos • Analisar as estruturas e as articulações do discurso político; • Compreender a ação política em relação às suas finalidades pragmáticas e aos seus efeitos; • Compreender o fenômeno estatal em suas diversas perspectivas; • Expressar correta utilização da terminologia política da Ciência do Direito; • Examinar o raciocínio jurídico-político, argumentativo e persuasivo para reflexão crítica sobre a realidade política na qual se está inserido. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA • UNIDADE I – SOCIEDADE POLÍTICA E A ORIGEM ESTADO; • UNIDADE II – OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ESTADO; • UNIDADE III – ESTADO E GOVERNO SEGUNDO SEUS TIPOS CLÁSSICOS; • UNIDADE IV – O ESTADO CONSTITUCIONAL. Conteúdos Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Procedimentos de Ensino • Aulas expositivas, interativas e discussões dirigidas. • Leitura do livro didático de base (Ciência Política) e resolução dos exercícios apresentados nos Planos de Aula, envolvendo casos concretos (Articulação: teoria e prática), com ênfase no estudo da política e sua articulação e inter-relação com o Direito. • Realização de debates e pesquisas. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Recursos • Quadro e pincel. • Retroprojetor ou Data Show. • DVD player. • Filmes e Documentários. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Procedimentos de Avaliação Metodologia do Caso Concreto. AV1 (9,0 + 1,0 MCC). AV2 e AV3 (10,0) – Casos da MCC obrigatoriamente (3,0 pontos). Para aprovação na disciplina o aluno deverá: atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação. A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Bibliografia Básica DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. ed. São Paulo: Saraiva, 2010 GÓES, Guilherme Sandoval; LIMA, Marcelo M.C. Ciência Política. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015. STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luis Bolzan de. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. 3. ed. Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado, 2003. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Bibliografia Complementar AZAMBUJA, Darcy. Teoria geral do Estado. 40. ed. São Paulo: Globo, 2000. BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. 10. ed. Brasília: UnB, 2000. BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2004. GUANABARA, Ricardo; FERREIRA, Lier Pires; JORGE, Vladimyr Lombardo. Curso de ciência política. Rio de Janeiro: Campus, 2008. MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 30. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2010. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Indicação de Material Didático GÓES, Guilherme Sandoval; LIMA, Marcelo M.C. Ciência Política. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015. Plano de Ensino Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Introdução à disciplina Ciência Política A política e seus pontos essenciais Política Atividade pela qual interesses divergentes podem ser reconciliados em prol do bem-estar e da sobrevivência de toda comunidade. Politicagem Embora a política seja o meio, por excelência, pelo qual o grupo social atinge seus interesses, uma forma equivocada de se entender o conceito vem sendo utilizada com o intuito de neutralizar os poderes da cidadania e atender os interesses privados de poucos. Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Introdução à disciplina Ciência Política A política e seus pontos essenciais Política e Poder – Se a política não pode ser compreendida sem que entendamos o conceito de poder, é possível afirmar que este consiste na habilidade dos indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas. Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Introdução à disciplina Ciência Política O fenômeno político com exercício do poder e a busca do bem-comum A busca pelo bem-comum define a política em seu sentido mais amplo. Neste ponto, há uma relação incontornável entre bem-comum, autonomia cidadã e democracia. Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Introdução à disciplina Ciência Política Aplicação: articulação teoria e prática Em reportagem constante em http://www12.senado.leg.br/, o filósofo francês Francis Wolff, um ardoroso defensor da democracia, afirmou que um de seus alvos no estudo da política é exatamente o apolitismo. Em sua opinião, o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia, ao fomentar, entre outros males, a ação do que chama de políticos profissionais. Livre de cobranças, esse grupo teria o hábito de aprovar ou impor medidas descoladas das verdadeiras necessidades e desejos dos cidadãos. Por isso, para o filósofo, o apolitismo, seria a recusa dos cidadãos, explícita ou implícita, em participar da vida da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz, ou seja, seria o desinteresse pela coisa pública. Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINAIntrodução à disciplina Ciência Política Aplicação: articulação teoria e prática Diante do texto anterior e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 1, responda: a) A verdadeira concepção de política se coaduna com o desinteresse da coisa pública pela cidadania? b) Estaria correta a afirmação do filósofo Francis Wolff quando afirma que "o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia"? Justifique sua resposta. Ciência Política AULA 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA Antes da próxima aula você deverá: 1. Ler o Livro de Ciência Política, itens 1.2, 1.3 e 1.4 do Capítulo 1, Unidade I; 2. Ler o conteúdo da Aula 2; 3. Postar a resolução dos Casos Concretos da AULA 1 no SAVA. Plano de Ensino Assuntos da próxima aula: 1. A definição de Ciência Política e seus métodos 2. O papel do discurso na construção da vontade coletiva 3. O Estado: primeiros contornos CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 2: Política – Entre ciência e discurso Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO 1. Compreender o que é ciência política e qual é seu objeto de estudo; 2. Analisar o papel do discurso na construção da vontade coletiva; 3. Estabelecer os primeiros passos para definir o fenômeno estatal. Objetivos Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Conteúdo desta aula CIÊNCIA POLÍTICA E SEUS MÉTODOS 1 O ESTADO: PRIMEIROS CONTORNOS 3 PRÓXIMOS PASSOS PAPEL DO DISCURSO NA CONSTRUÇÃO DA VONTADE COLETIVA 2 Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO A definição de Ciência Política e seus métodos A Ciência Política é uma área do saber que estuda os fenômenos políticos, o funcionamento de comunidades políticas e a convivência entre os seus membros. Visa, portanto, analisar a política, as estruturas e os processos de governo, utilizando-se de abordagem científica. Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO O discurso político tem por objetivo expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva. Seus conteúdos alteram-se de acordo com o contexto (político, social, econômico e jurídico). O papel do discurso na construção da vontade coletiva Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Nas sociedades contemporâneas democráticas, predominam a dinamicidade, a fragilidade e mesmo a provisoriedade dos discursos políticos. Tal discursividade no plano político considera a razão, a emoção e a autoridade de quem profere o discurso, daí os vários prismas pelo qual tal discurso político pode ser avaliado. O papel do discurso na construção da vontade coletiva Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Convicção – Puro raciocínio – Faculdades intelectuais – Busca da verdade – Auditório acredita na perspectiva do orador – motivos e razões. As componentes do discurso político Logos Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Relativo aos sentimentos/afeto – deslocamentos emocionais para o convencimento do auditório – não é a força do argumento, mas a maneira como é transmitida para o auditório (alegria, tristeza, orgulho, desejo etc.). As componentes do discurso político Pathos Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO As virtudes do caráter do orador – projetando dignidade, confiança e credibilidade. As componentes do discurso político Ethos Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO A Política acaba por se afirmar como um campo de batalha em que se trava uma guerra simbólica para estabelecer relações de dominação ou relações pactuais. Aqui não se trata exatamente de um discurso puro sobre as ideias, mas de um discurso de ideias contaminadas pelo discurso do poder. Análise do Discurso Político Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Enquanto o discurso das ideias pertence à problemática da verdade (dizer o “verdadeiro”), o discurso do poder se satisfaz com a problemática do verossímil (dizer o plausível, o aceitável, o razoável). Análise do Discurso Político Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Sabe-se que um discurso político pode ser convincente quando fundado em raciocínio claro, baseando- se sobre as faculdades intelectuais e estando voltado para o estabelecimento de verdade. Neste caso, obtém-se a persuasão por meio de argumentos que levam o auditório a acreditar que a perspectiva do orador é correta. Neste sentido, responda: a) Em uma democracia, pode haver outros elementos discursivos que influenciem no processo de convencimento do auditório? Questão Discursiva Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO b) Observando a charge acima, poderia a mesma produzir algum sentido na discussão sobre os limites do discurso político? Explique. Questão Discursiva Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO • Sua definição no tempo histórico; • Não há modelo universalizável de Estado; • O Estado nacional propriamente dito como construção europeia: primeiros contornos. O Estado: primeiros contornos Ciência Política AULA 2: POLÍTICA - ENTRE CIÊNCIA E DISCURSO Antes da próxima aula você deverá: 1. O conteúdo da próxima aula (Aula 3) encontra-se presente no Capítulo 2 do Livro de Ciência Política (pontos 2.1, 2.2 e 2.2.1) . Leia-o antes de ser apresentado pelo seu professor e aproveite ainda mais a aula por ele ministrada. 2. Resolva o exercício constante na Aula 3 (Aplicação: Articulação teoria e prática), postando os resultados no SAVA. Plano de Ensino Assuntos da próxima aula: 1. O fenômeno estatal e as teorias naturalistas; 2. As linhas contratualistas e suas características definidoras; 3. O contratualismo hobbesiano. CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 3: A origem do estado – principais linhas teóricas Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 1. Estabelecer as características que definem as linhas “naturalistas” como teorizações que buscam explicar o surgimento do Estado; 2. Apontar as principais características definidoras do “contratualismo”, como teoria que fundamenta a origem estatal em um pacto entre indivíduos; 3. Compreender as linhas teóricas e características que fundamentam a teoria do contrato social, segundo Thomas Hobbes. Objetivos Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Conteúdo desta aula O FENÔMENO ESTATAL E AS TEORIAS NATURALISTAS 1 O CONTRATUALISMO HOBBESIANO 3 PRÓXIMOS PASSOS AS LINHAS CONTRATUALISTAS E SUAS CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS 2 Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS O fenômeno estatal e as teorias naturalistas O ser humano seria naturalmente gregário e a cidade é o fim (telos), a causa final da associação humana. Precede a família e até mesmo o indivíduo, tendo em vista que responde a este citado impulso social. Por isso, é um animal político (zoon politikon) inclinado a fazer parte de uma sociedade política. Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS O precursor da teoria naturalista é Aristóteles. O Estado é uma instituição natural, necessária e que decorre da natureza humana. Teorias naturalistas Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Ocontratualismo é uma linha teórica central que abarca várias concepções particulares, com características diversas, todas unidas pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre seres humanos. As linhas contratualistas Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Evolução Histórica do Estado 1789 1648 Concepção Medieval de Estado Estado Absoluto Estado Liberal Estado Social Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS • A visão antropológica hobbesiana. • O estado de natureza em Hobbes. • O contratualismo hobbesiano. Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Na visão de em Hobbes, as finalidades do Estado são: a) Representar os cidadãos, pois, personifica aqueles que a ele livremente delegaram todos os seus direitos e poderes; b) Assegurar a ordem, ou seja, garantir a segurança de todos, monopolizando o uso da força estatal; c) Ser a única fonte da lei porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto. Hobbes e a fundamentação do Estado absolutista Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Nasce a ideia de que o Estado, enquanto sociedade política, nasce de um contrato celebrado pelos cidadãos que aceitam ceder seus direitos naturais a um poder comum, a cuja autoridade passam a respeitar, sem qualquer tipo de contestação. Legitima o Estado Absoluto. Thomas Hobbes e o Estado Leviatã O pacto de submissão de Hobbes rejeita o conceito de direito de resistência. Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz com que os indivíduos abdiquem de sua infinita liberdade e a entreguem a um soberano, que deve garantir suas vidas e uma ordem social segura. Com este acordo, segundo Hobbes, está criada a sociedade e também o Estado. Neste sentido, pergunta-se: Quais as finalidades do Estado em Hobbes? Analisando a situação expressa na charge ao lado – corriqueira nas grandes cidades brasileiras –, o que supostamente poderia ser dito por Hobbes, a partir dos termos pactuados no Contrato Social? Questão Discursiva Ciência Política AULA 3: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS Antes da próxima aula você deverá: 1. O conteúdo da próxima aula (Aula 4) encontra-se presente no Livro de Ciência Política (a partir do item 2.2.2 até o fim do Capítulo). Leia-o antes de ser apresentado em aula pelo seu professor e tenha certeza de que seu aproveitamento em sala será ainda melhor. 2. Não deixe de resolver o exercício constante na Aula 4 (Aplicação: Articulação teoria e prática), postando os resultados no SAVA. Plano de Ensino Assuntos da próxima aula: 1. O Contratualismo lockeano; 2. O Contratualismo rousseauniano. CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 4: A origem do estado – principais linhas teóricas II Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II 1. Compreender as linhas teóricas e características que fundamentam a teoria do contrato social de John Locke, relacionando-as ao Estado Liberal que vai se construindo no período; 2. Entender as linhas teóricas e características que fundamentam a teoria do contrato social em J.J. Rousseau, relacionando-as à formação de um ideário democrático (plebiscitário) e antiabsolutista; 3. Apontar as características principais que definem as Teorias Coletivistas e as Teorias do Estado de Direito como teorias que (também) buscam explicar a origem do fenômeno estatal. Objetivos Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Conteúdo desta aula O CONTRATUALISMO LOCKEANO 1 PRÓXIMOS PASSOS O CONTRATUALISMO ROUSSEAUNIANO 2 Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II O Contratualismo lockeano O Estado de natureza em Locke Ao ordenar que cada um conserve sua própria vida, mas que também não lese a dos outros, a lei natural pressupõe um estado de natureza na qual, diferentemente do estado de natureza hobbesiano, a violência não é a regra. Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Em Locke, o estado de natureza não é um estado de luta, mas um estado de cooperação fundado sob o signo da racionalidade humana. O Contratualismo lockeano Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Na concepção de Locke são direitos naturais anteriores a qualquer decisão política. • Vida • Liberdade • Propriedade O Contratualismo lockeano Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II O Direito de Resistência E se o governo não for capaz, por meio das leis, de garantir os direitos à vida, à liberdade e à propriedade? Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II A teorização política de Locke faz avançar a afirmação dos direitos naturais, na medida em que altera o paradigma contratual que passa a ser um “pacto de consentimento” e, não mais um “pacto de submissão” como na obra hobbesiana. John Locke e o Estado Liberal O pacto de consentimento de John Locke reconhece o direito de resistência e com isso justifica o Estado liberal. Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II A necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que devolvesse ao ser humano a liberdade natural perdida com o surgimento das relações sociais. O Contratualismo Rousseauniano Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II O governo (corpo administrativo) está absolutamente limitado pela vontade geral (lei) do povo soberano que tem a função de submeter as vontades particulares. O Contratualismo Rousseauniano Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II A visão rousseauniana concebe que a representação política não deve se dar por meio de uma democracia representativa, mas sim por intermédio de uma democracia direta, nos moldes daquela experimentada pelos gregos. O Contratualismo Rousseauniano Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Principais ideias Mandato Imperativo Democracia plebiscitária Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Principais ideias Concepção fortalecida de soberania popular Submissão do governo à lei Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Dentre os contratualistas, Rousseau é aquele que assume posição teorizante que mais se aproxima do princípio democrático e da democracia plebiscitária de participação direta do povo. Jean Jaques Rousseau e a Democracia Plebiscitária A ideia de mandato imperativo aproxima Rousseau da democracia plebiscitária Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Como foi dito, o contratualismo é um rótulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas de organização do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a enxergaram de forma diversa unsdos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda: Questão Discursiva Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II a) Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no contratualismo Rousseau? Justifique. b) O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no contratualismo rousseauniano? Justifique. Questão Discursiva Ciência Política AULA 4: A ORIGEM DO ESTADO - PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS II Antes da próxima aula você deverá: 1. O conteúdo da próxima aula (Aula 5) encontra-se presente no Livro de Ciência Política (Capítulo 3 do Livro Didático de Ciência Política). Leia-o antes de ser apresentado pelo seu professor e aproveite ainda mais a aula por ele ministrada. 2. Não se esqueça de resolver o caso concreto, postando logo a seguir, sua resposta no SAVA. Plano de Ensino Assuntos da próxima aula: 1. O Estado Moderno a partir da Paz de Vestfália; 2. O Território delimita seu poder de Império; 3. O Território como Visão Espacial Multidimensional. CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 5: A Configuração do Estado Moderno e o Território como elemento essencial do Estado Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO 1. Entender como se deu historicamente a formação do Estado Moderno a partir da Paz de Vestfália; 2. Compreender que o território, como elemento essencial do Estado, delimita seu poder de império; 3. Analisar o território a partir de uma visão espacial multidimensional. Objetivos Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Conteúdo desta aula O ESTADO MODERNO A PARTIR DA PAZ DE VESTFÁLIA 1 PRÓXIMOS PASSOS O TERRITÓRIO DELIMITA SEU PODER DE IMPÉRIO 2 O TERRITÓRIO COMO VISÃO ESPACIAL MULTIDIMENSIONAL 3 Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO O Estado Moderno e sua configuração a partir de Vestefália ANTES DA PAZ DE VESTFÁLIA DE 1648 Organização política típica da medievalidade: • Concepção dual de poder: poder temporal x poder eclesiástico; • Guerras Religiosas – Guerra dos 30 anos; • Não existia o Estado nacional propriamente dito. Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Nascimento do Estado moderno Formação do Direito Internacional Público: Sociedade Internacional de Estados Nacionais Formação do Estado Nacional propriamente dito: Estado Absoluto com os três elementos essenciais – povo, território e soberania una e indivisível. Paz de Vestfália de 1648 Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Formação histórica do Estado Revolução Francesa 1789 Paz Vestfália 1648 Concepção Medieval de Estado Estado Absoluto Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Território: a delimitação espacial do poder • O território é componente material da estrutura do Estado Exemplos: Estado da Palestina e a Questão da Ucrânia; • Base geográfica do poder estatal; • Base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana; • Define os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado. Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO • Não se restringe ao elemento terrestre; • Incluir o espaço marítimo e o espaço aéreo; • Pode incluir áreas destacáveis do núcleo territorial do Estado; Exemplos: Ilhas Malvinas e Arco Britânico de Ilhas no Atlântico. • Inclui o solo, o subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo sobrejacente. O caráter multidimensional do território Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Arco de contenção britânico Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Espaço marítimo MAR TERRITORIAL: 12 MILHAS ZONA CONTÍGUA: 24 MILHAS ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: 200 MILHAS PLATAFORMA CONTINENTAL: ATÉ 350 MILHAS Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar Montego Bay – Jamaica, 1982 A Lei do Mar e a distribuição do espaço marítimo Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Amazônia azul Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Montego Bay – Jamaica, 1982) • Navios e aeronaves de guerra; • Navios e aeronaves a serviço do estado; • Embaixadas e repartições diplomáticas; • Direito de asilo; • Passagem inocente de navio mercante. Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Foi noticiado na imprensa a ocorrência de um assassinato no interior de navio mercante com bandeira da Nauru (pequena ilha no Pacífico Sul, com território inferior a 22 km quadrados) a 10 milhas marítimas de distância da linha de base do território brasileiro. A fim de realizar a entrega de produtos extraídos na ilha e comercializados para o exterior, o referido navio dirigia-se a uma plataforma da Petrobras situada a 15 milhas marítimas de distância da costa brasileira, que explora petróleo a uma profundidade de 6 mil metros (pré-sal). Na reportagem, o jornalista afirmou que as autoridades brasileiras seriam competentes para investigar e julgar o crime já que o mesmo teria ocorrido dentro de seu território (o chamado mar territorial). Além disso, informou a reportagem, a pequena extensão territorial de Nauru era fator impeditivo para que se reconhecesse a mesma como um Estado detentor de soberania. Analisando as informações acima, responda: Questão Discursiva Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO a) Procedem argumentos apresentados pelo jornalista para sustentar a competência das autoridades brasileiras no que se refere à investigação e ao julgamento do crime? b) Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade econômica fora de seu mar territorial sem a permissão da comunidade internacional? Questão Discursiva Ciência Política AULA 5: A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO MODERNO E O TERRITÓRIO COMO ELEMENTO ESSENCIAL DO ESTADO Antes da próxima aula você deverá: 1. O conteúdo da próxima aula (Aula 6) encontra-se presente no Livro de Ciência Política (Capítulo 4 do Livro Didático de Ciência Política). Não deixe de lê-lo antes da aula, pois ao fazê-lo, você terá a oportunidade de aproveitar ainda mais o conteúdo nela ministrado; 2. Resolva o exercício constante na Aula 6 (Aplicação: Articulação teoria e prática), postando os resultados no SAVA. Plano de Ensino Assuntos da próxima aula: 1. Povo e o seu sentido Jurídico-Político; 2. Povo e População; 3. Naçãoe Povo. CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 6: Povo – Traços característicos e distintivos Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS 1. Compreender o conceito de povo em seu sentido jurídico-político; 2. Distinguir os conceitos de povo e população; 3. Estabelecer o conceito de “nação” a partir da análise de “povo”. Objetivos Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Conteúdo desta aula POVO E O SEU SENTIDO JURÍDICO-POLÍTICO 1 PRÓXIMOS PASSOS POVO E POPULAÇÃO 2 NAÇÃO E POVO 3 Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS O conceito de povo em uma perspectiva jurídico-política O conceito jurídico-político de povo está relacionado com o vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado. A nacionalidade é o atributo que capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Os conceitos de povo e população Conceito de povo: o conjunto de membros de uma sociedade política ligados pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade Conceito de população: o conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica de poder do Estado, sem que isso importe necessariamente possibilidade de participar da vida política do País. Diferença entre os conceitos Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS O conceito de nação A nação representa uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. Assim, nação pode ser entendida como grupos constituídos por pessoas que não necessitam ocupar um mesmo espaço físico para compartilhar dos mesmos valores axiológicos e da vontade de comungar um mesmo destino. Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS O conceito de nação Pessoas de nacionalidades diversas podem fazer parte de uma mesma nação e pessoas de uma mesma nacionalidade podem ser membros de nações diversas. Curdistão é a “pátria” de cerca de 30 milhões de curdos que vivem na Turquia, Síria, Iraque e Irã. A grande maioria, mais de metade, vive no Sul da Turquia e representa 20% da população turca. É um povo com língua própria, hábitos e tradições seculares e que aspira à constituição de um estado. Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Podem existir diversas nações dentro de um mesmo Estado. Da mesma forma que pode existir uma única nação espalhada por diversos Estados diferentes. O conceito de nação Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS O conceito de nacionalidade Em sentido jurídico-político, demarcando o vínculo entre um membro do povo e o Estado. Em sentido étnico-cultural, demarcando os laços linguísticos, culturais ou espirituais, ou mesmo os interesses, ideais e aspirações comuns. Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Conceito de cidadão É o nacional no pleno gozo dos seus direitos políticos. A nacionalidade é condição necessária, mas, insuficiente para definir o conceito de cidadão. Todo cidadão é nacional, porém nem todo nacional é cidadão. Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Questão Discursiva No quadro acima, observamos que dentro do território do Estado espanhol, surgem dois territórios cujos habitantes se reconhecem como catalães e bascos. Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Neste sentido, de acordo com os seus estudos, responda: a) É possível existir mais de uma nação dentro de um único Estado? b) Todas as nações são necessariamente reconhecidas como Estados nacionais? c) Neste momento da história, são os catalães e os bascos partes integrantes do povo espanhol em seu sentido jurídico-político? Questão Discursiva Ciência Política AULA 6: POVO - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS E DISTINTIVOS Antes da próxima aula você deverá: 1. O conteúdo da próxima aula (Aula 7) encontra-se presente no Livro de Ciência Política, mais precisamente no Capítulo 5. É importante lê-lo anteriormente à aula, pois, agindo dessa forma, você terá a oportunidade de aproveitar, ainda mais, o conteúdo apresentado pelo seu professor. 2. Resolva o exercício constante na Aula 7 (Aplicação: Articulação teoria e prática), postando os resultados no SAVA. Plano de Ensino Assuntos da próxima aula: 1. A construção do Conceito de Soberania; 2. Conceito de “Soberania” nos dias atuais; 3. Conceito de soberania em bases de legalidade e de legitimidade. CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Objetivos AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos 1 – Compreender como se estabeleceu a construção do conceito de soberania no decorrer da Modernidade; 2 – Estabelecer as características que definem o conceito de “soberania” nos dias atuais; 3 – Perceber que o conceito de soberania se fundamenta em bases de legalidade e de legitimidade. Ciência Política A construção histórica do conceito de soberania na modernidade No contexto de concepção dual de poder, Jean Bodin engendra a teoria da soberania absoluta do Estado, seja no plano interno, seja no plano externo. É importante aqui lembrar que a Paz de Vestfália, de 1648, simboliza, a um só tempo, o nascimento do Estado nacional propriamente dito, como, também, a formação do Direito internacional Público, tal qual é concebido nos dias atuais. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política A construção histórica do conceito de soberania na modernidade A ideia de soberania tem uma dimensão histórica, na medida em que nem sempre existiu tal conceito. A rigor, trata-se de uma construção intelectual do Estado Moderno em oposição ao fragmentado poder da era medieval. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política A construção histórica do conceito de soberania na modernidade O grande precursor do conceito de soberania foi Jean Bodin, com o desiderato de legitimar o poder do Rei de França no contexto de disputa entre o poder temporal e o poder espiritual. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política A construção histórica do conceito de soberania na modernidade No decorrer da própria Modernidade, o conceito de soberania vai sendo desenvolvido a partir da elaboração das teorias clássicas dos filósofos contratualistas. Primeiro, com Hobbes e a legitimação do Estado Absoluto, depois com Locke e a ideia de limitação da soberania estatal no plano a partir das garantias das liberdades individuais (paradigma do Estado Liberal), até, finalmente, chegar-se a Rousseau e a ideia de soberania popular e democracia participativa. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Formação do Direito Internacional Público: Fim da sociedade universal do Estado Feudal e nascimento da Sociedade de Estados Nacionais Paz de Westphalia de1648 Formação do Estado Nacional propriamente dito: Coexistência dos três elementos essenciais do Estado (povo, território e soberania una e indivisível) AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Os traços definidores do conceito de soberania Em essência, o conceito de soberania designa o poder político no Estado, expressando internamente seu poder de comando, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado (soberania interna). AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Os traços definidores do conceito de soberania Por outro lado, sob uma perspectiva externa, a soberania significa o atributo que possui o Estado nacional de não ser submetido às vontades estatais alienígenas. Assim, somente o Estado é dotado de soberania, sendo que outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno, no limite, podem ser dotadas tão somente de autonomia. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania A ideia de legalidade deve ser vislumbrada como a submissão às leis produzidas pelo próprio Estado, podendo ou não refletir as aspirações da sociedade como um todo. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania O conceito de legitimidade projeta a ideia de que o poder soberano no Estado Moderno não basta estar submetido às diretrizes legais (conceito de legalidade), mas também deve se preocupar em atender as aspirações legítimas da sociedade (conceito de legitimidade). Enquanto a legalidade exige apenas uma adesão externa (bastando que o cidadão cumpra a norma emanada), o reconhecimento da legitimidade exige que o seguimento ao ordenamento se dê por uma adesão interna, psicológica. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Legalidade e legitimidade como fundamentos da soberania A concepção de legitimidade se atrela ao grau de lealdade de todos os seus cidadãos, ao grau de adesão por convicção. Corresponde ela à adesão do Auditório Universal de Perelman ou à ideia de Comunidade aberta de intérpretes da Constituição de Härberle. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Questão Discursiva COMPARAÇÃO DOS CONCEITOS (Governos da França Ocupada) Legalidade do Marechal Petain Legitimidade do General De Gaulle AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Questão Discursiva O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente todas as constituições modernas. A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, senão vejamos: AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Questão Discursiva “Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I – independência nacional; (...) III – autodeterminação dos povos; IV – não intervenção; V – igualdade entre os Estados; (...)” “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular. (...)” AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos Ciência Política Questão Discursiva Diante do exposto anteriormente, pergunta-se: Em face do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal? A qual dos contratualistas é possível relacionar a soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna? Justifique. AULA 07: A soberania como elemento essencial: traços característicos e distintivos CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 8: A separação dos poderes e as clássicas formas de Estado Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 1. Correlacionar a teoria da separação de poderes e o sistema de freios e contrapesos com os fundamentos do Estado de Direito; 2. Apontar as principais características das duas formas de Estado clássicas: o Estado Unitário e o Estado Federal, diferenciando este último da organização “confederativa” de Estados; 3. Distinguir as versões brasileira e americana de organização federativa, apontando as consequências daí produzidas. Objetivos Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO As teorias da separação de poderes e do sistema de freios e contrapesos O sistema de freios e contrapesos (checks and balances) propicia o controle recíproco entre os poderes da União, de modo a evitar a predominância cêntrica de um deles sobre os demais, e preservando entre eles uma relação de necessário equilíbrio. O controle mútuo entre os poderes simboliza mais uma forma de garantir um dos pilares do constitucionalismo democrático, que é a separação de poderes. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Sistema de Freios e Contrapesos Veto do Presidente da República nos projetos de lei já aprovados pelo Congresso Nacional. Poder do STF, dos Tribunais e dos Juízes singulares de declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos feitos pelo Poder Legislativo no controle de constitucionalidade. Controle recíproco entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Sistema de Freios e Contrapesos Poder discricionário do Presidente da República de escolher os Ministros do STF e submetê-los à aprovação do Senado Federal. Possibilidade de Impeachment do Chefe do Executivo com julgamento pelo Senado Federal após autorização da Câmara dos Deputados. Controle recíproco entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Sistema de Freios e Contrapesos Poder de fiscalização das contas públicas de todos os poderes pelo Congresso Nacional (artigo 70 da CF/88). Poder de legislar do Presidente da República mediante a edição de Medidas Provisórias com força de lei. Controle recíproco entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Formas de estado As formas de Estado são as seguintes: Estado Unitário e Estado Federal. Tal classificação é feita levando-se em consideração o modo de exercício do poder no território do Estado. Ou seja, o elemento que caracteriza a forma de Estado é a existência ou não de poderes regionais com capacidade de auto-organização política, administrativa e financeira (Estados autônomos). Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO EstadoUnitário é caracterizado pela unidade de poder político, ou seja, existe uma só fonte normativa para todo o território do Estado, inexistindo a descentralização política. Estado Unitário tem apenas um Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, daí a ideia de uma única ordem jurídica central. Os três poderes são todos centrais, inexistindo seus congêneres em âmbito regional ou local, caracterizando assim a centralização política. Estado unitário Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO No entanto, isso não quer dizer que o Estado Unitário não possa sofrer uma descentralização administrativa, gerando relativa autonomia local para municípios, províncias, departamentos, circunscrições, comunas ou condados. Todos os países latino-americanos, à exceção do Brasil, Argentina, México e Venezuela, são Estados Unitários. Na Europa, podemos citar como exemplo de Estados Unitários: França, Espanha, Itália e Portugal. A figura a seguir mostra as diferenças entre as duas formas de Estado. Estado unitário Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Estado federal O federalismo é um instituto jurídico de origem estadunidense. O conceito de federação nasceu com a formação dos Estados Unidos da América, no exato momento em que as treze ex-colônias britânicas abrem mão de sua soberania em prol da formação de um único Estado Federal. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO O conceito de federalismo nasceu juntamente com o conceito de presidencialismo em contraposição ao parlamentarismo, sistema de governo até então dominante na Europa. Se por um lado, o berço do parlamentarismo é a Inglaterra, por outro, a união das treze ex-colônias inglesas a partir da Convenção de Filadélfia de 1787 é a origem de uma nova forma de Estado, a federação, e de um novo sistema de governo, o presidencialismo. Estado federal Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO 1) É politicamente descentralizado. 2) Há manifestação do poder constituinte derivado decorrente (Constituições Estaduais). 3) A vontade regional é considerada pelo Poder Central. Estado federal Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO A forma federativa foi transformada em cláusula pétrea pela Constituição de 1988. Portanto, o princípio federativo é indissolúvel e não pode ser retirado do corpo Constitucional de 1988 nem mesmo por Emenda ou Plebiscito. O Estado brasileiro jamais deixará de ser uma federação, a não ser que surja uma nova Constituição e, portanto, um novo Estado, obra de um novo poder constituinte originário. Cláusula pétrea Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Comparação Confederação X Federação CONFEDERAÇÃO = União de Estados Soberanos FEDERAÇÃO = União de Estados autônomos. PACTO ENTRE ESTADOS = Federação (pacto indissolúvel) e na Confederação (pacto dissolúvel). DIREITO DE SECESSÃO: Não se admite na Federação, mas, pode ser exercido na Confederação. VÍNCULO JURÍDICO ENTRE ESTADOS: CONFEDERAÇÃO= Tratado Internacional. FEDERAÇÃO= Constituição. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Comparação EUA x Brasil Nos Estados Unidos: Federalismo centrípeto: Passagem de um Estado Composto Confederal para um Estado Simples Federal. No Brasil: Federalismo centrífugo: Passagem de um Estado Simples Unitário para um Estado Simples Federal. Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Vários pequenos estados independentes, a fim de obterem maior peso político e econômico, resolvem se organizar sob a forma de confederação, denominada confederação “C”. Em razão do sucesso da iniciativa, após cinco anos de experiência, os estados confederados resolvem estreitar os laços e se organizar sob a forma de federação. A exceção foi o estado “Z”, que não querendo fazer parte do novo pacto, resolve se desvincular da confederação “C”. O projeto vai adiante com os demais estados e estes promulgam uma constituição criando a república federativa “F”. Passados três anos de criação da república federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento a ele dispensado, o estado autônomo “X” informa que retornará a condição de estado soberano, desvinculando-se de “F”. Questão discursiva Ciência Política AULA 8: A SEPARAÇÃO DOS PODERES E AS CLÁSSICAS FORMAS DE ESTADO Pergunta-se: a) De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações de “Z” e “X”? b) Quando a Confederação “C” resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias analisadas no livro didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo? Questão discursiva CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 9: As formas clássicas de governo Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO 1. Conhecer as classificações formuladas por Aristóteles e Maquiavel, que estão nas origens das classificações contemporâneas; 2. Apontar as principais características da Monarquia como forma de governo; 3. Estabelecer as principais características da República como forma de governo. Objetivos Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO As teorizações aristotélica e maquiavélica As teorizações aristotélica e maquiavélica na origem das formulações contemporâneas de formas de governo Embora as classificações apresentadas por dois ícones da Filosofia política envolva uma tipologia não mais usada nos dias atuais, o objetivo desta segmentação temática é compreender o desenvolvimento histórico das formas de governo a partir das classificações aristotélica (na Antiguidade) e maquiavélica (representativa do início da Modernidade). Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Classificação Tradicional de Aristóteles GOVERNO DE UM SÓ Forma pura = Monarquia Forma impura = Tirania GOVERNO DE ALGUNS Forma pura = Aristocracia Forma impura = Oligarquia GOVERNO DE TODOS Forma pura = Democracia Forma impura = Demagogia Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Visão de Parte da Doutrina (Dalmo Dallari) O presidencialismo não deixa de ser um sistema misto em que coexistem as três formas aristotélicas puras de governo (monarquia, aristocracia e democracia). a) O Poder Executivo seria a expressão de um governo unipessoal monárquico (governo de um só). b) O Poder Judiciário simbolizaria um corpo aristocrático cuja nota central é o déficit democrático porque não eleito pelo povo (governo de alguns). c) O Poder Legislativo, este, sim, representando o componente democrático do sistema (governo da maioria). Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Sistema de Freios e Contrapesos Repúblicas Principados Classificação de Maquiavel Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO A Monarquia como forma de governo A transmissão do poder se dá em virtude dos laços de sangue (hereditariedade), sendo que o término do direito de ser o monarca somente ocorre com a morte ou com a comprovada ausência de condições de cumprir suas atribuições (vitaliciedade). A condução ao exercício da função de monarca não decorre da escolha popular (a não representatividade popular), sendo que o monarca nãotem responsabilidade política e, por isso, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão estatal (irresponsabilidade política como ausência de prestação de contas). Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Muitas monarquias dos dias atuais são formas de governo que se guiam pelo regime democrático (monarquias parlamentaristas). Vale, pois, afastar a confusão costumeira de associar a ideia de monarquia aos estados autocráticos ou mesmo Estados absolutistas. Não que as monarquias absolutas tenham deixado de existir, mas, nos dias atuais, são minoria em face daquelas que adotam regimes democráticos. A Monarquia como forma de governo Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO A República tem como traços marcantes o acesso ao poder por meio de sufrágio censitário (república aristocrática) ou universal (república democrática), enquanto a permanência é limitada temporalmente por meio de mandato fixo, durante o qual, via de regra, há a responsabilização do governante. São características da República: a temporalidade, a eletividade e a responsabilidade. A República como forma de governo Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Características fundantes da República Temporalidade – mandato, com prazo de duração pré-determinado. Para evitar o continuísmo, veda-se a reeleição sucessiva. Eletividade – o chefe de governo é eleito pelo povo, porém não se reconhece a sucessão hereditária, ou seja, sempre haverá a participação do povo no processo eleitoral de escolha. Responsabilidade – o chefe de governo é politicamente responsável, ou seja, deve prestar contas de seus atos, diretamente ao povo ou, indiretamente, a um órgão de representação popular. Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Não sendo a forma republicana, cláusula pétrea constitucional, há quem entenda existir condições jurídicas para um retorno da monarquia no Brasil pela via de emenda à constituição. Vale lembrar aos discentes que esta pergunta foi formulada ao povo brasileiro pela via plebiscitária, sendo que o mesmo se manifestou pela permanência da república, embora mais de 10 por cento dos cidadãos tenham se declarado favorável ao retorno da monarquia. Cláusula pétrea Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO O conceito de res publica projeta a ideia-força de governo da coisa pública. Portanto, o conceito pelo ângulo da chamada res publica tem horizonte mais amplo alcançando o combate à degradação política pela corrupção dos agentes políticos, bem como o afastamento de práticas nocivas, como, por exemplo, o nepotismo e o patrimonialismo. A República como forma de governo Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país “P” resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando estabelecer qualquer resquício personalista ao poder. Questão discursiva Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos. Questão discursiva Ciência Política AULA 9: AS FORMAS CLÁSSICAS DE GOVERNO Pergunta-se: a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria política atualmente estudada? b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? Pesquise e responda. Questão discursiva CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 10: Os clássicos sistemas de governo Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO 1. Apontar as principais características do presidencialismo como sistema de governo; 2. Estabelecer as principais características do parlamentarismo como sistema de governo; 3. Analisar as relações entre os Poderes Legislativo e Executivo nas duas espécies de sistema de governo. Objetivos Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO O Parlamentarismo como sistema de governo O Parlamentarismo não é uma construção teórica surgida a partir de um pensamento político- acadêmico sistematizado. Ele é produto de uma longa evolução histórica, cuja origem remonta aos primeiros séculos da monarquia britânica. O parlamentarismo inglês começou sua trajetória, em 1215, com a subordinação de João Sem Terra ao baronato. Em seguida, consolidou-se a Câmara dos Comuns, que combinou o poder ascendente da burguesia com a pequena e média nobreza rural. Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO O Parlamentarismo como sistema de governo A partir da Revolução Gloriosa de 1688, o sistema inglês atingiu avançado patamar, uma vez que o parlamento passou a predominar sobre a realeza, com nítido primado do poder nacional sobre o rei. Ainda dentro desse quadro histórico de evolução, vale salientar a consolidação do Primeiro- Ministro como Chefe do Poder Executivo, completamente separado do Rei, Chefe de Estado. Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Características do Parlamentarismo Organização Dualística do Poder Executivo: Distinção entre Chefe de Estado (Rei ou Presidente) e Chefe de Governo (Primeiro-Ministro). Para o Chefe de Estado, ficam reservadas as funções de representação do Estado, enquanto que para o Primeiro-Ministro cabe a Chefia do Gabinete ou Conselho de Ministros (Poder Executivo propriamente dito); Colegialidade do órgão governamental: O Poder Executivo é um órgão colegiado composto pelo Primeiro-Ministro e pelos membros do Gabinete. A política geral do País depende da decisão da maioria dos membros do Gabinete (corpo deliberativo do poder executivo) e não da vontade unipessoal do Presidente da República como sói acontecer no presidencialismo. Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Características do Parlamentarismo Prazo do mandato do Poder Executivo (Gabinete e Primeiro-Ministro) é indeterminado: Os Poderes Executivo e Legislativo se entrelaçam de tal maneira que ocorrendo eventual descontentamento com as decisões políticas do Poder Executivo, a maioria do Poder Legislativo pode exigir a queda desse Poder Executivo (Gabinete e Primeiro-Ministro) a partir de um voto de desconfiança. Logo, é correto afirmar que o prazo do mandato do Poder Executivo é indeterminado. Responsabilidade política solidária entre o Gabinete e o Primeiro-ministro: Isto significa dizer que o voto de desconfiança do Parlamento atingirá todo o Gabinete, ou seja, ao receber um voto de desconfiança, o Primeiro- Ministro renunciará juntamente com todo o seu Conselho de Ministros. Trata-se do princípio da solidariedade do Gabinete no âmbito do sistema parlamentarista de governo. Ciência PolíticaAULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Sistema de Freios e Contrapesos Voto de Desconfiança do Parlamento para o Gabinete Direito de Dissolução do Parlamento: Convocação de novas eleições Equilíbrio entre os Poderes Executivo e Legislativo no âmbito do sistema parlamentarista de governo Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Equilíbrio entre Executivo e Legislativo O Direito de Dissolução do Parlamento é o contraponto da responsabilidade política do Poder Executivo perante o Parlamento. Tal direito é o instrumento jurídico de atuação do Poder Executivo em relação à onipotência do Poder Legislativo, isto é, evita a imposição da vontade unilateral das maiorias parlamentares. Eis aqui, a essência democrática do sistema parlamentarista de governo. Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO O sistema presidencialista foi criado pelos Estados Unidos da América, juntamente com a concepção do federalismo. Nasceu em 1787, como reação ao parlamentarismo da monarquia absolutista inglesa, com o objetivo de impor um novo sistema de governo de cunho limitado e voltado para a garantia das liberdades individuais. O Presidencialismo como sistema de governo Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Inspirados nas ideias de Montesquieu, os fundadores do Estado norte-americano criaram uma nova forma de governo, originando a figura do Presidente da República, como Chefe de Governo e, também, Chefe de Estado, porém com poder limitado por uma Constituição e por controle legislativo/judiciário. O Presidencialismo como sistema de governo Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Características do Presidencialismo O Presidente da República é, a um só tempo, Chefe de Estado (função de representação e vínculo moral do Estado) e Chefe de Governo (direção do poder executivo); O Poder Executivo é unipessoal, isto é, monocrático, cabendo, exclusivamente, ao Presidente da República exercer a chefia do Poder Executivo (magistratura executiva una). Os Ministros de Estado são meros auxiliares do Presidente da República (cargos de confiança e de livre nomeação e exoneração: cargos ad nutum). Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Características do Presidencialismo O poder presidencial deriva da própria nação, ou seja, o Presidente da República é escolhido pelo povo, em eleição direta (caso do Brasil) ou quase direta (caso dos Estados Unidos). O mandato presidencial tem prazo determinado, ou seja, uma vez eleito pelo povo, o Presidente da República não pode ser destituído pelo Congresso Nacional a partir de um voto de desconfiança ou moção de censura. Além disso, não existe, no Brasil, o chamado RECALL, instituto jurídico que dá ao eleitorado a possibilidade de revogar mandatos por infidelidade às teses programáticas. Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Características do Presidencialismo O poder de veto do Presidente da República e sua participação efetiva no processo de elaboração das leis. Além do direito de veto, o chefe do poder executivo é investido ainda de importantes funções legislativas, tais como: direito de apresentar projetos de lei e de emenda constitucional, direito de emitir medidas provisórias com força de lei em caso de relevância e urgência e direito de editar leis delegadas após autorização dada pelo Congresso Nacional. Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Cunha defende debate para trocar presidencialismo por parlamentarismo Para presidente da Câmara, sistema presidencialista está em 'crise'. Ele citou que, no parlamentarismo, o chefe de governo pode ser destituído. (Nathalia Passarinho – Do G1, em Brasília. Disponível em: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/06/cunha-defende- debate-para-trocar-presidencialismo-por-parlamentarismo.html) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda-feira (29 jun. 2015), em visita à Assembleia Legislativa de Manaus, que o Brasil debata a possibilidade de mudar o atual sistema presidencialista pelo parlamentarismo – sistema pelo qual o chefe de governo (Primeiro- Ministro) é eleito pelo parlamento e pode ser destituído antes do término do mandato (...). “Nós vivemos uma crise de presidencialismo. Uma crise na qual, se o sistema fosse parlamentarista, seria muito mais fácil de ser resolvida. O presidencialismo implica que você elege o governante e depois só na próxima eleição você tem condições de rever sua posição", disse. (...) Questão discursiva Ciência Política AULA 10: OS CLÁSSICOS SISTEMAS DE GOVERNO Diante da reportagem acima apresentada, procure responder as seguintes questões: a) Por que razão o Presidente da Câmara afirmou que no sistema parlamentarista o Primeiro- Ministro pode ser destituído antes do término do mandato? b) Estaria correta a afirmação do Presidente da Câmara quando afirma que no presidencialismo, ao se eleger o governante, somente na eleição seguinte o povo teria condições de rever sua posição? c) O que é o recall? O Brasil adota este instituto? Questão discursiva CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 11: A democracia como regime de governo Ciência Política Objetivos AULA 11: A democracia como regime de governo 1 – Diferenciar entre si as denominadas “democracia dos antigos” e “democracia dos modernos”; 2 – Estabelecer quais são os critérios definidores do regime democrático; 3 – Apontar algumas vantagens que fazem do regime democrático uma melhor opção do que qualquer uma das formas autocráticas de poder. Ciência Política O Regime democrático AULA 11: A democracia como regime de governo Demos + Kratos Povo + Poder Governo do Povo Governo do povo, para o povo e pelo povo (Pres. Abraham Lincoln) Ciência Política A democracia em suas tipologias clássicas AULA 11: A democracia como regime de governo A Democracia dos Antigos: a democracia direta ateniense como paradigma. • Assembleias populares para fins deliberativos; • Exigência de técnicas especiais de retórica; • Viabilidade em cidades com número limitado de cidadãos Ciência Política A democracia em suas tipologias clássicas AULA 11: A democracia como regime de governo A Democracia dos Modernos: as democracias representativas da modernidade. • Transmissão das deliberações aos representantes (mandatos políticos); • Maior debate sobre ideias (negociação); • Típico modelo em sociedades plurais (dissenso e consenso). Ciência Política Sociedades contemporâneas AULA 11: A democracia como regime de governo Antigos + Modernos No Brasil: modelo representativo + participação direta (plebiscito, referendo e iniciativa popular) Sistema misto (Estado e instituições) Ciência Política Critérios definidores de um regime democrático AULA 11: A democracia como regime de governo - Soberania Popular; - Igualdade Política; - Regra da Maioria; - Liberdade de manifestação. - Poder distribuído limitado controlado exercício rotativo Ciência Política Critérios definidores de um regime democrático AULA 11: A democracia como regime de governo Necessidade de conceder igual tratamento a sujeitos politicamente iguais. Critérios de Robert Dahl: a) Participação efetiva; b) Igualdade de voto; c) Entendimento esclarecido; d) Controle sobreos temas a serem deliberados; e) Inclusão do maior número de participantes. Ciência Política Os Planos da Democracia AULA 11: A democracia como regime de governo a) Formal – o que está escrito nas leis e na Constituição; b) Material – o que é efetivamente aplicado no mundo real Ciência Política Novos mecanismos da democracia: além das esferas institucionais tradicionais AULA 11: A democracia como regime de governo - Audiência pública; - Amicus curiae; - Manifestações populares; - Ciberdemocracia e transparência – acesso as ações do poder público. Ciência Política As críticas ao modelo representativo AULA 11: A democracia como regime de governo • Ausência de fidelidade dos representantes para com as demandas dos representados; • Falta de transparência e uso de métodos corrompidos pelos representantes do povo; • Desinteresse do titular do poder em participar da vida política. Ciência Política A democracia como regime superior AULA 11: A democracia como regime de governo • Maior exercício das liberdades individuais; • Exercício da autonomia; • Escolha das leis que regem a vida dos cidadãos por eles próprios; • Igualdade política. Ciência Política Questão Proposta AULA 11: A democracia como regime de governo Após inúmeras manifestações populares exigindo ampliação de participação dos cidadãos no processo político do País “P”, os governantes, assustados com tais eventos, dão início a uma reforma política que tem por objetivo alterar algumas regras estabelecidas na Constituição de “P”. Nesta, atualmente, há previsão para que apenas os homens com idade igual ou superior a 21 anos possam votar, sendo que a proposta é a de que o voto seja passível de ser exercido por homens e mulheres com idade igual ou superior a 18 anos. Além desta alteração outras mais poderão ser propostas pelos atuais parlamentares, que, simbolicamente, representam a vontade do povo de “P”. Ciência Política Questão Proposta AULA 11: A democracia como regime de governo Diante do quadro apresentado, e considerando a leitura de seu livro de Ciência Politica, responda: a) A alteração da idade mínima para exercício do voto pode ser considerada uma medida que amplia o grau de democracia de “P”? b) A vontade popular manifestada por meio de parlamentares é admitida dentro de um quadro teórico democrático? Se sim, seguindo que modelo de democracia, a dos antigos ou a dos modernos? Justifique. Ciência Política Questão Proposta AULA 11: A democracia como regime de governo Diante do quadro apresentado, e considerando a leitura de seu livro de Ciência Politica, responda: c) Por fim, a manifestação nas ruas pode ser considerada como exercício democrático ou a democracia somente deve ser reconhecida pela manifestação institucional do voto? Justifique sua resposta. CCJ0107 – CIÊNCIA POLÍTICA Aula 12: Os regimes autocráticos Ciência Política Objetivos AULA 12: Os regimes autocráticos 1 – Apontar as características que definem um governo como autocrático, em contraposição aos regimes democráticos; 2 – Diferenciar os tipos autocráticos referenciais (o autoritário e o totalitário), sem deixar de analisar possível relação com as doutrinas socialistas e comunistas; 3 – Apontar as características de alguns tipos específicos de totalitarismo vivenciados no decorrer do século XX. Ciência Política O Regime Autocrático Relação de poder: Não há terceiro a quem se possa recorrer por emanação de ato arbitrário pelo detentor do poder. Regime político em que o poder não é delegado ao seu detentor pela via da representação democrática ordem Detentor obediência Destinatário + Órgãos de Estado AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política O detentor do poder (pessoa específica ou grupo dirigente) exerce monopólio desse poder em detrimento da vontade dos comandados. Há poucos obstáculos institucionais para limitar o poder do seu exercente, bem como raros meios para afastá-lo do exercício do poder. AULA 12: Os regimes autocráticos O Regime Autocrático Ciência Política Não necessariamente por vias não institucionalizadas (revolução, golpe de Estado, insurreição),podendo haver o acesso pelas vias legais/ institucionais. A ascensão ou permanência do autocrata no poder pode vir a ser justificada por razões várias, tais como: divindade, razão de Estado, Tradição, ou mesmo o seu carisma. AULA 12: Os regimes autocráticos O acesso ao Regime Autocrático Ciência Política AULA 12: Os regimes autocráticos Os regimes autoritários e totalitários como espécies autocráticas Ciência Política Os regimes autoritários Além das características típicas de todo regime autocrático (elitista, com baixo grau de respeito à vontade popular, pouca transparência e baixo nível de controle dos atos governamentais), são características que distanciam os regimes autoritários dos totalitários, os seguintes: a) não se fundamentam em um primado ideológico; b) embora se caracterize por cerceamento às liberdades individuais e cidadãs, em alguns casos específicos podem distensionar o controle destas em algumas esferas específicas, tais como religião, economia e até mesmo, em alguns casos, no âmbito da política; c) preponderância das esferas executivo-administrativas em detrimentos das demais esferas do poder. AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política AULA 12: Os regimes autocráticos Os regimes autoritários Exemplos típicos de regimes autoritários: Autocracias tradicionais Ditaduras militares Monarquias do mundo árabe Ditadura militar de 1964 (Brasil) Ciência Política Os regimes autoritários São características geralmente identificadoras do regime totalitário (como espécie do gênero “Autocracia”, as seguintes: a) Existência de uma ideologia oficial (abrangente, não plural); b) Desconsideração da dicotomia público/privado; c) Monopólio dos meios de informação e das forças de coerção estatal; d) Direção centralizada da economia; e) Controle policial da população. AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política O Fascismo como espécie totalitária Algumas características abrangentes dos modelos fascistas: a) Antidemocrático; b) Antiliberal e xenofóbico; c) Anticomunista; d) Militarista; e) Imperialista e expansionista; f) Culto ao líder. AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política O Nazismo como espécie totalitária O Nazismo, como regime de governo, possui além das características típicas apontadas ao Fascismo, duas outras que o especificam: o racismo e o expansionismo militar. AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política O neonazismo: violência e intolerância AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política O Stalinismo como espécie totalitária O stalinismo, como espécie totalitária, revela-se nas seguintes características: • Unipartidarismo; • Amplo centralismo político e econômico; • Forte repressão a ideologias dissidentes; • Culto à imagem do líder; • Forte censura aos meios de comunicação; • Alto grau de militarização. • Nacionalismo exaltado e forte incentivo ao patriotismo, com uso massivo de propaganda. AULA 12: Os regimes autocráticos Ciência Política O Regime Socialista: características gerais As linhas socialistas, em geral, seriam uma etapa para se atingir o Comunismo, sendo que suas
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