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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CCBS DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA - DFO Supervisora: Priscila Oliveira Data: Monitoras: Mayza Pereira e Nuala Habib Aluno(a): Imitanciometria É um teste objetivo, não necessitando da resposta do paciente, sendo possível a verificação das condições da orelha média. É composta por duas etapas: 1. Timpanometria 2. Pesquisa do reflexo estapediano. 1. Timpanometria Corresponde à medida da pressão na orelha média, obtida através da admitância (facilitação à transmissão de sinais acústicos) ou impedância (oposição à transmissão de sinais acústicos) do sistema tímpano ossicular, caracterizando as curvas timpanométricas. Mobilidade normal do sistema tímpano-ossicular Pressão entre +50 e -70 daPa Complacência entre 0,3 e 1,3 ml Hiper-mobilidade do sistema tímpano-ossicular. Pressão entre +50 e -70 daPa Complacência acima de 1,3 ml Baixa-mobilidade do sistema tímpano-ossicular. Pressão entre +50 e -70 daPa Complacência abaixo de 0,3 ml Ausência de mobilidade do sistema tímpano-ossicular Não existe pico de máxima complacência. Pressão de ar da orelha média desviada para pressão negativa. Pressão abaixo de -70 daPa Complacência entre 0,3 e 1,3 ml 2. Reflexo Estapediano Tem a função de proteger a cóclea de sons intensos e quando a via do reflexo fosse eliciada, o músculo estapédio de ambas as orelhas se contrai, enrijecendo a cadeia ossicular, levando a uma mudança na imitância. Esta via é composta pela cóclea, o VIII nervo craniano, o núcleo coclear ventral, o complexo olivar superior, o núcleo motor do facial e o ramo motor do nervo facial. A ausência do reflexo acústico poderia significar perda auditiva em grau intenso o suficiente para inibi-lo ou que a orelha média apresentaria alteração ou que haveria lesão na via do reflexo. Presente I. Presente em níveis normais: Reflexo desencadeado entre 70 e 100 dB acima do limiar de via aérea. II. Presente e diminuído: Diferença menor ou igual a 65 dB entre o limiar de via aérea e o reflexo estapediano contralateral. III. Presente e aumentado: Diferença maior do que 100 dB entre o limiar de via aérea e o reflexo estapediano contralateral. Ausente I. Reflexo não desencadeado até a saída máxima do equipamento. Objetivo do Exame: Avaliar o sistema tímpano-ossicular e as vias do reflexo do Estapédio (VIII e VII pares cranianos) de forma objetiva e rápida. Principais indicações: Avaliar as condições da orelha média; Monitoramento do tratamento das otites médias; Auxiliar no topo diagnóstico das alterações auditivas; Avaliar a função tubária; Avaliar o local da lesão em casos de paralisia facial; Auxilia no diagnóstico da perda auditiva funcional. Como é realizado: É colocado um pequeno fone no conduto auditivo do ouvido que está sendo avaliado e um fone externo na orelha contralateral. O equipamento faz a medida através da apresentação de um som no meato acústico externo ao mesmo tempo em que introduz uma variação de pressão capaz de provocar mudanças no efeito de rigidez do sistema tímpano-ossicular, dessa forma traçando a curva timpanométrica do paciente. Em seguida são apresentados estímulos (tons puros nas frequências de 0,5, 1, 2 e 4 k em intensidades elevadas) para a pesquisa dos reflexos estapedianos. Durante o exame é importante que o paciente evite falar, mover-se ou engolir muito, pois todas essas ações podem alterar a pressão do ouvido médio e invalidar os resultados. Inicialmente o paciente pode sentir uma sensação de pressão no ouvido comparada à sensação que temos na descida de serras e os sons ouvidos durante o exame podem ser altos e com potencial para provocar susto, portanto o paciente deve ser orientado sobre como ocorrerá o procedimento, principalmente se for criança. Em alguns casos não é possível realizar a imitanciometria: perfuração timpânica, supuração do ouvido e obstrução do conduto por cera. Quando deve ser indicado: Por ser um exame rápido, objetivo e de fácil aplicação, deve ser indicado sempre como complemento da audiometria ou sempre que houver alguma suspeita de alteração de orelha média. REFERÊNCIAS GUERRA, Tatiana Marques et al . Perfil dos limiares audiométricos e curvas timpanométricas de idosos. Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.), São Paulo , v. 76, n. 5, p. 663-666, Oct. 2010 . Jerger J. Clinical experience with impedance audiometry. Arch Otolaryng. 1970.
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