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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE AGRONOMIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS CURSO DE AGRONOMIA DISCIPLINA DE MORFOLOGIA E ANATOMIA VEGETAL MORFOLOGIA E ANATOMIA DA RAIZ Prof. Dr. Kilson Pinheiro Lopes CONCEITO – A raíz é um estrutura axial relativamente simples quando comparada ao caule. É o órgão da planta geralmente subterrâneo e aclorofilado, não possuíndo nós e entrenós, não forma folha nem flores, e, na maioria das vezes, não apresenta formações de gemas laterais FUNÇÃO Fixação Absorção Condução e armazenamento ORIGEM Sist. fasciculado Sist. pivotante SISTEMAS RADICULARES A organização interna da raiz é bastante variada mas é mais simples e, filogenéticamente, mais primitiva do que a do caule. Um corte transversal da raiz em estrutura primária, geralmente, mostra uma nítida separação entre os três sistemas de tecidos: a epiderme (sistema dérmico), o córtex (sistema fundamental) e os tecidos vasculares (sistema vascular). Na raiz os tecidos vasculares formam um cilindro sólido, ou um cilindro ôco preenchido pela medula Estrutura que reveste o ápice radicular, como um dedal, protegendo o meristema apical; Tem origem no caliptrogênio Diferenciada da protoderme do meristema apical; Geralmente monoestratificada Na raiz jovem, a epiderme especializa-se para a função de absorção (pelos radiculares); Paredes das células epidérmicas oferecem pouca resistência à passagem de água e sais minerais. Anatomicamente situado entre a epiderme e o cilindro vascular; Constituído por tecido parenquimático; Tem origem a partir do meristema fundamental; Exoderme é considerada um tecido protetor exclusivo da raiz; Endoderme é formada por uma só camada de células, constituíndo-se no limite interno do córtex; As células endodérmicas apresentam estrias de Caspary em suas paredes radiais e transversais; A endoderme desempenha um importante papel no movimento das substâncias que entram e saem do cilindro vascular da raiz; Parte central da raiz, também chamado de cilindro central ou estelo; Constituído pelos tecidos condutores e pelo periciclo; Tem origem do procâmbio; Periciclo circunda o tecido vascular e nas plantas com sementes, forma as raízes laterais; O sistema vascular da raiz em estrutura primária é composta pelo xilema e floema primários; Na raiz, ao contrário dos demais órgãos do vegetal, os tecidos vasculares não formam feixes vasculares; O xilema primário forma um maciço central, com projeções que se dirigem para a periferia do cilindro vascular, e o floema forma cordões que se alternam com as arestas do xilema. Nas raízes, o protoxilema, isto é, os primeiros elementos do xilema a amadurecerem, ocupam uma posição periférica, logo abaixo do periciclo. Assim dizemos que o protoxilema na raiz é exarco, isto é, com os pólos de protoxilema ocupando posição externa ao metaxilema; A maturação do xilema na raiz é centrípeta, porque acontece da periferia para o centro. No floema, o processo é o mesmo. Os pólos de protofloema ocorrem externamente ao metafloema. Normalmente sofrem crescimento secundário Esse tipo de crescimento geralmente ocorre na maioria das raízes de gimnospermas e eudicotiledôneas Geralmente, surgem nas raízes dessas plantas dois meristemas secundáros: Felogênio PeridermeCortex Câmbio vascular Cilindro central Xilema e floemas secundários Tem origem no periciclo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM Normais Adventícias CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM Normais São aquelas que se desenvolvem a partir da radícula do embrião. São elas a raiz principal e todas as ramificações, isto é, raízes secundárias CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM Adventícias São aquelas que não se originam da radícula do embrião ou da raiz principal por ela formada. Podem formar- se nas partes aéreas das plantas e em caules subterrâneos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO HABITAT Aquáticas Aéreas Subterrâneas Raízes aéreas Cinturas ou Estranguladoras São raízes adventícias que abraçam o vegetal, e, muitas vezes, o hospedeiro morre. Ex. cipó, mata-pau Raízes aéreas Grampiformes ou aderentes São raízes adventícias com a forma de grampos, que fixam as planta trepadora a um suporte (seja outra planta ou não) Ex. hera Raízes aéreas Respiratória ou pneumatóforos São raízes com geotropismo negativo, que funcionam, ao fornecer oxigênio às partes submersas, como órgãos de respiração. Apresentam orifícios (lenticelas) chamados pneumatódios em toda sua extensão e, internamente, um aerênquima muito desenvolvido. Ex. plantas de mangues Raízes aéreas Sugadoras ou Austórios São raízes adventícias, com órgãos de contato (apressórios), em cujo interior surgem raízes finas (haustórios), órgãos chupadores que penetram no corpo da hospedeira, absorvendo os alimentos, isto é, parasitando-a. Ex. erva de passarinho Raízes aéreas Suporte ou fúlcreas São raízes adventícias que, brotando em direção ao solo, nele se fixam e se aprofundam, podendo atingir grandes dimensões. Elas auxiliam a sustentação do vegetal. Ex. pândamo, milho. Raízes aéreas Tabulares ou sapopemas São as que atingem grande desenvolvimento e tomam o aspecto de tábuas perpendiculares ao solo, ampliando a base da planta, dando-lhe maior estabilidade. São em partes aéreas e, em parte, subterrâneas. Ex. pau-d’alho. Raízes subterrâneas Axial e pivotante Raiz principal muito desenvolvida e com ramificações ou raízes secundárias pouco desenvolvidas, em realação à raiz principal. Típica de Gymnosperma e Dicotiledonea. Raízes subterrâneas Ramificada A raiz principal logo se ramifica em secundária e estas em terciária, e assim sucessivamente. Freqüente em dicotileconea. Raízes subterrâneas Fasciculada Aquela que, por atrofia precoce da raiz principal, é constituída por um feixe de raízes, onde não se distingue, nem pela forma nem pela posição, uma raiz principal, pois todas têm espessura semelhante. Típica de monocotiledônea. Raízes subterrâneas Tuberosa Raiz dilatada pelo acúmulo de reservas nutritivas. Pode ser axial tuberosa, como cenoura, beterraba, nabo, rabanete; ou adventícia tuberosa como dália; ou secundária tuberosa, como a batata-doce
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