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Sistema endócrino

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Fisiologia Humana Profa. Juliana do Valle 
 
SISTEMA ENDÓCRINO - HORMONAL 
 
As funções corporais são reguladas por dois grandes sistemas de controle: 
 
1. Sist. Nervoso 
2. Sist. Hormonal ou Endócrino envolvido com: 
- diferentes funções metabólicas 
- velocidade das reações químicas 
- transporte de substâncias pela membrana 
- crescimento, divisão celular, etc. 
 
HORMÔNIO: substância química secretada para os líquidos corporais internos por uma célula ou 
grupo de células; exercendo um efeito fisiológico de CONTROLE sobre outras células do corpo. 
 
Há vários tipos de hormônios: 
 
♦ HORMÔNIOS LOCAIS: têm efeitos locais específicos, atuam em locais restritos. 
 
Ex.: Acetilcolina liberada nas terminações parassimpáticas; Secretina – liberada pelo duodeno 
causa a secreção do pâncreas (só sist. digestivo); Colecistocinina, liberada no intestino delgado 
atua na vesícula biliar (só sist. digestivo). 
 
Os hormônios locais podem apresentar ação autócrina (agem na própria célula ou células que 
o secretaram) ou parácrina (agem em locais próximos ao local de secreção). 
 
♦ HORMÔNIOS GERAIS: maioria secretada por glândulas específicas, são transportados no 
sangue para todo o corpo – causam muitas reações diferentes. 
 
Ex.: Epinefrina, secretada pela supra-renal em resposta à estimulação simpática; Insulina, 
secretada pelo pâncreas atua em praticamente todas as células do organismo (exceto tecido 
nervoso) 
 
Os hormônios gerais têm ação endócrina (caem na corrente sanguínea e atuam longe do 
local de produção). 
 
Os hormônios afetam somente um tipo específico de tecido – TECIDO-ALVO – porque só esse 
tecido tem os RECEPTORES celulares que fixarão os hormônios para iniciarem sua ação 
Ex.: Adrenocorticotropina (ACTH) liberada pela hipófise estimula especificamente o córtex da 
adrenal fazendo com que secrete hormônios adrenocorticais. 
 
Os hormônios se combinam com RECEPTORES na superfície ou dentro das células. Essa 
ligação desencadeia uma REAÇÃO EM CASCATA na célula, portanto, basta um pequeno estímulo 
hormonal para obtenção de grande efeito final. 
 
A maioria dos RECEPTORES são grandes proteínas e cada célula contém de 2000 a 100.000 
receptores. São altamente específicos para um hormônio que só atuam nos tecidos com 
receptores para eles. 
 
QUÍMICA DOS HORMÔNIOS: 
 
1. H. ESTERÓIDES: aqueles que possuem estrutura semelhante à do COLESTEROL e na maioria 
dos casos são derivados do colesterol 
secretados por: 
- córtex adrenal – cortisol e aldosterona 
- ovários – estrogênio e progesterona 
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- testículos – testosterona 
- placenta – estrogênio e progesterona 
 
2. H. DERIVADOS DO AMINOÁCIDO TIROSINA: os dois hormônios metabólicos da tireóide 
são formas IODADAS de derivados de tirosina, epinefrina e norepinefrina (medula da adrenal) 
 
3. H. de MOLÉCULA PROTÉICA ou PEPTÍDEOS: todos os outros hormônios são proteínas ou 
peptídeos 
 
 
CONTROLE DA TAXA DE SECREÇÃO 
 
A taxa de secreção (quantidade a ser secretada e por quanto tempo) é controlada por um 
sistema de controle interno – exercido por “FEEDBACK NEGATIVO” (retroalimentação negativa) 
 
O que deve ser controlado é a taxa de ação no órgão alvo 
 
 
 
MECANISMOS DE AÇÃO HORMONAL: 
 
ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE DE MEMBRANA: o hormônio combina-se com os 
receptores de membrana e isso causa alteração na estrutura protéica do receptor (abre ou fecha 
canal iônico) 
 ex.: neurotransmissores que abrem canais iônicos na membrana pós-sináptica 
 
ATIVAÇÃO DE ENZIMAS INTRACELULARES: o hormônio se combina ao receptor e ativa uma 
enzima situada por dentro da membrana – ativador de 2o mensageiro: 
 
1. Receptor protéico transmembrana quando ligado ao hormônio se transforma na enzima 
ativa – ADENILATO CICLASE 
2. Essa enzima causa a formação da substância MONOFOSFATO CÍCLICO DE ADENOSINA 
– AMPc ou AMP cíclico) este tem muitos efeitos na célula (é chamado de 2o msg). 
Portanto, o hormônio só ativa o receptor e o AMPc faz o resto 
 
Ex.: HAD, glucagon, FSH, LH, etc. 
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� AMPc : ativa enzimas, altera permeabilidade de membrana, contração ou relaxamento 
muscular, síntese de ptn’s, secreção 
 
PRINCIPAIS HORMÔNIOS, GLÂNDULAS E SUAS AÇÕES 
 
1. H. do HIPOTÁLAMO: 
 
A- H. de LIBERAÇÃO de SOMATOTROPINA: estimula a secreção de hormônio do crescimento 
(GH) pela hipófise anterior 
B- H. de LIBERAÇÃO de ADRENOCORTICOTROPINA: estimula a secreção de ACTH pela 
hipófise anterior 
C- H. de LIBERAÇÃO da TIREOTROPINA (TRH): estimula a liberação de TSH pela hipófise 
anterior 
D- H. de LIBEAÇÃO das GONADOTROPINAS (GnRH): estimula a secreção de FSH e LH pela 
hipófise anterior 
E- H. de LIBERAÇÃO da PROLACTINA: estimula a secreçãod e prolactina pela hipófise anterior 
 
2. H. da HIPÓFISE ANTERIOR (ADENO-HIPÓFISE): 
 
A- H. DO CRESCIMENTO (GH- SOMATOTROPINA): provoca o crescimento de tecidos e células 
do corpo 
B- ADRENOCORTICOTROPINA (ACTH): faz com que a adrenal secrete hormônios 
adrenocorticais (cortisol e aldosterona) 
C- H. TIREOESTIMULANTE (TIREOTROPINA – TSH): faz com que a tireóide secrete tiroxina 
(T4) e triiodotironina (T3) 
D- H. FOLÍCULO ESTIMULANTE (FSH)- GONADOTROPINA: provoca crescimento de folículos no 
ovário antes da ovulação, promove formação de espermatozóides nos testículos. 
E- H. LUTEINIZANTE (LH)- GONADOTROPINA: causa ovulação, causa secreção de hormônios 
sexuais femininos pelos ovários e de testosterona pelos testículos 
F- PROLACTINA: desenvolve mamas e secreção de leite 
 
3. H. da HIPÓFISE POSTERIOR (NEURO-HIPÓFISE): 
 
A- H. ANTI DIURÉTICO (HAD): tbm chamado de VASOPRESSINA faz com que rins retenham 
H2O, tbm causa constrição dos vasos sanguíneos 
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B- OCITOCINA: contrai útero durante o parto, contrai céulas das mamas ajudando a 
amamentação 
 
4. CÓRTEX da SUPRA-RENAL: 
 
A- CORTISOL: tem funções metabólicas para controle do metabolismo de proteínas, 
carboidratos e gordura. 
B- ALDOSTERONA: diminui a excreção de Na+ e aumenta a excreção de K+ pelos rins 
 
5. TIREÓIDE: 
 
A- TIROXINA e TRIIODOTIRONINA: aumentam a velocidade das reações químicas no corpo, 
aumentam nível geral do metabolismo celular 
B- CALCITONINA: deposição de Ca+2 nos ossos, diminui [Ca+2] no líquido extracelular. 
 
6. ILHOTAS DE LANGERHANS NO PÂNCREAS: 
 
A- INSULINA: promove entrada de glicose nas células, controlando a intensidade do 
metabolismo de carboidratos. 
B- GLUCAGON: aumenta a síntese e liberação da glicose à partir do fígado 
 
7. OVÁRIOS: 
 
A- ESTROGÊNIOS: estimulam o desenvolvimento de órgãos sexuais femininos, das mamas e 
características sexuais secundárias. 
B- PROGESTERONA: estimula a secreção de substâncias que preparam o útero para a 
gravidez e das mamas para a lactação. 
 
8. TESTÍCULOS: 
 
A- TESTOSTERONA: estimula o crescimento dos órgãos sexuais masculinos, desenvolve 
características sexuais secundárias. 
 
9. PARATIREÓIDE: 
 
A- PARATORMÔNIO: regula a [Ca+2] no líquido extracelular, controlando a absorção de 
Ca+2 no intestino, excreção de Ca+2 pelos rins e liberação de Ca+2 pelos ossos 
 
10. PLACENTA: 
A- GONADOTROPINA CORIÔNICA HUMANA: crescimento do corpo lúteo e secreção de 
estrogênio/progesterona 
B- ESTROGÊNIO: crescimento dos órgão sexuais maternos e tecidos do feto 
C- PROGESTERONA: desenvolvimento do endométrio antes da implantação do óvulo 
D- SOMATOTROPINA HUMANA: crescimento dos tecidos fetais, desenvolvimento de mamas 
maternas 
 
HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS 
 
A Glândula Hipófise (ou pituitária) é uma pequena glândula situada na base do cérebro e 
está conectada ao HIPOTÁLAMOpela haste hipofisária 
 
 
 
 
 
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A Hipófise se divide em: 
 
1. HIPÓFISE ANTERIOR (ADENO) – produz 6 hormônios 
- sua secreção é controlada por hormônios do HIPOTÁLAMO chamados de 
HORMÔNIOS DE LIBERAÇÃO HIPOTALÂMICOS 
- há um hormônio hipotalâmico para cada hormônio da hipófise anterior 
 
2. HIPÓFISE POSTERIOR (NEURO) – produz 2 hormônios 
- sua secreção é controlada por sinais NERVOSOS originados no HIPOTÁLAMO 
 
� o HIPOTÁLAMO é um centro coletor de informações que dizem respeito ao bem 
estar interno (dor, pensamentos depressivos, pensamentos excitatórios, estímulos olfativos 
agradáveis, etc.) e estas informações são utilizadas para controlar a secreção de hormônios 
hipofisários 
 
� H. CRESCIMENTO (GH): não atua sobre um tecido-alvo específico e sim exerce seus efeitos 
sobre quase todos os tecidos corporais 
- tbm chamado de H. SOMATOTÓPICO ou SOMATOTROPINA 
- é uma PROTEÍNA 
- causa crescimento dos tecidos do corpo 
- aumenta o tamanho das células, aumenta a taxa de mitoses, aumenta a 
diferenciação celular 
- seu efeito mais óbvio é o crescimento esquelético 
 
NANISMO: deficiência generalizada na secreção da hipófise anterior durante a infância 
- criança de 10 anos – desenvolvimento corporal de uma criança de 4 a 5 anos 
- 20 anos – desenvolvimento corporal de 10 anos (não atinge a puberdade, nunca 
secreta quantidade suficiente de h. gonadotrópicos) 
 
GIGANTISMO: células da hipófise anterior excessivamente ativadas (às vezes pela presença de 
tumores) 
- todos os tecidos crescem rapidamente incluindo os ossos (indivíduos podem atingir 
2,40m) 
 
ACROMEGALIA: tumor hipofisário após a adolescência (ossos longos já fixados) – pessoa não fica 
mais alta mas os tecidos moles crescem e os ossos aumentam de espessura (mãos, pés, crânio, 
nariz, mandíbula) 
- mandíbula protusa 
- alterações vértebras causam cifose 
- fígado, rins, língua crescem anormalmente 
 
� H. TÍREOESTIMULANTE (TSH): estimula a tireóide provocando a secreção de seus 
hormônios metabólicos 
 
A TIREÓIDE localizada abaixo da laringe, a cada lado e anteriormente à traquéia secreta dois 
hormônios importantes: 
 
- TIROXINA e TRIIODOTIRONINA comumente chamados de T4 e T3, respectivamente. 
- Os dois têm a mesma função – AUMENTAM A TAXA METABÓLICA – a única diferença é sua 
velocidade e intensidade de ação 
- As células da tireóide produzem uma proteína – a TIREOGLOBULINA (70 aa de tirosina) – que 
combina-se com IODO para formar o T3 e o T4 
- O TSH (h. tireoestimulante ou tireotropina) é o h. da hipófise que estimula a tireóide, 
aumentando a secreção de T3 e T4 
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- a Hipófise, porém, tem a secreção de TSH controlada pelo Hipotálamo. Para estimular a secreção 
de TSH ocorre a secreção de um hormônio hipotalâmico o TRH (h. de liberação da tireotropina) 
 
� Controle da Taxa de secreção dos Hormônios da Tireóide: 
 
 
� HIPERTIREOIDISMO: aumento na secreção da tireóide 
- maioria dos pacientes têm hiperplasia de tireóide (aumenta o número de células, 
portanto, aumenta a secreção de T3 e T4) 
- metabolismo basal sobe 60 a 100% acima do normal 
 
� HIPOTIREOIDISMO: diminuição na secreção da tireóide 
- efeitos opostos ao do hipertireoidismo 
- maioria dos pacientes apresenta a patologia por um mecanismo auto imune contra 
a tireóide 
- metabolismo cai a 40 a 50% abaixo do normal 
- há vários tipos de hipertireoidismo – Ex.: BÓCIO ENDÊMICO – (Bócio = tireóide 
aumentada = papo) 
� BÓCIO ocorre por falta de IODO 
 
 
 
� ADRENOCORTICOTROPINA (ACTH): estimula a adrenal fazendo com que ela secrete seus 
hormônios corticais 
 
O CÓRTEX ADRENAL secreta hormônios CORTICOSTERÓIDES, todos sintetizados à partir do 
COLESTEROL 
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� CORTICOSTERÓIDES são divididos em: 
 
1. MINERALOCORTICÓIDES: principal é a ALDOSTERONA. 
-
 Afeta principalmente os eletrólitos (minerais) dos líquido extracelular – Na+ e K+ 
- Sem aldosterona ocorre ↑ [K+] extracelular e ↓ [Na+] além de ocorrer uma 
diminuição do líquido extracelular e volume de sangue 
- Sua função principal é promover o transporte de Na+ e K+ através dos túbulos 
renais (causa absorção de Na+ e secreção de K+) – a [Na+] não se altera porque 
tbm ocorre absorção de H2O (aumentando o vol. de líquido extracelular) � ↑ líquido 
corporal � ↑ PA 
- Portanto, excesso de aldosterona causa hipertensão 
- A secreção de ALDOSTERONA é controlada principalmente pela [K+] e pelo sistema 
renina-angiotensina 
 
 
↑ [K+] � ↑ ALDOSTERONA 
 
 
 
 
2. GLICOCORTICÓIDES: principal é o CORTISOL. 
- Aumenta a concentração de glicose sangüínea, tem efeitos no metabolismo de ptn’s 
e lipídios 
- sua função mais conhecida é estimular a gliconeogênese (formação de CHO’s à 
partir de ptn’s no fígado) �↑ taxa de armazenamento de glicogênio = ↓ taxa de uso 
de glicose pelas células 
- excesso de glicose no sangue por ação do CORTISOL é chamada de diabetes 
adrenal 
- esse hormônio tbm mobiliza ácidos graxos do tecido adiposo � ↑ ac. graxos livres = 
↑ utilização destes para energia 
 
 
� o estresse físico ou neurogênico causa um aumento na secreção de ACTH pela hipófise o 
que aumenta a secreção de CORTISOL 
 
� controle da taxa de secreção de CORTISOL 
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� GONADOTROPINAS (FSH e LH): estimulam as gônadas masculinas e femininas a 
secretarem seus hormônios sexuais e a produzirem gametas 
 
� o Hipotálamo secreta o H. Liberador de Gonadotropinas (GnRH) que estimula a hipófise a 
secretar FSH e LH 
 
Gônadas Masculinas (Testículos): 
 
- o LH (horm. Luteinizante) estimula as células de Leydig a secretarem 
TESTOSTERONA 
- o FSH (h. folículo estimulante) estimula as células de Sertoli a converter 
espermátides em espermatozóides 
- a TESTOSTERONA é essencial para o crescimento e divisão das células germinativas 
na formação dos espermatozóides e pelas características sexuais secundárias 
distintivas do sexo masculino 
 
� controle das funções sexuais masculinas pelo Hipotálamo/Hipófise: 
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Obs.: O LH estimula as células dos testículos (células de Leydig) a produzirem androgênios, 
especialmente a testosterona. A testosterona gera feedback negativo sobre o eixo hipotálamo-
hipófise inibindo a secreção de GnRH e de LH. O FSH, juntamente com a testosterona, estimula a 
espermatogênese. Quando há espermatozóides maduros, células dos túbulos seminíferos (células 
de Sertoli) passam a produzir inibina que gera feedback negativo sobre a hipófise, inibindo a 
secreção de FSH. 
 
Gônadas Femininas (Ovários): 
 
- os hormônios femininos não são secretados em quantidades constantes por todo o 
ciclo sexual feminino mensal. São secretados em taxas diferentes ao longo do ciclo 
- essa alteração mensal nas taxas de secreção hormonal é chamada de CICLO 
MENSTRUAL (duração média de 28 dias) e geralmente um único OVÓCITO é 
liberado a cada ciclo 
- FSH causa o desenvolvimento dos folículos ovárianos até tornarem-se FOLÍCULOS 
MADUROS que passam a produzir quantidades crescentes de ESTROGÊNIO 
- LH responsável pelo crescimento final do folículo e pela OVULAÇÃO (sem LH não 
ocorre ovulação mesmo que o FSH esteja normal), após a ovulação os folículos 
originam o CORPO LÙTEO que passa a secretar PROGESTERONA. 
 
� Controle das funções sexuais femininas pelo Hipotálamo/Hipófise: 
 
 
 
Obs.: O ESTROGÊNIO gera feedback negativo sobre o hipotálamo, inibindo a secreção de GnRH. 
A progesterona gera feedback negativo sobre a hipófise, inibindo a secreção de LH. 
 
PÂNCREAS ENDÓCRINO� além de sua funções digestivas o PÂNCREAS secreta INSULINA e GLUCAGON (estimula a 
síntese de glicose no fígado ) 
 
� INSULINA – historicamente associada à “açúcar no sangue” – exerce efeito sobre o 
metabolismo de carboidratos e também afeta o metabolismo de gorduras e proteínas. 
- proteína pequena formada por duas cadeias de aa’s 
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- sua secreção está associada a abundância de energia -- ↑ alimentos energéticos na 
dieta (CHO’s) � ↑ INSULINA 
- quando há ↑ CHO’s disponível � ↑ GLICOGÊNIO armazenado no fígado e mm’s 
- o excesso de CHO’s que não podem ser armazenados como glicogênio é convertido 
(por estímulo da insulina) em GORDURA que é depositada no TECIDO ADIPOSO 
 
 
� MECANISMO de AÇÃO da INSULINA: 
 
 
 
� segundos após a fixação da INSULINA aos receptores as membranas de 80% das células do 
corpo tornam-se extremamente permeáveis à GLICOSE (entra na célula) 
 
� EFEITO da INSULINA na CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO e USO DA GLICOSE no FÍGADO: 
 
� um dos mais importantes efeitos da insulina é fazer com que a maior parte da glicose absorvida 
após uma refeição seja armazenada no FÌGADO como GLICOGÊNIO 
 
� assim, entre as refeições (começa a diminuir a [C6H12O6]) a secreção de INSULINA DIMINUI e o 
GLICOGÊNIO HEPÀTICO é transformado em GLICOSE para evitar que suas concentrações caiam 
muito 
 
♦ o fígado é chamado de “sistema tampão” da GLICOSE sanguínea 
 
 
↑ [C6H12O6] � ↑ INSULINA � ↑ GLICOGÊNIO HEPÁTICO 
 
 
↓ [C6H12O6] � ↓ INSULINA � ↓ GLICOGÊNIO HEPÁTICO 
 
� qdo a quantidade de glicose que entra no figado é maior que a capacidade deste armazená-la 
como glicogênio, a glicose é transformada em ÁC. GRAXO que é armazenado no tecido adiposo 
(INSULINA atua como um “poupador de gordura”) 
 
 
� CONTROLE da SECREÇÃO de INSULINA: 
 
� durante o jejum a glicose está em 80-90mg/dl de sangue e a secreção de INSULINA é mínima 
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� quando a glicose aumenta (2 a 3x o normal) a secreção de INSULINA aumenta – assim, a 
concentração de GLICOSE acima de 100mg/dl de sangue eleva a secreção de INSULINA em 10 a 
25 x o valor basal 
 
 
 
Obs.: a INSULINA tem pouco ou nenhum efeito sobre a captação e o uso da glicose 
pelo cérebro. Isso porque as células cerebrais são normalmente permeáveis à 
glicose, utilizando-a sem intermediação da insulina. As céls. do cérebro só usam 
glicose como energia e nos tecidos cerebrais a glicose deve ser mantida acima de 
um nível crítico, senão poderá ocorrer um choque hipoglicêmico 
 
HIPOGLICEMIA : baixa concentração de glicose no plasma sangüíneo 
HIPERGLICEMIA: altas concentrações de glicose no plasma sangüíneo

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