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PROCESSUAL PENAL COMPLETO

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Aula 00
Direito Processual Penal p/ OAB 1ª Fase XXIII Exame - Com videoaulas
Professor: Renan Araujo
00000000000 - DEMO
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AULA DEMONSTRATIVA: PRINCêPIOS DO PROCESSO 
PENAL. APLICA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL PENAL 
SUMçRIO 
!
1. APLICA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL PENAL ..................................................... 7 
1.1. Lei processual penal no espao ................................................................ 7 
1.2. Lei processual penal no tempo ................................................................. 9 
2. PRINCêPIOS PROCESSUAIS PENAIS .......................................................... 12 
2.1. Princ’pio da inŽrcia ................................................................................ 12 
2.2. Princ’pio do devido processo legal ......................................................... 13 
2.2.1. Dos postulados do contradit—rio e da ampla defesa ..................................... 14 
2.3. Princ’pio da presun‹o de n‹o culpabilidade (ou presun‹o de inocncia)
 15 
2.4. Princ’pio da obrigatoriedade da fundamenta‹o das decis›es judiciais .. 18 
2.5. Princ’pio da publicidade ......................................................................... 18 
2.6. Princ’pio da isonomia processual ........................................................... 20 
2.7. Princ’pio do duplo grau de jurisdi‹o ..................................................... 20 
2.8. Princ’pio do Juiz Natural ........................................................................ 21 
2.9. Princ’pio da veda‹o ˆs provas il’citas ................................................... 22 
2.10. Princ’pio da veda‹o ˆ autoincrimina‹o ............................................. 22 
3. RESUMO .................................................................................................... 23 
4. EXERCêCIOS DA AULA ............................................................................... 27 
5. GABARITO ................................................................................................. 29 
!
Ol‡, meus amigos! 
 
Hoje, aqui no ESTRATƒGIA CONCURSOS (Projeto EstratŽgia 
OAB), daremos in’cio ˆ sua prepara‹o para o XXIII EXAME DA OAB. 
Vamos estudar muito Direito Processual Penal, rumo ˆ sua aprova‹o. 
A vermelhinha est‡ chegando!! 
O edital ainda n‹o foi publicado, mas a Banca, como sabemos, Ž 
a FGV. 
E a’, povo, preparados para a maratona? 
Como Ž de conhecimento comum, o ’ndice de reprova‹o na prova 
da OAB Ž muito elevado. Mais de 80% dos candidatos n‹o consegue 
ser aprovado. Para ser mais exato, o ’ndice de aprova‹o Ž de 
17,5% (’ndice hist—rico). ƒ muito pouco! 
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00000000000 - DEMO
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N‹o conhecer a Banca e n‹o resolver quest›es anteriores talvez 
sejam os principais motivos para um ’ndice de reprova‹o t‹o elevado. 
Isso faz com que os candidatos percam tempo estudando temas pouco 
importantes. AlŽm disso, quem n‹o conhece a Banca muitas vezes acaba 
se enrolando na hora da prova, pois n‹o est‡ acostumado com o ÒestiloÓ 
da organizadora. 
No nosso curso iremos adotar uma metodologia que visa a evitar 
exatamente estes problemas. Vamos estudar teoria e quest›es, da 
seguinte forma: 
a)!Teoria resumida Ð Daremos nfase ˆquilo que MAIS ƒ 
COBRADO. Claro que estudaremos as outras partes do conteœdo, 
mas de forma menos aprofundada. Foco! 
b)!Resolu‹o de TODAS as quest›es cobradas pela FGV no 
Exame da OAB Ð Como a pr‡tica Ž fundamental, vamos analisar 
em nosso curso todas as quest›es anteriores cobradas pela FGV 
no exame da OAB. 
c)! F—rum de dœvidas Ð Por meio do f—rum de dœvidas vocs 
poder‹o entrar em contato comigo para esclarecerem aqueles 
pontos que, eventualmente, n‹o tenham sido compreendidos ou 
para reforar a compreens‹o, etc. 
Como disse, vamos dar mais import‰ncia ˆquilo que, efetivamente, 
mais importa. E como saberemos o que mais importa? Somente Ž 
poss’vel descobrir isso mediante uma an‡lise minuciosa das provas 
anteriores. E foi isso que fiz, um RAIO-X do exame da OAB: 
ASSUNTOS (atualizado atŽ o XXI exame) N¼ de 
quest›es 
TEMA 1: PRINCêPIOS DO PROCESSO PENAL E APLICA‚ÌO 
DA LEI PROCESSUAL PENAL 
03 
TEMA 2: INQUƒRITO POLICIAL 08 
TEMA 3: A‚ÌO PENAL 06 
TEMA 4: A‚ÌO CIVIL EX DELICTO 01 
TEMA 5: JURISDI‚ÌO E COMPETæNCIA 10 
TEMA 6: QUESTÍES E PROCESSOS INCIDENTES 06 
Exce›es 01 
Quest›es prejudiciais 01 
Medidas assecurat—rias 02 
Incidentes 02 
TEMA 7: DIREITO PROBATîRIO 08 
TEMA 8: SUJEITOS PROCESSUAIS 00 
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TEMA 9: COMUNICA‚ÌO DOS ATOS PROCESSUAIS 01 
TEMA 10: ATOS JUDICIAIS 06 
Sentena 06 
TEMA 11: DA PRISÌO E DAS DEMAIS MEDIDAS 
CAUTELARES. LIBERDADE PROVISîRIA 
06 
Pris‹o (em flagrante, preventiva e tempor‡ria) 06 
Medidas cautelares diversas da pris‹o 00 
Liberdade provis—ria e fiana 00 
TEMA 12: PROCEDIMENTOS DO CPP 09 
Procedimento comum 03 
Procedimento do Tribunal do jœri 06 
Outros procedimentos do CPP 00 
TEMA 13: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLA‚ÌO 
EXTRAVAGANTE 
13 
Lei 7.492/86 01 
Juizados Especiais Criminais 04 
Lei 8.666/93 01 
Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha) 02 
Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) 02 
Execu‹o penal 03 
TEMA 14: NULIDADES 02 
TEMA 15: RECURSOS E A‚ÍES AUTïNOMAS DE 
IMPUGNA‚ÌO 
16 
Teoria Geral 06 
Apela‹o 02 
RESE 04 
Agravo em execu‹o penal 01 
Outros recursos 01 
Habeas corpus 00 
Revis‹o criminal 02 
Mandado de segurana 00 
TOTAL 96 
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Como vocs podem perceber, existem temas que s‹o recorrentes e 
temas que s‹o absolutamente ESQUECIDOS pela Banca. Para se ter uma 
ideia, quem souber os temas ÒrecursosÓ, ÒinquŽrito policialÓ e Òjurisdi‹o e 
competnciaÓ j‡ sabe praticamente 40% daquilo que costuma cair 
na prova. Por outro lado, ficar estudando Òsujeitos processuaisÓ n‹o vai 
levar voc a lugar algum. 
Bom, est‡ na hora de me apresentar a vocs, n‹o Ž? 
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 29 anos, sou Defensor Pœblico 
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de 
Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da 
UERJ. Antes, porŽm, fui servidor da Justia Eleitoral (TRE-RJ), onde 
exerci o cargo de TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em 
Direito pela UNESA e p—s-graduado em Direito Pœblico pela Universidade 
Gama Filho. Fiz o exame da OAB em 2009 e, graas a Deus, deu 
tudo certo! 
Neste curso vocs receber‹o todas as informa›es necess‡rias para 
que possam ter sucesso na prova da OAB. Acreditem, vocs n‹o v‹o se 
arrepender! O EstratŽgia OAB est‡ comprometido com sua 
aprova‹o, ou seja, com voc! 
Bom, como j‡ adiantei, neste curso estudaremos todo o conteœdo 
de Direito Processual Penal previsto no edital do exame da OAB. 
Adotaremoso seguinte cronograma: 
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: 
!
AULA CONTEòDO DATA 
Aula 00 
Introdu‹o ao processo penal: Princ’pios 
do Direito Processual Penal. Aplica‹o da 
Lei processual penal. 
17.03 
Aula 01 InquŽrito Policial 24.03 
Aula 02 
A‹o Penal (Denœncia, Queixa-crime e 
representa‹o). A‹o Civil ex delicto. 
31.03 
Aula 03 Jurisdi‹o e competncia 07.04 
Aula 04 
Sujeitos processuais (o Juiz, do MinistŽrio 
Pœblico, do Acusado e Defensor, dos 
Assistentes e Auxiliares da Justia). Atos 
de comunica‹o no processo - Das 
cita›es e intima›es. Atos judiciais Ð 
Despacho, decis‹o e sentena. Nulidades. 
14.04 
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Quest›es e processos incidentes. 
Aula 05 Provas (parte I) 21.04 
Aula 06 
Provas (parte II): Provas em espŽcie. 
Intercepta‹o das comunica›es 
telef™nicas (Lei 9.296/96). 
28.04 
Aula 07 
Pris›es cautelares: Pris‹o em flagrante 
(espŽcies, hip—teses, etc.). Pris‹o 
preventiva. Pris‹o tempor‡ria (Lei 
7.960/89). Medidas cautelares diversas da 
pris‹o. Liberdade provis—ria. 
05.05 
Aula 08 Procedimentos do CPP (parte I) 12.05 
Aula 09 Procedimentos do CPP (parte II) 19.05 
Aula 10 
Recursos. A›es aut™nomas de 
impugna‹o. 
26.05 
Aula 11 
Procedimentos especiais na legisla‹o 
extravagante 
02.06 
∋
Como disse, o conteœdo cobre todo o programa exigido no 
exame da OAB. Contudo, ser‡ dada nfase ao que mais Ž cobrado. Em 
rela‹o aos temas menos cobrados, faremos uma an‡lise menos 
aprofundada. 
AlŽm do nosso material em formato PDF, teremos ainda 16 
videoaulas (30 minutos cada) especificamente gravadas para o 
Exame da OAB. Nestas videoaulas vamos tratar dos pontos mais 
relevantes para a prova da OAB, inclusive mediante a resolu‹o de 
diversas quest›es cobradas anteriormente no Exame de Ordem. 
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Observa‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida 
a legisla‹o sobre direitos autorais e d‡ outras providncias. 
 
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professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
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;-) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.!APLICA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL PENAL 
 
1.1.! Lei processual penal no espao 
O estudo da aplicabilidade da Lei Processual Penal est‡ relacionado ˆ 
sua aptid‹o para produzir efeitos. Essa aptid‹o para produzir efeitos 
est‡ ligada a dois fatores: espacial e temporal. 
Assim, a norma processual penal (como qualquer outra) vigora em 
determinado lugar e em determinado momento. Nesse sentido, 
devemos analisar onde e quando a lei processual penal brasileira se 
aplica. 
O CPP adotou, como regra, o princ’pio da territorialidade. O que 
seria esse princ’pio? Esse princ’pio determina que a lei produzir‡ 
seus efeitos dentro do territ—rio nacional1. Simples assim! 
Desta maneira, o CPP Ž a lei aplic‡vel ao processo e julgamento das 
infra›es penais no Brasil. As regras de aplica‹o da Lei Penal brasileira 
est‹o no C—digo Penal, mas isso n‹o nos interessa aqui. O que nos 
interessa Ž o seguinte: se for caso de aplica‹o da Lei Penal brasileira, as 
regras do processo ser‹o aquelas previstas no CPP, em todo o territ—rio 
nacional. 
Portanto, n‹o se admite a existncia de C—digos Processuais 
estaduais, atŽ porque compete privativamente ˆ Uni‹o legislar sobre 
direito processual, nos termos da Constitui‹o Federal. 
Como disse a vocs, esta Ž a regra! Mas toda regra possui 
exce›es2. S‹o elas: 
A)!Tratados, conven›es e regras de Direito Internacional 
B)!Jurisdi‹o pol’tica - Prerrogativas constitucionais do Presidente 
da Repœblica, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os 
do Presidente da Repœblica, e dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constitui‹o, arts. 86, 
89, ¤ 2o, e 100) 
C)!Processos de competncia da Justia Eleitoral 
D)!Processos de competncia da Justia Militar 
E)!Legisla‹o especial 
 
Assim, o CPP Ž aplic‡vel aos processos de natureza criminal que 
tramitem no territ—rio nacional, com as ressalvas feitas anteriormente. 
Em rela‹o aos tratados internacionais, ao julgamento dos crimes 
de responsabilidade, aos procedimentos previstos na Legisla‹o 
especial e aos processos criminais da Justia Eleitoral, o CPP Ž 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu‹o penal. 12.¼ edi‹o. Ed. 
Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 92 
2 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 85-92 
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aplic‡vel de forma subsidi‡ria. Em rela‹o aos processos penais da 
Justia Militar, h‡ divergncia doutrin‡ria. 
H‡ quem sustente que, em rela‹o aos processos da Justia Militar o 
CPP n‹o Ž aplic‡vel nem mesmo de forma subsidi‡ria, pois o CPPM Ž 
suficientemente abrangente. Prevalece, contudo, o entendimento de 
que o CPP Ž aplic‡vel de forma subsidi‡ria (h‡ previs‹o nesse 
sentido, no pr—prio CPPM). 
AlŽm disso, o CPP s— Ž aplic‡vel aos atos processuais praticados 
no territ—rio nacional. Se, por algum motivo, o ato processual tiver de 
ser praticado no exterior (oitiva de testemunha, etc.), por meio de carta 
rogat—ria (ou outro instrumento de coopera‹o jur’dica internacional), 
ser‹o aplicadas as regras processuais do pa’s em que o ato for praticado. 
!
(FGV Ð 2013 Ð OAB Ð XI EXAME UNIFICADO) 
Em um processo em que se apura a pr‡tica dos delitos de 
supress‹o de tributo e evas‹o de divisas, o Juiz Federal da 4» Vara 
Federal Criminal de Arroizinho determina a expedi‹o de carta 
rogat—ria para os Estados Unidos da AmŽrica, a fim de que seja 
interrogado o rŽu M‡rio. Em cumprimento ˆ carta, o tribunal 
americano realiza o interrogat—rio do rŽu e devolve o 
procedimento ˆ Justia Brasileira, a 4» Vara Federal Criminal. O 
advogado de defesa de M‡rio, ao se deparar com o teor do ato 
praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em 
vista que n‹o foram obedecidas as garantias processuais 
brasileiras para o rŽu. 
Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no 
Espao, a alega‹odo advogado est‡ correta? 
A) Sim, pois no processo penal vigora o princ’pio da 
extraterritorialidade, j‡ que as normas processuais brasileiras 
podem ser aplicadas fora do territ—rio nacional. 
B) N‹o, pois no processo penal vigora o princ’pio da 
territorialidade, j‡ que as normas processuais brasileiras s— se 
aplicam no territ—rio nacional. 
C) Sim, pois no processo penal vigora o princ’pio da 
territorialidade, j‡ que as normas processuais brasileiras podem 
ser aplicadas em qualquer territ—rio. 
D) N‹o, pois no processo penal vigora o princ’pio da 
extraterritorialidade, j‡ que as normas processuais brasileiras 
podem ser aplicas fora no territ—rio nacional. 
COMENTçRIOS: No Direito Processual Penal vigora o princ’pio da 
territorialidade da aplica‹o da lei processual, o que significa dizer que a 
Lei Processual brasileira (no caso, o CPP) somente se aplica no 
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TERRITîRIO NACIONAL, n‹o havendo que se falar em utiliza‹o da lei 
processual brasileira para um ato praticado fora do Brasil. 
Isso, inclusive, j‡ foi decidido pelo STF, exemplificativamente, no HC 
91444/RJ. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B. 
 
1.2.! Lei processual penal no tempo 
Nos termos do art. 2¡ do CPP: 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-‡ desde logo, sem preju’zo da 
validade dos atos realizados sob a vigncia da lei anterior. 
 
Por este artigo podemos extrair o princ’pio do tempus regit actum, 
tambŽm conhecido como princ’pio do efeito imediato ou aplica‹o 
imediata da lei processual. Este princ’pio significa que a lei processual 
regular‡ os atos processuais praticados a partir de sua vigncia, n‹o se 
aplicando aos atos j‡ praticados.3 
Esta Ž a regra de aplica‹o temporal de toda e qualquer lei, meus 
caros, ou seja, produ‹o de efeitos somente para o futuro. Caso 
contr‡rio, o caos seria instalado! 
Assim, vocs devem ter muito cuidado! Ainda que o processo tenha 
se iniciado sob a vigncia de uma lei, sobrevindo outra norma, alterando 
o CPP (ainda que mais gravosa ao rŽu), esta ser‡ aplicada aos atos 
futuros. Ou seja, a lei nova n‹o pode retroagir para alcanar atos 
processuais j‡ praticados, mas se aplica aos atos futuros dos 
processos em curso. 
Esta possibilidade n‹o ofende o art. 5¡, XL da Constitui‹o Federal4. 
N‹o ofende, pois n‹o se trata de retroatividade da lei. Mais que isso, esse 
dispositivo s— se aplica ˆs normas puramente processuais. 
EXEMPLO: Imaginemos que uma pessoa responda pelo crime de 
homic’dio. Nesse caso, a Lei prev dois recursos, ÒAÓ e ÒBÓ. Durante o 
processo surge uma lei alterando o CPP e excluindo a possibilidade de 
interposi‹o do recurso ÒBÓ, ou seja, Ž prejudicial ao rŽu. Nesse caso, 
trata-se de norma puramente processual, e a aplica‹o da lei nova ser‡ 
imediata. Entretanto, se o acusado j‡ tiver interposto o recurso ÒBÓ, a lei 
nova n‹o ter‡ o cond‹o de fazer com que o recurso deixe de ser julgado, 
pois se trata de ato processual j‡ praticado (interposi‹o do recurso), 
devendo o Tribunal apreci‡-lo. 
 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 96. No mesmo sentido, Eugnio Pacelli. PACELLI, 
Eugnio. Curso de processo penal. 16¼ edi‹o. Ed. Atlas. S‹o Paulo, 2012, p. 24. 
4 XL - a lei penal n‹o retroagir‡, salvo para beneficiar o rŽu; 
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Ocorre, porŽm, que dentro de uma lei processual pode haver normas 
de natureza material. Como assim? Uma lei processual pode estabelecer 
normas que, na verdade, s‹o de Direito Penal, pois criam ou extinguem 
direito do indiv’duo, relativos ˆ sua liberdade, etc. Nesses casos de leis 
materiais, inseridas em normas processuais (e vice-versa), ocorre 
o fen™meno da heterotopia. 
Em casos como este, o dif’cil Ž saber identificar qual regra Ž de 
direito processual e qual Ž de direito material (penal). PorŽm, uma vez 
identificada a norma como sendo uma regra de direito material, sua 
aplica‹o ser‡ regulada pelas normas atinentes ˆ aplica‹o da lei penal no 
tempo, inclusive no que se refere ˆ possibilidade de efic‡cia retroativa 
para benef’cio do rŽu. 
Diferentemente das normas heterot—picas (que s‹o ou de direito 
material ou de direito processual, mas inseridas em lei de natureza 
diversa), existem normas mistas, ou h’bridas, que s‹o aquelas que 
s‹o, ao mesmo tempo, normas de direito processual e de direito 
material. 
No caso das normas mistas, embora haja alguma divergncia 
doutrin‡ria, vem prevalecendo o entendimento de que, por haver 
disposi›es de direito material, devem ser utilizadas as regras de 
aplica‹o da lei penal no tempo, ou seja, retroatividade da lei mais 
benŽfica e impossibilidade de retroatividade quando houver preju’zo ao 
rŽu.5 
CUIDADO! No que se refere ˆs normas relativas ˆ 
execu‹o penal (cumprimento de pena, sa’das tempor‡rias, etc.), a 
Doutrina diverge quanto ˆ sua natureza. H‡ quem entenda tratar-se de 
normas de direito material, h‡ quem as considere como normas de 
direito processual. Entretanto, para n—s, o que importa Ž o que o STF e o 
STJ pensam! E eles entendem que se trata de norma de direito 
material. Assim, se uma lei nova surge, alterando o regime de 
cumprimento da pena, beneficiando o rŽu, ela ser‡ aplicada aos 
processos em fase de execu‹o, por ser considerada norma de direito 
material. 
!
(FGV - 2016 - OAB - XIX EXAME DE ORDEM) 
Jo‹o, no dia 2 de janeiro de 2015, praticou um crime de 
apropriac Τ‹o indŽbita majorada. Foi, ent‹o, denunciado como 
incurso nas sanc Τ›es penais do Art. 168, ¤1o, inciso III, do C—digo 
Penal. No curso do processo, mas antes de ser proferida sentenc Τa 
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5 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 96 
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condenat—ria, dispositivos do C—digo de Processo Penal de 
natureza exclusivamente processual sofrem uma reforma 
legislativa, de modo que o rito a ser seguido no recurso de 
apelac Τ‹o Ž modificado. O advogado de Jo‹o entende que a 
mudanc Τa foi prejudicial, pois Ž poss’vel que haja uma demora no 
julgamento dos recursos. 
Nesse caso, ap—s a sentenc Τa condenat—ria, Ž correto afirmar que o 
advogado de Jo‹o 
A) dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelacΤ‹o, pois se 
aplica ao caso o princ’pio da imediata aplicacΤ‹o da nova lei. 
B) n‹o dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelacΤ‹o, em 
raz‹o do princ’pio da irretroatividade da lei prejudicial e de o fato 
ter sido praticado antes da inovacΤ‹o. 
C) n‹o dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelacΤ‹o, em 
raz‹o do princ’pio da ultratividade da lei. 
D) dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelacΤ‹o, pois se 
aplica ao caso o princ’pio da extratividade. 
COMENTçRIOS: No processo penal vigora o princ’pio do tempus regit 
actum, ou seja, o ato processual ser‡ praticado de acordo com a lei 
processual que vigorar no momento de sua realiza‹o, 
independentemente de se tratar de lei processual mais gravosa do que 
aquela que vigorava no momento da pr‡tica do delito, nos termosdo art. 
2¼ do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A. 
 
(FGV Ð 2013 Ð OAB Ð XI EXAME UNIFICADO) 
A Lei n. 9.099/95 modificou a espŽcie de a‹o penal para os 
crimes de les‹o corporal leve e culposa. De acordo com o Art. 88 
da referida lei, tais delitos passaram a ser de a‹o penal pœblica 
condicionada ˆ representa‹o. Tratando-se de quest‹o relativa ˆ 
Lei Processual Penal no Tempo, assinale a alternativa que 
corretamente exp›e a regra a ser aplicada para processos em 
curso que n‹o haviam transitado em julgado quando da altera‹o 
legislativa. 
A) Aplica-se a regra do Direito Penal de retroagir a lei, por ser 
norma mais benigna. 
B) Aplica-se a regra do Direito Processual de imediatidade, em 
que a lei Ž aplicada no momento em que entra em vigor, sem que 
se questione se mais gravosa ou n‹o. 
C) Aplica-se a regra do Direito Penal de irretroatividade da lei, por 
ser norma mais gravosa. 
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D) Aplica-se a regra do Direito Processual de imediatidade, em 
que a lei Ž aplicada no momento em que entra em vigor, devendo-
se questionar se a novatio legis Ž mais gravosa ou n‹o. 
COMENTçRIOS: No caso espec’fico da altera‹o da natureza da a‹o 
penal em rela‹o aos crimes de les›es corporais leves e culposas, o STJ 
entendeu que a norma possu’a car‡ter h’brido (de direito processual e de 
direito material), devendo ser aplicada a regra relativa ˆs normas de 
Direito Penal, no que tange ˆ retroatividade da lei mais benŽfica. 
Por se tratar de lei mais benŽfica, o STJ entendeu que deveria ser 
aplicada aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor, desde que o 
processo ainda estivesse tramitando, devendo a v’tima manifestar seu 
interesse no prosseguimento da a‹o penal (j‡ que a a‹o penal j‡ havia 
sido ajuizada).6 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A. 
 
2.!PRINCêPIOS PROCESSUAIS PENAIS 
 
2.1.! Princ’pio da inŽrcia 
Alguns doutrinadores n‹o consideram este um princ’pio do processo 
penal com base constitucional, embora seja un‰nime que Ž aplic‡vel ao 
processo penal brasileiro. 
Este princ’pio diz que o Juiz n‹o pode dar in’cio ao processo penal, 
pois isto implicaria em viola‹o da sua imparcialidade, j‡ que, ao dar 
in’cio ao processo, o Juiz j‡ d‡ sinais de que ir‡ condenar o rŽu. 
Um dos dispositivos constitucionais que d‡ base a esse entendimento 
Ž o art. 129, I da Constitui‹o Federal: 
Art. 129. S‹o fun›es institucionais do MinistŽrio Pœblico: 
I - promover, privativamente, a a‹o penal pœblica, na forma da lei; 
 
Percebam que a Constitui‹o estabelece como sendo privativa do MP 
a promo‹o da a‹o penal pœblica. Assim, diz-se que o MP Ž o Òtitular 
da a‹o penal pœblicaÓ. 
Mas e a a‹o penal privada? Mais ˆ frente vocs ver‹o que a a‹o 
penal privada Ž de titularidade do ofendido. Assim, o Juiz j‡ n‹o 
poderia a ela dar in’cio por sua pr—pria natureza, j‡ que a lei considera 
que, nesses casos, o interesse do ofendido em processar ou n‹o o infrator 
se sobrep›e ao interesse do Estado na persecu‹o penal. 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
6 (HC 10.841/RS, Rel. Ministro VICENTE LEAL, SEXTA TURMA, julgado em 22/08/2000, DJ 
11/09/2000, p. 292) 
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Este princ’pio Ž o alicerce m‡ximo daquilo que se chama de sistema 
acusat—rio, que Ž o sistema adotado pelo nosso processo penal7. No 
sistema acusat—rio existe uma figura que acusa e outra figura que julga, 
diferentemente do sistema inquisitivo, no qual acusador e julgador se 
confundem na mesma pessoa, o que gera parcialidade do julgador, 
ofendendo inœmeros outros princ’pios. 
Entretanto, este princ’pio n‹o impede que o Juiz determine a 
realiza‹o de diligncias que entender necess‡rias para elucidar 
quest‹o relevante para o deslinde do processo. Isso porque no 
Processo Penal, diferentemente do que ocorre no Processo Civil, vigora o 
princ’pio da busca pela verdade real ou material, n‹o da verdade 
formal. Assim, no processo penal n‹o h‡ presun‹o de veracidade das 
alega›es da acusa‹o em caso de ausncia de manifesta‹o em 
contr‡rio pelo rŽu, pois o interesse pœblico pela busca da efetiva verdade 
impede isto. 
AlŽm disso, este princ’pio ir‡ embasar diversas outras disposi›es do 
sistema processual penal brasileiro, como aquela que impede que o Juiz 
julgue um fato n‹o contido na denœncia (seria uma viola‹o indireta ao 
princ’pio da inŽrcia), que caracteriza o princ’pio da congruncia8 entre 
a sentena e a inicial acusat—ria. 
 
2.2.! Princ’pio do devido processo legal 
Esse princ’pio Ž o que se pode chamar de base principal do Direito 
Processual brasileiro, pois todos os outros, de uma forma ou de outra, 
encontram nele seu fundamento. Este princ’pio est‡ previsto no art. 5¡, 
LIV da CRFB/88, nos seguintes termos: 
LIV - ninguŽm ser‡ privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
 
Assim, a Constitui‹o estabelece que ninguŽm poder‡ sofrer priva‹o 
de sua liberdade ou de seus bens sem que haja um processo prŽvio, em 
que lhe seja assegurada toda a sorte de instrumentos de defesa. 
Desta maneira, especificamente no processo penal, esse princ’pio 
norteia algumas regras, como o Direito que o acusado possui de ser 
ouvido pessoalmente (Sim, o interrogat—rio Ž um direito do rŽu), a fim de 
expor sua vers‹o dos fatos, bem como o direito que o acusado possui de 
arrolar testemunhas, contradizer todas as provas e argumentos da 
acusa‹o etc. Todos eles tiram seu fundamento do Princ’pio do Devido 
Processo Legal. 
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7 Alguns sustentam que se adotou um sistema PREDOMINANTEMENTE acusat—rio. Outros 
sustentam ter sido adotado um sistema misto (entre acusat—rio e inquisitivo), pois h‡ caracteres 
de ambos. NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p.71 
8 TambŽm chamado de princ’pio da adstri‹o ou princ’pio da corre‹o entre acusa‹o e sentena. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 608 
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A obedincia ao rito previsto na Lei Processual (seja o rito ordin‡rio 
ou outro), bem como ˆs demais regras estabelecidas para o processo Ž 
que se chama de Devido Processo Legal em sentido formal. 
Entretanto, existe outra vertente deste princ’pio, denominada 
Devido Processo Legal em sentido material. Nessa œltima acep‹o, 
entende-se que o Devido Processo Legal s— Ž efetivamente respeitado 
quando o Estado age de maneira razo‡vel, proporcional e 
adequada na tutela dos interesses da sociedade e do acusado. 
O princ’pio do Devido Processo Legal tem como corol‡rios os 
postulados da Ampla Defesa e do Contradit—rio, ambos tambŽm 
previstos na Constitui‹o Federal, em seu art. 5¡, LV9. 
 
2.2.1.! Dos postulados do contradit—rio e da ampla defesa 
O princ’pio do Contradit—rio estabelece que os litigantes em geral e, 
no nosso caso, os acusados, tem assegurado o direito de contradizer os 
argumentos trazidos pela parte contr‡ria e as provas por ela produzidas. 
Entretanto, este princ’pio sofre limita›es, notadamente quando a 
decis‹o a sertomada pelo Juiz n‹o possa esperar a manifesta‹o 
do acusado ou a cincia do acusado pode implicar a frustra‹o da 
decis‹o. 
EXEMPLO: Imagine que o MP aju’za a‹o penal em face de JosŽ, 
requerendo seja decretada sua pris‹o preventiva, com base na 
ocorrncia de uma das circunst‰ncias previstas no art. 312 do CPP. O 
Juiz, ao receber a denœncia, verificando estarem presentes os requisitos 
que autorizam a decreta‹o da pris‹o preventiva, a decretar‡ sem ouvir 
o acusado, pois aguardar a manifesta‹o deste acerca da pris‹o 
preventiva pode acarretar na frustra‹o desta (fuga do acusado). 
 
J‡ o postulado da ampla defesa prev que n‹o basta dar ao acusado 
cincia das manifesta›es da acusa‹o e facultar-lhe se manifestar, se 
n‹o lhe forem dados instrumentos para isso. Ampla Defesa e 
Contradit—rio caminham juntos (atŽ por isso est‹o no mesmo inciso da 
Constitui‹o), e retiram seu fundamento no Devido Processo Legal. 
Entre os instrumentos para o exerc’cio da defesa est‹o a previs‹o 
legal de recursos em face das decis›es judiciais, direito ˆ produ‹o de 
provas, bem como a obriga‹o de que o Estado fornea assistncia 
jur’dica integral e gratuita, primordialmente atravŽs da Defensoria 
Pœblica.10 
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9 Art. 5 (...) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral s‹o 
assegurados o contradit—rio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
10 LXXIV - o Estado prestar‡ assistncia jur’dica integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficincia de recursos; 
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Portanto, ao acusado que n‹o possuir meios de pagar um advogado, 
deve ser garantida a defesa por um Defensor Pœblico, ou, em n‹o 
havendo sede da Defensoria Pœblica na comarca, ser nomeado um 
defensor dativo (advogado particular pago pelos cofres pœblicos), a fim de 
que lhe seja prestada defesa tŽcnica. 
AlŽm da defesa tŽcnica, realizada por profissional habilitado 
(advogado particular ou Defensor Pœblico), h‡ tambŽm a autodefesa, 
que Ž realizada pelo pr—prio rŽu, especialmente quando do seu 
interrogat—rio, oportunidade na qual pode, ele mesmo, defender-se 
pessoalmente, sem a intermedia‹o de procurador. Assim, se o Juiz se 
recusar a interrogar o rŽu, por exemplo, estar‡ violando o 
princ’pio da ampla defesa, por estar impedindo o rŽu de exercer sua 
autodefesa. 
Ao contr‡rio da defesa tŽcnica, que n‹o pode faltar no processo 
criminal, sob pena de nulidade absoluta, o rŽu pode recusar-se a 
exercer a autodefesa, ficando em silncio, por exemplo, pois o direito 
ao silncio Ž um direito expressamente previsto ao rŽu. 
Este princ’pio n‹o impede, porŽm, que o acusado sofra as 
consequncias de sua inŽrcia em rela‹o aos atos processuais (n‹o-
interposi‹o de recursos, ausncia injustificada de audincias, etc.). 
Entretanto, o princ’pio da ampla defesa se manifesta mais explicitamente 
quando o rŽu, embora citado, deixe de apresentar Resposta ˆ Acusa‹o. 
Nesse caso, dada a import‰ncia da pea de defesa, dever‡ o Juiz 
encaminhar os autos ˆ Defensoria Pœblica, para que atue na qualidade de 
curador do acusado, ou, em n‹o havendo Defensoria no local, nomear 
defensor dativo para que patrocine a defesa do acusado. 
 
2.3.! Princ’pio da presun‹o de n‹o culpabilidade (ou 
presun‹o de inocncia) 
A Presun‹o de inocncia Ž o maior pilar de um Estado Democr‡tico de 
Direito, pois, segundo este princ’pio, nenhuma pessoa pode ser considerada 
culpada (e sofrer as consequncias disto) antes do tr‰nsito em julgado se 
sentena penal condenat—ria. Nos termos do art. 5¡, LVII da CRFB/88: 
LVII - ninguŽm ser‡ considerado culpado atŽ o tr‰nsito em julgado de 
sentena penal condenat—ria; 
 
O que Ž tr‰nsito em julgado de sentena penal condenat—ria? ƒ a 
situa‹o na qual a sentena proferida no processo criminal, condenando o rŽu, 
n‹o pode mais ser modificada atravŽs de recurso. Assim, enquanto n‹o 
houver uma sentena criminal condenat—ria irrecorr’vel, o acusado n‹o 
pode ser considerado culpado e, portanto, n‹o pode sofrer as consequncias da 
condena‹o. 
Este princ’pio pode ser considerado: 
⇒! Uma regra probat—ria (regra de julgamento) - Deste princ’pio 
decorre que o ™nus (obriga‹o) da prova cabe ao acusador (MP ou 
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ofendido, conforme o caso). O rŽu Ž, desde o comeo, inocente, atŽ que o 
acusador prove sua culpa. Assim, temos o princ’pio do in dubio pro reo ou favor 
rei, segundo o qual, durante o processo (inclusive na sentena), havendo 
dœvidas acerca da culpa ou n‹o do acusado, dever‡ o Juiz decidir em favor 
deste, pois sua culpa n‹o foi cabalmente comprovada. 
 
CUIDADO: Existem hip—teses em que o Juiz n‹o decidir‡ de acordo com 
princ’pio do in dubio pro reo, mas pelo princ’pio do in dubio pro societate. Por 
exemplo, nas decis›es de recebimento de denœncia ou queixa e na decis‹o de 
pronœncia, no processo de competncia do Jœri, o Juiz decide contrariamente ao 
rŽu (recebe a denœncia ou queixa no primeiro caso, e pronuncia o rŽu no 
segundo) com base apenas em ind’cios de autoria e prova da materialidade. Ou 
seja, nesses casos, mesmo o Juiz tendo dœvidas quanto ˆ culpabilidade do rŽu, 
dever‡ decidir contrariamente a ele, e em favor da sociedade, pois destas 
decis›es n‹o h‡ consequncias para o rŽu, permitindo-se, apenas, que seja 
iniciado o processo ou a fase processual, na qual ser‹o produzidas as provas 
necess‡rias ˆ elucida‹o dos fatos. 
 
⇒! Uma regra de tratamento - Deste princ’pio decorre, ainda, que o rŽu 
deve ser, a todo momento, tratado como inocente. E isso tem uma dimens‹o 
interna e uma dimens‹o externa: 
a)! Dimens‹o interna Ð O agente deve ser tratado, dentro do processo, 
como inocente. Ex.: O Juiz n‹o pode decretar a pris‹o preventiva do 
acusado pelo simples fato de o rŽu estar sendo processado, caso 
contr‡rio, estaria presumindo a culpa do acusado. 
b)! Dimens‹o externa Ð O agente deve ser tratado como inocente FORA do 
processo, ou seja, o fato de estar sendo processado n‹o pode gerar 
reflexos negativos na vida do rŽu. Ex.: O rŽu n‹o pode ser eliminado de 
um concurso pœblico porque est‡ respondendo a um processo criminal 
(pois isso seria presumir a culpa do rŽu). 
 
Desta maneira, sendo este um princ’pio de ordem Constitucional, 
deve a legisla‹o infraconstitucional (especialmente o CP e o CPP) 
respeit‡-lo, sob pena de viola‹o ˆ Constitui‹o. Portanto, uma lei que 
dissesse, por exemplo, que o cumprimento de pena se daria a partir da sentena 
em primeira inst‰ncia seria inconstitucional, pois a Constitui‹o afirma que o 
acusado ainda n‹o Ž considerado culpado nessa hip—tese. 
CUIDADO! A existncia de pris›es provis—rias (pris›es 
decretadas no curso do processo) n‹o ofende a presun‹o de inocncia, 
pois nesse caso n‹o se trata de uma pris‹o como cumprimento de pena, mas 
sim de uma pris‹o cautelar, ou seja, para garantir que o processo penal seja 
devidamente instru’do ou eventual sentena condenat—ria seja cumprida. Por 
exemplo: Se o rŽu est‡ dando sinais de que vai fugir (tirou passaporte 
recentemente), e o Juiz decreta sua pris‹o preventiva, o faz n‹o por consider‡-
lo culpado, mas para garantir que, caso seja condenado, cumpra a pena. Vocs 
ver‹o mais sobre isso na aula sobre Pris‹o e Liberdade Provis—ria! ☺ 
Ouseja, a pris‹o cautelar, quando devidamente fundamentada na 
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necessidade de evitar a ocorrncia de algum preju’zo (risco para a instru‹o ou 
para o processo, por exemplo), Ž v‡lida. O que n‹o se pode admitir Ž a 
utiliza‹o da pris‹o cautelar como Òantecipa‹o de penaÓ. 
 
Vou transcrever para vocs agora alguns pontos que s‹o polmicos e a 
respectiva posi‹o dos Tribunais Superiores, pois isto Ž importante. 
¥! Processos criminais em curso e inquŽritos policiais em face do 
acusado podem ser considerados maus antecedentes? 
Segundo o STJ e o STF n‹o, pois em nenhum deles o acusado foi 
condenado de maneira irrecorr’vel, logo, n‹o pode ser considerado 
culpado nem sofrer qualquer consequncia em rela‹o a eles 
(sœmula 444 do STJ). 
¥! Regress‹o de regime de cumprimento da pena Ð O STJ e o STF 
entendem que NÌO Hç NECESSIDADE DE CONDENA‚ÌO PENAL 
TRANSITADA EM JULGADO para que o preso sofra a regress‹o do 
regime de cumprimento de pena mais brando para o mais severo (do 
semiaberto para o fechado, por exemplo). Nesses casos, basta que 
o preso tenha cometido novo crime doloso ou falta grave, 
durante o cumprimento da pena pelo crime antigo, para que haja a 
regress‹o, nos termos do art. 118, I da Lei 7.210/84 (Lei de 
Execu›es Penais), n‹o havendo necessidade, sequer, de que tenha 
havido condena‹o criminal ou administrativa. A Jurisprudncia 
entende que esse artigo da LEP n‹o ofende a Constitui‹o. 
¥! Revoga‹o do benef’cio da suspens‹o condicional do processo 
em raz‹o do cometimento de crime Ð Prev a Lei 9.099/95 que 
em determinados crimes, de menor potencial ofensivo, pode ser o 
processo criminal suspenso por determinado, devendo o rŽu cumprir 
algumas obriga›es durante este prazo (dentre elas, n‹o cometer 
novo crime), findo o qual estar‡ extinta sua punibilidade. Nesse caso, 
o STF e o STJ entendem que, descoberta a pr‡tica de crime pelo 
acusado beneficiado com a suspens‹o do processo, este benef’cio 
deve ser revogado, por ter sido descumprida uma das condi›es, 
n‹o havendo necessidade de tr‰nsito em julgado da sentena 
condenat—ria do crime novo. 
 
CUIDADO MASTER! Recentemente, no julgamento do HC 126.292 o STF 
decidiu (entendimento confirmado posteriormente) que o cumprimento da 
pena pode se iniciar com a mera condena‹o em segunda inst‰ncia por um 
—rg‹o colegiado (TJ, TRF, etc.). Isso significa que o STF relativizou o 
princ’pio da presun‹o de inocncia, admitindo que a ÒculpaÓ (para fins de 
cumprimento da pena) j‡ estaria formada nesse momento (embora a CF/88 
seja expressa em sentido contr‡rio). Isso significa que, possivelmente, teremos 
(num futuro breve) altera‹o na jurisprudncia consolidada do STF e do STJ, de 
forma que a›es penais em curso passem a poder ser consideradas como maus 
antecedentes, desde que haja, pelo menos, condena‹o em segunda inst‰ncia 
por —rg‹o colegiado (mesmo sem tr‰nsito em julgado), alŽm de outros reflexos 
que tal relativiza‹o provoca (HC 126292/SP, rel. Min. Teori Zavascki, 
17.2.2016). 
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2.4.! Princ’pio da obrigatoriedade da fundamenta‹o das 
decis›es judiciais 
Este princ’pio est‡ previsto no art. 93, IX da Constitui‹o11. Desta 
maneira, pode-se elevar esse princ’pio (motiva‹o das decis›es judiciais) 
ˆ categoria de princ’pio constitucional, por ter merecido a aten‹o da Lei 
M‡xima. 
Esse princ’pio decorre da l—gica do sistema jur’dico p‡trio, em que a 
transparncia deve vigorar. Assim, a parte (seja o acusado ou o 
acusador) saber‡ exatamente o que se baseou o Juiz para proferir aquela 
decis‹o e, assim, poder examinar se o Magistrado agiu dentro da 
legalidade. 
Ali‡s, esse princ’pio guarda estrita rela‹o com o princ’pio da 
Ampla Defesa, eis que a ausncia de fundamenta‹o ou a 
fundamenta‹o deficiente de uma decis‹o dificulta e por vezes impede a 
sua impugna‹o, j‡ que a parte prejudicada n‹o tem elementos para 
combat-lo, j‡ que n‹o sabe seus fundamentos. 
Alguns pontos controvertidos merecem destaque: 
¥! A decis‹o de recebimento da denœncia ou queixa, apesar 
de possuir forte carga decis—ria, n‹o precisa de 
fundamenta‹o complexa (STF entende que isso n‹o fere a 
Constitui‹o). 
¥! A fundamenta‹o referida Ž constitucional Ð 
Fundamenta‹o referida Ž aquela na qual um —rg‹o do 
Judici‡rio se remete ˆs raz›es expostas por outro —rg‹o do 
Judici‡rio (Ex.: O Tribunal, ao julgar a apela‹o, mantendo a 
sentena, pode fundamentar sua decis‹o referindo-se aos 
argumentos expostos na sentena de primeira inst‰ncia, sem 
necessidade de reproduzi-los no corpo do Ac—rd‹o). 
¥! As decis›es proferidas pelo Tribunal do Jœri n‹o s‹o 
fundamentadas, pois os julgadores (jurados) n‹o possuem 
conhecimento tŽcnico, proferindo seu voto conforme sua 
percep‹o de Justia indicar. 
 
2.5.! Princ’pio da publicidade 
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11 Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor‡ sobre o Estatuto 
da Magistratura, observados os seguintes princ’pios: 
(...) 
IX todos os julgamentos dos —rg‹os do Poder Judici‡rio ser‹o pœblicos, e fundamentadas todas as 
decis›es, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presena, em determinados atos, ˆs 
pr—prias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preserva‹o do 
direito ˆ intimidade do interessado no sigilo n‹o prejudique o interesse pœblico ˆ informa‹o; 
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Este princ’pio estabelece que os atos processuais e as decis›es 
judiciais ser‹o pœblicas, ou seja, de acesso livre a qualquer do povo. Essa 
Ž a regra prevista no art. 93, IX da CRFB/88: 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor‡ 
sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princ’pios: 
(...) 
IX- todos os julgamentos dos —rg‹os do Poder Judici‡rio ser‹o pœblicos, e 
fundamentadas todas as decis›es, sob pena de nulidade, podendo a lei 
limitar a presena, em determinados atos, ˆs pr—prias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preserva‹o do direito 
ˆ intimidade do interessado no sigilo n‹o prejudique o interesse pœblico ˆ 
informa‹o; 
 
Percebam que a Constitui‹o determina que os julgamentos dos 
—rg‹os do Poder Judici‡rio ser‹o pœblicos, mas entende-se ÒjulgamentosÓ 
como qualquer ato processual. 
Entretanto, essa publicidade NÌO ƒ ABSOLUTA, podendo sofrer 
restri‹o, quando a intimidade das partes ou interesse pœblico exigir. A 
isso se chama de publicidade restrita. 
Essa possibilidade de restri‹o est‡ prevista, ainda, no art. 5¡, LX da 
CRFB/88: 
LX - a lei s— poder‡ restringir a publicidade dos atos processuais quando a 
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
 
Ressalto a vocs que essa publicidade pode ser restringida apenas ˆs 
partes e seus procuradores, ou somente a estes. O que isso significa? 
Que alguns atos podem n‹o ser pœblicos nem mesmo para a outra parte! 
Sim! Imaginem que, numa audincia, a ofendida pelo crime de estupro 
n‹o queira dar seudepoimento na presena do acusado. Nada mais 
natural. Assim, o Juiz poder‡ mandar que este se retire da sala, 
permanecendo, porŽm, o seu advogado. Aos procuradores das partes 
(advogado, membro do MP, etc.) nunca se pode negar publicidade 
dos atos processuais! Gravem isso! 
Essa impossibilidade de restri‹o da publicidade aos procuradores 
das partes Ž decorrncia natural do princ’pio do contradit—rio e da ampla 
defesa, pois s‹o os procuradores quem exercem a defesa tŽcnica, n‹o 
podendo ser privados do acesso a nenhum ato do processo, sob pena de 
nulidade.12 
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12 Por fim, vale registrar que no Tribunal do Jœri (que tem regras muito espec’ficas) o voto dos 
jurados Ž sigiloso, por expressa previs‹o constitucional, caracterizando-se em mais uma exce‹o 
ao princ’pio. Nos termos do art. 5¡, XVIII, b, da Constitui‹o: 
Art. 5¼ (...) 
XXXVIII - Ž reconhecida a institui‹o do jœri, com a organiza‹o que lhe der a lei, assegurados: 
(...) 
b) o sigilo das vota›es; 
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2.6.! Princ’pio da isonomia processual 
O princ’pio da isonomia processual decorre do princ’pio da isonomia, 
genericamente considerado, segundo o qual as pessoas s‹o iguais 
perante a lei, sendo vedadas pr‡ticas discriminat—rias. Est‡ previsto no 
art. 5¡ da Constitui‹o: 
Art. 5¼ Todos s‹o iguais perante a lei, sem distin‹o de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa’s a 
inviolabilidade do direito ˆ vida, ˆ liberdade, ˆ igualdade, ˆ segurana e ˆ 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
No campo processual este princ’pio tambŽm irradia seus efeitos, 
devendo a lei processual tratar ambas as partes de maneira igualit‡ria, 
conferindo-lhes os mesmos direitos e deveres. Por exemplo: Os prazos 
recursais devem ser os mesmos para acusa‹o e defesa, o tempo para 
sustenta‹o oral nas sess›es de julgamento tambŽm devem ser idnticos, 
etc. 
Entretanto, Ž poss’vel que a lei estabelea algumas situa›es 
aparentemente anti-ison™micas, a fim de equilibrar as foras dentro do 
processo.13 
 
2.7.! Princ’pio do duplo grau de jurisdi‹o 
Este princ’pio estabelece que as decis›es judiciais devem estar 
sujeitas ˆ revis‹o por outro —rg‹o do Judici‡rio. Embora n‹o esteja 
expresso na Constitui‹o, grande parte dos doutrinadores o aceita 
como um princ’pio constitucional impl’cito14, fundamentando sua tese nas 
regras de competncia dos Tribunais estabelecidas na Constitui‹o, o que 
deixaria impl’cito que toda decis‹o judicial deva estar sujeita a recurso, 
via de regra. 
Entretanto, mesmo aqueles que consideram ser este um princ’pio de 
’ndole constitucional entendem que h‡ exce›es, que s‹o os casos de 
competncia origin‡ria do STF, a›es nas quais n‹o cabe recurso da 
decis‹o de mŽrito (—bvio, pois o STF Ž a Corte Suprema do Brasil). Assim, 
essa exce‹o n‹o anularia o fato de que se trata de um princ’pio 
constitucional, apenas n‹o lhe permite ser absoluto. 
 
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Assim, nesse caso, n‹o h‡ publicidade do voto proferido pelo jurado, mas a sess‹o secreta onde 
ocorre o julgamento pelos jurados (dep—sito dos votos na urna) Ž acess’vel aos procuradores. 
13 Por exemplo, quando a lei estabelece que a Defensoria Pœblica possui prazo em dobro para 
recorrer, n‹o est‡ ferindo o princ’pio da isonomia, mas est‡ apenas corrigindo uma situa‹o de 
desequil’brio. Isso porque a Defensoria Pœblica Ž uma Institui‹o absolutamente assoberbada, que 
n‹o pode escolher se vai ou n‹o patrocinar uma demanda. Caso o assistido se enquadre como 
hipossuficiente, a Defensoria Pœblica deve atuar. Um escrit—rio de advocacia pode, por exemplo, se 
recusar a patrocinar uma defesa alegando estar muito atarefado. 
14 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 52. 
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2.8.! Princ’pio do Juiz Natural 
A Constitui‹o estabelece em seu art. 5¡, LIII que: 
LIII - ninguŽm ser‡ processado nem sentenciado sen‹o pela autoridade 
competente; 
 
Assim, desse dispositivo constitucional podemos extrair o princ’pio do 
Juiz Natural. 
O princ’pio do Juiz Natural estabelece que toda pessoa tem direito de 
ser julgada por um —rg‹o do Poder Judici‡rio brasileiro, devidamente 
investido na fun‹o jurisdicional, cuja competncia fora previamente 
definida15. Assim, est‡ vedada a forma‹o de Tribunal ou Ju’zo de 
exce‹o, que s‹o aqueles criados especificamente para o julgamento de 
um determinado caso. Isso n‹o Ž tolerado no Brasil! 
PorŽm, vocs n‹o devem confundir Ju’zo ou Tribunal de exce‹o com 
varas especializadas. As varas especializadas s‹o criadas para otimizar 
o trabalho do Judici‡rio, e sua competncia Ž definida abstratamente, e 
n‹o em raz‹o de um fato isolado, de forma que n‹o ofendem o 
princ’pio. O que este princ’pio impede Ž a manipula‹o das Òregras do 
jogoÓ para se ÒescolherÓ o Juiz que ir‡ julgar a causa.16 
Assim, proposta a a‹o penal, ela ser‡ distribu’da para um dos Ju’zes 
com competncia para julg‡-la. 
Boa parte da Doutrina sustenta17, ainda, a existncia do princ’pio 
do Promotor Natural. Tal princ’pio estabelece que toda pessoa tem 
direito de ser acusada pela autoridade competente. Assim, Ž vedada a 
designa‹o pelo Procurador-Geral de Justia de um Promotor para atuar 
especificamente num determinado caso. Isso seria simplesmente um 
acusador de exce‹o, alguŽm que n‹o estava previamente definido como 
o Promotor (ou um dos Promotores) que poderia receber o caso, mas 
alguŽm que foi definido como o acusador de um rŽu ap—s a pr‡tica do 
fato, cuja finalidade Ž fazer com que o acusado seja processado por 
alguŽm que possui determinada caracter’stica (Promotor mais brando ou 
mais severo, a depender do infrator). 
Entretanto, a defini‹o de atribui›es especializadas (Promotor para 
crimes ambientais, crimes contra a ordem financeira, etc.) n‹o viola este 
princ’pio, pois n‹o se est‡ estabelecendo uma atribui‹o casu’stica, 
apenas para determinado caso, mas uma atribui‹o abstrata, que se 
aplicar‡ a todo e qualquer caso semelhante. ƒ exatamente o mesmo que 
ocorre em rela‹o ˆs Varas especializadas. 
 
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15 PACELLI, Eugnio. Op. cit., p. 37 
16 Outra situa‹o que tambŽm NÌO VIOLA o princ’pio do Juiz Natural Ž a atra‹o, por conex‹o ou 
continncia, do processo do corrŽu ao foro por prerrogativa de fun‹o de um dos denunciados 
(sœmula 704 do STF). Veremos mais sobre isso na aula sobre jurisdi‹o e competncia. 
17 Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 52 
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2.9.! Princ’pio da veda‹o ˆs provas il’citas 
No nosso sistema processual penal vige o princ’pio do livre 
convencimento motivado do Juiz, ou seja, o Juiz n‹o est‡ obrigado a 
decidir conforme determinada prova (confiss‹o, por exemplo), podendo 
decidir da forma que entender, desde quefundamente sua decis‹o em 
alguma das provas produzidas nos autos do processo. 
Em raz‹o disso, ˆs partes Ž conferido o direito de produzir as provas 
que entendam necess‡rias para convencer o Juiz a acatar sua tese. 
Entretanto, esse direito probat—rio n‹o Ž ilimitado, encontrando 
limites nos direitos fundamentais previstos na Constitui‹o. Essa limita‹o 
encontra-se no art. 5¡, LVI da Constitui‹o. Vejamos: 
LVI - s‹o inadmiss’veis, no processo, as provas obtidas por meios il’citos; 
 
Vejam que a Constitui‹o Ž clara ao dizer que n‹o se admitem no 
processo as provas que tenham sido obtidas por meios il’citos. Mas o que 
seriam meios il’citos? Seriam todos aqueles meios em que para a 
obten‹o da prova tenha que ser violado um direito fundamental de 
alguŽm. 
A Doutrina divide as provas ilegais em provas il’citas (quando 
violam normas de direito material) e provas ileg’timas (quando violam 
normas de direito processual). Veremos mais sobre o tema na aula 
sobre provas. 
ATEN‚ÌO! A Doutrina dominante admite a utiliza‹o de 
provas il’citas quando esta for a œnica forma de se obter a 
absolvi‹o do rŽu. 
 
2.10.!Princ’pio da veda‹o ˆ autoincrimina‹o 
Tal princ’pio, tambŽm conhecido como nemo tenetur se detegere, 
tem por finalidade impedir que o Estado, de alguma forma, imponha ao 
rŽu alguma obriga‹o que possa colocar em risco o seu direito de n‹o 
produzir provas prejudiciais a si pr—prio. O ™nus da prova incumbe ˆ 
acusa‹o, n‹o ao rŽu. 
Este princ’pio pode ser extra’do da conjuga‹o de trs dispositivos 
constitucionais: 
¥! Direito ao silncio 
¥! Direito ˆ ampla defesa 
¥! Presun‹o de inocncia 
 
Assim, em raz‹o deste princ’pio, o acusado n‹o Ž obrigado a praticar 
qualquer ato que possa ser prejudicial ˆ sua defesa, como realizar o teste 
do baf™metro (trata-se de uma fase prŽ-processual, mas o resultado seria 
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utilizado posteriormente no processo), fornecer padr›es gr‡ficos para 
realiza‹o de exame grafotŽcnico, etc. 
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3.!RESUMO 
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APLICA‚ÌO DA LEI PROCESSUAL PENAL 
 
Lei processual penal no espao 
Princ’pio da territorialidade Ð A Lei processual penal brasileira s— 
produzir‡ seus efeitos dentro do territ—rio nacional. O CPP, em 
regra, Ž aplic‡vel aos processos de natureza criminal que tramitem no 
territ—rio nacional. 
EXCE‚ÍES: 
"! Tratados, conven›es e regras de Direito Internacional 
"! Jurisdi‹o pol’tica Ð Crimes de responsabilidade 
"! Processos de competncia da Justia Eleitoral 
"! Processos de competncia da Justia Militar 
"! Legisla‹o especial 
OBS.: Em rela‹o a estes casos, a aplica‹o do CPP ser‡ subsidi‡ria. Com 
rela‹o ˆ Justia Militar, h‡ certa divergncia, mas prevalece o 
entendimento de que tambŽm Ž aplic‡vel o CPP de forma subsidi‡ria. 
OBS.: S— Ž aplic‡vel aos atos processuais praticados no territ—rio 
nacional. Se, por algum motivo, o ato processual tiver de ser praticado no 
exterior, ser‹o aplicadas as regras processuais do pa’s em que o ato for 
praticado. 
 
Lei processual penal no tempo 
REGRA Ð Ado‹o do princ’pio do tempus regit actum: o ato processual 
ser‡ realizado conforme as regras processuais estabelecidas pela Lei que 
vigorar no momento de sua realiza‹o (ainda que a Lei tenha entrado em 
vigor durante o processo). 
Obs.: A lei nova n‹o pode retroagir para alcanar atos processuais j‡ 
praticados (ainda que seja mais benŽfica), mas se aplica aos atos futuros 
dos processos em curso. 
Obs.: Tal disposi‹o s— se aplica ˆs normas puramente processuais. 
"! Normas materiais inseridas em Lei Processual (heterotopia) 
Ð Devem ser observadas as regras de aplica‹o da lei PENAL no 
tempo (retroatividade benŽfica, etc.). 
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"! Normas h’bridas (ou mistas) Ð H‡ controvŽrsia, mas prevalece 
que tambŽm devem ser observadas as regras de aplica‹o da lei 
PENAL no tempo. 
"! Normas relativas ˆ execu‹o penal Ð H‡ controvŽrsia, mas 
prevalece que s‹o normas de direito material (logo, devem ser 
observadas as regras de aplica‹o da lei PENAL no tempo). 
PRINCêPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
Princ’pio da inŽrcia 
O Juiz n‹o pode dar in’cio ao processo penal, pois isto implicaria em 
viola‹o da sua imparcialidade. Este princ’pio fundamenta diversas 
disposi›es do sistema processual penal brasileiro, como aquela que 
impede que o Juiz julgue um fato n‹o contido na denœncia, que 
caracteriza o princ’pio da congruncia (ou correla‹o) entre a sentena e 
a inicial acusat—ria. 
OBS.: Isso n‹o impede que o Juiz determine a realiza‹o de diligncias 
que entender necess‡rias (produ‹o de provas, por exemplo) para 
elucidar quest‹o relevante para o deslinde do processo (em raz‹o do 
princ’pio da busca pela verdade real ou material, n‹o da verdade formal). 
 
Princ’pio do devido processo legal 
NinguŽm poder‡ sofrer priva‹o de sua liberdade ou de seus bens sem 
que haja um processo prŽvio, em que lhe sejam assegurados 
instrumentos de defesa. 
"! Sentido formal - A obedincia ao rito previsto na Lei Processual 
(seja o rito ordin‡rio ou outro), bem como ˆs demais regras 
estabelecidas para o processo. 
"! Sentido material - O Devido Processo Legal s— Ž efetivamente 
respeitado quando o Estado age de maneira razo‡vel, proporcional 
e adequada na tutela dos interesses da sociedade e do acusado. 
 
Dos postulados do contradit—rio e da ampla defesa 
Contradit—rio Ð As partes devem ter assegurado o direito de contradizer 
os argumentos trazidos pela parte contr‡ria e as provas por ela 
produzidas. 
Obs.: Pode ser limitado, quando a decis‹o a ser tomada pelo Juiz n‹o 
possa esperar a manifesta‹o do acusado ou a cincia do acusado pode 
implicar a frustra‹o da decis‹o (Ex.: decreta‹o de pris‹o, intercepta‹o 
telef™nica). 
Ampla defesa - N‹o basta dar ao acusado cincia das manifesta›es da 
acusa‹o e facultar-lhe se manifestar, se n‹o lhe forem dados 
instrumentos para isso. Principais instrumentos: 
#! Produ‹o de provas 
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#! Recursos 
#! Direito ˆ defesa tŽcnica 
#! Direito ˆ autodefesa 
 
Princ’pio da presun‹o de n‹o culpabilidade (ou presun‹o de 
inocncia) 
Nenhuma pessoa pode ser considerada culpada (e sofrer as 
consequncias disto) antes do tr‰nsito em julgado se sentena penal 
condenat—ria. Decorrncias l—gicas: 
#! ïnus da prova (materialidade a autoria do fato) cabe ao 
acusador (MP ou ofendido, conforme o caso) 
#! Princ’pio do in dubio pro reo ou favor rei, segundo o qual, 
durante o processo (inclusive na sentena), havendo dœvidas acerca 
da culpa ou n‹o do acusado, dever‡ o Juiz decidir em favor deste, 
pois sua culpa n‹o foi cabalmente comprovada. 
 
OBS.: N‹o violam o princ’pio da presun‹o de inocncia: 
#! A existncia de pris›es provis—rias (pris›es decretadas no 
curso do processo) Ð N‹o s‹o baseadas na culpa. Possuem 
fundamento cautelar. 
#! A determina‹o de regress‹o de regime do cumprimento de 
pena (pena que est‡ sendo cumprida em raz‹o de outro delito) em 
raz‹o dapr‡tica de novo delito, mesmo antes do tr‰nsito em 
jugado. 
 
Viola o princ’pio: 
#! Utilizar inquŽritos policiais e a›es penais ainda em curso como 
Òmaus antecedentesÓ no momento de fixar a pena por outro delito 
(sœmula 444 do STJ). 
 
OBS.: O STF decidiu, recentemente, que o cumprimento da pena pode se 
iniciar com a mera condena‹o em segunda inst‰ncia por um —rg‹o 
colegiado (TJ, TRF, etc.), relativizando o princ’pio da presun‹o de 
inocncia (HC 126292/SP, rel. Min. Teori Zavascki, 17.2.2016). 
 
Princ’pio da obrigatoriedade da fundamenta‹o das decis›es 
judiciais 
Os —rg‹os do Poder Judici‡rio devem fundamentar todas as suas decis›es. 
Guarda rela‹o com o princ’pio da Ampla Defesa. 
Pontos importantes: 
#! A decis‹o de recebimento da denœncia ou queixa n‹o precisa de 
fundamenta‹o complexa (posi‹o do STF e do STJ). 
#! A fundamenta‹o referida Ž constitucional 
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#! As decis›es proferidas pelo Tribunal do Jœri n‹o s‹o fundamentadas 
(n‹o h‡ viola‹o ao princ’pio). 
 
Princ’pio da publicidade 
Os atos processuais e as decis›es judiciais ser‹o pœblicas, ou seja, de 
acesso livre a qualquer do povo. 
Essa publicidade NÌO ƒ ABSOLUTA, podendo sofrer restri‹o, quando a 
intimidade das partes ou interesse pœblico exigir (publicidade restrita). 
Pode ser restringida apenas ˆs partes e seus procuradores, ou somente a 
estes. 
Impossibilidade de restri‹o da publicidade aos procuradores das 
partes. 
 
Princ’pio da isonomia processual 
Deve a lei processual tratar ambas as partes de maneira igualit‡ria, 
conferindo-lhes os mesmos direitos e deveres. 
EXCE‚ÌO: ƒ poss’vel que a lei estabelea algumas situa›es 
aparentemente anti-ison™micas, a fim de equilibrar as foras dentro do 
processo (ex.: prazo em dobro para a Defensoria Pœblica). 
 
Princ’pio do duplo grau de jurisdi‹o 
As decis›es judiciais devem estar sujeitas ˆ revis‹o por outro —rg‹o do 
Judici‡rio. N‹o est‡ expresso na Constitui‹o. 
EXCE‚ÌO: Casos de competncia origin‡ria do STF, a›es nas quais n‹o 
cabe recurso da decis‹o de mŽrito. 
 
Princ’pio do Juiz Natural 
Toda pessoa tem direito de ser julgada por um —rg‹o do Poder Judici‡rio 
brasileiro, devidamente investido na fun‹o jurisdicional, cuja 
competncia fora previamente definida. Vedada a forma‹o de Tribunal 
ou Ju’zo de exce‹o. 
OBS.: N‹o confundir Ju’zo ou Tribunal de exce‹o com varas 
especializadas. As varas especializadas s‹o criadas para otimizar o 
trabalho do Judici‡rio, e sua competncia Ž definida abstratamente, e n‹o 
em raz‹o de um fato isolado, de forma que n‹o ofendem o princ’pio. 
Obs.: Princ’pio do Promotor natural - Toda pessoa tem direito de ser 
acusada pela autoridade competente (admitido pela Doutrina majorit‡ria). 
 
Princ’pio da veda‹o ˆs provas il’citas 
N‹o se admitem no processo as provas que tenham sido obtidas por 
meios il’citos, assim compreendidos aqueles que violem direitos 
fundamentais. A Doutrina divide as provas ilegais em provas il’citas 
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(quando violam normas de direito material) e provas ileg’timas (quando 
violam normas de direito processual). 
ATEN‚ÌO! A Doutrina dominante admite a utiliza‹o de provas il’citas 
quando esta for a œnica forma de se obter a absolvi‹o do rŽu. 
 
Princ’pio da veda‹o ˆ autoincrimina‹o 
TambŽm conhecido como nemo tenetur se detegere, tem por finalidade 
impedir que o Estado, de alguma forma, imponha ao rŽu alguma 
obriga‹o que possa colocar em risco o seu direito de n‹o produzir provas 
prejudiciais a si pr—prio. O ™nus da prova incumbe ˆ acusa‹o, n‹o ao 
rŽu. Pode ser extra’do da conjuga‹o de trs dispositivos constitucionais: 
#! Direito ao silncio 
#! Direito ˆ ampla defesa 
#! Presun‹o de inocncia 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
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4.!EXERCêCIOS DA AULA 
 
01.! (FGV - 2016 - OAB - XIX EXAME DE ORDEM) 
Jo‹o, no dia 2 de janeiro de 2015, praticou um crime de apropriac∗‹o 
indŽbita majorada. Foi, ent‹o, denunciado como incurso nas sanc∗›es 
penais do Art. 168, ¤1o, inciso III, do C—digo Penal. No curso do 
processo, mas antes de ser proferida sentenc∗a condenat—ria, dispositivos 
do C—digo de Processo Penal de natureza exclusivamente processual 
sofrem uma reforma legislativa, de modo que o rito a ser seguido no 
recurso de apelac∗‹o Ž modificado. O advogado de Jo‹o entende que a 
mudanc∗a foi prejudicial, pois Ž poss’vel que haja uma demora no 
julgamento dos recursos. 
Nesse caso, ap—s a sentenc∗a condenat—ria, Ž correto afirmar que o 
advogado de Jo‹o 
A) dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelac∗‹o, pois se aplica ao 
caso o princ’pio da imediata aplicac∗‹o da nova lei. 
B) n‹o dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelac∗‹o, em raz‹o do 
princ’pio da irretroatividade da lei prejudicial e de o fato ter sido praticado 
antes da inovac∗‹o. 
C) n‹o dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelac∗‹o, em raz‹o do 
princ’pio da ultratividade da lei. 
D) dever‡ respeitar o novo rito do recurso de apelac∗‹o, pois se aplica ao 
caso o princ’pio da extratividade. 
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02.! (FGV Ð 2013 Ð OAB Ð XI EXAME UNIFICADO) 
Em um processo em que se apura a pr‡tica dos delitos de supress‹o de 
tributo e evas‹o de divisas, o Juiz Federal da 4» Vara Federal Criminal de 
Arroizinho determina a expedi‹o de carta rogat—ria para os Estados 
Unidos da AmŽrica, a fim de que seja interrogado o rŽu M‡rio. Em 
cumprimento ˆ carta, o tribunal americano realiza o interrogat—rio do rŽu 
e devolve o procedimento ˆ Justia Brasileira, a 4» Vara Federal Criminal. 
O advogado de defesa de M‡rio, ao se deparar com o teor do ato 
praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que 
n‹o foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o rŽu. 
Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espao, a 
alega‹o do advogado est‡ correta? 
A) Sim, pois no processo penal vigora o princ’pio da extraterritorialidade, 
j‡ que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do 
territ—rio nacional. 
B) N‹o, pois no processo penal vigora o princ’pio da territorialidade, j‡ 
que as normas processuais brasileiras s— se aplicam no territ—rio nacional. 
C) Sim, pois no processo penal vigora o princ’pio da territorialidade, j‡ 
que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer 
territ—rio. 
D) N‹o, pois no processo penal vigora o princ’pio da extraterritorialidade, 
j‡ que as normas processuais brasileiras podem ser aplicas fora no 
territ—rio nacional. 
 
03.! (FGV Ð 2013 Ð OAB Ð XI EXAME UNIFICADO) 
A Lei n. 9.099/95 modificou a espŽcie de a‹o penal para os crimes de 
les‹o corporal leve e culposa. De acordo com o Art. 88 da referida lei, tais 
delitos passaram a ser de a‹o penal pœblica condicionada ˆ 
representa‹o. Tratando-se de quest‹o relativa ˆ Lei Processual Penal no 
Tempo, assinale a alternativa que corretamente exp›e a regra a ser 
aplicada para processos em curso que n‹o haviam transitadoem julgado 
quando da altera‹o legislativa. 
A) Aplica-se a regra do Direito Penal de retroagir a lei, por ser norma 
mais benigna. 
B) Aplica-se a regra do Direito Processual de imediatidade, em que a lei Ž 
aplicada no momento em que entra em vigor, sem que se questione se 
mais gravosa ou n‹o. 
C) Aplica-se a regra do Direito Penal de irretroatividade da lei, por ser 
norma mais gravosa. 
D) Aplica-se a regra do Direito Processual de imediatidade, em que a lei Ž 
aplicada no momento em que entra em vigor, devendo-se questionar se a 
novatio legis Ž mais gravosa ou n‹o. 
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5.!GABARITO 
 
 
01.! ALTERNATIVA A 
02.! ALTERNATIVA B 
03.! ALTERNATIVA A 
 
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Na aula de hoje vamos estudar a principal forma pela qual se 
desenvolve a investiga‹o criminal, o InquŽrito Policial. Vamos analisar 
seu in’cio, desenvolvimento, conclus‹o, arquivamento, etc. 
Temos muitas quest›es interessantes, algumas bem recentes! 
Aten‹o! 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INQUƒRITO POLICIAL 
 
1.1. NATUREZA E CARACTERêSTICAS 
Antes de tudo, precisamos definir o que seria o InquŽrito Policial, 
para, a partir da’, estudarmos os demais pontos. Podemos defini-lo como: 
 ÒInquŽrito policial Ž, pois, o conjunto de diligncias realizadas pela Pol’cia Judici‡ria 
para a apura‹o de uma infra‹o penal e sua autoria, a fim de que o titular da a‹o 
penal possa ingressar em ju’zoÓ.1 
 
Assim, por Pol’cia Judici‡ria podemos entender a Pol’cia respons‡vel 
por apurar fatos criminosos e coligir (reunir) elementos que apontem 
se, de fato, houve o crime e quem o praticou (materialidade e autoria). A 
Pol’cia Judici‡ria Ž representada, no Brasil, pela Pol’cia Civil e pela 
Pol’cia Federal. 
A Pol’cia Militar, por sua vez, n‹o tem fun‹o investigat—ria, mas 
apenas fun‹o administrativa (Pol’cia administrativa), de car‡ter 
ostensivo, ou seja, sua fun‹o Ž agir na preven‹o de crimes, n‹o na 
sua apura‹o! Cuidado com isso! 
O IP tem natureza de procedimento administrativo, e n‹o de 
processo judicial. Muito cuidado com isso! 
O inquŽrito policial possui algumas caracter’sticas, atreladas ˆ sua 
natureza. S‹o elas: 
 
¥ O IP Ž administrativo - O InquŽrito Policial, por ser 
instaurado e conduzido por uma autoridade policial, possui n’tido 
car‡ter administrativo. O InquŽrito Policial n‹o Ž fase do 
processo! Cuidado! O IP Ž prŽ-processual! Da’ porque eventual 
irregularidade ocorrida durante a investiga‹o n‹o gera 
nulidade do processo. 2 
¥ O IP Ž inquisitivo (inquisitorialidade) - A 
inquisitorialidade do InquŽrito decorre de sua natureza prŽ-
processual3. No Processo temos autor (MP ou v’tima), acusado e Juiz. 
1 1 Tourinho Filho, Fernando da Costa, 1928 Ð Processo penal, volume 1 / Fernando da 
Costa Tourinho Filho. Ð 28. ed. ver. e atual. - S‹o Paulo : Saraiva, 2006. 
2 Este Ž o entendimento do STJ, no sentido de que eventuais nulidades ocorridas durante 
a investiga‹o n‹o contaminam a a‹o penal, notadamente quando n‹o h‡ preju’zo 
algum para a defesa (STJ - AgRg no HC 235840/SP). 
 
3 Para entendermos, devemos fazer a distin‹o entre sistema acusat—rio e sistema 
inquisitivo. 
O sistema acusat—rio Ž aquele no qual h‡ dialŽtica, ou seja, uma parte defende uma 
tese, a outra parte rebate as teses da primeira e um Juiz, imparcial, julga a demanda. 
Ou seja, o sistema acusat—rio Ž multilateral. 
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No InquŽrito n‹o h‡ acusa‹o, logo, n‹o h‡ nem autor, nem 
acusado. O Juiz existe, mas ele n‹o conduz o IP, quem conduz o IP 
Ž a autoridade policial (Delegado). No InquŽrito Policial, por ser 
inquisitivo, n‹o h‡ direito ao contradit—rio nem ˆ ampla 
defesa4. Como dissemos, no IP n‹o h‡ acusa‹o alguma. H‡ apenas 
um procedimento administrativo destinado a reunir informa›es para 
subsidiar um ato (oferecimento de denœncia ou queixa). N‹o h‡, 
portanto, acusado, mas investigado ou indiciado (conforme o 
andamento do IP).5 Em raz‹o desta ausncia de contradit—rio, o 
valor probat—rio das provas obtidas no IP Ž muito pequeno, 
servindo apenas para angariar elementos de convic‹o ao titular da 
a‹o penal (o MP ou o ofendido, a depender do tipo de crime) para 
que este oferea a denœncia ou queixa. 
 
CUIDADO! O Juiz pode usar as provas obtidas no 
InquŽrito para fundamentar sua decis‹o. O que o Juiz NÌO PODE Ž 
fundamentar sua decis‹o somente com elementos obtidos 
durante o IP. Nos termos do art. 155 do CPP: Art. 155. O juiz formar‡ sua 
convic‹o pela livre aprecia‹o da prova produzida em contradit—rio judicial, 
n‹o podendo fundamentar sua decis‹o exclusivamente nos elementos 
informativos colhidos na investiga‹o, ressalvadas as provas cautelares, n‹o 
repet’veis e antecipadas. Vejam que mesmo nesse caso, existem exce›es, 
que s‹o aquelas provas colhidas durante a fase prŽ-processual em raz‹o 
da impossibilidade de se esperar a Žpoca correta, por receio de n‹o se 
poder mais obt-las (ex.: Exame de corpo de delito). 
 
¥ Oficiosidade Ð Em se tratando de crime de a‹o penal 
pœblica incondicionada, a autoridade policial deve instaurar o 
InquŽrito Policial sempre que tiver not’cia da pr‡tica de um 
J‡ o sistema inquisitivo Ž unilateral. N‹o h‡ acusador e acusado, nem a figura do Juiz 
imparcial. No sistema inquisitivo n‹o h‡ acusa‹o propriamente dita. 
4 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124. Isso n‹o significa que o indiciado n‹o 
possua direitos, como o de ser acompanhado por advogado, etc. Inclusive, o indiciado, 
embora n‹o possua o Direito Constitucional ao Contradit—rio e ˆ ampla defesa 
nesse caso, pode requerer sejam realizadas algumas diligncias. Entretanto, a 
realiza‹o destas n‹o Ž obrigat—ria pela autoridade policial. 
5 Entretanto, CUIDADO: 
O STJ possui decis›es concedendo Habeas Corpus para determinar ˆ autoridade 
policial que atenda a determinados pedidos de diligncias; 
O exame de corpo de delito n‹o pode ser negado, nos termos do art. 184 do CPP: 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial 
negar‡ a per’cia requerida pelas partes, quando n‹o for necess‡ria ao esclarecimento da 
verdade. 
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delito desta natureza. Quando o crime for de a‹o penal pœblica 
incondicionada (regra), portanto, a instaura‹o do IP poder‡ ser 
realizada pela autoridade policial independentemente de provoca‹o 
de quem quer seja. ƒ claro que, se o MP j‡ dispuser dos elementos 
necess‡rios ao ajuizamento da a‹o penal, o IP n‹o precisa ser 
iniciado. O que o inciso I do art. 5¼ quer dizer Ž que a autoridade 
policial tem o poder-dever de instaur‡-lo, de of’cio, no caso de 
crimes desta natureza (O que determinar‡ a instaura‹o, ou n‹o, 
ser‡ a existncia

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