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Macieira CULTIVO DA MAÇÃ Daiane Guimarães; Estevan H. Coelho; Júlia C. Campassi; Ludmilla R. L. Cardoso; Tathiana R. von Schmidt ORIGEM MACIEIRA Centro de origem: Cazaquistão e Ásia Central Dispersão: Rota da Seda, do Mar Negro para o Oeste da China. No século 20: isolamento da China. Brasil: 1969, houve o incentivo fiscal aos primeiros pomares comerciais. CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS Dentes brancos e saudáveis Desintoxicação. Diminui risco de diabetes. Evita Mal de Alzheimer. Evita Mal de Parkinson. Ossos saudáveis. Previne catarata. Fortalece sistema imunológico. Equilibra o intestino. Protege contra câncer. Protege coração e artérias. Reduz colesterol. Reduz peso. Fonte de vitaminas. USOS DA MAÇÃ Principal destino: consumo in natura. Processamento: doces, geleias, compotas, sucos, bebidas e vinagre; Devido a dificuldade de armazenamento, frutos com avarias são destinadas a indústria. Suco: principal produto Bagaço: adubo orgânico, ração animal. “Vinho”: vinho de maçã, além do consumo direto, constitui a base para a sidra, bebida frisante, e para a produção de destilados envelhecidos. PRODUÇÃO MUNDIAL PRODUÇÃO AMÉRICA DO SUL Argentina > Chile > Brasil > Peru > Outros PRODUÇÃO NACIONAL ESTADOS PRODUTORES ESTADOS PRODUTORES SANTA CATARINA - SC Maior produtor brasileiro. Cultivo concentrado nas Mesorregiões Oeste e Serrana (pequenos pomicultores). Municípios de Fraiburgo e São Joaquim maiores produtores. Supersafra em 2017: 20% superior a safra 2016 (inverno rigoroso, com mais de 1,4 mil horas de frio). RIO GRANDE DO SUL - RS Cultivo principal na Mesorregião Nordeste Rio-Grandense. Conta com 26 municípios produtores, sendo que Vacaria é o município de maior produção, seguido por Bom Jesus e Caxias do Sul. Vacaria: mais de 6 mil hectares plantados. RS: mais de 14 mil hectares plantados. 516 produtores de maçã no estado. TAXONOMIA Reino: Plantae Filo: Magnoliophyta Classe: Magnoloipsida Ordem: Rosales Família: Rosaceae Gênero: Malus Espécie: Malus domestica ESPÉCIES As principais espécies, devido a proximidade gênica com a Malus domestica são: M. asiática; M. baccata; M. micromalus; M orientalis; M. prunifolia e; M. sieversii A Malus sieversii é a única que apresenta todas as características encontradas em M. domestica, tanto em termos de morfologia da planta, quanto dos frutos. Malus asiatica Malus baccata Malus micromalus Malus orientalis Malus prunifolia Malus sieversii CARACTERÍSTICAS DA PLANTA Árvore de pequeno porte (9m), perene. Folhas: simples, grandes e largas, formato elíptico, e caducas Raiz: Pivotante Ramos: Brindilas: são ramos do ano, com 15 a 30 cm, que florescem no ápice. Geralmente, estão localizados no ápice da planta e dão as melhores frutas; Esporão: são ramos de 2 ou mais anos, com 5 a 10 cm e podem apresentar mais de 1 gema florífera; Dardo: são pequenos ramos, de 0,5 a 5 cm. CARACTERÍSTICAS DA PLANTA CARACTERÍSTICAS DA PLANTA Flores: alógamas, de tons brancos ou rosados do lado externo, agrupadas em pequenas inflorescências. Possuem aroma agradável e ricas em néctar, o que atrai muitas abelhas para polinização. Frutos: os frutos são de cores diversas (do verde ao vermelho escuros, e com listras), de forma arredondada ou alongada, levemente ácidos. CARACTERÍSTICAS DA PLANTA CARACTERÍSTICAS DA PLANTA PRINCIPAIS CULTIVARES Apesar de possuir milhares de cultivares, apenas 100 são utilizadas. Mais da metade da produção mundial se concentra em Delicious, a Golden Delicious, a Gala e a Fuji e respectivos sub-clones, ou mutações espontâneas. As principais cultivares brasileira são a Gala e Fuji, devido a propicias condições climáticas (frio e altitude acima de 900m), com 90% da produção brasileira. Epagri-SC, Embrapa-RS, IAPAR-PR e IAC-SP, programas de melhoramento. Podem ser classificadas em: Precoces: colheita realizada em janeiro. Ex.: Princesa. Semi-precoces: E.: Gala, Hatsuaki, Golden Delicious, Senshu. Tardias: colheita de abril em diante. Ex.: Fuji, Romu 50, Royal Red Delicious. CULTIVAR DAIANE Cultivar de baixas altitudes (< 800m) A planta é semi-vigorosa e tem hábito de crescimento fechado. Menos suscetível à podridão-amarga e é resistente à mancha-foliar-da-glomerella; Suscetível à sarna. A fruta apresenta tamanho médio, tem coloração vermelho-rajada, cor de fundo amarelo e forma arredondado-cônica. O sabor da fruta é doce, com baixa acidez e é aromática Maturação em março. CULTIVAR GOLDEN DELICIOUS Plantas de vigor médio; Adaptada a regiões mais frias e altitudes acima de 1000m; Crescimento semi-aberto; Menos susceptível a sarna; Fruta de tamanho médio a grande, forma cônico arredondada, epiderme com coloração verde-amarelada e com presença de russeting; Polpa creme, crocante, suculenta, doce e pouco acida; CULTIVAR GALA Semivigorosas, semiabertas, requerendo arqueamento dos ramos. Boa adaptação a altitudes acima de 1200 m. Mais precoce que Fuji e Catarina; Suscetível a Sarna, Glomerella, Oídio, Mosca da Fruta; A fruta tem forma arredondado cônica. A epiderme é vermelha com estrias vermelho-claras e fundo amarelo, lisa, brilhosa e muito atraente. A polpa apresenta coloração creme, firme, suculenta, aromática, sabor doce com excelente qualidade geral da fruta. O sabor é doce, com pouca acidez, e aromático, e a polpa é crocante e bastante suculenta. O tamanho das frutas varia de pequeno a médio, com peso médio entre 120 e 150 g. O raleio do excesso das frutas é prática obrigatória; A maturação das frutas ocorre a partir do final de janeiro, podendo se antecipar em locais mais quentes. CULTIVAR FUJI Vigorosa com crescimento verticalizado, requerendo arqueamento dos ramos. Ideal entre 800 a 1300m de altitude; Bastante suscetível a sarna, podridão amarga, porem boa resistência a Oídio, Glomerella. Menos danificada pela Mosca-das-Frutas; As frutas, vermelho-estriadas sobre fundo verde, doces, com baixa acidez, crocantes e muito suculentas. Fator negativo: coloração deficiente da epiderme, conferindo aparência pouco atrativa. No entanto, apresenta muito boa capacidade de frigoconservação. A maturação das frutas, considerada tardia, ocorre desde o final de março até a segunda quinzena de abril CULTIVAR RED DELICIOUS Originadas do Peru e do Iowa, uma das mais cultivadas na América. Gosto ameno, semelhante a melão. Casca amarga. CULTIVAR EVA Desenvolvida pelo IAPAR. Cruzamento Anna e Gala. Vigor moderado a baixo, com ramos semieretos, de crescimento compacto, do tipo spur. Floresce e frutifica abundantemente em esporões, brindilas e gemas laterais em ramos do ano. É pouco exigente em frio hibernal, requerendo entre 300 e 350 horasde temperaturas em torno de 7ºC para brotar e florescer normalmente. Requer polinização cruzada É altamente precoce quanto ao início de produção comercial e altamente produtiva. As frutas amadurecem a partir do final de dezembro. A coloração da epiderme da fruta é vermelho-escarlate, com estrias leves sobre fundo creme amarelado. O formato é cônico, e o tamanho é médio. A polpa é doce e semi-ácida, macia, e suculenta, conferindo às frutas sabor agradável. A capacidade de frigoconservação é boa, podendo ser armazenada por até 4 meses a 0ºC. CULTIVAR GRANNY SMITH Originaria da Austrália. Crescimento semi-ereto, vigorosa e habito tipo spur. Alta produção, maturação média. Fruto verde, grande, cônico. Bom armazenamento. PRINCIPAIS VARIEDADES COMERCIALIZADAS NA CEAGESP PRINCIPAIS VARIEDADES COMERCIALIZADAS NA CEAGESP - SAZONALIDADE Maçã Nacional Fuji Maçã Nacional Gala Estrangeira Granny Smith Estrangeira Red Del CLIMA SOLO Solo ideal Argiloso ou argiloso-arenoso. pH próximo a 6. Quebra-vento no terreno. Terreno com inclinação até 20%. Pode precisar ser enriquecido com fósforo (P) ou potássio (K). Sulcos de 60 cm de profundidade. Metade do calcário 3 meses antes do plantio. Dias depois, é feita a arenagem e neste momento é misturado ao solo o calcário restante. PRODUÇÃO MUDAS Normas PIM - MUDAS Obrigatórias: utilizar material sadio adaptado à região, comprovação de implantação com mudas fiscalizadas ou com registro de procedência e com certificado fitossanitário conforme legislação vigente;(nos pomares implantados a partir de 2004) Recomendadas: utilizar preferencialmente variedades resistentes ou tolerantes às pragas. PORTA-ENXERTO Tenha certeza de que o cavalo e o cavaleiro são compatíveis. Se o primeiro for de uma variedade anã, o segundo também deve ser do mesmo tipo. Porta-enxertos possibilitam o plantio em alta densidade. Árvores mais sadias e desenvolvimento rápido. Produção da macieira está baseada principalmente no porta-enxerto Marubakaido. É vigoroso, bastante produtivo, adaptado a região de SC, onde há a maior produção da fruta. Requer muita mão-de-obra e apresenta dificuldade para manejo do pomar. PORTA ENXERTOS PRODUÇÃO DE PORTA-ENXERTO Porta-enxerto multiplicado por mergulhia de cepa. PRODUÇÃO DA MUDA Enxertia – mesa – dupla fenda; Interenxertia – P. E. vigoroso e o interenxerto (filtro) com menor vigor – diminuir tamanho (altura) das plantas – indução precocidade. Para ter sucesso na produção de maçã a escolha das mudas no viveiro é importante; Tanto para comercializar como para uso próprio as mudas devem obedecer um conjunto de normas e padrões estabelecidos pela Comissão de Sementes e Mudas; - Verificação varietal – tipo de PE e CV. ENXERTIA INTERENXERTO Para aumentar a produtividade, busca-se o adensamento. Para isso, é preciso diminuir o porte da planta, e a alternativa para isso é mudar o interenxerto. Série CG. Estes também induzem maior ângulo de abertura dos ramos (arqueamento de ramos). Aumenta a produtividade, pois entra mais luz. PLANTIO E SISTEMA DE CONDUÇÃO Plantio: entre JUN-AGO. Frutos: entre SET-OUT. Necessidade de frio ou produtos específicos para quebra de dormência das sementes. Mudas com raízes de mínimo 15 cm no momento do plantio. PLANTIO Preparo de solo: limpeza, aração, gradagem, subsolagem, correção e adubação. Fileiras simples, duplas ou intercalares com abertura de covas. Espaçamento 4 x 1 . Junho a Setembro, mudas dormentes e sem folhas, se tardar pode ocorrer danos nas partes recentemente emitidas. 8 a 10% de cultivares polinizadoras. Autoincompatibilidade das flores. 2 a 4 colmeias/ha, na linha de plantio. POLINIZADORES Polinização cruzada. Planejamento e na composição de um pomar de macieira. ADUBAÇÃO PRÉ-PLANTIO Análise de solo, Fertilizantes fosfatados e potássicos, Melhor oportunidade para boa correção de acidez, cultura não instalada Correção: Calcário dolomítico com relação cálcio/magnésio superior a 3:1, FASE DE CRESCIMENTO Somente adubação nitrogenada após a brotação ADUBAÇÃO ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO: Análise de solo e folha, Idade das plantas, Crescimento vegetativo, Adubações anteriores, Produções, Presença de sintomas de deficiências nutricionais, Adubações foliares sistemáticas de Cálcio Deficiência de N ADUBAÇÃO Deficiência de Cálcio Deficiência de Fósforo TRATOS CULTURAIS QUEBRA DE DORMÊNCIA DE GEMAS Altitude menires que 1200m Aplicação de químico uniformizar brotação e floração Óleo mineral (3-4%) associado a cianamida hidrogenada (Dormex 2-4%) em pulverização no final do período de dormência. TRATOS CULTURAIS RALEIO DE FRUTOS Químico Carbaril, Auxina, Citocinina, Etephon Manual PODA PODA VERDE Plantas que apresentam excesso de crescimento vegetativo Melhorar entrada de luz Melhorar entrada das pulverizações dos tratamentos fitossanitários Coloração dos frutos Induzir formação de gemas floríferas Reduzir crescimento vegetativo Poda de estrutura PODA PODA DE FRUTIFICAÇÃO: Anualmente equilíbrio entre o crescimento vegetativo e a frutificação Com a poda também se elimina ramos com problemas fitossanitários; Remover ramos mal colocados que estejam sombreados; A poda mantém a produção mais bem distribuída na copa e melhor distribuição da luz PODA PODA CICLOS ESTÁDIOS FENOLÓGICOS PRAGAS DOENÇAS COLHEITA PÓS-COLHEITA PADRÃO QUALIDADE/EMBALAGEM
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