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1 MATURAÇÃO DA CANA-DE- AÇUCAR Clóvis Parazzi parazzi@cca.ufscar.br 2 CANA-DE-AÇUCAR Nervura Nervura central Bainha Internódio Anel de crescimento Feixes vasculares Lâmina COLMO Gema Primórdios radiculares SISTEMA FONTE RESERVATÓRIO >>> fotossíntese líquida Alta eficiência na utilização da energia solar. Sistema de produção altamente eficiente BIOSSÍNTESE DE SACAROSE • EM CANA-DE-AÇÚCAR A SÍNTESE DE SACAROSE É REALIZADA INICIALMENTE NAS FOLHAS, MAIS ESPECIFICAMENTE NOS CLOROPLASTOS, ATRAVÉS DA AÇÃO DAS ENZIMAS SINTETASE DE SACAROSE E SINTETASE DE SACAROSE FOSFATO, QUE ATUAM SOBRE OS SUBSTRATOS GLICOSE E FRUTOSE PRODUZIDOS PRIMARIAMENTE A PARTIR DA ASSIMILAÇÃO DO C02 PELO CICLO DE HATCH-SLACK, EM UNISSONO COM O CICLO DE CALVIN. (Crocomo e Silveira, 1985 ) BIOSSÍNTESE, TRANSLOCAÇÃO E ACÚMULO DE SACAROSE BIOSSÍNTESE – bioconversão de energia Fotossíntese conversão de energia luminosa em energia potencial química. Localização cloroplastos presentes nas células do mesófilo das folhas, nos tecidos verdes (interior dos “granum” ) MODELO ESQUEMÁTICO DO CLOROPLASTO Fatores Interferentes intensidade da Luz planta C4/C3 concentração de CO2 disponibilidade de água e nutrientes temperatura Fonte: Casagrande (1991) 5 3G3P + 3DHAP 3FDP 3Pi 3F6P G6P Pi GLUCOSE 2F6P + 2G3P 2X5P + 2E4P 2E4P + 2DHAP 2SDP 2Pi 2S7P + 2G3P 2R5P + 2X5P 2Ru5P 4X5P 6Ru5P 6 ADP 6 ATP 6RuDP 12 3PG 6 CO2 12 ATP 12 NADPH 12 H + 12 NADP+ 12 Pi 12 ADP 12GP3 Ciclo de Calvin 6 Ribulose bifosfato carboxilase-1 ,5-oxigenase CICLO DE CALVIN (redução do C) 7 Fonte: Taiz e Zeiger, 1998 8 Assimilação do CO2 CICLO DE HATCH E SLACK 9 FASE ESCURA DA FOTOSSÍNTESE C4 (Simpson 2006) Ac. Oxoacético 10 SÍNDROME DE KRANZ (células da bainha vascular) Anel de células que circunda os feixes vasculares. Fonte:Raven 2001 (Zea mays) 11 SÍNDROME DE KRANZ (células da bainha vascular) Anel de células que circunda os feixes vasculares. poáceas 13 CARACTERÍSTICAS PLANTAS C3 PLANTAS C4 Anatomia foliar Células do parênquima paliçádico e lacunoso com cloroplastos com grana. Anatomia de "Kranz", com células mesofílicas com cloroplastos com grana e células da bainha do feixe vascular, com cloroplastos sem grana. Enzimas carboxilativas RUBISCO em todas as células fotossintéticas Separação espacial: PEP-carboxilase nas células mesofílicas; RUBISCO nas células da bainha vascular Requerimento energético CO2 : ATP : NADPH 1 :3 : 2 1 :5 :2 Razão de transpiração (g H20/g MS.) 450 - 950 250 - 350 Razão clorofila a/b 2,8 0,4 3,9 0,6 Requerimento de Na+ como micronutriente Não Sim Ponto de compensação de CO2 (m L /L) 30 - 70 0 -10 Inibição da fotossíntese na presença de O2 (21%) Sim Não Detecção de fotorrespiração Sim Não detectável Temperatura ótima para fotossíntese 15 - 25 ºC 30 - 40 ºC Produção de matéria seca (toneladas/ha/ano) 22 ± 0,3 39 ± 1,7 Redistribuição de fotoassimilados lenta rápida 14 PLANTAS C3 E C4 – Concentração de CO2 e Temperatura Fonte: Taiz e Zeiger, 1998 15 ESQUEMA SIMPLIFICADO DA SÍNTESE DE SACAROSE EM CANA-DE-AÇÚCAR GLICOSE SACAROSE 16 17 TRANSLOCAÇÃO E ACÚMULO DE SACAROSE NO COLMO Movimento descendente FOLHA BAINHA COLMO E RAÍZES SÍNTESE DA SACAROSE NERVURA CENTRAL LÍGULA DA FOLHA BAINHA FLOEMA DO NÓ INTERNÓDIOS VIZINHOS BASE DO COLMO *No transporte da sacarose as enzimas invertases assumem um papel fundamental. Importante: 1) Temperatura do solo (Temperatura base = 15 o C) Importante: 1) Disponibilidade Hídrica 2) Temperatura do ar 3) Energia Solar Importante: 1) Temperaturas: - Maior que a temperatura base inferior ( 15,5 o C) - Menor que a temperatura base superior (31,0 o C) Importante: 1) Temperatura do ar menor que a temperatura base inferior 2) Ligeira deficiência Hídrica GERMINAÇÃO FASE VEGETATIVA FORMAÇÃO DA PRODUÇÃO MATURAÇÃO DOS COLMOS 18 Fases Fenológicas e Parâmetros da cana-de-açúcar Ideal: 21,0 0C 19 20 Ciclo de cana-de-açúcar e as variações climáticas da região centro sul 21 Fonte: Fernandes (s.d.). CICLO DA CANA-DE-AÇÚCAR E OS COLMOS variedade época do ano (colheita) tipo de colheita queima (frio/quente) carregamento/transporte condição edafoclimática entre outros. 22 a) Composição (varia) QUALIDADE TECNOLÓGICA DA CANA-DE-AÇÚCAR DEPENDE: b) Planejamento Manejo de variedades Potencial das variedades (controle de maturação) ACÚMULO DA SACAROSE NO COLMO 23 Composição do colmo da cana ( STAUB, s.d.) DISTRIBUIÇÃO DA SACAROSE NO COLMO 24 MATURAÇÃO DO COLMO DA CANA-DE-AÇÚCAR Distribuição da Sacarose e glicose no colmo da cana-de-açúcar em função da época de amadurecimento Fonte DILLEMIN Sacarose ...... Glicose colmo da cana-de-açúcar 25 Visão Industrial (colmo) 75% partes moles (8% de fibra) 25% partes duras (75% de fibra) 80% do caldo maior pureza 20% do caldo total Balanço energético da usina. ACÚMULO DO AÇÚCAR NO COLMO CLASSIFICAÇÃO DAS VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR EM RELAÇÃO A MATURAÇÃO 26 Variedades Classificação a) Riqueza em sacarose (SEGALLA) b) Precocidade (BRIEGER) c) PUI Ricas Médias Pobres Precoces (Abr/Mar) Médias (Jul) Tardias (Ago/Set) Longo (>150 dias) Médio (120 a 150 dias) Curto (<120 dias) Pol % cana > 14 Pu % CE > 85 Pol % cana > 12,5 a 14 Pu % CE > 82 Pol % cana < 12,5 Pu % CE < 82 27 longo médio curto PUI MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATURAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR 28 Empíricos Aparência do canavial (estado, cor, folhas secas, etc) Idade do canavial (precocidade) Técnicos Índice Refratométrico Levantamento preliminar em campo do Brix Análises Tecnológicas Coleta e análises laboratoriais Amostragem Análises tecnologicas ÍNDICE REFRATOMÉTRICO (REFRATÔMETRO) levantamento preliminar escolha da área para amostragem (talhão) Amostragem Análises (refratômetros de campo) 10 colmos ao acaso com leituras em alguns pontos do talhão porção média(1/3 médio) Posição do colmo pé e ponta das canas (Brix topo/Brix base) 29 Interpretação - IM ( Brix - topo/ Brix - base): Resultado de IM Interpretação < 0,70 Verde 0,70 - 0,80 Maturidade baixa 0,80 - 0,90 Maturidade média 0,90 - 1,00 Madura > 1,00 Maturidade ultrapassada 30 Refratômetro de campo e acessórios AMOSTRAGEM DOS COLMOS 10 colmos individuais ao acaso 1 metro de colmos corrido na linha 10 a 15 colmos seguidos na linha em feixes PREPARO DA AMOSTRA desfibramento da cana (forrageiras) homogeneizada (manual ou betoneira) extração do caldo por prensa hidráulica 31 ANÁLISES TECNOLOGICAS 32 DESINTEGRADOR E HOMOGENEIZADOR PRENSA HIDRÁULICA BAGAÇO (PBU) REFRATÔMETRO SACARÍMETRO ANÁLISE DE CANA 33 Preparo da amostra Amostras de Cana Colhidas em feixes nos canaviais Desintegração forrageira (cana desintegrada) Homogeneização Betoneira Sub-amostra 1,5 a 2,0 kg Laboratório 34 Análises do Caldo de Cana Sub-amostra Pesagem (500g) Laboratório Prensa hidráulica (250 kgf/cm²/1 minuto) Caldo extraído Clarificação Extração do caldo Bolo úmido (PBU) Brix Fibra%cana Leitura Pol 35 Clarificação do caldo 36 Cálculos Brix do caldo (Brix % caldo) Leitura do próprio aparelho Polarização do caldo (Pol % caldo) L leitura do sacarímetro, d densidade do caldo. d L caldoPol 26,0 % Onde, 37 Cálculos Pureza do caldo Fibra da cana Pbu peso do bolo úmido (resíduo da prensa) Pol da cana Pol % cana = Pol % caldo x (1- 0,01 x F) x C onde, F = Fibra% cana C = 1,0313 - 0,00575 x F Açúcares Redutores AR % caldo = 3,641 – 0,0343 Pza % caldo caldoBrix caldoPol caldoPza % % 100% 867,008,0% PbucanaFibra onde, INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE MATURAÇÃO Comportamento tecnológico da cana na maturação 38 1° Critério Pontos de Maturação Atribuídos aos valores de Brix (PBr), pol (Ppo), pureza (Ppu), AR (PAR) da cana: P = PBr + Ppo + Ppu + PAR , onde: PBr = Brix % cana - 13,0 Ppo = Pol % cana - 11,0 Ppu = (pureza - 70,0) / 5 PAR = 3* (2,2 - AR % cana) Exemplos: (início de safra) Brix = 15,0 PBr = 15,0 - 13,0 = 2,0 Pol = 12,9 ( Ppo = 12,9 - 11,0 = 1,9 AR = 3 *(2,2 - 1,0)= 3,6; Pureza = (86,0 - 70,0) / 5 = 3,2. P = 2,0 +1,9+3,6+3,2 = 10,7. O mínimo de pontos para iniciar a safra 11. 39 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO 40 TABELA DE PONTUAÇÃO 2° Critério Açúcar Teórico Recuperável (ATR) indicador global da industrialização Onde; PC = Pol % cana ARC = Açúcares Redutores % Cana Pi =Perdas da indústria )100/110(100/10526,110()/( PiARCPiPCtkgATR 41 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO Valor do ATR (padrão) = médias dos últimos 3 anos. ARCPCtkgATR 15,96316,9)/( EXEMPLO: 3 Critério Umidade das bainhas das folhas (3 a 6) - Havai (Humbert, 1968) - soqueiras 42 Kg Açúcar/TC = 5 umidade 1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO Sistemas De Liberação de Áreas Para o Corte 43 44 Apresentação Gráfica do Sequenciamento da Colheita - GIS Maio 1-15 Maio 16-31 Junho 1-15 Junho 16-30 Julho 1-15 Julho 16-31 45 Pré Pós • Uso racional do potencial varietal • Rendimento máximo ANÁLISES DE CANA EM USINAS E DESTILARIAS Pré- colheita (Maturação) Pós-colheitas (PCTS) COLHEITAS Qualidade da queima. Sistema de corte e trash. Deteriorações. Tempo de espera (h •Comprovação de qualidade. • Administrar a entrada de processo • PCTS (remuneração) DIFERENTE
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