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Trabalho Final Gestão Ambiental

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Centro Universitário Unifacvest 
 
 
 
 
Bruna De Britto Rosa 
 
 
 
Comunidades tradicionais do Brasil 
Índios Tupinambás e a descoberta do Acheflam 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lages, 2017 
 
Bruna De Britto Rosa 
 
 
 
 
 
Comunidades tradicionais 
Índios Tupinambás e a descoberta do Acheflam 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho final de Educação em Gestão Ambiental 
Curso de graduação em Farmácia 
Centro Universitário Unifacvest. 
Professor Dr. Dr. Alexandre A. Ribeiro Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lages, 2017 
 
Sumário 
 
1 Resumo..........................................................................................................4 
2 Objetivos........................................................................................................5 
3 Introdução......................................................................................................6 
4 Brasil antes da chegada dos portugueses e sua colonização.......................8 
5 Comunidades tradicionais do brasil..............................................................10 
6 A origem da civilização dos Tupinambás......................................................11 
6.1 Ambiente, cultura e economia......................................................................11 
6.2 Conhecimento medicinal dos Tupinambás..................................................13 
6.3 Tupinambás atuais e o apoio da sociedade................................................15 
6.4 Economia e território atual...........................................................................15 
7 Conhecimento tradicional e a indústria farmacêutica...................................16 
8 A descoberta do AcheFlam...........................................................................19 
9 Conclusão.....................................................................................................23 
10 Referências..................................................................................................24 
 
 
Resumo 
As comunidades tradicionais Brasileiras estão dispostas por todo território 
brasileiro, contribuíram para todas as formas de cultura existentes no pais através de 
um vasto conhecimento em terra e plantas medicinais, além de disseminar costumes 
e estilo de vida. 
O conhecimento em plantas contribuiu para pesquisas e descobertas de 
princípios ativos dando origem a uma segunda opção terapêutica além da alopatia a 
fitoterapia, contribuindo também para a evolução da indústria fitoterápica. 
Os índios Tupinambás deixaram um grande conhecimento que fora 
disseminado para vários desses grupos e para a sociedade como um todo. 
 
Objetivos 
Demonstrar a importância da história das populações tradicionais no 
desenvolvimento da sociedade brasileira. Relacionar o conhecimento tradicional em 
plantas medicinais com o avanço da indústria farmacêutica, na descoberta de 
princípios ativos baseados no conhecimento empírico dessas comunidades. 
 
Introdução 
Por todo o Brasil estão espalhadas pequenas comunidades de pessoas 
descendentes de povos nativos, que habitavam o território brasileiro antes da chegada 
do homem Europeu nas terras tupiniquins. Esses povos atualmente são grupos 
reduzidos de descendentes, que se esforçam para manter seu espaço, cultura e 
legado vivo. Anteriormente ao advento da colonização, esses povos acumulavam um 
rico conhecimento do território bem como de plantas medicinais que aos poucos foram 
sendo descobertas e usadas em pesquisas pela indústria farmacêutica, esse 
conhecimento foi passado a adiante. Esses povos tinham uma sociedade bem 
estruturada com rituais, costumes, gastronomia e sistemas de agricultura, pesca e 
construção de suas próprias casas. Muitas coisas mudaram após a colonização, 
houve lutas, resistência e mistura dos povos nativos com portugueses e escravos que 
foram trazidos principalmente do continente africano pelos conhecidos navios 
negreiros. Outras comunidades tradicionais foram se formando a partir das que já 
existiam como por exemplo os Caiçaras que tiveram origem entre a mistura de 
portugueses e índios tupinambás, principalmente nas regiões costeiras do estado de 
São Paulo, Paraná e Santa Catarina, surgiram também pescadores descendentes de 
açorianos, que aderiam ao estilo de vida dos povos que deixaram ali o conhecimento 
e modo de vida, destacam-se também os descendentes de escravos os quilombolas 
que estão espalhados por todo Brasil, nossos índios que ainda são a ponte entre o 
homem e a natureza, exercendo o papel fundamental na consciência pela 
preservação, da cultura e de todo conhecimento disseminados pelo mundo. 
Entre as populações tradicionais brasileiras em relação a história do país 
relacionada ao desenvolvimento da indústria farmacêutica através dos conhecimentos 
medicinais destacam-se os tupinambás índios de origem tupi que lutaram bravamente 
contra a colonização e até mesmo contra outros povos indígenas. Estimava-se que 
teriam sido extintos e restado apenas os Caiçaras, porem em 2010 a Funai registrou 
cerca de 4 mil descentes dos tupinambás. O conhecimento de plantas medicinais 
pelos Tupinambás foi culturalmente passado adiante por todos os povos indígenas e 
seus descendentes e obviamente com o avanço da indústria farmacêutica em 
pesquisas, em meados 1989 acidentalmente a empresa Ache/Biosintética acabou 
tendo contato com uma dessas plantas que deu origem ao primeiro anti-inflamatório 
fitoterápico através do conhecimento dos Tupis. 
O princípio ativo extraído da planta Cordia Verbenacea, encontrada na mata 
atlântica, era popularmente conhecida por pescadores caiçaras e por comunidades 
indígenas como Erva baleeira, maria milagrosa ou erva da praia. Os efeitos rápidos e 
positivos fizeram com que a empresa financiasse os estudos das propriedades da 
planta e mais tarde patentearam como um medicamento referia do grupo 
farmacêutico. 
 
Brasil antes da chegada dos Portugueses e sua colonização 
“Foi o único que me enganou” Napoleão Bonaparte, nas suas 
memórias escritas pouco antes de morrer no exílio da Ilha de Santa 
Helena, referindo-se a D. João VI, rei do Brasil e de Portugal. 
Laurentino Gomes, 2008 
Para descrever as comunidades tradicionais do Brasil é indispensável não 
abordar os antecedentes históricos, para compreender como se constituiu a tradição 
e cultura de várias comunidades do pais. Os Português estavam a caminho das índias 
quando inusitadamente encontraram um lugar diferente de tudo que já haviam visto, 
encontram uma biodiversidade gigantesca e pessoas totalmente diferentes de todas 
as que já haviam conhecido. Eram novos rostos, modos, crenças. E foi assim da 
mesma forma para os nativos das terras encontradas. Esses nativos foram chamados 
de índios anos antes por Cristóvão Colombo. A mentalidade europeia na época e o 
seu objetivo era conquistar novos territórios, sem pensar nesses povos por quem eram 
recebidos. Os portugueses intitularam-se descobridores e conquistadores de um novo 
território, um tempo mais tarde chamaram de Brasil. Tentaram impor seus costumes, 
religiões, e ceifar a cultura desses povos que já viviam ali. Alguns nativos foram bravos 
e resistentes como os Tupinambás, mas a maioria adoeceu com doenças trazidas 
pelos europeus. Os povoados indígenas que não reagiram foram submetidos a passar 
todo conhecimento sobre o território e escravizados, assim se criou a dívida histórica 
com esses povos, por isso é necessário hoje preservar e proteger suas raízes e 
tradição. Com o passar do tempo. Até 1808 o Brasil era usado por Portugal apenaspara exploração das suas riquezas naturais como o Pau Brasil, mas nessa época as 
revoluções agitavam a Europa, foi quando Napoleão Bonaparte líder da revolução 
francesa invadiu Portugal e o rei Dom João e sua corte fugiram para as terras 
tupiniquins e decidiram então colonizar o brasil, nessa época o Brasil já havia sido 
dividido em 14 capitanias hereditárias e cada uma foi dada a um líder para que fosse 
povoada, quando a corte de dom João chegou já existia uma mistura entre os povos 
nativos e os portugueses, existem indícios de que europeu de outras origens tinham 
vindo também. Escravos foram trazidos de várias partes do continente africano para 
serem escravizados, estes lutaram bravamente pelo fim da escravidão, esses 
escravos escondiam-se no meio das florestas os quais foram chamados de quilombos 
e foram marcados na história do brasil, até o final da escravidão em 1889 seus 
descendentes atualmente são chamados de quilombolas. Quando o brasil já haviam 
passado por várias fases de revoluções, tantos pelos burgueses que não toleravam 
pagar tantos impostos a coroa quando por escravos, sertanejos e outras comunidades 
que se formaram a partir dessa mistura de etnias. 
O Brasil passou sendo colônia por um grande período e no mesmo foi muito 
explorado, após ser colônia foi império, império que foi abandonado por seu líder e 
passou um longo tempo governado por regentes, período que foi chamado de 
regencial após o golpe da maioridade, até 1822 quando se tornou independente de 
Portugal, mas a família real ainda era quem mandava no pedaço. Foram longos anos 
de escravidão, corrupção da corte, e de exploração. Nesse tempo viam para cá além 
de escravos, pessoas de toda parte do mundo e assim os povos foram se misturando 
cada vez mais entre europeus, índios, escravos. Assim, o brasil foi criando um rosto, 
em 1889 com o fim da escravidão e a proclamação da república. Várias comunidades 
se espalharam por todo país, estas que se desenvolveram praticando atividades 
econômicas, que se estabeleceram em locais específicos, exerciam atividades 
relacionadas a pesca por comunidades que se difundiram nas costas brasileiras onde 
se deu origem aos açorianos mais tarde, onde parte do estado de Santa Catarina 
principalmente a região litorânea como Florianópolis, ainda cultivam a tradição dos 
pescadores descendentes de açorianos, os caiçaras que se originaram do legado dos 
índios tupinambás, exerceram outras atividades além da pesca como artesanato, 
comunidades que se desenvolveram na Amazônia como os ribeirinhos, outros que 
descendem de revoluções como a extração da catinga os catingueiros, os praieiros 
ao longos dos litorais, comunidades nômades como os ciganos que passaram a diante 
tradições, mesclaram culturas, etnias e as levaram para várias outras regiões, e 
seguem a vida assim, os sertanejos comunidades que descendem do serrado 
brasileiro, que levaram a diante a tradição de seus antepassados que lutaram contra 
a miséria a falta de recursos com as revoluções da balaiada, de canudos, contestado, 
por exemplo. Outras comunidades de minas gerais berço da inconfidência mineira. 
 
Em 1896 há de rebanhos mil correr da praia para o sertão; 
então o sertão virará praia e a praia virará sertão. 
Em 1897 haverá muito pasto e pouco rastro e um só pastor e um só 
rebanho. Em 1898 haverá muitos chapéus e poucas cabeças. 
Em 1899 ficarão as águas em sangue e o planeta há de 
aparecer na nascente com o raio do sol que o ramo 
se confrontará na terra e a terra em algum lugar se confrontará no 
céu... Há de chover uma grande chuva de estrelas e ali será o fim do 
mundo. 
Antônio Conselheiro, 1902 
Comunidades tradicionais do Brasil 
A palavra tradição significa transmitir, cultura é um conhecimento transmitido 
de pai para filho de geração a geração bom ou ruim depende exclusivamente do ponto 
de vista, comunidade é um grupo de pessoas que possuem características 
semelhantes entre si e compartilham experiencias. Logo entende-se que 
comunidades tradicionais do brasil são grupos de pessoas espalhada por todo 
território brasileiro que compartilham cultura, conhecimento e transmite para frente 
afim de valorizar e preservar a tradição e seu território. As políticas públicas de 
preservação da cultura desses grupos de pessoas que ajudaram a escrever a história 
do Brasil e a construí-lo são recentes e de grande importância do ponto de vista 
cultural e étnico. Segundo o decreto 6040 de 2007 art. 3. 
I. Povos e comunidades tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que 
se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que 
ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução 
cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações 
e práticas gerados e transmitidos pela tradição. 
II. Territórios Tradicionais: os espaços necessários a reprodução cultural, social e 
econômica dos povos e comunidades tradicionais, sejam eles utilizados de forma 
permanente ou temporária, observado, no que diz respeito aos povos indígenas e 
quilombolas, respectivamente, o que dispõem os artigos 231 da Constituição e 68 do 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e demais regulamentações; e 
III. Desenvolvimento Sustentável: o uso equilibrado dos recursos naturais, voltado 
para a melhoria da qualidade de vida da presente geração, garantindo as mesmas 
possibilidades para as gerações futuras. 
Presidência da República, 2007 
Entre os povos e comunidades tradicionais do Brasil estão quilombolas, 
ciganos, matriz africana, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco-de-
babaçu, comunidades de fundo de pasto, faxinalenses, pescadores artesanais, 
marisqueiras, ribeirinhos, varzeiros, caiçaras, praieiros, sertanejos, jangadeiros, 
açorianos, campeiros, pantaneiros, catingueiros, e o que restou dos povos indígenas. 
 
A origem da Civilização dos Tupinambás 
O povoado indígena tupinambás surgiram no norte do litoral do sudeste 
brasileiro que se estendia até a ilha de Tupinambarana no rio amazonas, pela foz do 
Rio São Francisco atravessando o estado do Maranhão e pelo Pará. Não existem 
registros do ano certo em que chegaram na região. Mas estima-se que ainda por volta 
dos anos 560 ainda tinham uma sociedade bem estruturada, mesmo após a chegada 
dos portugueses devido a alta resistência do povo Tupinambá. Formaram o primeiro 
povoado indígena na região, migraram para outras regiões do brasil afim de assegurar 
sua tradição. Os Tupinambás são de origem Tupi, e usavam a mesma língua de outros 
povos indígenas da mesma origem. Em linguagem Tupi, tupinambá significa “os 
primeiros”. Alguns tupinambás se relacionaram com portugueses dando origem mais 
tarde aos Caiçaras. 
 
Ambiente, cultura e economia 
A comunidade dos nativos, acumulavam um grande conhecimento em agricultura e o 
exerciam no manejo das terras. Também possuíam alto conhecimento em plantas 
medicinais, que foram usados inclusive por outras tribos Tupi. Eram conhecidos por 
outras tribos que inclusive falavam a mesma língua ‘’tupi’’ como bravos guerreiros e 
extremistas, logo consideravam os tupinambás não muito amigáveis em algumas 
ocasiões até brigavam entre si. Algumas tribos enfrentavam os temidos Tupinambás 
inclusive ao lado dos portugueses na época da colonização as quais os Tupinambás 
chamavam de traidoras da terra. 
Os portugueses invadiram suas terras, matavam, escravizaram, estupravam as 
índias e dizimaram não apenas os guardiões da terra como eram chamados por outras 
tribos, mas praticamente todos os povos nativos que resistiam a colonização. Por 
outro lado, os europeus caracterizavam os povos indígenas como o maispuro 
exemplo de atrocidade humana, referiam-se aos rituais sagrados de cada tribo, no 
caso dos Tupinambás referiam-se ao ritual de canibalismo. Os Tupinambás 
acreditavam que se comessem a carne do inimigo conseguiriam pegar para si toda a 
inteligência e força do mesmo. 
Algum tempo depois da chegada dos portugueses ainda habitavam a costa do 
litoral paulista em grande maioria, e após grande resistência acabaram unindo-se aos 
franceses e guerrearam contra os portugueses afim de proteger suas terras, muitos 
foram enganados pelos franceses e mais da metade da comunidade dos tupinambás 
foram extintas por doenças trazidas da Europa com a varíola. Até 2009 acreditava-se 
que teriam sido completamente extintos. 
A atividade econômica antes da colonização se baseava na pesca, produção 
de alimentos e bebidas a partir da farinha de mandioca e agricultura. Usavam O 
sistema de coivara que implica na derrubada e queima da mata, na limpeza do terreno 
e depois na plantação. As mulheres eram responsáveis pela parte artesanal das 
confecções de redes para a pescaria, além de remédios à base de plantas e ervas, e 
conheciam variedades de alimentos. 
Em relação as mulheres Europeias, as índias tinham mais liberdade por um 
lado e mais importância nas atividades econômicas. Também exerciam atividades 
extrativistas e caçavam. A coleta de piaçaba era a atividade extrativista mais 
importante entre os Tupinambá de acordo com documentos do período colonial e 
imperial, a coleta da piaçaba foi uma das primeiras, usavam para fabricar utensílios 
domésticos, cordas para caça, objetos decorativos para a aldeia. O que hoje é 
coletado pelos Tupinambá é usado no mercado regional, as fibras da piaçaba são 
usadas para a fabricação de vassouras de uso caseiro e industrial. No século 19, eram 
usadas como cordas para amarração dos navios. 
Os Tupinambás gostavam de festejar quando obtinham sucesso em suas 
colheitas, e também quando venciam uma batalha ou pescavam uma quantidade de 
peixes satisfatória. Nessas ocasiões gostavam de praticar o ritual do canibalismo 
considerado por eles o mais importante e de grande significado, através da carne do 
inimigo os Tupinambás acreditavam ficar mais fortes. Os Tupinambás acreditavam em 
um único deus. Os casamentos eram feitos entre si, casavam-se primos com primos, 
irmãos com irmãs, não consideravam bom misturar o sangue com de outras origens. 
Hoje em dia por conta da influência atual da sociedade não realizam mais esses 
rituais, inclusive muitos aderiam a religião católica. 
 
Conhecimento medicinal dos Tupinambás 
Os Tupinambás Exerciam também atividades medicinais, como ritos de 
meditação, e o uso farmacológico das plantas, utilizavam uma medicina alternativa 
que na época da colonização foi considerada por muitos europeus mais sofisticada 
que as que consideravam de primeiro mundo. Porem por outros estrangeiros 
acreditavam que esses povos tinham pacto com entidades sobrenaturais. 
Os europeus conheciam o uso de algo como uma centena de espécies; os 
nativos manipulavam cerca de 3.000 – que hoje são tesouro da humanidade. JORGE 
CALDEIRA, 59, jornalista e escritor, é autor de “História do Brasil com 
Empreendedores” 
A relação dos Tupinambás com o ambiente e todo o conhecimento que tinham 
não só de localização, mas de reconhecimento de espécies de animais e plantas eram 
de espantar os Europeus que se consideravam muitos sábios para época. O trabalho 
realizado pelos Tupis era altamente sofisticado e produtivo que mais tarde foi avaliado 
pelos cientistas. Jean de Lery, francês viajante descrevendo o povo Tupinambá. 
Estima-se que cerca de 25% dos fármacos existentes foram elaborados a partir 
de ingredientes ativos de plantas, sendo que 119 substâncias químicas utilizadas hoje 
na medicina em todo o mundo são provenientes das plantas medicinais, o que 
demonstra a importância de conservar e estudar nossa flora (FARNSWORTH, 1977). 
Os tupinambás tinham um grande conhecimento em plantas e também em 
como produzir o unguento a partir da folha, e conheciam também a melhor forma de 
administrar e preserva-lo. Conheciam toda a preparação. Usavam muito a erva 
baleeira que usavam para reparar dores no corpo e preparavam a loção a base da 
folha, de fato não tinham conhecimento de epidemias, de doenças, o que era anti-
inflamatório porem conheciam cada planta e sabiam como usar e pra que, se fosse 
para dor no corpo, machucadura, diarreia , até mesmo plantas alucinógenas que 
proporcionavam algum tipo de bem estar. A Erva baleeira foi usava por todo grupo de 
índios tupi não somente pelos tupinambás, não se sabe se foram os tupinambás ou 
os índios Bororó que entraram em contato com a planta pela primeira vez. O que se 
sabe é que a erva continuou sendo usada pela população descendente desses povos 
e cultivada, muito inclusive pelos caiçaras descendentes mais próximos dos 
tupinambás. 
 
Tupinambás atuais e o apoio da sociedade. 
Durante muitos anos foram considerados extintos, mas em 2009 a Funasa 
(Fundação Nacional de Saúde) reconheceu como tupinambá um grupo, estimado em 
4.700 índios, que habita no entorno do distrito de Olivença, no município de Ilhéus, 
na Bahia. A aldeia de Sapucaieira, que participa de uma comunidade de 12 aldeias 
indígenas na região. Segundo a Funai. Os tupinambás não possuem mais terras para 
cultivo, e por isso estão lutando pela demarcação da reserva. No entanto traços típicos 
da cultura indígena como a dança, a culinária, o artesanato e outros legados culturais 
ainda são mantidos vivos pelos índios tupinambás. 
 
Economia e território atual 
Eles vivem como lavradores e pescadores. Esse reconhecimento foi 
acompanhado da demarcação de seu território (com o nome de Terra Indígena 
Tupinambá de Olivença), que entra também pelos municípios de Buerarema e Una 
 Tudo isso foi resultado de uma longa resistência desse povo às diferentes 
tentativas de expulsão e de usurpação de suas terras. 
Os tupinambás ocuparam esse território desde o século XVII. Em ciclos de oito 
em oito anos, é costume tupinambá se deslocar no território, para ocupar novas terras 
e poupar as áreas em que viviam, sem abandoná-las. As árvores frutíferas plantadas 
permanecem como pontos de referência, bem como as capoeiras áreas de 
rejuvenescimento da mata. No entanto depois da década de 1960, os tupinambás 
foram ficando cercados e oprimidos, limitados na capacidade de implantação de novas 
habitações e novas roças. Assim, tiveram que adequar sua forma de vida às condições 
impostas pela sociedade atual. 
Atualmente a comunidade de índios tupinambás recebem apoio da Funai e são 
protegidos pelo decreto 4066, porém a Funai ainda não conseguir demarcar as terras 
de direito da comunidade, existem conflitos entre fazendeiro e empresários que 
querem usar os locais onde está localizada a comunidade. Os índios vêm exigindo 
seus direitos e participando ativamente da política local afim de assegurar seu 
ambiente e tradição que segundo eles já são protegidos por lei, mas não conseguem 
ainda exercer atividades como a agricultura e não lhe são assegurados direitos sobre 
seus conhecimentos medicinais. Embora estejam protegidos pela constituição ainda 
não foi demarcado o território da comunidade tupinambá, o medo da comunidade é 
ter que sair do local e abandonar suas atividades atuais. 
 
Conhecimento medicinal tradicional e a indústria farmacêutica 
 A relação da farmácia como é conhecida hoje, tem direta influencia na 
história, está completamente ligada a natureza devido desde o início da organização 
de qualquer comunidade existir a preocupação com a saúde, a cura não apenas do 
corpo mas da mente. Em cada comunidade sempre existiuo homem conhecedor das 
plantas que se transformavam em unguentos, responsável por manipular a cura, 
assim podemos entender o aparecimento dos primeiros remédios, e que o 
farmacêutico já existia a muito tempo em diferentes civilizações e usava as diferentes 
diversidades da natureza para manipulas de alguma forma a cura, apenas não era 
batizado (isso já uma outra história). Juntamente aos vários períodos da humanidade 
cada um teve as suas inovações relacionada a farmácia. Com o passar do tempo e 
com a evolução dessas sociedades, foram surgindo juntamente com a história, novas 
doenças e a humanidade teve que encontrar maneiras de combate-las. Documentos 
muito antigos encontrados por arqueólogos registram a utilização das plantas e de 
substâncias de origem animal para fins curativos, desde o período Paleolítico ou idade 
da pedra lascada. 
Comumente, as populações que ocupam áreas de florestas tropicais se utilizam 
da grande biodiversidade desses locais para sobreviver, e dentro desse cenário se 
destacam os conhecimentos à cerca das plantas medicinais (FURLAN, 2006), sendo 
que para muitos grupos étnicos a utilização de plantas medicinais é ainda a única 
forma utilizada para tratamento e combate de doenças (LINHARES, et al, 2014). No 
Brasil quando os portugueses chegaram no ano de 1500 se surpreenderam com a 
vasta diversidade de plantas e utilizações que os povos indígenas presentes no local 
tinham sobres estas. Inicialmente os portugueses, depois imigrantes de outros países 
trouxeram da Europa outras espécies e conhecimentos de uso medicinal. Além disso 
os negros que vinham da África também utilizavam plantas como tratamentos 
(GIRALDI; HANAZAKI, 2010). Com a união de todos esses fatores históricos tem-se 
hoje uma grande diversidade de plantas cujo conhecimento da utilização foi 
conservado e difundido predominantemente da forma informal, de geração para 
geração, transmitido de família para família, para os vizinhos e oralmente (LINHARES, 
et al, 2014). Esses conhecimentos, dentro do mundo científico, são muitas vezes 
desvalorizados e a ameaça é a de que acabem desaparecendo devido a maior 
exposição das sociedades tradicionais à sociedade ‘moderna’, ao maior acesso a 
medicina moderna, e o deslocamento dessas pessoas de seus centros de origem 
(PINTO, AMOROZO, FURLAN, 2006); o que pode acarretar na perda de uma vasta 
riqueza de informações que poderiam contribuir enormemente para diversas 
indústrias que atendem as necessidades humanas. 
Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) dispõem dados de que 
em torno de 80% da população mundial dependia e dependem das plantas medicinais. 
A São conhecidas mais de 500 espécies de plantas com propriedades farmacológicas 
como por exemplo o próprio maracujá que possui ação sedativa, outras que já são 
comuns no uso popular como a valeriana que atua nos distúrbios causados pela 
insônia, a ginko bilobba que tem ação direta na circulação sanguínea, ameniza o 
cansaço dos membros inferiores, a hedera Helix auxilia no tratamento de tosses 
crônicas, tem ação bronco dilatadora alivia sintomas de hipersensibilidades como a 
bronquite ou asma, a passiflora ameniza estados de estresse, ansiedade, a erva 
beleeira possui ação anti-inflamatória, espinheira santa trata distúrbios do intestino, 
guaco funciona muito bem como um anti-gripal, pra dor de garganta, tosses, a 
castanha da índia auxilia na circulação, estabiliza estágios de ulceras varicosas 
deixando a aparecia das pernas muito melhores, muitas outras são comercializadas e 
outras estão sendo analisadas pela a Anvisa. 
Entretanto a Anvisa apenas reconhece alguns desses fitoterápicos como 
medicamentos, os outros são considerados, apenas conhecimento empírico dessas 
comunidades, o que faz com que muitos médicos não prescrevam. 
O conhecimento das comunidades tradicionais brasileiras, foram a base de 
grandes descobertas pela indústria farmacêutica que até mesmo na alopatia (drogas 
sintéticas) muitos dos princípios ativos provem de plantas. Muitas pesquisas e 
descobertas de princípios ativos por grandes industrias foram auxiliadas por 
comunidades tracionais que conheciam a terra e usavam os princípios como 
unguento. A seleção das espécies que serão utilizadas nos estudos para 
desenvolvimento de novos fármacos pode ser baseada utilizando o conhecimento 
sobre o seu uso tradicional, ou por populações tradicionais, no conteúdo químico e 
toxicidade, por seleção ao acaso, ou ainda por união de vários desses ou outro critério. 
Uma das estratégias mais utilizadas é o estudo do conhecimento sobre a 
medicina tradicional e popular em diferentes culturas (RODRIGUES; AMARAL, 2012). 
As grandes industrias, ou pesquisadores de universidades pegam amostras de 
plantas e estudam suas propriedades curativas e assim recebemos os medicamentos 
processados nas prateleiras das farmácias, mas nem sempre foi assim, a muito tempo 
e ainda hoje, comunidades tradicionais vão para a mata colher, encontrar, misturam e 
preparam chás, garrafadas, sabem como se deve administrar etc. Usam e creem 
fielmente no poder medicinal das plantas. Após estudos e pesquisas essa cultura e 
conhecimento medicinal dessas comunidades foi batizado de fitoterapia e os 
medicamentos surgido a base delas fitoterápicos onde fito significa planta e terápico 
terapia, ou seja, terapia de plantas. 
Porém como qualquer outro medicamento fitoterápico ou alopático, podem 
trazer benefícios como malefícios, tudo depende da dose e da administração, algumas 
plantas têm efeitos alucinógenos e como alguns alopáticos, também podem causar 
dependência. 
 
 
Medicamentos fisioterápicos comercializados em farmácia magistrais 
Fonte: Própria autora 
 
Disponível em: Blog A Casa Nova 
Acessado em: 16/06/2017 
 
 
O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessa 
terapêutica, como a maior diversidade vegetal do mundo, ampla 
sociodiversidade, uso de plantas medicinais, vinculado ao 
conhecimento tradicional e tecnologia para validar cientificamente este 
conhecimento (GUARULHOS, 2014, p. 17). 
 
 
Porem existe um lado negativo na relação entre a indústria e comunidades 
tradicionais detentoras do conhecimento das plantas, muitas vezes grandes empresas 
recebem toda a valorização, além de explorar as pessoas e os recursos naturais a fim 
de faturar no mercado. 
Cientes do tesouro informacional, subutilizado e desmerecido, que consiste em 
o conhecimento tradicional, muitos cientistas de diversas áreas os tem acessado 
atraídos pelo fato destes representarem uma potencial fonte de lucro (SOUZA; 
SANCHEZ, 2008). Não raro, os verdadeiros detentores desse conhecimento não 
recebem nenhum benefício pelas informações que se converteram em produtos e 
patentes que enriquecem a outros (SOUZA; SANCHEZ, 2008). 
 
 
 
 
Foto da planta Cordia Verbenacea nos arredores da praia Mongaguá 
 
A descoberta do Acheflam 
Victor Siaulys era um dos presidentes da empresa brasileira de medicamentos 
Ache Biosintética, uma das poucas indústrias brasileiras de medicamentos nos anos 
80. No verão de 1989, Victor resolveu tirar férias em uma das belas praias do litoral 
Sul de São Paulo Mongaguá, sem jamais pensar que estava prestes a conhecer um 
humilde pescador que proporcionaria um dos maiores feitos da sua vida profissional. 
Com a ajuda do pescador o farmacêutico Victor revolucionou a indústria farmacêutica 
pela primeira vez, com um anti-inflamatório 100% natural e brasileiro. Foi em uma 
tarde que Siaulys que já sofria com dores fortes no joelho devido a uma lesão 
ocasionada pelo mesmo esporte que praticava no dia, 
Ouviu de um companheiro de time que existia uma erva milagrosa capaz de 
curarqualquer contusão. Bastava massagear o local machucado com a pasta da erva, 
que a dor desapareceria. O colega o levou até a casa de um pescador que morava ali 
mesmo na beira da praia aonde o jovem empreender recebeu do humilde senhor uma 
garrafa do que chamava de erva da praia. No dia seguinte estava pronto para uma 
nova partida de futebol de areia. Intrigado com a planta Victor levou a pasta até os 
laboratórios da USP e investiu no mesmo ano 100 milhões de reais em pesquisas, 
depois de firma um acordo com os departamentos de pesquisas da USP e da UFSC 
universidade federal de Santa Catarina e desenvolveram o primeiro anti-inflamatório 
baseado no extrato da planta nativa de origem brasileira mais precisamente na mata 
atlântica, estudos apontaram que já vinha sendo usada pelos nativos da região que 
eram os índios Tupinambás, muito antes de 1500. 
A erva-baleeira (Cordia Verbenacea) continuou a ser usada pelas comunidades 
descendentes desses nativos, ou seja, usada por pescadores no litoral das regiões 
Sul e Sudeste os caiçaras. A planta que também é a matéria-prima do medicamento 
criado após a sua descoberta pela indústria, também é chamada de erva-da-praia e 
maria-milagrosa pela comunidade praieira das regiões Sudeste e catarinenses. 
A pasta foi transformada em creme, surgindo em sua nova forma terapêutica 
através das pesquisas das universidades envolvidas no projeto e do Centro 
Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp. Batizado 
com Alfa-Himuleno, o princípio ativo da planta foi descoberto somente em 2001. 
O creme teve eficácia comprovada e foi liberado pela Anvisa e classificado com 
primeiro fitoterápico industrializado por uma indústria brasileira. Sua terapêutica é 
direcionada a enfermidades musculares. Fármacos fitoterápicos são aqueles que 
possuem em sua composição apenas substâncias ativas extraídas das plantas, sem 
a mistura de princípios ativos sintéticos nem conservantes. 
Após a descoberta da planta e o início de seus estudos experimentais a 
empresa financiou uma plantação de 12 hectares da erva no centro de pesquisas da 
Unicamp. Foram extraídos ao total 120 litros por ano até o final do estudo, na fase 
experimental para poder atender as fases de testes em pessoas e animais onde foi 
descoberto indicadores nas fezes desses animais. Os pesquisadores precisaram de 
oito anos de esforços para adaptar o vegetal às novas condições de plantio, 
adequadas à produção do medicamento. O equipamento utilizado na produção do 
óleo custou R$ 240 mil. O valor foi partilhado igualmente pela Unicamp e pelo 
Laboratório Aché que comercializará o medicamento. 
O medicamento chegou as farmácias em julho de 2007 com nome comercial 
Acheflam e atualmente é indicado por farmacêuticos e prescrito por médicos para o 
tratamento de tendinite crônica e dores musculares miofasciais, e comercializado além 
de creme em spray Aerossol e gel tendo a clínica igualada ao Diclofenaco Dieta 
Mônico o famoso cataflam, Biofenac, Doflex medicamentos alopáticos, porém os 
efeitos colaterais são menores em relação aos alopáticos como o diclofenaco que 
pode causar alergias. Formas farmacêuticas como comprimido e drágeas ainda estão 
em processo. 
 
Acheflan, primeiro medicamento fitoterápico 
Fonte: Própria autora 
 
A Phytomédica é a divisão de negócios do Aché voltada exclusivamente à 
pesquisa, desenvolvimento e comercialização de fito medicamentos, medicamentos 
elaborados a partir de extratos padronizados de plantas e com eficácia e segurança 
reconhecidas pelos órgãos reguladores competentes. Com investimento anual de R$ 
9 milhões para pesquisa e desenvolvimento, a Phytomédica já tem três produtos no 
mercado Dinaton (Ginkgo biloba), para problemas vasculares-cerebrais; Kamillosan 
(camomila), para tratamento de dermatites, e Soyfemme (isoflavonas da soja), 
destinado às mulheres que sofrem com os sintomas da menopausa e que surgiu como 
opção para pacientes com contraindicação ou que não desejam aderir à Terapia de 
Reposição Hormonal à base de estrogênio. Sediado em Guarulhos, na Grande São 
Paulo, o Aché Laboratórios é a maior indústria farmacêutica nacional com 106 marcas 
de produtos éticos e OTC, e a primeira no ranking de geração de receituário por parte 
da classe médica. Possui cerca de 2.500 colaboradores e sua força de vendas é a 
maior do país, visitando mais de 140 mil médicos. Os produtos do Aché Laboratórios 
estão à venda em mais de 55 mil farmácias em todo o país. 
Quanto ao pescador caiçara, não foram encontradas mais informações a 
respeito na pesquisa, estima-se que tenha recebido uma pequena porcentagem por 
contribuir simbolicamente na pesquisa. Mais um exemplo de injustiça com as 
comunidades tradicionais brasileiras. 
 
Conclusão 
As comunidades tradicionais acumularam através de um longo período de 
tempo conhecimentos com intima relação com a natureza, continuam ainda hoje 
contribuindo para a preservação da biodiversidade e protegendo a utilização racional 
dos recursos do meio natural, além de disseminar conhecimentos que são capazes 
de contribuir para o avanço da sociedade como um todo, principalmente nas áreas de 
pesquisas da saúde. 
Através de tais conhecimentos e tradições a sociedade brasileira pode evoluir 
significativamente ao que diz respeito a indústria farmacêutica com relação ao 
conhecimento medicinal das plantas e do ambiente. 
 
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