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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DISCENTES: ALINE SANTIAGO, ANDRÉ FARMA, ÁLVARO NETO, LAYSE SOUZA E EDNALDO DA SILVA DOSCENTE: ANA LUCIA CARVALHO SANTOS DISCIPLINA: CIS208 - ECONOMIA REGIONAL (Teórica-Prática - TP01) Atividade Avaliativa Na formação do Brasil a ação do Estado promoveu diretrizes em prol do desenvolvimento regional do país. Com base nisso LIMA & SIMÕES (2009), busca fazer uma certa “comparação” entre alguns autores consagrados como Perroux, Boudeville, Myrdal, Mirchman e North, onde os mesmos trazem teorias que buscam explicar a dinâmica regional, onde os autores do artigo relacionam essas teorias com a ação do Estado no Brasil. a) Teoria do Pólo de crescimento: através dessa teoria nota-se a influência dos dois autores quando se faz referência ao Plano de Metas do Brasil, onde aconteceu uma inter-relação entre os espaços econômicos e humanos com a implementação de novas indústrias, visando dinamizar o território nacional. Segundo a teoria dos pólos de crescimentos, a inserção dessas indústrias iria alavancar a economia regional, pois a formação desses “pólos” proporcionaria a ascensão de outras empresas, movidas pela então empresa motriz. Entretanto a formação desses pólos surgia em muitas das vezes de uma forma desigual, onde o crescimento não acontecia de uma forma conjunta em todo o território nacional, pois algumas regiões cresciam, enquanto outras permaneciam estáticas. Segundo os autores, no Plano de Metas, onde se instituiu a formação de Brasília, primeira cidade totalmente planejada, acabando por se tornar um pólo industrial gerando benefícios para toda a região centro-oeste do país, com isso gera-se um futuro aumento da população nesta região, atuando assim num processo de aglomeração em torno do pólo, indo de encontro com o que Perroux diz em sua teoria, onde os pólos devem ser instituídos através de planos de ações, assim como aconteceu em Brasília e também por intermédio de políticas econômicas que é um dos precedentes da teoria de Boudeville. Entretanto Perroux ressalta que o surgimento de pólos de crescimento pode provocar sérios desequilíbrios econômicos e sociais. Isso é altamente perceptível no Brasil, onde até nos dias atuais as disparidades econômicas e sociais entre as regiões do país é nítida. b) Teoria da causação circular e cumulativa: Myrdal, enfatiza as disparidades econômicas existentes entre os grupos de países considerados desenvolvidos (aqueles que possuem altos níveis de renda per capita e investimentos) e subdesenvolvidos ( países caracterizados por baixa renda per capita e baixos índices de crescimento. Essas disparidades, citadas por Myrdal, também podem ocorrer em diferentes regiões dentro de um mesmo país, onde se encontra regiões com elevado crescimento econômico e outras que ficaram estagnadas ou cresceram muito pouco no mesmo período de tempo. Para fortalecer sua tese, o autor recorre a noção de ciclo vicioso para explicar como essas disparidades se tornam circular, no qual um fator negativo se torna causa e efeito de outros fatores negativos.Esse circulo tente a continuar se repetindo até que uma força exógena aja sobre ele, modificando sua trajetória. Esse processo de causação circular também pode ser utilizado para explicar as disparidades regionais existentes dentro dos diferentes países. Essas disparidades podem ter origem histórica fortuitos, o fato de algo ter se iniciado ter se iniciado em um lugar, em detrimento de outra. No caso do Brasil, pode se utilizar de exemplo as regiões Sudeste e Nordeste, enquanto a primeira se destaca como a região mais dinâmica do país, enquanto a segunda era considerada a mais atrasada. Embora as questões de desenvolvimento regional não estiverem entre os principais objetivos da economia brasileira, nota a criação de importantes instituições de desenvolvimento regional, a partir da década de 50, detém elas estão o BNDE, BNB e SUDENE. Embora o Brasil tenha aplicado políticas de crescimento regional, baseadas nas defesas desses teóricos, o mesmo não o fez de forma racional, desconsiderando aspectos regionais importantes, dentre eles: a diversidade da pauta de exportações, a necessidade de estimular o empreendedorismo e a cooperação entre e inter-regional, o estabelecimento de uma seqüência ótima para estimular novas indústrias, dentre outros fatores. A partir da década de 80 nota-se um Estado cada vez mais ausente do setor produtivo, preocupado bem mais com a estabilidade de preços, cuja política de desenvolvimento regional limitava-se a apoiar ações localizadas, o que dificulta ainda mais o desenvolvimento de regiões menos dinâmicas. c) Teoria do Desenvolvimento Desigual e da Transmissão Interregional do Crescimento de Hirschman: inicia-se em um ponto principal e que não ocorre em toda a parte simultaneamente. Sendo assim Hirschman acredita que a dinâmica do desenvolvimento é mais complexa nos países subdesenvolvidos, pois a poupança e o investimento são “interdependentes”. Para ele, o investimento, ou, a capacidade de investir se torna a questão crucial para o desenvolvimento, a qual depende dos setores mais modernos da economia e do empreendedorismo local. Com isso nota-se uma maior dificuldade de se desenvolver nos países subdesenvolvidos, pois para eles, se basear apenas em setores modernos é mais difícil e custoso. Por essa razão o autor acredita que o problema desses países não é a escassez de recursos e sim a capacidade de dinamizá-los. A teoria da Transmissão Interregional mostra que por o desenvolvimento “se concentrar” em um local e “se propagar” para outros, dentro de um país pode acontecer de uma região ser mais desenvolvida do que outra, é aí onde entra o Estado com políticas desenvolvimentistas para “equilibrar” essas regiões, pois o desenvolvimento se transmite interregionalmente. O Estado, dentro da teoria de Hirschman, ganha um papel de mantenedor das necessidades básicas, como saúde, educação, energia, entre outros, para que as indústrias se desenvolvam. Ganha também um papel de estrategista quanto à políticas de investimento, para dinamizar o desenvolvimento econômico. Diante desse contexto é possível destacar que, na teoria que mostra o desenvolvimento partindo de um ponto e gerando entornos, o Brasil começa a sua fase desenvolvimentista na década de 50. No caso do Brasil por ser um país subdesenvolvido, encontra-se dificuldade na dinamização da economia do país, e o Estado ganha um importante papel na Economia. Nesse contexto, tomando a teoria de Hirschman, percebe-se no Brasil a chegada de indústrias, principalmente automobilísticas, para promover o desenvolvimento na questão regional, pois, como ele mesmo ressalta, uma indústria motriz agrega consigo, outras pequenas indústrias. Como estratégia de desenvolvimento executadas pelo Estado, no Brasil ocorreu a criação de Brasília, para aumentar o “fluxo de pessoas” na região Centro-Oeste e Norte. Também se cria instituições como “Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e do Banco do Nordeste 1’do Brasil (BNB) em 1952 e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) em 1959.” (Lima e Simões, 2009). Essas ações governamentais contemplam a teoria desenvolvimentista de Hirschman. d) Teoria da base de exportação de North: foi elaborada para tentar explicar a dinâmica da economia norte-americana, que não correspondia aos estágios desenvolvidos pelas teorias de localização e crescimento regional: 1) economia de subsistência; 2) desenvolvimento do comercio; 3) comercialização inter-regional; 4) industrialização; e por fim, 5) especialização em atividades terciárias para exportação. North explica que nosEstado Unidos, a região do Pacífico Noroeste, em que o desenvolvimento foi baseado na produção de produtos agrícolas, conseguiu desenvolver-se dependendo desde o início da sua capacidade de produzir produtos exportáveis, sem necessidade de passar pelos estágios postulados anteriormente. A semelhança entre o caso americano e o caso brasileiro é que também temos a agricultura como base da economia. Entretanto, a partir década de 1950, após a criação de importantes instituições de apoio ao desenvolvimento regional, o principal instrumento que viabilizou o processo de crescimento econômico brasileiro foi a industrialização por substituição das importações. Importações e exportações, segundo a teoria da base de exportação, são variáveis que trabalham em conjunto para formar um sistema recíproco de crescimento e se uma delas falhar, toda a dinâmica do sistema é comprometida. No Brasil, a política de substituição das importações não teve o devido acompanhamento das exportações e, por isso, foi incapaz de estimular o crescimento sustentável. De acordo com North, para prosperar é preciso inovar e diversificar continuamente, e, para isto os multiplicadores das exportações e das importações exerce papel importante. Todavia, o multiplicador das importações só funciona de forma plena se não há redução das exportações e da capacidade de produzir bens exportáveis, ou seja, localidades que não geram novas exportações através da substituição das importações, têm perdas econômicas. A incapacidade de desenvolver novos produtos para exportações no Brasil dificultou a superação dos problemas que surgiram no país no decorrer do próprio processo de desenvolvimento. Portanto, conforme a teoria de North, também fundamentada em Jacobs, para crescer e fortalecer a estrutura econômica nacional é essencial se diversificar e se adensar internamente, ou seja, produzir bens e serviços para a atividade exportadora e para o mercado local, evidenciando a importância de substituir exportações e importações ao mesmo tempo.
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