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Prof. Robésio Teixeira Gomes Módulo V Teorias Administrativas Robésio T. Gomes Introdução Após a Revolução Industrial, vários fatores contribuíram para o surgimento de estudos que pudessem resolver os problemas advindos de tal mudança: • Crescimento acelerado e desordenado das empresas; • Necessidade do aumento da eficiência da empresa. Robésio T. Gomes A partir desta situação, alguns estudiosos passam a propor métodos de trabalho que buscassem resolver os problemas; Surge então, a Abordagem Clássica, a qual se desdobrou em duas teorias: Introdução Robésio T. Gomes Teoria da Administração Científica Escola administrativa que tem sua ênfase nas . O nome desta escola é devido á tentativa da aplicação dos métodos da ciência aos problemas da administração; O método utilizava a observação e a mensuração, tendo como principal nome Frederick Winslow . Preocupação original: Esta Teoria apresenta-se em duas etapas: . Eliminar desperdício Elevar o nível de produtividade • The Principles of Scientific Management (Princípios da Administração Científica) 2º. Livro 1909 • Shop Management (Administração das Oficinas) 1º. Livro 1903 Robésio T. Gomes Taylor acreditava que a organização e a administração deviam ser estudados de forma científica, assim dois princípios são importantes: Princípios da Teoria: Teoria da Administração Científica • Planejamento • Ciência Seleção Científica do Trabalhador Tarefa compatível com o padrão Tempo Padrão O trabalhador deve atingir no mínimo a produção padrão estabelecida Trabalho em Conjunto Atender interesses do trabalhor e da Administração Separação Planejamento/Execução Gerentes Planejam Operários Executam Altos salários = Aumento de produção Baixo custo produção = Produtividade Divisão do Trabalho Racionalização do trabalho Movimentos repetidos Supervisão Funcional Especializado por tarefas Controla o trabalho dos funcionários Robésio T. Gomes Teoria da Administração Científica Ênfase da Teoria: Sistema proposto: Eficiência Uma única maneira de executar tarefa (The best way) Estudo dos tempos e dos métodos (Tempos e movimentos) Fonte: http://www.facilityconsulting.net Robésio T. Gomes Teoria da Administração Científica Críticas à teoria Enfoque mecanicista do homem: - Considerado como mera engrenagem no corpo da empresa; Homo Economicus (Homem Econômico) - Incentivos monetários – importante – satisfação - Homem considerado como preguiçoso e só trabalha pelo dinheiro; Superespecialização do Operário - Divisão e subdivisão das tarefas (Tarefas extremamente repetidas) Abordagem Fechada da Administração: - Não faz referência ao ambiente da empresa; - A organização é vista desvinculada do mercado. H e n ry F o rd •Responsável pelo salto qualitativo da organização empresarial; • Integração horizontal e vertical; •Padronização (linha de montagem e economicidade) F ra n k G il b re th •Estudo e descoberta do melhor forma do trabalho; •Estudo dos movimentos H e n ry G a n tt •Desenvolveu métodos gráficos para planos e controles; •Ex.: Gráfico de Gantt. Robésio T. Gomes Escola Clássica tem sua ênfase na . Como a Teoria da Administração Científica, esta teoria tem seu objetivo também na O principal expoente desta escola é Henry A teoria foi apresentada no livro deste autor em 1916: Teoria Clássica Administration Industrialle et Généralle Administração Geral e Industrial Robésio T. Gomes Teoria Clássica Administrativa Técnica Comercial Financeira segurança Contábil Produção de bens e serviços Compra, venda e permutação Gerenciar o capital Inventário, registros, custos e balanços Parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seus grupos: Os princípios gerais desta teoria são: Segurança pessoal e patrimonial Divisão de Trabalho Especialização das tarefas e pessoas Autoridade/ e Responsabilidade Dar ordem e receber obediência Disciplina Respeito às normas Unidade de Comendo Receber ordens de apenas um superior Unidade de Direção Plano único para o mesmo objetivo Interesses Gerais Interesse da organização sobre os interesses pessoais Remuneração Suficiente para a satisfação Centralização Concentração da autoridade no topo Robésio T. Gomes Teoria Clássica Os princípios gerais desta teoria são: Cadeia Escalar Hierarquia. Linha autoridade fixa Ordem Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar Equidade Justiça: Lealdade e devoção funcionários Estabilidade do Pessoal Rotatividade é ruim. Maior tempo no cargo Iniciativa Estabelecer um plano e cumpri-lo Espírito de Equipe (Spirit de Corps) Trabalho conjunto facilitado pela comunicação Críticas à teoria Obsessão pelo comando: - Centrado exclusivamente nos estudos na unidade de comendo, na autoridade e na responsabilidade. Sistema Fechado Vê a empresa como algo isolado do ambiente. Manipulação dos trabalhadores - Tendenciosa - Estudos voltados para a manipulação dos trabalhadores. Robésio T. Gomes Teoria das Relações Humanas O surgimento desta teoria deve-se: Experiência de Hawthorne: Oposição à escola Clássica, pois, estavam preocupados com a forma e a humanização da administração das empresas Decorrência das experiências em Hawthorne Período 1927 ~ 1932 Coordenação Elton Mayo Objetivo Estudar intensidade de iluminação e eficiência do operário. Medida avaliação: produção Moças Tarefas simples e repetitivas agilidade e rapidez Bem Estar dos funcionários Salários satisfatórios Boas Condições de trabalho Departamento de Montagem e Redes de Telefone Conhecer melhor o empregado Política de Pessoal Robésio T. Gomes Teoria das Relações Humanas A experiência foi realizada em três etapas. 1ª Fase Não encontrado uma relação direta entre as variáveis Descoberto o fator psicológico Objetivo: Verificar o efeito da iluminação sobre o rendimento do funcionário. Grupo Observação (Luz intensidade variável) Grupo Controle (Luz Intensidade constante Processo Comprovação Os funcionários aumentavam ou diminuíam a produção devido a variação da intensidade da luz. Trocava-se as lâmpada com a mesma potência. Induzia o funcionárioa acreditar em uma mudança na intensidade 2ª Fase Realizado a experiência em 12 etapas O psicológico continuava a ser o fator fundamental Objetivo: Verificar o efeito da iluminação sobre o rendimento do funcionário. Grupo Observação (6 moças: 1 fornecia e 5 montavam) Grupo Controle Restante do departamento Processo O Grupo de Controle trabalhava em condições originais. Colocaram o Grupo de Observação em uma sala separada com um Supervisor e com variação no trabalho Robésio T. Gomes 3ª Fase Objetivo: Estudo das Relações Humanas Processo Implantação de sistema de entrevista Resultado Revelação de uma organização informal de operários. Teoria das Relações Humanas Conclusão da Experiência Fator social para o progresso da empresa. Produção dependente da integração social dos indivíduos. Os indivíduos recebem sanções ou recompensas (informalmente) dependendo do comportamento e de acordo como o grupo A maior especialização não leva necessariamente a maior eficiência (considera a moral dos empregados) Robésio T. Gomes Teoria das Relações Humanas Esta escola preocupou-se bastante em estudara e sua forma. Tal situação é conseguida por meio de envolvimento e do aproveitamento pleno da criatividade do grupo a ele subordinado, buscando a satisfação de todos. É o indivíduo que, em razão do controle acionário, de conhecimento técnico, de envolvimento político ou de confiança, coordena pessoas, funções ou projetos, independente de suas características de liderança. Conforme Ribeiro (2003), é a característica que se espera de um Gerente, Chefe ou Supervisor, e deve ser demonstrada na condução do processo produtivo. Robésio T. Gomes Teoria das Relações Humanas Nesta escola foram estudadas os diferentes comportamentos dos líderes, como: Para ser um bom líder, o indivíduo deve possuir ou adquirir certas habilidades, destacando-se: A u to c rá ti c o O líder fixa as diretrizes sem qualquer participação do grupo; Estabelece as providencias e as técnicas e quais as pessoas para a execução das tarefas. D e m o c rá ti c o Diretrizes debatidas e decididas pelo grupo; O grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando quando necessário apoio do líder; A divisão de tarefas e a escolha dos membros do grupo fica a cargo do próprio grupo. L ib e ra l (L a is s e z -f a ir e ) Liberdade total para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder; As divisões de tarefas e as escolhas dos companheiros ficam inteiramente a cargo do grupo; Líder Grupo Líder Grupo Grupo Líder Sensibilidade Situacional Perceber situações distintas Flexibilidade de Estilo Adequar-se às situações. Destreza da Gerência Situacional Capacidade de modificar determinada situação Robésio T. Gomes Teoria das Relações Humanas Há uma diferença entre e Portanto, a diferença entre , reside no tipo de motivação que cada um dos seguidores tem sobre cada uma destas situações. Nas organizações atuais, os gerentes devem combinar estes dois tipos Robésio T. Gomes Teoria das Relações Humanas Liderança Situacional • A essência deste estilo é que o líder tem que se ajustar à situação • Baseia-se no princípio de que cada empregada tem o seu tempo no processo de aprendizagem e desenvolvimento profissional • A não observância deste fator pode acarretar frustrações, conflitos e insatisfações entre o comando e seus comandados. Críticas à teoria Visão parcial do problema, não situando o problema na sociedade como um todo; Preocupação apenas o fator humana, com o comportamento e as relações humanas; Preocupação apenas com o conteúdo e a natureza do cargo, dando uma maior atenção à organização do trabalho. Robésio T. Gomes Teoria Burocrática Devido as limitações encontradas nas teorias anteriores, alguns autores se voltassem para a obra de Max Weber (The Theory of Social and Economic Organization) A teoria burocrática surgiu regulada pelas normas e inflexibilidade hierárquica; Segue preceitos rígidos e disciplinadores para o desempenho eficaz do indivíduo e da organização Robésio T. Gomes Teoria Burocrática Weber considera que, a burocracia, não é um sistema social, mas, um sistema de poder. Portanto, sua discussão é em termos de dominação (autoridade) e obediência. Dominação ou autoridade, para Weber, é a probabilidade de haver obediência dentro de um grupo determinado. Assim, tem-se as bases de autoridade: Ex.: Liderança políticaCarismática • A obediência deve-se pela devoção dos seguidores pelo líder; A autoridade está na pessoa do líder. Qualidades que o tornam admirado. Ex.: Autoridade na famíliaTradição • Respeito dos seguidores às orientações que passam de geração em geração; • Os seguidores obedecem porque o líder aparenta o direito de comando devido aos usos e costumes. Ex.: Organizações BurocráticasLegal, racional • Os seguidores obedecem pela crença no direito de dar ordem que a figura da autoridade tem; • Direito é estabelecido por meio de normas e aceitas pelos seguidores. Robésio T. Gomes Teoria Burocrática Sistema Social Racional Exigência de Controle Características Disfunções Normas legais Comunicação formal Divisão do trabalho Impessoalidade Hierarquia Rotinas/procedimentos Competência técnica Especialização administrativa Profissionalização Internalização das normas Excesso de formalismo Despersonalização Categorização das decisões Superconformidade Exibição de sinais de autoridade Dificuldade com os clientes Previsibilidade do funcionamento Imprevisibilidade do funcionamento Eficiência Ineficiência Robésio T. Gomes Teoria Burocrática Críticas à teoria Limitação da espontaneidade: Limitação da liberdade pessoal, tornando o trabalhador incapaz de compreender a organização como um todo; Despersonalização no relacionamento: O funcionário não tem colega de trabalho. Os relacionamentos são entre meros ocupantes de cargos hierarquizados. Relacionamento entre grupos não são benquistos na organização burocrática; Substituição dos objetivos pelas normas: As normas passam a ser, gradativamente, mais importante que os objetivos da organização. O trabalhador deixa de ser especialista em determinada área para ser especialista em normas; Conflito entre público e funcionário: Inflexibilidade no tratamento dispensado acarreta conflitos entre clientes e funcionários Robésio T. Gomes Teoria Estruturalista A ideia básica desta teoria é considerar a organização em todos os seus aspectos como uma só estrutura, fornecendo uma visão integrada da mesma. Robésio T. Gomes Teoria Estruturalista Amitai Etzione, seu maior expoente, acredita que as organizações são unidades sociais formadas para atingir objetivos específicos, portanto, esta escola da administração objetiva um estudo mais amplo da organização. Qual a origem disto? Robésio T. Gomes Teoria Estruturalista Esta escola busca um estudo muito mais amplo das organizações, ou seja, estuda a organização de forma mais ampla, convencionando-se a chamar de Diante disso, os estruturalistas concebem a organização de duas maneiras: Sistema fechado, buscando a certeza e previsibilidade, enfatizando o planejamento e controle para atingir a máxima eficiência. Racional Sistema aberto, um conjunto de partes interdependentes e interagentes que possuem ligações entre si e seu ambiente. Não há certeza do seu funcionamento, uma vez que o ambiente não é passível de controle Natural Robésio T. Gomes Teoria Estruturalista Um aspecto importante dessa teoria, que difere das outras (Teoria Clássica e de Relações Humanas), é a questão dos conflitos. O conflito na organização decorre da existência de situações que necessitam de decisões. Apresentando-se da seguinte forma Conflito •Divergência •Desentendimento •Discordãncia Conflito • Gerador de mudança; •Desenvolvimento Organizacional Robésio T. Gomes Teoria Estruturalista Dentro da visão organizacional, define-se o conceito de Características Cooperativistas Coletivistas Estar preparado para as mudanças Tolerante às frustrações Robésio T. Gomes Qualidade de Vida nas Organizações Teoria Comportamental Segundo esta teoria, o administrador deve saber utilizar a motivação humana como uma poderosa estratégia. Robésio T. Gomes Teoria Comportamental – Teoria da Hierarquia das Necessidades As necessidades humanas estão dispostas hierarquicamente (importância e diferenciação) Alimento, sono, repouso, abrigo, etc.. Estabilidade, proteção, etc.. Aceitação, participação, amizade, amor, etc. Status, prestígio, consideração, etc. Melhorar o próprio potencial,autodesenvolvimento. Necessidades Secundárias Necessidades Primárias A. Maslow Robésio T. Gomes Condições do trabalho, Salário, a relações com Supervisão, benefícios e serviços sociais O trabalho em si, a realização, o reconhecimento, progresso profissional, responsabilidade. Fatores Motivacionais Fatores Higiênicos Teoria Comportamental – Teoria dos Dois Fatores Esta teoria considera que a satisfação no cargo está ligado no conteúdo e atividades desafiadoras e a insatisfação ligado ao ambiente de trabalho. (Satisfacientes) (Insatisfacientes) F. Hezberg Robésio T. Gomes Teoria Comportamental Dentro desta abordagem, define-se o conceito de O Comportamento Administrativo procura a maneira satisfatória e não a otimizante. “O homem sempre considera suas satisfações contentando-se com o que está a seu alcance, mesmo que seja um mínimo, mas que, naquela situação representa o máximo.” Herbert Simon Satisfacer Homem que se contenta; Satisfação não precisa do máximo absoluto. Robésio T. Gomes Teoria dos Sistemas Robésio T. Gomes Teoria dos Sistemas - Características Os sistemas podem ser formados por partes menores e interdependentes que, mesmo com menor autonomia, são claramente distintas durante sua operação. Supersistema Hierarquia dos sistemas • Sistema é o objeto (foco) do estudos; • Subsistema são as suas partes componentes; • Macrossistema é o sistema de hierarquia imediatamente superior ao sistema estudado. Sub sistema 2 Sub sistema 3 Sub sistema 1 Sistema BSistema A Sub sistema 2 Sub sistema 3 Sub sistema 1 Robésio T. Gomes Sistema Fechado - Não trocam matéria ou energia com o ambiente em que estão inseridos; São herméticos; - Raríssimos, podendo ser considerados apenas como conceituais. Sistemas Abertos - Interagem com o ambiente em que estão inseridos. São adaptativos - Organizações sociais são sistemas abertos. Teoria dos Sistemas – Características Robésio T. Gomes Teoria dos Sistemas – Componentes O . Seu comportamento depende de sua estrutura inteira e não apenas do comportamento de suas partes. Havendo um entre as partes é possível corrigir o , ocorrendo assim, a . Processamento (Throughput) Entrada (Input) Saída (Output) Ambiente (Enviroment) Retroalimentação (Feedback) Robésio T. Gomes Teoria dos Sistemas – Componentes Prof. Robésio Teixeira Gomes Obrigado pelo semestre. Tenham uma boa vida
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