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SEMINÁRIO EM SERVIÇO SOCIAL ( RESUMO E QUESTÕES )

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Seminário em Serviço Social
Aula 1 - Seminário em Serviço Social
O Movimento Social e a ação do homem no mundo
O homem, em suas relações sociais, constrói e reconstrói a sua sociedade. Todavia, isso não ocorre sem que haja conflitos, que podem se expressar como contestação ou como luta para a preservação do status quo.
O Movimento Social e a História
A história do homem é marcada pela constante oposição entre opressores e oprimidos. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, Patrão e empregado, etc.
A Diferença entre Massa, Multidão e Movimentos Sociais.
A vida em sociedade é regulada pelos valores e princípios que nos tornaram seres sociais. Entretanto, por vezes nos vemos em algumas situações que fogem do nosso comportamento social típico. Nestes momentos somos tomados por emoções coletivas abruptas que limitam subtraem nossa capacidade de racionalização. São os casos em que nos encontramos em uma situação de massa e em uma situação de multidão.  
Os movimentos sociais se caracterizam por sua ação coletiva e ORGANIZADA, portanto, bastante diferente das situações acima descritas.
Situação de Massa
Influência exercida pelos meios de comunicação de massa sobre comportamento dos indivíduos, como no caso da televisão, dos jornais e revistas. Normalmente associada à sociedade de consumo e à cultura de massa Em uma situação de massa, os indivíduos agem orientados pela força midiática, que subtrai ou diminui a capacidade de racionalidade individual crítica. 
Nestes casos indivíduos apresentam um comportamento passivo e acrítico. No Movimento Social a crítica e o comportamento ativo são fundamentais.
Situação de Multidão
Aglomerado desorganizado e anônimo de indivíduos, que estão próximos, por tempo determinado. O estado emocional de um influencia o do outro, levando à certo comportamento que não teriam se estivessem sozinhos. A perda de identidade e ausência de crítica são características desta situação.
Características dos Movimentos Sociais
Organização
 Projeto 
 Identidade Comum
 Ideologia ou visão de mundo
 Conflito de Interesses
Sem esses elementos temos manifestações ou fenômenos sociais e não Movimentos Sociais.
Abordagens Teóricas sobre os Movimentos Sociais
O Conflito de interesses é uma categoria fundamental para compreendermos os movimentos sociais. Os três principais sociólogos da modernidade abordaram de maneira distinta essa categoria.
Karl Marx 
Para Marx, os movimentos sociais constituem uma resposta legítima às contradições de uma sociedade dividida em classes. Assim, expressa, o grau de desenvolvimento da consciência de classe. Busca-se a emancipação e construção de uma nova sociedade. 
Émile Durkheim
A abordagem neopositivista, nega a existência de conflito em sociedade que determina os indivíduos e não o contrário. Logo, não há conflito, pois a sociedade não se contradiz. Existem desequilíbrios transitórios e momentâneos entre uma condição social e outra. Tais desequilíbrios são expressos pelos movimentos sociais, que são considerados como naturais no processo de autoajuste social.
Max Weber
Para Weber não basta haver conflito, que evidencia contradições, para que se caracterize o movimento social é preciso identificar a proposição de um sentido da vida social dos sujeitos envolvidos. Segundo essa abordagem chamada também de culturalista, a ação coletiva precisa ser subjetivamente significada pelos participantes. 
Tipos de Movimentos Sociais
Movimento Social Conservador: é o movimento que busca preservar ou restaurar o status quo.
Movimento Social Reformista: busca alteração de algum da sociedade sem atacar diretamente a estrutura social. O projeto é pontual e não radical.
Movimento Social Revolucionário: visa a construção de uma nova sociedade, por isso ataca diretamente os fundamentos da estrutura social. O projeto é radical.
Não Esquecer que todo movimento social:
Atua em prol da realização de algum projeto;
 Para se caracterizar um movimento social é necessário algum grau de organização;
 Ele surge a partir da conscientização de um fato, que precisa ser superado;
 Apresenta uma identidade comum entre os participantes, que se reconhecem na mesma situação de opressão.
 Apresenta alguma ideologia ou visão de mundo como norteadora. 
Aplicando o conhecimento
A atividade dos movimentos sociais comumente é retratada, ainda que não fidedignimamente, na mídia. A partir da leitura de jornais, acesso aos sites de notícia ou mesmo na TV é possível conhecermos mais sobre a atividade dos movimentos sociais tão peculiar e fundamental à vida humana.
DÊ EXEMPLOS ATUAIS DOS TRÊS TIPOS DE MOVIMENTOS SOCIAIS:
	INSTRUMENTO
	EXPANSIONISTA
	CONTRACIONISTA
	Conservador
	 
	 
	Reformista
	 
	 
	Revolucionário
	 
	 
Aula 2:Movimentos Sociais Clássicos – Uma Breve Reconstrução Histórica
Movimentos Sociais Clássicos – Uma Breve Reconstrução Histórica
Na emergência da sociedade industrial capitalista os movimentos operários europeus ganham destaque. Apresentam-se como contestadores do modelo social vigente e propõem a construção de uma nova sociedade, justa e igualitária. Essa postura crítica irá influenciar outros movimentos sociais ao longo do processo histórico. O termo “Movimento Social” começa a ser utilizado em meados do século XIX.
Movimentos sociais refletem a relação entre o indivíduo, a sociedade e o Estado já que são formas legítimas de expressão da sociedade civil organizada, em defesa de seus interesses.
Movimento Social Clássico
De acordo com os teóricos marxistas os movimentos sociais são resultados das contradições inerentes à sociedade que está dividida em duas classes antagônicas: a classe dominante que detém os meios de produção e a classe trabalhadora que vende sua força de trabalho.
Os resultados das lutas sociais na Europa no século XIX
Liberalismo: defendia o constitucionalismo político e era contrário aos regimes monárquicos absolutistas.
 Nacionalismo: afirmava a soberania do Estado e fundamentava-se na identidade nacional.
 Socialismo: preocupava-se com a questão social e a superação dos problemas oriundos do capitalismo.
IMPORTANTE: Essas três correntes não se apresentaram de forma uniforme ou pura em toda a Europa. Ao contrário, elas se mesclavam e assumiam diversas expressões em cada país.
Inglaterra Século XIX
A Inglaterra do século XIX apresentava um capitalismo consolidado e, portanto, péssimas condições de existência para o povo: fome, êxodo rural, cidades superpopulosas, elevadas jornadas de trabalho (16-18 horas/dia), desemprego e diversas epidemias de tifo e tuberculose.
Neste contexto os trabalhadores entendem que as responsáveis pelo desemprego e pelas péssimas condições de vida e trabalho são as máquinas.
Inglaterra Século XIX – O Ludismo
As primeiras manifestações operárias se direcionam contra as máquinas. Em 1758 começam os “quebra-quebras” nas fábricas inglesas. 
Esse movimento ficou conhecido como Ludismo, em alusão a Ned Ludd, operário que teria quebrado as máquinas de seu patrão como forma de revolta. Em 1768 foi instituída a pena de morte para quem destruísse maquinários fabris. 
Inglaterra Século XIX – O Cartismo
Em 1836, é criada em Londres a Associação dos Operários, que anuncia o programa Carta do Povo, na defesa do direito do voto como instrumento de conquista dos direitos trabalhistas: salários dignos, diminuição da jornada de trabalho e melhores condições de vida. Esse movimento ficou conhecido como CARTISMO, que obteve a redução da jornada de trabalho para 10 horas para crianças e mulheres em 1847. Entretanto, a partir de 1848, a forte repressão do governo levou ao fim esse movimento operário. 
Movimento Operário e Socialismo
Os movimentos operários sofreram forte influência das teorias socialistas. Para os socialistas, o sistema capitalista preserva a estrutura histórica de dominação de classes, cria novasformas de exploração e agrava as já existentes. 
As diferentes correntes do Socialismo
O Socialismo Reformista defendia a transformação social gradativa e pregava a reforma da sociedade capitalista, por meio das eleições e do processo legislativo, até a implementação total do modelo socialista.
O Socialismo Revolucionário proclamava a libertação imediata da classe operária da exploração burguesa, por meio da revolução armada como forma de transformar radicalmente a estrutura social.
O Socialismo Utópico criticava a exploração capitalista e propunha o fim da propriedade privada, mas não indicavam uma forma concreta para os trabalhadores conseguirem acabar com a estrutura de dominação.
Em 1848, na Alemanha, Karl Marx e Friedrich Engels proclamaram o Manifesto do Partido Comunista e criaram a Liga dos Comunistas. Estava instaurado o chamado Socialismo Científico.
Outras Contribuições Filosóficas
O Anarquismo influenciado pelo socialismo utópico propunha o fim imediato do Estado e da propriedade privada. Já que todas as formas de governo são perversas, defendiam uma sociedade organizada na participação política direta dos cidadãos.
 Havia também o Catolicismo Social ou Socialismo Cristão, o Papa Leão XIII edita a Encíclica Rerum Novarum, na qual pregava a humanização da sociedade e melhorias nas condições de vida. Esse movimento tinha caráter mais reformista e negava o socialismo revolucionário de Karl Marx.
Marxistas e anarquistas criticavam a propriedade privada e a dominação de classes. Entretanto, para os marxistas o Estado socialista era necessário na transição para o comunismo.
Explorando o tema: O Filme Os Miseráveis
O filme oferece um bom panorama das primeiras lutas sociais que abalaram a Europa e nos ajuda a compreender o início da organização dos movimentos sociais.
Aula 3 – Os Movimentos Sociais como motor da história: a contribuição de Karl Marx
A Contribuição de Karl Marx
Ao falarmos de Marx algumas categorias são fundamentais dentre elas podemos citar: luta de classes, socialismo, força de trabalho, materialismo histórico-dialético, forças produtivas, relação de produção, práxis, entre outras. Aqui tentaremos tratar as mais relevantes para a compreensão dos movimentos sociais.
Para Marx
A luta de classes é motor da história, pois representa o mecanismo de crítica e transformação da estrutura social. Para Marx, o capitalismo não inventa a exploração de classes, mas a preserva, ao mesmo tempo em que a agrava. Diferentemente do socialismo utópico, o socialismo científico de Marx prega a transformação imediata da realidade opressora.
Desta forma, os movimentos sociais expressam a luta de classes de modo consciente e organizado, dentro de um processo histórico no qual a estrutura social serve para assegurar a dominação de classes.
A luta de classes
A sociedade está dividida em duas classes distintas e antagônicas. 
A classe dominante detém os meios de produção, enquanto a classe dominada ou classe trabalhadora se vê obrigada a vender a sua força-trabalho. O antagonismo é fruto da contradição de interesses de cada classe. A dominante está interessada em preservar as condições de sua dominação; a classe dominada luta pela revolução da estrutura social pela igualdade.
Assim, os movimentos sociais clássicos cumprem um papel revolucionário devem destruir a estrutura social de divisão de classes e propriedade privada dos meios de produção.
O materialismo dialético
Quando Marx afirma que “A luta de classes é o motor da História”, ele está fazendo uma referência ao seu conceito materialista dialético. Segundo esse conceito, o processo histórico decorre de uma relação entre forças opostas que conduzem a mudança social. Assim, a dialética é justamente a dinâmica de confronto entre essas forças antagônicas, que fazem com que a estrutura social mude de uma forma de organização para outra. 
O Materialismo Histórico
Trata-se do método marxista de explicação da realidade social, em que dois fatores são importantes: as forças produtivas e as relações de produção. Além desses ainda é importante destacar a Infraestrutura ou Estrutura e a Superestrutura.
Não é possível pensar a vida humana sem considerar essas categorias, pois elas estão diretamente relacionadas ao trabalho que é a base do ser social.
Infraestrutura ou Estrutura e a Superestrutura.
INFRAESTRUTURA ou estrutura é base material da sociedade, o sistema econômico. Segundo Marx, a classe dominante controla o sistema econômico, por isso a estrutura econômica é aquela que atende aos interesses da classe dominante.
 Superestrutura corresponde a toda dimensão imaterial da sociedade, como os sistemas político, jurídico e ideológico. Para Marx, a Superestrutura imaterial é apenas reflexo da estrutura material.
Existe uma determinação da Estrutura sobre a Superestrutura se o sistema econômico é capitalista e atende aos interesses da burguesia, o sistema político, jurídico e ideológico também são.
As Forças Produtivas
As Forças Produtivas constituem as condições materiais de toda produção. Elas são a capacidade de produzir relacionada às técnicas, instrumentos, matérias-primas e trabalho humano.  
As Relações de Produção
As relações de produção constituem as formas pelas quais os homens se  organizam para executar a atividade produtiva. Elas são o modo como as forças produtivas estão organizadas. Como exemplos, podemos citar o cooperativismo, o escravismo, o feudalismo e o capitalismo. 
O papel revolucionário do proletariado
Consiste em destruir as bases da estrutura de dominação de classe, sob a qual estão estabelecidas as relações de produção capitalista: a propriedade privada dos meios de produção. Uma vez instituída as novas relações de produção do socialismo ou comunismo, a Superestrutura também seria alterada. Assim, o Estado, o direito e a ideologia dominantes seriam a do proletariado.
Práxis
Para Marx, a diferença do homem para os outros animais é a capacidade teleológica, ou seja, a capacidade humana em pré idealizar algo e realizá-lo por meio de sua ação. Assim, a práxis consiste na expressão dessa capacidade de pensar, projetar e agir sobre si e o mundo em que vive. A partir do processo de conhecimento, o homem age criticamente na criação e transformação de si e do mundo.
A capacidade teleológica está diretamente relacionada ao trabalho.
A teoria revolucionária
Para os marxistas, o socialismo é uma etapa de transição para o comunismo. Neste sentido, Marx acredita no desenvolvimento da consciência, união e organização do proletariado em seu papel histórico revolucionário. Após a destruição da estrutura capitalista, fundamentada na propriedade privada e na dominação de classes, o socialismo instituiria a propriedade pública dos modos de produção. Em seguida, o comunismo criaria uma sociedade sem classes, em que todos participariam das decisões e os modos de produção seriam coletivos.
O Manifesto Comunista
Em 1847, Marx e Friedrich Engels instituem a Liga dos Comunistas, reformulando a antiga Liga dos Justos, e publicam em 1848 o Manifesto Comunista. A partir de então, as críticas marxistas à sociedade de classes e a propriedade privada se espalham pela Europa, servindo de inspiração e fundamento para diversos movimentos operários no mundo.
REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917
A Rússia apresentava-se com uma Dinastia Romanov desde 1613, um  gigantesco império dominado por latifundiários, pelo alto clero da Igreja Ortodoxa e nobres oficiais do Exército. As ideias marxistas influencia jovens como Lenin, que fundou o Partido Operário Russo.O Partido era dividido entre os Bolcheviques, liderados por Lênin, que defendiam uma revolução imediata, e os Mencheviques, que defendiam uma passagem lenta e democrática para o Comunismo, por meio de eleições. Diante do descontentamento popular é deflagrada uma greve geral em 1905, em que 13 mil trabalhadores enviam um petição reivindicando ao czar melhores condições de trabalho.Em 1917 estava instituído na Rússia a primeira tentativa de implementação das ideias de Karl Marx. Em 1922 foi formada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), com a participação da Rússia, Ucrânia, Bielorússia, Transcaucásia, entre outros povos da Ásia. O chamado Socialismo Real, por ser aplicação concreta das teorias do Socialismo Científico de Marx, perdurou até 1991 com a queda da União Soviética.
Trabalhadores do Mundo Uni-vos
As ideias de Karl Marx ainda representam importante fundamento teórico para o pensamento e ação crítica sobre a realidade hoje ainda podem ser consideradas atuais e inspiradoras dos movimentos sociais.
Aula 4 – Movimentos Sociais Clássicos no Brasil da Colônia à República Velha
 
O mercantilismo (primeira fase do capitalismo) é produto da crise do feudalismo e da emergência da burguesia. Portugal e Espanha foram pioneiros na expansão marítima q respondia à necessidade de produtos a serem comercializados 
Podemos dizer que o Brasil é resultado desse processo, denominado mundialização da civilização europeia.
 
As grandes navegações reconfiguraram o mapa geopolítico mundial.
O Brasil produto das Grandes Navegações
Descoberta ou invasão!?!?
A chegada do europeu ao Brasil marca o nascimento de uma nova sociedade com características peculiares: diversidade étnica, escravismo, pacto colonial, absolutismo monárquico e COSEQUENTEMENTE desigualdade social. 
A história do povo brasileiro é uma história de opressão, resistência e revolta contra as injustiças presentes na estrutura social. Se do ponto de vista cultural, a cordialidade do povo brasileiro sugere uma essência pacífica, do ponto de vista histórico-político, isso está longe de significar um comportamento passivo. Os movimentos sociais brasileiros, com suas derrotas e vitórias, ajudam a desconstruir esse mito de passividade e revelam um povo oprimido, mas que jamais fugiu à luta.
A questão é: a quem interessa a ideia de que o povo brasileiro é cordial e pacífico?!?!?
Materialismo Histórico: dominação de classes se apresenta em dois aspectos: 
Dominação de Classes
Material => O primeiro é o material, que consiste na infraestrutura ou estrutura econômica.
Imaterial => É a superestrutura política, jurídica e ideológica. Vimos que a infraestrutura determina a forma da superestrutura, logo o sistema econômico determina os sistemas político, jurídico e ideológico. 
O fato histórico existe, mas também existe a versão ideológica ou seja a interpretação particular deste fato. É difícil distinguir o fato histórico objetivo de sua versão relacionada a uma classe social, pois quem conta a história o faz a partir de um ponto de vista atendendo a certos interesses em detrimento de outros. Enfim, a luta de classes que se dá na realidade concreta se desdobra na luta ideológica pela versão da história.
Os acontecimentos humanos são dados objetivos, mas estão sujeitos a interpretações subjetivas.
Ideologia e marxismo
É nesse sentido que o marxismo entende a ideologia como dissimulação da realidade e instrumento de dominação de classes. A luta de classes que ocorre na realidade material também ocorre no plano imaterial da vida. Existe um conflito ideológico, que se divide em ideias ou crenças que interessam à classe dominante e outras que interessam à classe dominada.
NÃO ESQUECER: Para Karl Marx, se o sistema econômico, político e jurídico favorecem a classe dominante. Assim, o Estado, o Direito e as ideias dominantes em uma dada sociedade e época são aquelas que interessam à classe dominante.
As versões dos fatos históricos dependem das relações de poder em cena que permite a determinado grupo assegurar o seu ponto de vista em detrimento de outros. 
No caso acima tratado, a ideologia do descobrimento do Brasil serviu para legitimar a posse e a dominação do grupo dominante sobre as terras do grupo dominado ontem e hoje. Esse é apenas um dos exemplos possíveis das implicações ideológicas no imaginário histórico e social.
Desconstrução do Mito da Passividade
A história oficial é sempre relativa, porque tende a expressar uma leitura parcial do fato ocorrido. Ela é a versão dos vencedores, preterindo ou negando o ponto de vista dos vencidos. No Brasil, isso é facilmente constatado pelas versões ou ênfases dominantes da nossa história, que contribuem para criar no imaginário coletivo uma falsa ideia de um povo passivo e submisso.
A história é contada pela primeira vez pelos vencedores, cabe aos vencidos tentar recontá-la
Ao olhar os fatos históricos nacionais nos depararmos com heróis oriundos das elites, nobres e militares. Personagens e ações populares são quase sempre preteridas ou tratadas de modo superficial. O povo aparece ideologicamente como expectador da própria história, incapaz e desinteressado de lutar por seus direitos. Deste modo, caberia ao homem comum aceitar resignadamente o status quo de opressão, como se fosse uma missão divina e esperar pelo “Salvador da Pátria”.
Para Pensar:
Por um lado, a imagem do povo brasileiro como passivo é verdadeira ou mentirosa?
É um fato histórico ou uma ideologia de classe?
A crença popular nessa passividade é interessante para quem?
Até que ponto a criação de um mito de passividade contribui para desestimular a ação coletiva e crítica  na sociedade?
Por outro lado, o autorreconhecimento do povo como agente histórico, heroico e contestador contribuiria para o desenvolvimento da autoestima e cidadania crítica?
Como pensar isso a partir dos movimentos sociais históricos no Brasil?
A hipótese aqui é que sempre foi preterido ou esquecido o sangue derramado do povo que lutou contra as diversas formas de opressão histórica da estrutura social brasileira. É a isso que podemos denominar de mito da passividade. Essa ideia de que o povo brasileiro sempre foi pacato, passivo e submisso não encontra fundamento nos fatos históricos. É apenas uma versão subjetiva que sempre interessou as elites, temerosas de que o povo reconhecesse sua capacidade de ação coletiva transformadora.
A formação histórica brasileira é marcada pelas contradições estruturais, que geraram opressão. Em todo tempo houve luta e resistência por uma sociedade justa e igualitária. Ao invés de passivos, o povo brasileiro sempre foi bravo e heróico.
Movimentos pró Independência
A Inconfidência Mineira: movimento mais restrito às elites locais. Deflagrada em Minas Gerais no ano de 1789 a insatisfação se dirige contra a forma de administração da Metrópole sobre a economia da colônia. Influenciados pelas ideias liberais do Iluminismo europeu e pelo modelo constitucional democrático norte-americano, os inconfidentes se organizaram para proclamar a independência e a república. O movimento foi abortado devido à delação de um dos seus membros, o português Joaquim Silvério dos Reis. Os inconfidentes foram presos e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, foi considerado seu líder, sendo o único executado no dia 21 de abril de 1792, na cidade do Rio de Janeiro. 
A Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana de 1798 foi um movimento essencialmente popular com objetivos sociais mais profundos. O movimento contou com ampla participação de negros livres, alfaiates, artesãos, sapateiros, mestiços e escravos. Inspirados na Revolução Francesa e na Revolta dos Escravos no Haiti, os revoltosos baianos eram mais radicais em seus objetivos. Além da independência e República, pretendiam o fim da escravidão e da estrutura latifundiária opressora.
Rebeliões Regenciais
Após a independência do Brasil, os problemas políticos, econômicos e sociais continuaram. A independência foi uma mudança de forma não de conteúdo. O Brasil era um país livre, mas na prática a sua estrutura econômica e social continuava sendo uma sociedade escravocrata e latifundiária, de uma população do interior abandonada e com profunda desigualdade social. Um exemplo foi a adoção do sistema censitário para aseleições. A Constituição de 1824 ficou conhecida como a Constituição da Mandioca, pois favorecia os grandes proprietários de terras. 
Ex.:Cabanagem (1835-1840), Balaiada (1838-1841), Revolta dos Malês (1835) (caráter popular); Revolução Praieira (1848-1850), Farrapos (1835-1845) e Sabinada (1837-1838
Aula 5 – Revoltas Messianismos e Banditismo Social no Brasil.
O período de transição do Brasil monárquico para o republicano é marcado pelo continuísmo das contradições na estrutura social. A intensa desigualdade e abandono das populações do campo pelo novo modelo político. Soma-se a isso a violência dos senhores patrimonialistas sobre os trabalhadores rurais. Chamados de coronéis, esses senhores proprietários de grandes latifúndios dominavam e exploravam os homens pobres do campo. É nesse contexto de fome, violência e desesperança que surgem expressões populares de ação coletiva, como o messianismo e o banditismo social. Vamos compreender melhor algumas dessas categorias sociológicas.
Como outras manifestações populares o messianismo e o banditismo social são respostas da população às adveridades da situação em que se encontram.
A Constituição da Mandioca (1824) consagrava o absolutismo de D. Pedro I que abdica do trono brasileiro em favor de seu filho Pedro de Alcântara. Foi instaurado um governo com três regentes escolhidos em Assembleia, pois o herdeiro tinha apenas 5 anos de idade. A Regência Trina (1831-34) foi substituída pela Regência Una com eleições a cada quatro anos. O Período Regencial terminou em 1840 com o Golpe Da Maioridade, em que D. Pedro II assume o poder antes de completar 14 anos. Um dos motivos desse golpe foi a tentativa de estabilizar a política nacional em meio a tanta revoltas regenciais que já estudamos.
Em 1831, a Guarda Nacional foi instituída a fim de conter as revoltas no país e defender o interesse público evitando a separação das províncias. Na prática a Guarda atuou mais como forma de assegurar o interesse privado das elites. 
Público X Privado
A ordem política moderna exige a distinção entre o interesse público e o interesse privado, ao contrário do modelo medieval no qual esses interesses se confundiam com a vontade do governante. O Estado deve se orientar pela prevalência do interesse público, sem impedir a realização do interesse privado. Neste aspecto encontramos doutrinas mais liberais, que enfatizam liberdades individuais, e socialistas, que priorizam a realização do bem comum. 
Encontrar o equilíbrio entre a esfera privada e a pública é função de primeira ordem do Estado.
“Currais Eleitorais” e “Voto De Cabresto”
O governo central não possuía uma estrutura de poder local capaz de garantir e organizar os municípios, por isso passou a utilizar a capacidade de controle social dos chefes patrimonialistas locais que dominavam a população rural e garantiam os votos necessários para as eleições de governadores e senadores. Isto ocorria graças à formação de “currais eleitorais” e do “voto de cabresto”, 
O Coronelismo
Consistia em um sistema político baseado na troca de favores entre os chefes locais e a República Velha, em uma clara confusão entre o interesse público e privado. Este sistema estava fundamentado no tipo de dominação social tradicional. Infelizmente, esta prática patrimonialista ainda pode ser observada nos dias de hoje com algumas metamorfoses e dissimulações em todo território brasileiro.
Com o passar do tempo, pouco importava se o chefe político local era nomeado ou se autonomeava coronel, pois, na prática, exercia grande poder sobre a população pobre. 
Fenômenos Sociais no Campo: Messianismo e Banditismo
O fim da Monarquia e a proclamação da República não deu fim ao abismo social entre os pobres e os ricos. No nordeste, a seca e a fome eram as causas de muitas mortes. Parte da população miserável do campo optou por responder de alguma forma às péssimas condições de vida que lhe eram impostas. É neste contexto que nascem os fenômenos sociais no campo: o messianismo e o banditismo.
Desamparados na República e cansados dos jugos dos coronéis, a população do campo tinha apenas duas escolhas: aceitar resignadamente o status quo de desigualdade ou rebelar-se.
Messianismo
Baseado na crença em um messias em um salvador, um ser divino que vem para estabelecer justiça. Deus ou seu enviado, que com sua chegada libertará os fiéis da opressão vivida e Trata-se de um fenômeno social típico das zonas rurais em que se vive em extrema miséria, por isso representa alívio e esperança para aquela população.
Canudos
Em 1893 Antônio Conselheiro, fundou a comunidade de Belo Monte na região de Canudos, na Bahia. Dados indicam que cerca de trinta mil pessoas viviam de modo simples e disciplinado sob as regras de Antônio Conselheiro. Eram proibidos ladrões, prostitutas, simpatizantes da República e o consumo de álcool. Em contrapartida, essa população encontrava solidariedade, conforto espiritual e trabalho. Assim, o arraial de Canudos representava uma alternativa de vida à miséria e ao abandono.
Resistência em Canudos
A oposição à República e a alternativa aos pobres desagradaram às elites e fazendeiros locais. 
 1896 Cerca de cem policiais foram derrotados facilmente pelos homens do arraial;
 Dois meses depois uma tropa federal com mais de quinhentos soldados também foi derrotada;
1897 mil e trezentos homens foi humilhada em Canudos. 
 Em junho do mesmo ano cinco mil homens com apoio de dezessete canhões.
Em outubro de 1897, o arraial foi completamente destruído. Conselheiro e quase todos os seus seguidores foram mortos.
A Guerra do Contestado 
Foi um conflito na fronteira do Paraná e Santa Catarina. Em 1908 a empresa Brazil Railway ganhou a concessão da área para construir a ferrovia São Paulo-Rio Grande do Sul. Trabalhadores rurais que viviam na região foram expulsos por soldados e jagunços dos fazendeiros locais. Com o fim das obras, oito mil trabalhadores foram demitidos e se juntaram à população desabrigada pela ferrovia, formando uma massa de miseráveis em busca de um milagre.
Em 1912, Miguel Lucena de Boaventura, conhecido como “Monge” José Maria, fundou o arraial do Contestado, em que pregava a justiça divina e a volta de D. Sebastião. Com uma doutrina de religiosidade rústica e antirrepublicana, o “monge” José Maria prometia um reino de paz e prosperidade, no que ele chamava de “monarquia celeste”. Milhares de pessoas foram atraídas para o arraial. Em novembro de 1912 o “monge” José Maria foi morto em um ataque militar.  O movimento não dispersou e continuou resistindo bravamente aos ataques das forças federais até 1914, quando foi destruído. Porém, cerca de cinco mil sobreviventes formaram pequenas guerrilhas que se espalharam pela região do Contestado, ocupando cerca de 25 mil km2. Em 1916  o governo federal enviou uma tropa com seis mil soldados e mil jagunços, que aniquilaram o movimento.
Juazeiro
No Ceará, em Juazeiro do Norte, surgiu o Padre Cícero Romão Batista. Em 1889, quando celebrava  uma missa, no momento da comunhão, uma hóstia teria se tingido de sangue. Considerado como milagre pela população do lugar, o ocorrido transformou Juazeiro em centro de romarias de todo nordeste. 
Enquanto em Canudos e Contestado as camadas populares se mobilizaram em uma rebeldia contra o status quo, em Juazeiro a fé do povo foi manipulada pelos interesses elitistas.
O Princípio de Arquimedes
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Loren ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam.
"Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo."'
Inserir aqui texto de destaque referente ao conceito emquestão, máximo 3 linhas
O Cangaço e o Banditismo Social do Sertão
A pobreza, a concentração de terras e a falta de perspectiva levaram muitos homens e mulheres a abandonarem a vida miserável que tinham e a formarem grupos armados. Por meio do uso de grande violência, estes grupos denominados de cangaceiros saqueavam fazendas, roubavam cargas, sequestravam fazendeiros.
Lampião
Diversos bandos de cangaceiros marcaram este período de transição do século XIX para o século XX. Podemos citar como exemplos, o bando liderado por Jesuíno Brilhante, morto pela polícia em 1879 e o liderado por Antônio Silvino em 1897. Mas, o mais famoso, sem dúvida, foi o bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, também conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”.
Explorando o tema Filme Os Sertões
Os Sertões de Euclides da Cunha é um estudo minucioso da Campanha de Canudos e um material imprescindível para estudo da formação sócio-histórica brasileira.
Aula 6 – Pra não dizer que não falei das flores:
O rural e o urbano em movimento
A Primeira República: República da Espada e a República Oligárquica
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A contradição entre o velho e o novo é a marca da República no Brasil. O antigo modelo patriarcal, assentado na Monarquia, cede lugar ao moderno modelo democrático, fundamentado na República. Entretanto na prática, a primeira República brasileira, também chamada de República Velha, preserva valores e costumes típicos da sociedade tradicional, como o autoritarismo ou o mandonismo das elites militares ou oligárquicas. 
República da Espada (1889 a 1894)
O governo militar foi exercido primeiro pelo Marechal Deodoro da Fonseca (1889 –1891) e, em seguida, pelo seu vice-presidente Marechal Floriano Peixoto (1891—1894). 
Neste período de autoritarismo e centralização do poder, diversas revoltas ocorreram, como o Manifesto dos Treze Generais, a 1ª e 2ª Revoltas da Armada e a Revolução Federalista. 
República Oligárquica (1894 a 1930)
Essa fase foi marcada pela Política do Café-com-Leite, cafeicultores de São Paulo e os produtores de leite de Minas Gerais se alternavam no governo federal. 
Para que as oligarquias dos outros Estados aceitassem esse rodízio, foi desenvolvida a Política dos Governadores, em que o governo central apoiava as elites regionais (coronéis) em troca de sustentação no Congresso Nacional.
O Nascimento do Movimento Operário Brasileiro
Com a chegada de imigrantes italianos e o êxodo rural no final do século XIX aglutina-se um grande número de trabalhadores nas cidades. As péssimas condições de vida e de trabalho, mandonismo patriarcal no tratamento ao operariado são os combustíveis para a formação das primeiras Ligas Operárias. Os trabalhadores são influenciados pelas ideias anarquistas e anarco-sindicalistas trazidas pelos imigrantes italianos.
1906 – I Congresso Operário brasileiro
 1908 - fundada a Confederação Operária Brasileira (COB) e o jornal “A Voz do Trabalhador” direitos trabalhistas  como a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e o seguro contra acidentes.
 1912 - II Congresso Operário que elege a greve como instrumento de luta. 
Apesar disso baixos salários, intensa exploração do trabalho infantil e feminino, falta de higiene nas vilas operárias, mortalidade infantil e inúmeras epidemias são características das condições de vida e trabalho dos operários.
Dados sobre o desenvolvimento da indústria e do operariado brasileiro
Indústria e Operariado
1889 => O Brasil já possuía cerca de 636 indústrias e 54 mil operários.
1907 => 3.258 indústrias e 149.018 operários.
1920 => Brasil chegou a 13.336 indústrias e 275.512 operários.
Primeira Greve Geral do Brasil – 14 de junho de 1917
Os trabalhadores de São Paulo se mobilizam e deflagram diversas greves. A reação do governo foi violenta e o operário José Martinez é assassinado pelos soldados que atiraram contra os manifestantes. 
Este foi o estopim e em 14 de julho de 1917 foi deflagrada a Primeira Greve Geral do Brasil. Cerca de 70 mil trabalhadores participaram da greve que colocou definitivamente o Movimento Operário Brasileiro no contexto da luta de classes. 
PCB – Partido Comunista do Brasil
Em 1922 é fundado o Partido Comunista do Brasil e o jornal comunista, “A classe Operária”. Assim, o Comunismo assume o lugar do Anarquismo no Movimento Operário Brasileiro. Em 1927, os trabalhadores do campo criam o Bloco Operário Camponês.
A sucessão do presidente Epitácio Pessoa (1919 - 1922) é marcada por uma crise política. Alguns militares como o Marechal Hermes da Fonseca, presidente do Clube Militar, ficaram claramente insatisfeitos com a eleição de Artur Bernardes. Em Pernambuco, manifestações populares contra a posse de Bernardes são combatidas pelo Exército por ordem de Epitácio Pessoa que manda fechar o Clube Militar e ordena a prisão de Hermes da Fonseca. 
Diante da prisão do Marechal e do fechamento do Clube Militar, jovens tenentes se rebelaram contra o governo federal por considerarem o ato uma afronta ao Exército. Essa rebelião ficou conhecida como Tenentismo.
O Tenentismo e os 18 do Forte
Em 5 de julho de 1922, no forte de Copacabana no Rio de Janeiro, jovens tenentes iniciam o levante que contou com cerca de 300 tenentes. Entretanto, diante da violenta repressão federal, apenas 17 rebeldes continuaram. Eles saíram à rua e com o apoio de um civil (Octávio Correa) enfrentaram as tropas federais. 
Apenas dois rebeldes sobreviveram: Siqueira Campos e Eduardo Gomes. Este episódio ficou conhecido como “Os 18 do Forte”. Outros regimentos em todo país também se articularam, mas foram rapidamente contidos.
A Coluna Prestes-Miguel Costa
O clima de insatisfação persistiu e em 1924 outros oficiais do Exército protestaram em São Paulo contra o mandonismo oligárquico. Nesse período eclodiram revoltas em Sergipe, Amazonas e no Rio Grande do Sul e mesmo com a forte repressão o movimento cresce em São Paulo sob a liderança do Major Miguel Costa e no Rio Grande do Sul sob a liderança do capitão Luis Carlos Prestes. Duas milícias paramilitares são formadas então em luta contra a política das oligarquias. Em 1925 elas se fundem formando a Coluna Prestes Miguel Costa que cruza o país enfrentando as forças federais. A coluna se desfaz em 1927.
A Revolução de 1930: o fim da República Velha
Em 1930, o presidente Washington Luís, representante dos fazendeiros de São Paulo, rompe com a política do Café-com-Leite ao indicar o paulista Júlio Prestes para sua sucessão. A reação dos políticos mineiros veio com a formação da Aliança Liberal, em que Minas Gerais apoia a candidatura do gaúcho Getúlio Vargas à presidência e a do paraibano João Pessoa à vice naquela eleição. Contudo, o sistema de fraudes eleitorais garantiu a vitória de Júlio Prestes.  Quando tudo parecia definido, João Pessoa é assassinado na Paraíba devido a disputas políticas locais. Este foi o estopim para a revolução. O general Gois Monteiro e Getúlio Vargas marcham do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro e destituem o presidente Washington Luis. Era o fim da República Velha.
A Revolução Constitucionalista de 1932
Vargas centralizou o poder no Executivo Federal, fechando o Congresso nacional e as Assembleias Estaduais; reduziu as forças policiais e indicou interventores nos Estados. A nomeação de um interventor em São Paulo gerou manifestações populares contra o autoritarismo de Vargas e a favor de uma nova Constituição Federal. O conflito piora com a morte de quatro jovens pela polícia em um desses protestos. Apesar da derrota, a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo obteve a maior parte de suas reivindicações. Em 1933, foi eleita a Assembleia Constituinte. Em 1934, Vargas foi indiretamente eleito presidente para um mandato de quatro anos. 
A Era Vargas
Getúlio Vargas instituiu diversos direitos trabalhistas que perduram até os dias de hoje. 
 jornada de trabalho de oito horas diárias;descanso semanal remunerado;
 férias anuais remuneradas;
 indenização por demissão sem justa causa;
 proibiu o trabalho de menores de 14 anos;
 proibiu o trabalho noturno e insalubre para menores de 16 anos e  mulheres. 
A intentona comunista
Em resposta ao avanço do fascismo no Brasil, os comunistas brasileiros fundaram a ANL (Aliança Nacional Libertadora. Com o apoio da União Soviética, os aliancistas propunham:
 o não pagamento da dívida externa;
 a nacionalização das empresas estrangeiras;
 a reforma agrária;
 a formação de um governo popular.
Em1935, Prestes lançou um manifesto em favor de uma revolução socialista no Brasil. Vargas determinou o fechamento da ANL. O PCB organizou levantes militares no país. A revolução foi vencida pelas forças federais.
O Estado Novo
Sob o pretexto de combater os comunistas, Getúlio assume uma postura totalitária e realiza o seu golpe de Estado em 1937. Ele determina o fechamento do Congresso Nacional e outorga uma Constituição inspirada no fascismo polonês que ficou conhecida como “A Polaca”. Vargas instaura o Estado Novo, cuja denominação é uma referência à ditadura portuguesa de Antônio Salazar. Durante o Estado Novo, Vargas adotou uma postura de autoritarismo e populismo sustentado por um forte aparato repressivo e midiático. Ele extinguiu os partidos políticos, inclusive a AIB e criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável pela censura e criação da ideologia patriótica e populista.
O populismo e o Estado novo
Em 1943 Getúlio ratifica seu golpe ideológico sob as camadas populares ao instituir a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na verdade, os direitos trabalhistas conquistados pelos operários em suas lutas sangrentas foram reunidos na CLT sob a ideia de concessão do presidente. 
Assim ele, que muitas vezes reprimiu violentamente o movimento sindical, assume miticamente a imagem do “Pai dos Pobres”.
Movimento Social no Campo: as Ligas Camponesas
Na transição da Monarquia para República, o poder das oligarquias rurais contaminou a estrutura moderna do Estado brasileiro mantendo o quadro de exploração, o abandono e a miséria da população do campo. A Modernização Conservadora expropriou as terras dos camponeses obrigando sua proletarização. Os trabalhadores rurais se mobilizaram e criaram as Ligas Camponesas e os Sindicatos Rurais com forte politização e objetivos claros contra a exploração dos coronéis, a reivindicação de direitos trabalhistas e reforma agrária.
Atualmente movimentos como o Movimento dos Sem-Terra (MST) se destacam na luta dos trabalhadores rurais.
O golpe militar de 1964 e os movimentos sociais por democracia
Em 1960, Jânio Quadros foi eleito presidente e João Goulart (Jango) seu vice. Em 1961, ele renunciou, acreditando que sua renúncia não fosse ser aceita pelo Congresso e pelos militares por causa da simpatia de Jango pelos comunistas. A posse de Jango (que estava na China) teve que ser negociada com os militares que o ameaçaram de prisão, caso retornasse ao Brasil. A inflação aumentou e as pressões populares anteciparam o Plebiscito para o dia 6 de janeiro de 1963, consagrando o presidencialismo com mais de 80% dos votos. João Goulart poderia colocar em prática seu plano de governo, que previa entre outras medidas: corte dos gastos públicos; reformas de base (agrária, bancária, tributária, eleitoral e educacional); redução da inflação; combate à desigualdade social.
Os Movimentos em cena
Exigindo o cumprimento da Constituição surgiu o movimento ficou conhecido como a Campanha Legalista ou Movimento da Resistência Democrática que teve como governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, seu principal defensor. 
Reação Conservadora: em 13 de março de 1964, Jango anunciou a nacionalização das refinarias de petróleo e a expropriação de terras para a reforma agrária, além de uma nova Constituinte. A reação conservadora veio com a “Marcha da família com Deus pela Liberdade” que reuniu mais de 300 mil pessoas contra o governo. 
Os Atos Institucionais: a violência constitucional
O golpe militar extinguiu diversas garantias e liberdades individuais sob o pretexto de combater a ameaça comunista e superar a crise econômica. Anunciada como temporária, a ditadura militar permaneceu até 1984. O principal instrumento de governo foram os Atos Institucionais que tinham força de Emendas Constitucionais do Poder Executivo. 
AI-5 1968
 Fechamento do Congresso Nacional;
 Possibilidade de prisão de qualquer pessoa pelo Executivo;
Possibilidade de perda dos direitos políticos de qualquer pessoa pelo Executivo;
Censura prévia dos meios de comunicação;
O controle do Judiciário pelo Executivo;
Extinção do Mandado de Segurança e do Habeas Corpus.
A Resistência
Maio de 1968:Na França estudantes protestam contra o sistema de ensino. Paris foi tomada por diversas manifestações Inspirados no movimento hippie, o principal modo de ação coletiva era o pacifismo em defesa da liberdade.
Movimento de Resistência Artística: No Brasil diversos segmentos artísticos passaram a demonstrar insatisfação com o regime militar
Movimento “Diretas Já!”: O movimento pela eleição direta para presidente mobilizou milhões de pessoas às ruas em todo o Brasil exigindo o fim da ditadura. Entretanto, em 25 de abril de 1984, uma manobra política estabeleceu uma eleição indireta pelo Congresso Nacional. 
Aula 7- A Constituição Cidadã e os Movimentos Sociais
Constituição
“um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais dos homens e as respectivas garantias.” José Afonso da Silva
Trata-se do arcabouço político-jurídico e ideológico sob o qual se funda a “Relação Estado e a sociedade”. Ela é responsável pela organização e regulamentação dos elementos essenciais do Estado, bem como expressa as tensões presentes na estrutura. Toda Constituição nasce de seu contexto histórico-político, por isso ela não é neutra. Ao contrário, ela é o resultado do processo democrático ou autoritário vivido por uma nação.
Classificação das Constituições
Origem: 
a) Outorgada: sem participação popular. Sob o arbítrio do governante, Ex.: as Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967
b) Promulgada: Produto de um processo democrático elaborada por Assembleia Constituinte elabora a Constituição. Ex.: as 
Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988.
Forma: 
a) Escrita: sistematização das normas constitucionais em um documento específico para este fim. Ex.: todas as Constituições brasileiras;
b) costumeira: não encontra referência em um único Documento mas em textos, nos costumes e na jurisprudência. Ex.: a Constituição Inglesa.
Elaboração:
a) Dogmática: expressa os valores políticos e ideológicos dominantes. 
b) histórica: decorre do lento e contínuo processo histórico. Representa os costumes e tradições de um povo. 
Alterabilidade ou Estabilidade:
a) Flexível: não exige processo legislativo especial para sofrer alteração. 
b) rígida: exige processo legislativo especial para sofrer alterações, 
c) semirrígida: em uma parte exige procedimento especial para sua 
alteração, em outra parte não.
Objeto ou Ideologia:
a) Liberal ou negativa: ideais burgueses do como igualdade formal e a não intervenção do Estado na ordem econômica;
b) social ou positiva: necessidade da intervenção do Estado na economia assegurando a igualdade e os direitos sociais.
Modelo ou Finalidade:
a) Garantia: limita o poder estatal sobre a sociedade. 
b) dirigente:exigem a atuação do legislador 7. 
Ainda podem ser: Ortodoxa ou Eclética => uma ou mais ideologias políticas.
Constituição brasileira atual pode ser classificada como: escrita, dogmática, social, rígida, democrática, dirigente, eclética.
A Dinâmica ConstitucionalBrasileira
1824 –(Independência)Uma Assembleia Constituinte fora reunida em 1823, objetivando a limitação dos poderes do imperador. D. Pedro I dissolveu a Assembleia e em 1824 outorgou a primeira Constituição brasileira.  
1891 – (República) Em 1891 uma Assembleia Constituinte promulgou a nova Constituição.
1934 - Em 1930, um processo revolucionário liderado por Getúlio Vargas colocou fim à República Velha e sua política do Café com Leite.
1937 - Eleito indiretamente pela Assembleia Constituinte em 1934, Getúlio Vargas teria seu mandato encerrado com as eleições em 1938. Contudo, em 10 de novembro de 1937, Getúlio deflagra o seu golpe de Estado.
1946 – Após a renuncia de Vargas, em 1946, foi promulgada a quinta Constituição brasileira, com princípios liberais controlados por valores tradicionais (modernização conservadora).
1967 e a Emenda de 1969 - Após o golpe militar de 1964, uma Carta Constitucional foi outorgada em 1967. Ela foi formalmente aprovada pelo Congresso, mas este estava de fato mutilado pela Ditadura.
1988 - Finalmente, depois de 20 anos de ditadura militar, uma Assembleia Constituinte promulga Constituição da República Federativa do Brasil em 1988. Chamada de Constituição Cidadã, por sua ênfase nos direitos e deveres individuais e coletivos, a Constituição de 1988 está em vigência até os dias de hoje.
A Inspiração Constitucional e os Movimentos Sociais 
A eclosão de movimentos sociais na Europa a partir do século XVIII esteve relacionada à promoção de uma série de valores liberais, sociais e humanísticos em efervescência no período. Todos estes valores surgiram da transição do modelo teocêntrico medieval para o antropocêntrico moderno. 
A sociedade moderna tem o povo como elemento central, o desenvolvimento de princípios como a democracia, a liberdade e a justiça social. Inspiram e legitimam os movimentos sociais até os dias de hoje.
Os Princípios Constitucionais
Os Princípios Constitucionais podem ser compreendidos como fundamentos axiológicos e normativos que norteiam uma determinada ordem jurídica. Eles podem se encontrar expressamente previstos no texto constitucional (explícitos) ou não (implícitos). 
O princípio da igualdade está intimamente relacionado com o princípio da dignidade da pessoa humana e este com tantos outros. Assim, ser igual significa ter condições igualmente dignas de existência.
Constituição Cidadã
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Seguridade Social
Art. 194 - A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Aula 8 – Os novos Movimentos Sociais: Por uma nova Cidadania
Os Movimentos Sociais na Abordagem Marxista
Para os marxistas os movimentos sociais são respostas da sociedade civil às contradições de uma estrutura social opressora dividida em classes, são portanto, ações coletivas de classe. Ele eclodem dentro do contexto da sociedade industrial e suas demandas de cidadania moderna. Aparecem como formas legítimas de luta, nas quais o MOVIMENTO OPERÁRIO constitui o seu melhor emblema. 
Os Novos Movimentos Sociais e a Abordagem Culturalista-Weberiana
Na abordagem culturalista, de fundamentação weberiana, os Novos Movimentos Sociais transcendem à luta de classes em que a consciência de classe se sobrepõe à consciência do indivíduo, como ocorre na definição dos movimentos sociais clássicos. Os Novos Movimentos Sociais se desenvolvem a partir das subjetividades dos indivíduos em suas visões de mundo. Por isso, eles são identificados como forma de ação coletiva dos indivíduos.
Enquanto na teoria marxista o conflito é o fundamento de todo movimento social, na teoria culturalista o conflito não é suficiente. É a identificação com um sentido subjetivo que motiva a ação social coletiva recíproca e subjetivamente significada pelos membros do movimento.
O estudo da abordagem histórico-estruturalista sobre os movimentos sociais revelou sua íntima relação com o desenvolvimento da sociedade industrial capitalista. As diversas formas de opressão, presentes na estrutura social, justificaram a luta dos movimentos operários pela transformação do status quo de desigualdade. Neste sentido, os movimentos sociais clássicos representaram a própria evolução do conceito moderno de cidadania. 
Cidadania Moderna: Uma Breve Reconstrução Histórica e Teórica.
Segundo T. H. Marshall, em sua obra Cidadania, classe social e status, a cidadania moderna pode ser definida como um padrão geral de igualdade social, em que direitos e deveres são constituídos para todos os membros de uma sociedade. Ao contrário da concepção grega que admitia uma segregação formal entre cidadãos e não cidadãos, o conceito moderno é amplamente inclusivo.
Ele observou que o conceito moderno está baseado em um tripé de direitos civis, políticos e sociais.
Cidadania e Capitalismo: Padrão de Igualdade Versus Padrão de Desigualdade
A transição do Antigo Regime para a democracia moderna consolidou a divisão entre a burguesia e o proletariado. Neste momento, a evolução da cidadania esteve restrita aos valores liberais burgueses: “Laissez-faire! Laissez-passer!” (Deixe fazer! Deixe passar!). A democracia burguesa consolidou um Estado liberal caracterizado por uma cidadania liberal burguesa.
Cidadania Pós-Moderna e os Novos Movimentos Sociais
O final do século XX nos apresentou mudanças nas relações sociais, com novas tecnologias da informação e o processo de globalização como principais expoentes. A relação moderna entre os governos e os governados sofre alterações surge um Conceito Pós-moderno De Cidadania, em que novas perspectivas e práticas inspiram os Novos Movimentos Sociais. Estes movimentos representam formas de pressão popular sobre o poder público nacional e internacionalmente.
Sem renegar as conquistas anteriores, a cidadania pós-moderna apresenta novas demandas e formas de ação da sociedade civil organizada. Buscam equacionar os direitos modernos aos novos direitos de cidadania.
Direito de ser diferente
A concepção moderna de cidadania proclama a ideia de igualdade geral, devem ser assegurados às mulheres os mesmos direitos assegurados aos homens; aos negros, os mesmos direitos assegurados aos brancos etc. Por sua vez, a concepção pós-moderna da cidadania reivindica o Direito à Diferença. Segundo essa perspectiva a inclusão de todos em um padrão único torna-se insuficiente renegando a diversidade humana.
Exemplos: Movimento Negro 
Além de defender a igualdade material, reivindica também o Direito de Ser Negro, a defesa de suas crenças, valores e estéticas. O mesmo pode se aplicar aos movimentos feministas, gays, indígenas etc. É o direito de ser o que é sem perder direitos comuns a todos ou ser discriminado negativamente por isso. Ao contrário, a discriminação positiva deve ser realizada por meio de políticas afirmativas e compensatórias peculiares a cada categoria social.
A cidadania pós-moderna sinaliza para o direito de as minorias não serem sufocadas pela maioria, sob pena de transformar a democracia em outra forma de opressão. Assim, o direito de ser diferente é uma das novas demandas de cidadania que vem caracterizando os Novos Movimentos Sociais.
Responsabilidade Social Integrativa
No conceito moderno de cidadania o Estado é o provedor social. Por isso os movimentos sociais clássicos defendiam a tomada do poder para implementação de seus projetos políticos e ideológicos. Para os Novos Movimentos Sociais o Estado não é mais o único alvo, nem a tomada do poder é o objetivo. a cidadania pós-moderna propõe uma ação participativa e integrativa de toda sociedade comprometida com a construção de um mundo melhor. A nova cidadaniareclama a responsabilidade social de todos os segmentos da sociedade, sejam públicos ou privados. 
Direitos de Terceira Geração ou Direitos Difusos:
A evolução dos direitos de cidadania pode ser classifica em três gerações:
 Primeira Geração: Promoção das garantias e liberdades individuais, direitos civis assegurados a todos.
 Segunda Geração: conquistas de direitos sociais para a promoção da igualdade material.
 Terceira Geração: Direitos Difusos, individuais em que seus destinatário são indeterminados
O Movimento Ambiental
Assim, a questão ambiental é percebida como responsabilidade de todos os segmentos da sociedade. Por isso os novos movimentos sociais atuam pressionando não apenas as autoridades públicas, mas principalmente os setores privados. 
A responsabilidade ambiental não é uma faculdade, mas sim um dever das gerações presente para com as gerações futuras, que ainda não nasceram, mas que têm direito à vida, à liberdade, à igualdade e ao ambiente ecologicamente equilibrado. Enfim, as gerações presentes não têm o direito de degradarem ou esgotarem os recursos naturais.
Mobilização Virtual
As novas tecnologias de informação também tem contribuído com a caracterização dos novos movimentos sociais em suas formas de articulação e luta. As redes sociais no ciberespaço tem constituído importantes formas de organização da sociedade civil e difusão da informação contra-hegemônica.
Aula 9 – Os Novos Movimentos Sociais no Brasil 
Brasil 
A formação sociocultural brasileira está relacionada ao processo de mundialização da civilização europeia do século XVI por meio da expansão marítima e comercial que prolongou as fronteiras políticas e econômicas da Europa para as terras americanas. Portugal foi a matriz deste processo no Brasil, em que o Estado absolutista e a Igreja Católica modelaram a construção material e espiritual da nossa sociedade. 
O chamado encontro interétnico (encontro entre as etnias) caracterizou todas as fases do nosso processo sociocultural.
Hegemonia Ocidental
Apesar da diversidade ser considerada uma característica da identidade nacional e cultural do Brasil, isto não significa que o nosso desenvolvimento histórico tenha sido equilibrado. Ao contrário, a hegemonia ocidental é uma realidade da nossa formação como sociedade. O processo de construção do Brasil foi marcado por relações de opressão e luta entre forças dominantes e dominadas. 
A Luta de Classes
Esta constatação se acresce à luta de classes. O jogo de poder a que nos referimos inclui elementos culturais, morais e de gênero que se soma à dinâmica da exploração do capital sobre o trabalho.
Violência Cultural
A violência cultural do ocidente sobre os povos nativos e africanos no Brasil, da opressão do patriarcalismo sobre a mulher, dos padrões morais sobre as formas diversas de orientação sexual etc. Enfim, a sociedade brasileira ainda vive o desafio de contemplar sua diversidade sociocultural e de gênero em uma unidade política democrática e cidadã.
Pluralidade Cultural Brasileira: Uma Questão de Cidadania
A discussão sobre a pluralidade étnica e cultural é imprescindível para se pensar a cidadania no Brasil. Essa preocupação está expressa na Constituição de 1988: 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Outros fundamentos legais corroboram esta premissa, como  a Lei 7.716/89, que coíbe os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor; o Decreto 3.956/01, que promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência;  O Decreto 4.377/02, que promulga a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/10), entre outros. 
Sincretismo: processo pelo qual dois ou mais elementos culturais distintos são reelaborados e se fundem em um novo e único elemento cultural. Exemplo: Candomblé e Umbanda no Brasil.
Movimento Indígena
Na chegada do português ao Brasil, existiam cerca de 1.500 tribos indígenas com mais de 1.300 línguas diferentes. Hoje essa população é de 350 mil índios distribuídos em 180 tribos.
Ou seja, o chamado “processo civilizatório” correspondeu a um verdadeiro “genocídio étnico”. A tese do “descobrimento” foi usada para escamotear o debate sobre a questão indígena. O padrão ocidental foi imposto aos povos nativos, justificando assim as ações contemporâneas de resgate e preservação das identidades culturais indígenas.
O Movimento Negro
A luta do povo negro no Brasil tem inicio nas lutas contra escravidão. Se expressava em rebeliões individuais ou coletivas que eram facilmente sufocadas, passando pelas organizações em Quilombos e movimentos abolicionistas altamente combativos, chegamos aos dias de hoje com movimentos sociais organizados em defesa da igualdade material, da identidade e cultura negra.
O movimento negro contemporâneo brasileiro encontra inspiração mais próxima na luta antirracista na África e nos Estados Unidos, que eclodiu na década de 70 e alcançou grandes avanços no tocante aos direitos de cidadania inclusiva. No dia 7 de julho de 1978, o Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial tomou a frente do Teatro Municipal de São Paulo com os objetivos de protestar contra as diversas formas de opressão racial e convocar a população negra a se organizar em defesa de seus direitos.
A “negação do negro” no Brasil também foi ideologicamente construída e midiaticamente difundida. Até pouco tempo atrás o negro era praticamente invisível em programas de televisão como novelas e jornais, ou era representado por personagens estereotipados que remetiam a condição de serviçais ou marginais dentro da sociedade. Além disso, o fim da escravidão no dia 13 de maio de 1888 remetia diretamente à figura da princesa Isabel, que “placidamente” teria assinado a Lei Áurea. Assim, ao invisibilizar o negro na mídia ou ao negar a centralidade das suas sangrentas batalhas pela liberdade, atravancava-se o acesso às oportunidades, o desenvolvimento da sua consciência política e histórica de autoestima e autoafirmação. Atualmente, procura-se resgatar a memória e crítica da população brasileira afrodescendente exaltando as lutas heroicas nos quilombos no dia 20 de novembro, como Dia da Consciência Negra.
Outro aspecto relevante foi a tese de Democracia Racial sugerida por Gilberto Freyre em sua obra clássica “Casa-Grande e Senzala”, que foi mal compreendida e contribuiu para a ideologização das relações inter-raciais no Brasil. Isto porque se passou a acreditar que não existe racismo no Brasil ou se existe ele não é “tão ruim” quanto em outros países, como nos EUA. A própria construção de uma sociedade mestiça conduziu à criação do Mito de Democracia Racial Brasileira, pois confundiu intimidade sexual com integração social.
Importante
Não existe racismo bom, melhor ou pior do que outro. Todo racismo é cruel e injusto, uma vez que se trata de uma forma de discriminação, pois nega direitos a uma determinada categoria social. 
Em um mundo capitalista, fatores econômicos determinam esta dinâmica. Assim, negros ricos podem se proteger do racismo, enquanto brancos pobres podem ter direitos negligenciados, mas negros e mestiços pobres os tem ainda mais.
O fato do Brasil constituir-se como um país miscigenado não impede que negros, índios e mestiços sejam discriminados negativamente e tenham preteridos direitos e interesses.
a miscigenação no Brasil surgiu como necessidade econômica ou estratégia de sobrevivência e não como prova de uma harmonia social. Ela nunca foi exatamente desejável, mas sim tolerável devido à carência de mão de obra paraatividades não escravistas.
a intimidade sexual do senhor escravista com a mulher negra escrava não traduzia nem harmonia nem integração social desta ou do mestiço. Em verdade, poderíamos dizer que se tratava em grande parte de casos de violência sexual e, em outros, da única forma da mulher negra oprimida de se defender contra outras formas de violência na escravidão.
O Movimento Feminista
O feminismo se origina nas lutas pelos direitos políticos e à emancipação social da mulher na Europa no século XIX, quando as primeiras manifestações se rebelavam contra a negação da cidadania feminina. Ao longo do processo histórico, o movimento feminista esteve ao lado de outras demandas sociais importantes. 
A importância da mulher na luta da classe trabalhadora contra a exploração do Capital pode ser reconhecida no evento ocorrido em 1857, na cidade de Nova Iorque, EUA. Naquela ocasião, operárias de uma fábrica de tecidos paralisaram suas atividades em protesto contra as péssimas condições de trabalho: jornadas de 16 horas diárias, salários inferiores aos homens e respeito no ambiente produtivo. 
O Movimento Feminista no Brasil
A primeira grande conquista feminina no Brasil foi sem dúvida o direito ao voto em 1932. Porém, a luta da mulher brasileira pelos seus direitos pode ser identificada muito antes disso. Atualmente, o Movimento Feminista no Brasil permanece em luta e reivindica:
• O reconhecimento dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres;
• a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos;
• a necessidade do reconhecimento do direito universal à educação, saúde e previdência social;
• o reconhecimento do direito das mulheres sobre a gestação, com acesso de qualidade à concepção e/ou contracepção;
• a descriminalização do aborto como um direito de cidadania e questão de saúde pública;
• a proteção contra todas as formas de violência contra a mulher (sexual, física, moral, psicológica, patrimonial etc.).
Movimento Homossexual ou LGBT
O movimento homossexual possui uma grande e complexa diversidade interna em que o critério utilizado para reconhecimento de seus integrantes tem sido o da orientação sexual diferenciada do padrão heterossexual. As categorias sociais que não se enquadram neste padrão têm sido classificadas como homossexuais
No entanto, essa classificação não é um consenso entre todos os grupos, como no caso dos transexuais e travestis, que não se identificam exatamente como homossexuais e reclamam um status próprio. Nesse sentido, tem-se adotado o termo Movimento LGBT como forma de tentar contemplar a diversidade dentro da diferença.
O Movimento Homossexual ou LGBT apresenta-se como mais um dos novos movimentos sociais na luta pelo direito à Cidadania Diferenciada Sem Discriminação Negativa. Muito próximo das perseguições sofridas por outros grupos sociais excluídos, os homossexuais ou homo afetivos reivindicam a efetivação do disposto na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que afirmam a dignidade e igualdade como um direito inerente a todo ser humano.
A luta contra a homofobia e suas formas de violência a extensão de alguns direitos negligenciados à população homo afetiva, como por exemplo, o direito à Adoção e à União Civil. 
Aula 10 – A Sociedade Civil Organizada: O “Terceiro Setor” em cena
Estado/Sociedade 
A relação entre o Estado e a Sociedade caracteriza o desenvolvimento moderno da humanidade. A partir desta relação o status e o papel social do indivíduo mudam de súdito e passivo para cidadão e agente histórico. Ao longo desse processo evolutivo, o indivíduo foi considerado apenas como devedor de obediência às ordens do Estado, em seguida passou a ser credor de direitos e finalmente assume também uma responsabilidade social.
 
Transição Moderna
Com o fim da sociedade medieval, por volta do século XV, tem-se início a chamada transição moderna, que compreende os séculos XVI, XVII e XVIII. Durante esse período, grandes transformações ocorreram na estrutura social. Data deste período a formação do Estado moderno. 
No plano social: Súdito => Cidadão (titular de direitos e deveres);
Na esfera econômica: a industrialização => Trabalho assalariado. 
No plano ideológico: o Teocentrismo => Antropocentrismo
Teorias Clássicas da Política Moderna
Teoria Absolutista: consiste na centralização total do poder no Estado único, com ênfase na figura do monarca. Nesta teoria existe grande confusão entre o interesse público da sociedade e o interesse privado do governante. Não há separação ou divisão efetiva do poder. Não há exercício democrático por parte do povo, apesar do poder se originar do povo e não mais de Deus (origem democrática do poder político X exercício democrático do poder político). 
Principal teórico: Thomas Hobbes.
Teoria Liberal: baseada na ideia de limitação do poder e funções do Estado diante de direitos inerentes aos indivíduos. Apesar de haver centralização do poder no aparelho estatal, este não atua de forma absoluta, pois estabelece efetiva divisão do poder (Executivo, Legislativo e Judiciário). Caracteriza-se pela origem e pelo exercício democrático do poder político moderno, expresso na democracia representativa (indireta). Nesta, o povo é a fonte de legitimidade do poder político e o exerce indiretamente, por meio de seus representantes eleitos. 
Principal teórico: John Locke.
Teoria Social a razão de ser do Estado é a promoção do bem comum. Todos os membros da sociedade devem participar diretamente das decisões políticas importantes. Para isso, o aparelhamento do Estado deve viabilizar a realização da vontade geral. Caracteriza-se pela democracia participativa (direta) em que o povo é fonte do poder político e o exerce diretamente. Isso pode ocorrer por meio de consultas prévias ou posteriores à população para implementação de alguma política estatal, como nos casos dos plebiscitos ou referendos, respectivamente. 
Principal teórico: Jean-Jacques Rousseau.
O Estado Absolutista
A relação Estado e sociedade começa a se constituir modernamente com a formação do Estado Absolutista. Centralização do poder político, manutenção dos privilégios feudais dos nobres e a vontade do monarca se confunde com a vontade do próprio Estado, como ilustra a frase do rei Luís XIV: “L´État c´est moi” (O Estado sou eu). 
A ideia de democracia é muito distorcida e o povo deve obediência ao rei. A Revolução Francesa marca o fim do absolutismo e leva a burguesia ao poder. 
O Estado Liberal Burguês
O Estado burguês expressa a apropriação da clássica teoria liberal pela burguesia emergente, por meio da adequação dos princípios teóricos liberais aos objetivos políticos e econômicos burgueses. Os princípios liberais de liberdade, igualdade e limitação do Estado elevam o indivíduo ao status de cidadão, titular de direitos e deveres perante o Estado. Contudo, esses princípios também foram utilizados para criarem as condições perfeitas de desenvolvimento do capitalismo, sem que houvesse espaço para o debate sobre a questão social. 
O lema liberal “Laissez-faire! Laissez-Passer!” ou “Deixe fazer! Deixe Passar!” traduziu bem o papel que cabia ao Estado neste modelo político, em que vigorava a crença na auto-regulamentação do mercado sobre relações econômicas.
O Estado Socialista Soviético
A Revolução Russa, em 1917, conduziu a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, cuja principal inspiração foi a teoria político-econômica marxista. Assim, o Estado Socialista apropriou-se dos meios de produção com o objetivo de redistribuir a riqueza socialmente produzida.
A dinâmica externa e as contradições internas do Estado soviético conduziram à derrocada do sistema no final do século XX.  
O Estado de Bem-estar Social
O Estado de bem-estar social, ou “Welfare State”, surgiu após a II Guerra Mundial e constituiu uma resposta necessária à crise do capitalismo e ao avançodo comunismo soviético no século XX. Esse modelo amplia o alcance da cidadania moderna, já que está orientado para a promoção de direitos sociais, contrapondo-se portanto à dimensão liberal burguesa. O Estado do bem-estar social busca equacionar as demandas sociais com os interesses econômicos, uma vez que a estrutura privada dos meios de produção é mantida, mas uma redistribuição de renda ou compensação de renda é praticada pelo Estado mediante cobrança de impostos. Assim, os cidadãos se tornam credores do Estado e a questão social passa a estar na pauta política moderna.
A partir de então, os cidadãos possuem direitos sociais que devem ser assegurados pelo Estado através da prestação dos serviços públicos. Entretanto, atualmente, a globalização neoliberal tem conduzido à crise e ao desmonte do aparelhamento social dos Estados nacionais.
O Estado Neoliberal
Conjunto de ideias políticas e econômicas que defende a não participação do Estado na economia e a diminuição de serviços públicos, que devem ser prestados privadamente é uma reformulação dos princípios do liberalismo clássico burguês. Vejamos algumas das características do neoliberalismo:
Estado Mínimo
política de privatização de empresas estatais,
livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
abertura da economia para a entrada de multinacionais;
adoção de medidas contra protecionismo econômico;
diminuição do tamanho do Estado e dos serviços públicos;
posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
a base da economia e serviços deve ser formada por empresas privadas.
Muitas críticas são feitas ao modelo neoliberal devido aos seus impactos sociais. A principal delas é o desmonte do Estado de bem-estar social com a precarização dos serviços públicos e a intensa liberdade econômica. 
Entende-se que o neoliberalismo tem sido o principal responsável pelo desemprego, pela dependência do capital externo, pela precarização das condições de trabalho e dos serviços públicos como educação e saúde em favor do crescimento da atividade econômica privada. 
A Nova Relação Estado-Sociedade: Terceiro Setor
O Estado contemporâneo tem se revelado insuficiente para atender todas as demandas dos sujeitos de direitos. Esse quadro tem piorado com o desmonte do sistema do Bem-estar social pelo neoliberalismo. Assim, difunde-se uma ideologia de que, ao lado do Estado e do mercado, as ações coletivas assumem um papel efetivo na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Essa participação ativa da sociedade civil organizada na implementação e parceria com políticas públicas sociais tem sido chamada de “Terceiro Setor”.
Terceiro Setor
Corresponderia à atuação da sociedade civil organizada em políticas sociais de prestação de serviços públicos não exclusivos do Estado e sem fins lucrativos. Assim, o Primeiro Setor corresponderia à atuação do Estado no trato das questão social e o Segundo Setor diz respeito às atividades individuais como o mercado, o Terceiro Setor se refere às organizações sociais não governamentais e sem fins econômicos. Isso quer dizer que os seus objetivos são de outra natureza, como social, cultural e ambiental. Assim, o Terceiro Setor assume, em parte, a responsabilidade social pela promoção do bem comum. Segundo o Código Civil brasileiro essas organizações sociais se enquadram na categoria de Pessoas Jurídicas de Direito Privado (art. 44 do CC), por isso não se confunde com a Administração Pública Direta ou Indireta, embora possam receber fomento estatal.
Questões de Seminário em Serviço Social
P. Quanto aos seus objetivos, podemos afirmar que os movimentos sociais: R - revolucionários atacam radicalmente a estrutura social;
	
P. ¿Influência exercida pelos meios de comunicação sobre comportamento dos indivíduos, como no caso da televisão, dos jornais e revistas¿. Esse trecho refere-se à:
R - Situação Massa.
	
P. (Mack-SP) ¿Na tarde de sexta-feira, por volta das quatro horas, um numeroso grupo de revoltosos atacou a fábrica de tecidos pertencente aos senhores Wroe e Duncroft em West Houghton, a umas treze milhas dessa cidade e, encontrando-a desprotegida, logo se apoderaram dela. Imediatamente a incendiaram e todo o edifício, com seu valioso maquinário, tecidos etc., foi completamente destruído.¿ O movimento a que o texto se refere ficou conhecido como: R - ludismo;
P. Os movimentos sociais não são novidades no processo histórico. Na idade antiga, os escravos se rebelavam contra os seus senhores. Na baixa idade média, podemos relembrar os levantes dos servos contra os senhores feudais. Na sociedade moderna, podemos citar os movimentos operários contra as péssimas condições de trabalho e vida implementadas pelo modelo capitalista. Neste sentido, são exemplos de movimentos sociais: R - protestos de presos e greve geral.
	
P. A categoria movimentos sociais foi utilizada pela primeira vez em 1850 por Lorens Von Stein em seus estudos acerca dos conflitos entre capitalistas e operários na Europa, emergentes na consolidação da sociedade industrial. No que tange aos movimentos sociais é correto afirmar: I- São expressões das contradições existentes na sociedade II- É um importante objeto de estudo da sociologia. III-São formas de intervir criticamente na sociedade R - As afirmações I, II e III estão corretas
	
P. De acordo com a abordagem histórico-estruturalista, os movimentos sociais são resultados das contradições inerentes à estrutura social, ou seja, a forma como a própria sociedade está organizada. Na sociedade capitalista, a contradição elementar encontra-se no fato da riqueza ser socialmente produzida pelo trabalho, mas ser apropriada pela burguesia que detém os meios de produção. Os movimentos sociais constituem:
R - ferramentas de ações coletivas sobre a realidade
P. Nem todo comportamento coletivo pode ser classificado como movimento social. Alguns representam a situação de massa ou de multidão. Sobre este aspecto é correto afirmar que: R - enquanto os movimentos sociais que são organizados e críticos sobre a realidade, a multidão é desorganizada e acrítica.
P. Os movimentos sociais são resultados das contradições inerentes à estrutura social, ou seja, a forma como a própria sociedade está organizada. No caso do modelo capitalista, sua principal contradição está no fato da riqueza ser socialmente produzida pelo trabalho, mas sua apropriação ser privada. Isso quer dizer que os operários produzem a riqueza, mas quem usufrui é a burguesia, por ser esta a dona dos meios de produção. Essa definição de Movimentos Sociais é pertinente a abordagem teórica denominada: R - histórica-estruturalista, defendida por Karl Marx.
	
P. São características de todo movimento social: R - visão de mundo, conflito e organização.
P. A categoria movimentos sociais foi utilizada pela primeira vez em 1850 por Lorens Von Stein em seus estudos acerca dos conflitos entre capitalistas e operários na Europa, emergentes na consolidação da sociedade industrial. No que tange aos movimentos sociais é correto afirmar: I- São expressões das contradições existentes na sociedade II- É um importante objeto de estudo da sociologia. III-São formas de intervir criticamente na sociedade R - As afirmações I, II e III estão corretas
	
P. De modo geral, os movimentos sociais podem tanto buscar a transformação como a preservação das condições de opressão. Assim, podemos apontar alguns tipos de movimentos sociais. Sobre eles é correto dizer que: R - os movimentos sociais revolucionários buscam alterar algum aspecto opressor em sociedade atacando diretamente a estrutura social.
P. De acordo com a abordagem histórico-estruturalista, os movimentos sociais são resultados das contradições inerentes à estrutura social, ou seja, a forma como a própria sociedade está organizada. Na sociedade capitalista, a contradição elementar encontra-se no fato da riqueza ser socialmente produzida pelo trabalho, mas ser apropriada pela burguesia

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