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aula 05 PARTOS NORMAL E CESÁREO 1%2c60

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PARTOS NORMAL E CESÁREO
 
Parto é a fase resolutiva do ciclo gravídico é o ato de parir, é o produto da concepção. O parto termo é aquele que acontece no período normal de 37 a 42 semanas, parto pré-termo ou prematuro acontece antes da 37ª semana e pós-termo ou serotino quando ultrapassa as 42ª semana.
Parto gemelar: parto de dois filhos na mesma gestação
Parto induzido: parto provocado em gestações prolongadas ou com anormalidades
Parto normal: parto por via vaginal, acontece naturalmente com pouca ou nenhuma intervenção médica.
Parto Cesário: parto cirúrgico por via superior, é totalmente realizado por intervenção médica. 
 
Parto normal (fases)
Dilatação: é considerado o 1º período do parto, o mais longo, consiste na modificação do colo em apagamento, que é a retração e é avaliado em percentagem, de 0 a 100 %, e a dilatação que é a abertura do orifício do colo e é avaliado em cm, podendo atingir até 10 cm.
Expulsão: é considerado 2º período do parto, inicia-se logo após a dilatação completa e termina com a expulsão total do feto. Para que se chegue na expulsão propriamente dita, este período passa por mecanismo do parto ou tempos.
Os tempos são: insinuação (passagem do pólo cefálico pelo estreito superior); encaixamento (o pólo cefálico se acomoda na pelve em seu maior diâmetro); descida (quando o pólo cefálico se encaixa no diâmetro menor da pelve se preparando então para o segundo período do parto a expulsão)
Dequitação ou delivramento: é considerado o 3º período do parto, inicia com a expulsão do feto e é caracterizado pela expulsão dos anexos embrionários.
 
Quarto período: é a primeira hora após o parto.
OBS: quando todas essas etapas acontece normalmente, em posição cefálica, chamamos de eutócicas, porém se apresenta alguma dificuldade chamamos de distocias, que pode ser no trajeto (defeitos da bacia, tumor), do motor (relacionado a falta de força, contrações uterinas incompetentes), e do feto (desproporção mãe-filho)
Parto Cesário
É indicado quando o parto normal não é possível ou contra-indicado:
- desproporção feto-pélvico; sofrimento fetal; placenta prévia; toxemia gravídica; cesárias anteriores.
Este tipo de parto deve ter todos os cuidados de enfermagem de qualquer outra cirurgia, tendo todos e cuidados e orientações de pré e pós-operatórios, desde a preparação do ao encaminhamento da paciente para o centro obstétrico.
Fórceps
É um instrumento usado sobre a cabeça do feto para tracioná-la ou conduzi-las através do trajeto. Sua a aplicação está reservada aos obstetras
Cuidados de enfermagem no parto
- Colocar o paciente na mesa do parto
- ligar o berço aquecido
- colocar e verificar se a bandeja de parto está completa ( capote, luvas, perneiras, campos, compressas, gases, tesoura, bisturi, pinças, porta-agulha, fio de sutura, anti-septico, vidro para coleta de cordão umbilical, pêra para aspiração, clipe para cordão, seringas, etc)
- auxiliar o obstetra a se paramentar
- ligar e posicionar o foco
- administrar soro e medicações prescritas
- marcar a hora do nascimento
- identificar a pulseira do RN com nome da mãe, sexo, data e hora
- coletar impressão digital da mãe e do plantar do pé do RN
- após a dequitação, pesar a placenta e medir cordão.
- limpar a paciente
- verificar ssvv
- anotar tudo em prontuário
- encaminhar para a enfermaria junto com o prontuário
- arrumar o centro obstétrico para o próximo parto. 
PUERPÉRIO
Puerpério é o período compreendido entre o terceiro período do parto (dequitação) até a recuperação completa anatomofisiológica da mulher, no tempo aproximado de seis semanas. Se divide em:
- Puerpério imediato: primeiras 24h, geralmente a paciente ainda está hospitalizada, e se deve ter toda a atenção da equipe, pois nesse momento pode ocorrer hemorragias. É necessário também que a puérpera sinta-se bem num ambiente limpo e silencioso. Os cuidados para esse momento é controle e registro de ssvv
- Puerpério mediato: até o 10º dia pós-parto
- Puerpério tardio: do 11º ao 45º dia pois parto.
- Puerpério remoto acima de 45 dias 
A equipe de enfermagem deve estar atenta para os cuidados com:
Mamas: encontra-se semi-túrgidas e secretando um líquido amarelado chamado de colostro. A partir do 2º ou 3º dia começa a secreção de leite. Deve incentivar ao aleitamento materno, e a inspeção das mamas deve ser feita diariamente pelas possíveis rachaduras de mamilo ou sinais de infecção.
Vagina: gradativamente vai voltando a coloração pré-gravídica, diminuindo os edemas. Deve observar as condições de higiene, o tipo e coloração das secreções. 
 
Útero: se apresenta com consistência firme e começa a involuir, essa involução é dada através da mensuração da AFU. 
Primeiro dia AFU está na cicatriz umbilical (CU);
 no sétimo dia está entre a CU e a sínfise púbica; 
de 10 a 15 dias está intra-pélvico,
6ª semana está com dimensões pré-gravídicas.
Lóquios: são as secreções eliminadas pelo útero, no período puerperal.
Pode ser sanguinolenta (rubra) nos 4 primeiros dias, 
depois passa a ser serosanginolento (fusca)de 5 a 22 dias
serosa (Alba) até 60 dias
 
Períneo: no momento do parto, as vezes, se faz necessário fazer uma episiotomia(incisão no períneo com o objetivo de aumentar passagem) para evitar lacerações perineais.
MMII: um edema pós –parto é normal, porém deve-se avaliar se edema persiste por longo prazo.
Complicações no puerpério
- Hemorragia: perdas sanguíneas aumentadas no pós-parto. As possíveis causas são: hipotonia uterina (incompetência na contração uterina, ou contração ineficaz), lacerações em qualquer área do canal de parto. 
Apresenta-se com sinais sangramento continuado, taquicardia, hipotensão, palidez, confusão mental, involução uterina deficiente e astenia.
 Tratamento pode ser por: 
 curetagem,
 sutura das lacerações
 crioterapia abdominal
Cuidados de enfermagem:
SSVV,
 avaliar e registrar da perda de sangue
 infusão venosa
 higienização do paciente.
Infecção Puerperal: são infecções de origem do aparelho genital após o parto.
Apresenta-se com sinais de febre, calafrios, anorexia, secreção vaginal fétida.
O tratamento é feito com antibióticos, analgésico e antitérmicos.
cuidados de enfermagem
administrar os medicamentos prescritos,
 estimular a deambulação e a mobilização
incentivar a higiene perineal
incentivar o aumento da ingesta hídrica.
Deiscência de ferida: é a abertura dos pontos da sutura. A avaliação dessas suturas devem ser diárias e registrar a presença de sinais flogísticos.
Este evento pode ocorrer em decorrência de ações inadequadas, como força física, ou a não abstinência sexual recomendada.
Cuidados de enfermagem
 incentivar a higienização perineal
 fazer curativo
 verificar ssvv.
Flebite: processo inflamatório das paredes dos vasos. Esta complicação é evitada pelas ações de enfermagem no auxílio a deambulação e mobilização precoce. Pode se apresentar com câimbras ou dores nas panturrilhas, febre.
ALEITAMENTO MATERNO
 
O aleitamento materno é o melhor meio de nutrição para o RN e também traz vantagem para mãe e para a família e sociedade. É função de toda a equipe de saúde incentivar o aleitamento materno exclusivo
Vantagens para a mãe:
 fortalece o vínculo afetivo,
 favorece a involução uterina e reduz os riscos de hemorragia, 
contribui para o aumento do intervalo interpartal, 
o leite está em temperatura ideal, pronto e limpo.
 
Vantagens para a criança:
 é um alimento completo,
 tornando desnecessário água, chás ou qualquer outro tipo de alimento,
 protege contra infecções,
 aumenta o vínculo afetivo,
 diminui as chances de desenvolvimento de alergias, 
diminui a incidência de icterícia.
 
Vantagem para a família e sociedade
 diminui os gastos com a compra da fórmula artificial, mamadeiras, cubas para esterilização, 
gastos com gás para o preparo e esterilização
economiza o tempo para que possa assistir a criança e outros deveres domésticos,
 favorece a saúde do bebê
evitando transtornos com internações etc.
O sucesso para o aleitamento materno está no conhecimento da mãe e na posição e pega correta
A amamentação pode ser feita deitada, sentada ou em pé, a melhor forma é a de maior conforto para mãe, desde que o posicionamento da criança esteja alinhado com o corpo da mãe de forma que a barriga da criança toque o corpo da mãe para facilitar respiração, sucção e deglutição
E quanto a pega, é necessário que a boca da criança envolva grande parte ou toda região mamilo areolar para que se tenha a ejeção completa do leite.
 
Complicações
- Ingurgitamento Mamário: seios de volumes aumentados, túrgido, sensível, calor, torna-se difícil a amamentação, deve-se orientar o banho de sol, a ordenha manual,usar sutiã de sustentação, avaliar o ganho de peso da criança.
- Rachaduras e fissura mamilar: as rachaduras são mais superficiais e as fissuras mais profundas, esse evento é resultado da má pega, e deve ser tratado com o próprio leite, banho de sol.
Mastite: afecções inflamatórias das mamas
Mastite puerperal acomete as glândulas mamárias, com sinais flogísticos, calafrios.
Tratamento consiste na administração de antibióticos e analgésicos. Em alguns casos drenagem de abcesso.

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