Buscar

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL DE DEMOLIÇÃO PARA FABRICAÇÃO DE TIJOLO MACIÇO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

6 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de reutilizar os materiais de 
demolição de obras, visto que, este tipo de resíduo é o mais poluente no Brasil. 
O objetivo principal do trabalho é fabricar tijolos maciços utilizando material de 
demolição de modo que além de baratear o custo de produção, diminuir a 
quantidade de entulho. A intenção é criar um material barato eficaz na proposta que 
ele será designado, seja estrutural ou vedação. Os objetivos específicos do trabalho 
são: definir quais materiais de entulho poderá ser reutilizado e de que forma e 
determinar os padrões dos tijolos que serão fabricados baseando-se no padrão que 
as fábricas utilizam. 
O trabalho será desenvolvido através de vários testes confeccionando tijolos 
maciços com diferentes materiais provenientes do entulho, além disso, serão feitos 
testes sobre resistência, absorção, durabilidade e etc. Os dados coletados servirão 
para comparar com os tijolos maciços convencionais e, com isso, chegar à 
conclusão de qual irá compensar mais para determinada obra e uso. 
 
7 
 
 
2. MATERIAIS DE DEMOLIÇÃO E SUA REUTILIZAÇÃO 
 
A construção civil cresce absurdamente a cada ano e isso causa certa 
preocupação com relação ao meio ambiente, pois este setor é um grande 
consumidor de matérias-primas naturais. Hoje, a indústria da construção civil é o 
maior setor consumidor de recursos naturais; em um metro quadrado de construção 
são gastos em torno de uma tonelada de materiais. Além disso, este setor é 
responsável pela maior geração de resíduos de toda a sociedade. 
Por esses motivos, procura-se com vigor, materiais e técnicas construtivas 
que minimizem os impactos ambientais ocasionados pela construção. É indiscutível 
o estudo de arquiteturas mais sustentáveis, pois os recursos do planeta não são 
inesgotáveis, e o crescimento da população e suas atividades têm gerado, há 
séculos, grande violência contra o meio ambiente. Toda construção gera impacto, a 
busca é por alternativas que o causem em menor escala. 
 
2.1 Classificação dos Resíduos da Construção Civil 
 
O entulho é, talvez, o mais heterogêneo dentre os resíduos industriais. Ele é 
constituído de restos de praticamente todos os materiais de construção (argamassa, 
areia, cerâmicas, concretos, madeira, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas, 
etc.) e sua composição química está vinculada à composição de cada um de seus 
constituintes. Abaixo segue uma imagem com a porcentagem de algum dos 
constituintes do entulho. 
 
 Gráfico 1 – Porcentagem média dos constituintes do entulho. 
Cerâmica - 20,8%
Concreto - 21,1%
Pedras - 17,7%
Outros - 0,5%
Argamassa - 37,4%
Cerâmica polida - 2,5%
 
 Fonte: Trabalho Reaproveitamento dos resíduos da construção civil, 2017. 
8 
 
2.2 Classificação dos Resíduos de acordo com o CONAMA 
 
A gestão e manejo de resíduos da construção e demolição estão 
disciplinados, desde 2002, pela Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente – CONAMA. Essa Resolução estabelece normas, critérios e 
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as 
ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais. O Conselho 
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e foi instituído pela Lei 6.938/81, 
que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 
99.274/90. (Ver anexo A). 
 
2.3 Reciclagem e Reutilização dos Resíduos 
 
A reciclagem de entulho na construção civil pode dar bons resultados técnicos 
e financeiros, mas muitas construtoras ainda não apostam nisso. Praticamente todo 
o resíduo de construção pode ser processado, desde que respeitadas às 
recomendações para separação e processamento. 
O entulho, apesar de causar tantos problemas, deve ser visto como fonte de 
materiais de grande utilidade para a construção civil. Seu uso em aterros, nem 
sempre é o mais racional, pois o entulho também serve para substituir materiais 
normalmente extraídos de jazidas ou pode transformar-se em matéria-prima para 
componentes de construção, de qualidade comparável aos materiais convencionais. 
Com ele, é possível produzir agregados para uso em pavimentação, contenção e 
encostas, canalização de córrego e uso em argamassas e concreto. Para todas 
essas aplicações, é possível obter desempenho similar em relação a produtos 
convencionais que possui custos muito mais elevados. 
 
2.4 Início das Técnicas de Construção Utilizando Resíduos 
 
A construção é uma das atividades mais antigas da humanidade e desde os 
primórdios era executada de forma artesanal, e como resultado, gerava muito 
entulho. A quantidade de entulho gerada por obras, já chamava a atenção dos 
9 
 
construtores das cidades do Império Romano, que mesmo nessa época, já 
reutilizavam os resíduos da construção civil na produção de novas obras. 
A primeira aplicação significativa de entulho só foi registrada após a Segunda 
Guerra Mundial na reconstrução das cidades europeias que foram quase que 
totalmente destruídas. Os destroços gerados pela destruição foram britados para 
produzir agregados visando atender à demanda da época. Sendo assim, pode-se 
dizer que somente a partir de 1946 é que houve o desenvolvimento da tecnologia de 
reciclagem de entulho. 
Embora as técnicas de reciclagem dos resíduos de construção e demolição 
tenham evoluído, não se pode afirmar que essa técnica tenha se tornado uma ideia 
completamente difundida. A preocupação com esse setor já é percebida, mas a 
necessidade de ações e de novas tecnologias para a diminuição e reutilização de 
entulho é crítica. 
 
2.5 A Importância da Reciclagem de Resíduos 
 
O fator mais importante da reciclagem de resíduos são os benefícios 
ambientais, que são conseguidos não só por se diminuir a deposição em locais 
inadequados como também por minimizar a necessidade de extração de matéria-
prima em jazidas, o que nem sempre é adequadamente fiscalizado. Reduz-se, 
ainda, a necessidade de destinação de áreas públicas para a deposição dos 
resíduos. 
Outro fator importante, segundo o Jornal Estadão, a Associação Brasileira 
para Reciclagem de Resíduos da Construção e Demolição (Abrecon) informa que no 
Brasil são produzidos cerca de 84 milhões de metros cúbicos de resíduos de obras. 
Com esse montante, seria possível gerar empregos diretos em obras de construção 
civil e possibilitaria a construção de cerca de 7 mil prédios residenciais e comerciais. 
 
2.6 Destinação para os Resíduos da Construção Civil 
 
Os resíduos gerados pela construção civil são uma das grandes dificuldades 
apresentadas pelos governos estaduais e municipais. Conforme determinação do 
Ministério do Meio Ambiente, através do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
10 
 
(CONAMA), foi estabelecidas algumas diretrizes, com a finalidade de amenizar os 
impactos gerados por estes resíduos ao meio ambiente. A destinação dos resíduos 
da construção civil deve ser feita de forma distinta para cada classe de resíduo, 
segundo o artigo 10º da Resolução nº 307 do CONAMA. (Ver anexo A). 
Além disso, existe um tipo de documento denominado Projeto de 
Gerenciamento de Resíduos da construção Civil, que deve ser elaborado pelos 
geradores de grandes volumes de resíduos, devendo apresentar ao órgão 
competente juntamente com o projeto da obra. Nele deve conter, de forma resumida, 
as orientações sobre a gestão interna no canteiro, a remoção e a destinação dos 
resíduos, de acordo com o artigo 9º da Resolução do CONAMA. (Ver anexo A). 
 
2.7 Formas de Utilização dos EntulhosRecicláveis 
 
 Pavimentação de Vias 
Uma das formas mais simples de reciclagem de entulho é a utilizada na 
pavimentação de vias urbanas, é a mais difundida para esse resíduo. A vantagem 
desse material é que ele pode ser reciclado nas frações miúdo e graúdo, 
possibilitando ainda a utilização de diversos materiais componentes do RCC 
(concretos, argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, etc.). 
 Contra pisos, Calçadas externas e Similares 
O entulho utilizado em contra piso e calçadas, em seu processo de trituração, 
seus componentes são derivados de entulhos, argamassas, materiais cerâmicos, 
etc., sem a necessidade de separação. 
 Lastro de Brita para Fundação em Edificações Térreas 
Utilização na correção de vias não pavimentadas e terrenos, aterramentos, 
reforço e subleito de pavimentos, base e sub-base, cascalhamento de estradas, 
preenchimento de vazios em construções, valas de instalações e ainda como 
taludes. 
 Tijolos Ecológicos 
Seu modelo de produção é por meio de prensa hidráulica ou eco manual, sua 
adição aos resíduos das construções civil proporcionam melhoria nas propriedades 
mecânicas do tijolo ecológico, permite a redução do consumo de cimento 
proporcionando uma economia de até 40%. Os tijolos ecológicos são mais 
11 
 
resistentes que os convencionais, são acústicos e se adéquam as mudanças 
climáticas. 
 
2.8 Vantagens e Desvantagens da Reciclagem de Resíduos 
 
 Vantagens 
Baixo custo, com a diminuição dos gastos com energia; economia na matéria-
prima e preservação de reservas ambientais; eficiência, com a diminuição da 
poluição visual, gerada pelo entulho e economia de energia no processo de moagem 
do entulho. 
 Desvantagens 
Dificuldades para recolher os materiais separados e a garantia do 
fornecimento da matéria prima com qualidade, pois a implantação dessa gestão 
ambiental de resíduos exige altos investimentos, para que essas usinas produzam 
em grandes escalas. 
 
12 
 
 
3. BLOCOS CONVENCIONAIS DE TIJOLOS MACIÇOS 
 
O tijolo maciço, também chamado de tijolo comum, ou tijolinho, pode ser 
caracterizado como um tijolo de baixo custo de fabricação, composto pelo barro, 
moldado manualmente em moldes de madeira, em olarias. 
Empregado geralmente para alvenaria de vedação ou como estrutural para 
casas térreas. Quando utilizado em alvenaria aparente ou para fins estruturais deve-
se atentar ao padrão de fabricação. O tijolo deve apresentar características e 
resistências condizentes com a utilização, tais como: formato retangular, arestas 
firmes e vivas, absorção e resistência adequadas, logicamente um produto de 
melhor qualidade comparado ao tijolo comum. 
Os tijolos devem seguir um padrão especificado por norma técnica e com isso 
necessita uma avaliação rigorosa para que possam ser aceitos, e assim, não 
comprometer a continuidade dos serviços, devido a isso é necessário adotar um 
procedimento de avaliação: 
 Conhecer o fornecedor; 
 Verificar o formato; 
 Verificar as dimensões; 
 Resistência; 
 Exame de massa, verificar a existência de impurezas; 
 Absorção de água. 
Estes procedimentos podem ser feitos na própria obra, ou no local de 
fornecimento. 
De acordo com a Norma Técnica (NBR) 8041 (Tijolo Maciço Cerâmico para 
Alvenaria – Forma e Dimensões), os tijolos maciços são fabricados em dois tipos: 
 Comum 
 Especiais 
O tijolo comum é classificado conforme a NBR7170 em A, B, C, e deve 
possuir a forma de um paralelepípedo retângulo, sendo suas dimensões nominais 
recomendadas: 
 
 
13 
 
Tabela 1 – Dimensões nominais 
COMPRIMENTO LARGURA ALTURA 
190 90 57 
190 90 90 
 Fonte: NBR7170, 1983 (Unidade: mm). 
 
As tolerâncias máximas de fabricação, para este tipo de tijolo, devem ser de 3 
mm para mais ou para menos, nas três dimensões. 
A resistência à compressão mínima dos tijolos deve ser verificada conforme a 
NBR6460 e atender os seguintes valores, conforme sua categoria: 
 
Tabela 2 – Resistência mínima à compressão em relação à categoria 
CATEGORIA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO (Mpa) 
A 1,5 
B 2,5 
C 4,0 
 Fonte: NBR7170, 1983. 
 
 Os tijolos especiais são fabricados em forma e dimensões nominais diversas 
daquelas dos tijolos comuns, acordado entre as partes, porem devem possuir a 
mesma resistência dos tijolos comuns. As tolerâncias devem ser determinadas por 
acordo entre o produtor e o consumidor, podem ser adotadas as recomendações 
para os tijolos comuns. 
Seu valor pode variar de R$0,50 até R$30,00 a unidade, isso varia de acordo 
com sua aparência, os mais caros são os utilizados em alvenaria aparentes, que 
possuem um padrão estético mais elevado. 
 
3.1 Vantagens e Desvantagens dos Tijolos Maciços Convencionais 
 
Uma de suas vantagens é seu isolamento térmico e acústico. Os tijolos 
maciços também são utilizados em alvenaria aparente, deixando-o como parte da 
decoração, mas para isso é preciso vedação adequada. 
A desvantagem é que o material por ser pequeno precisa de uma quantidade 
maior, fazendo com que suba um pouco o custo da mão de obra. Outro problema é 
que por ter uma composição inteiriça, consome mais argamassa na aplicação e 
prolonga o tempo da obra por conta da secagem que é mais demorada. 
 
14 
 
 
4. VIABILIDADES DE APLICAÇÃO 
 
A utilização do tijolo maciço assim como qualquer outro material da 
construção civil deve estar ligada ao planejamento de projeto, atualmente existe uma 
grande demanda por materiais sustentáveis, grandes construtoras utilizam a 
rotulagem ambiental ou selo verde, que certifica os produtos que possuem menor 
impacto ao meio ambiente, agregando valor no produto final. 
Uma analise de custo/beneficio, facilidade de aplicação, transporte, qualidade 
de acabamento, utilização de mão de obra, estocagem devem ser levadas em 
consideração na escolha de melhor material utilizado no seu projeto. 
Viabilidade Econômica 
É de grande importância que se possa aliar praticidade com economia de 
custos em uma edificação, já que grande influência na escolha de materiais e 
métodos a serem utilizados em determinada construção, vem da esperada economia 
de custos ao se utilizar tal método ou material. 
Viabilidade Ecológica 
Levando-se em consideração que a Construção Civil tem gerado uma grande 
quantidade de resíduos sólidos em seus processos produtivos, a busca de novas 
soluções construtivas, o emprego viável de novas ferramentas, a reciclagem de 
resíduos, o déficit habitacional, o desenvolvimento sustentável e a eliminação do 
desperdício no canteiro de obras por meio da racionalização de materiais e mão de 
obra são desafios a serem encarados por pesquisadores, engenheiros, arquitetos e 
pela própria sociedade. 
Viabilidade Técnica 
Como qualquer componente utilizado na Construção Civil, o tijolo de material 
de demolição deve proporcionar segurança e praticidade para a obra, visando 
sempre atender as demandas exigidas ao mesmo. Por isso, antes de se utilizar tal 
produto, deve-se atentar para o atendimento aos requisitos prescritos nos ensaios 
de resistência e absorção do tijolo ecológico, obedecendo-se as prescrições da 
norma da ABNT NBR-8492 (ABNT, 1982) denominada Tijolo maciço de solo-
cimento: determinação da resistência à compressão e da absorção de água: método 
de ensaio e da norma NBR-8491 (ABNT, 1984) denominada Tijolo maciço de solo-
15 
 
cimento: especificação. Através de tais ensaios, pode se inferir que o tijolo de solo-
cimento é mais resistente que a alvenaria convencional. 
Outro aspecto importante a salientar é que o fator determinante para uma 
melhor qualidade do solo-cimentodepende do tipo de solo, umidade de moldagem, 
tipo de prensa, proporção de solo/cimento, tipo de estabilizante e o processo de 
cura. Para uma maior resistência à compressão, absorção e durabilidade do solo-
cimento, deve-se utilizar um percentual maior de cimento na mistura. (MOTTA et al., 
2014). Aspectos importantes a serem salientados sobre o tijolo de solo-cimento é 
sobre sua grande durabilidade e manutenção reduzida das edificações realizadas 
com o mesmo, pois por apresentar elevada resistência e boa impermeabilidade, as 
construções com ele executadas são muito duráveis, resistindo ao longo dos anos 
ao desgaste e à umidade. De acordo com Souza et al. (2011), testes demonstram 
que a mistura de solo-cimento é submetida à compactação num teor de umidade 
ótimo para obtenção de máxima densidade, de modo a formar um material 
estruturalmente resistente e durável, utilizado na forma de tijolos, blocos e paredes 
monolíticas (LOPES; FREIRE, 2003 apud ALBUQUERQUE et al., 2008), 
apresentando boa resistência à compressão, bom índice de impermeabilidade e 
baixo índice de retração volumétrica (HABITAR, 2004). 
 
16 
 
 
5. MONTAGEM E ANÁLISE DOS CORPOS DE PROVA 
 
5.1 Coleta de Materiais 
 
Para elaboração dos corpos de prova foram recolhidos materiais provenientes de 
demolição de uma obra localizada no Centro de Santos (Ver Anexo B). 
A separação dos materiais coletados foi determinada em três tipos: 
 Resíduos de Blocos de Concreto com ou sem argamassa; 
 Resíduos de Blocos Cerâmicos com ou sem argamassa; 
 Resíduos de Material fino sem especificação. 
Os materiais coletados foram triturados para alcançar a granulometria fina 
para compor o traço com argamassa. 
 
5.2 Preparo das Amostras 
 
 Resíduos de Blocos de concreto 
Material composto por fragmentos de blocos de concreto com ou sem 
argamassa. O material foi disposto em uma superfície limpa, posteriormente foi 
triturado com o uso de marreta até alcançar a granulometria aceitável para ser 
peneirado. Após isso, o material foi peneirado em uma peneira de areia com malha 8 
para grãos de até 2,8mm e então, recolhido para a próxima etapa. 
 Resíduos de Bloco Cerâmico 
Material composto por concreto, argamassa, telhas, blocos, revestimentos 
cerâmicos e argamassa. O material foi preparado da mesma forma que o primeiro. 
 Resíduos de Material Fino Diverso (entulho) 
Material composto por concreto, argamassa, telhas, blocos e revestimentos 
cerâmicos. O material foi preparado da mesma forma que o primeiro. 
 
5.3 Determinação da Composição Granulométrica – NBR 7217 
 
Equipamentos Utilizados: 
 Balança; 
17 
 
 Bandeja da balança com tara de 247g; 
 Peneiras de serie graduada conforme NBR - 2,36mm / 2,00mm / 1,18mm / 
0,60mm / 0,425mm / 0,300mm / 0,150mm / 0,075mm, tampa e fundo; 
 Agitador mecânico de peneiras. 
Amostras dos materiais triturados para serem pesados: 
 Resíduos Blocos de Concreto (M1): 365g de amostra 
 Resíduos Blocos Cerâmico (M2): 314g de amostra 
 Resíduos Materiais diversos (entulho) (M3): 355,4g de amostra 
O passo a passo do primeiro ensaio está descrito no Apêndice A e os 
resultados obtidos estão contidos no Anexo C. 
 
5.4 Montagem das Fôrmas 
 
Para elaboração das fôrmas foram utilizados tabuas com 2 cm de espessura, 
cortadas através de serra elétrica manual (Makita). Cada fôrma utiliza sete peças, 
sendo: duas peças de 65 cm de largura x 19 cm de altura para o fechamento lateral, 
1 peça de 65 cm de largura x 13 cm de largura para o fundo da forma e 4 peças de 9 
cm de largura x 9 cm de altura para o fechamento e divisão entre tijolos. 
Respeitando assim as medidas exigidas por norma de 19 cm x 9 cm x 9 cm. 
Neste experimento foram utilizadas três fôrmas com a capacidade de 
fabricação de três tijolos para cada tipo de material, com um total de 9 corpos de 
prova (Ver Anexo B). 
 
5.5 Fabricação dos Tijolos Maciços 
 
Para a fabricação dos tijolos, foram feitos diversos processos. Estes processos 
podem ser acompanhados por fotos no Anexo D. 
 
5.5.1 Descrição dos materiais utilizados 
Cimento 
Neste experimento foi utilizado Cimento Portland CPIV 32 RS pozolânico para 
uso geral da marca Cauê, que garante a resistência aos 28 dias (fck28) de 32Mpa. 
 
18 
 
Agregados 
O material recolhido foi coletado seletivamente, separado e triturado 
individualmente. Após a trituração dos materiais foi efetuado em laboratório a analise 
granulométrica acompanhada pela Professora Yara e pela Laboratorista Amanda, os 
resultados obtidos na analise estão no Anexo C, página 29. 
Aditivo 
A utilização do ativo acelerador de pega foi necessário devido ao curto tempo 
que teríamos entre a moldagem e o ensaio de compressão. Para que 
alcançássemos a resistência necessária para efetuar o rompimento dos corpos de 
prova, foi utilizados 10% do produto Vedacity Rapidíssimo da Otto Baumgart, em 
relação à quantidade de cimento. 
 
5.5.2 Descrição dos métodos utilizados 
Traço 
O traço utilizado para a fabricação dos tijolos foi 1:3, e o fator água cimento 
0,5, determinado pelo professor orientador Eng. Renato Spina, utilizando como 
referencia a proporção utilizada para regularização de piso monolítico. 
Para o calculo de consumo foi utilizado peso específico da areia grossa seca 
teórica de 1800 kg/m³ (NBR 6120), devido à falta de precisão e impureza dos 
materiais. Para 13,59 kg de cimento a tabela nos fornece 0,0388 m³ de agregado, 
utilizando as medidas para os tijolos nas fôrmas, temos o seguinte cálculo de 
volume: 
V= 0,09 x 0,09 x 0,19 
V= 0,001539 m³ 
Para três tijolos em cada fôrma, temos: 
V= 0,001539 x 3 
V= 0,004617 m³ 
Sendo três formas, temos: 
V= 0,004617 x 3 
V= 0,013851 = 0,014 m³ 
Efetuado o calculo de proporção com os dados coletados na tabela e o 
volume total encontrado, temos: 
Cimento Agregado 
13,59 kg 0,0388 m³ 
X 0,0140 m³ 
X = 4,89 kg de Cimento 
Então para cada forma será utilizado 0,004617 m³ de agregado, multiplicando 
19 
 
pelo peso especifico teórico de 1,8 tf/m³ da areia grossa, para determinar quantos kg 
de agregado será utilizado, temos: 
0,004617 m³ X 1,800000 tf / m³ = 0,00831 tf 
 
Para transformar tonelada-força (tf) para kgf basta multiplicar por 1000, logo, 
temos 8,31 kg de agregado. Para melhor precisão na balança foi medido 8,5 kg. 
O traço usado como referencia para determinar as quantidades de cada 
material foi: 
Cimento Agregado Água 
4,90 kg 8,50 kg 2,45 L 
 Proporção 
As proporções utilizadas em cada material para fabricação dos corpos de 
prova são: 
Material Cimento Agregado Água Aditivo 
Bloco cerâmico triturado 4,00 kg 6,90 kg 2,00 l 0,400 kg 
Bloco de concreto triturado 3,80 kg 6,60 kg 1,90 l 0,400 kg 
Material Diverso 3,80 kg 6,50 kg 1,90 l 0,400 kg 
Cura 
Para evitar que os corpos de prova sofressem fissuras por retração plástica e 
conseguissem alcançar a resistência no tempo determinado, foi efetuado o processo 
de cura úmida por três dias (Ver Anexo D). 
 
5.6 Processos Pós-Fabricação dos Tijolos 
 
Os primeiros tijolos a serem montados foram os de bloco cerâmico triturado e 
foram montados no dia 05 de Junho de 2017; os outros dois tipos de tijolos (com 
bloco de concreto triturado e materiais diversos) foram montados no dia 06. 
O processo de desenforme foi efetuado no dia 12 de Junho (ver Anexo E). 
Foram utilizadas ferramentas para ajudar neste processo, martelo comum e 
talhadeira. Apesar do cuidado ao desenformar, o tijolo feito com resíduo de bloco 
cerâmico foi levemente desgastado nas pontas. 
Para completar o processo de cura, os tijolos foram colocados na estufa 
elétricapor 1h30min na temperatura de 100ºC e recolocado no dia seguinte por mais 
1h, também na temperatura de 100ºC. 
 
 
20 
 
6. RESULTADOS DOS ENSAIOS 
 
Ao comparar os dados obtidos dos ensaios em laboratório com os utilizados 
para fabricação de tijolo de barro cozido podemos avaliar que o material coletado e 
triturado de forma manual, dificilmente chegaria a uma granulometria inferior 
0,300mm, dois dos materiais coletados apresentaram característica granulométrica 
de areia grossa, conforme segue: 
 
Material 
Diâmetro 
máximo 
Diâmetro 
efetivo 
Modulo 
de finura 
Massa 
especifica 
Bloco cerâmico triturado 2,36 mm 0,300 mm 3,84 1024,00 kg/m³ 
Bloco de concreto triturado 2,36 mm 0,300 mm 3,85 1351,00 kg/m³ 
Material Diverso 2,36 mm 0,075 mm 3,66 1352,80 kg/m³ 
 
Apesar de o material diverso (entulho) possuir um diâmetro efetivo de grãos 
menor que os demais materiais, seu modulo de finura se assemelha as outras 
amostras. As amostras contendo grãos com diâmetros efetivos maiores 
apresentaram maior absorção de água, devido à falta de continuidade dos grãos, 
isto resulta de uma amostra com grãos semelhantes, com o mesmo diâmetro. 
Uma amostra bem continua possui diferentes tipos de grãos e diâmetros 
possibilitando o preenchimento dos vazios dos corpos de prova. Como podemos 
comprovar pelo resultado de absorção de água na tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
A norma nos permite trabalhar com valores entre 12 a 20% de absorção de 
agua, analisando o resultado podemos avaliar que a amostra de resíduos de bloco 
cerâmico triturado esta quase no limite da norma e tanto a amostra de resíduo de 
bloco de concreto quanto a material diverso apresentaram baixa absorção de agua, 
Material 
Peso 
Seco 
Peso 
Saturado 
% 
Absorção 
Tijolo Maciço de bloco cerâmico Triturado 2,10 kg 2,50 kg 19% 
Tijolo Maciço de Bloco de concreto Triturado 2,60 kg 2,80 kg 7,70% 
Tijolo Maciço de material diverso Triturado 3,10 kg 3,20 kg 3,22% 
21 
 
estes resultados podem estar ligados ao acelerador de pega e a maior quantidade 
de cimento em sua massa, pois além de acelerar o processo de cura, ele cristaliza 
os vazios existentes na massa. 
Os resultados do ensaio de compressão tiveram como parâmetro de estudos 
os seguintes dados: 
 
CATEGORIA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO (Mpa) 
A 1,5 
B 2,5 
C 4,0 
 
Estes dados foram coletados da NBR 7170 que determina a resistência 
mínima dos tijolos maciços cerâmicos para alvenaria. Os resultados práticos 
alcançados foram: 
 
Material Carga Suportada 
Tijolo Maciço de bloco cerâmico Triturado 0,87 Mpa 
Tijolo Maciço de Bloco de concreto Triturado 1,60 Mpa 
Tijolo Maciço de material diverso Triturado 6,02 Mpa 
 
Como podemos observar estes resultados apresentaram um valor 
insatisfatório, um valor mínimo e um valor ótimo em comparação com o tijolo de 
maciço cerâmico. O tijolo de resíduos de tijolos cerâmicos não alcançou a 
resistência mínima exigida por norma, ficando fora da classificação, o tijolo de 
resíduos de blocos de concreto alcançou o valor mínimo de resistência à 
compressão, se enquadrando na categoria A, já o tijolo de resíduos de material 
diverso (entulho) teve um ótimo desempenho, acima da categoria C, podemos 
analisar que este grande desempenho está ligado ao fato do material possuir grãos 
mais finos proveniente de argamassa e fragmentos de obra que em sua composição 
possui grande quantidade de material ligante. Porem um fato negativo a ser 
ressaltado deste material foi o peso elevado, com a unidade pesando em média 3 kg 
pode ser uma desvantagem para utilização em obras altas e até mesmo transporte. 
 
22 
 
7. CONCLUSÃO 
 
Sabemos que a atividade da construção civil é uma das mais importantes 
atividades econômicas do Brasil, porém uma das mais degradantes ao meio 
ambiente devido ao excessivo consumo de recursos naturais, elevada geração de 
resíduo aliada à falta de supervisão de descarte. 
Com essa preocupação, nosso grupo resolveu pesquisar e fabricar tijolos 
maciços utilizando material de demolição e estudar o comportamento, submetendo 
os mesmo em diversos ensaios laboratoriais, utilizando três materiais diferentes 
comparando-os com o tijolo maciço de barro cozido. 
O desenvolvimento deste relatório técnico alcançou seu objetivo, e os 
resultados obtidos possibilitou um comparativo com o tijolo maciço de barro cozido. 
Apesar de possuir algumas desvantagens, os blocos de material de demolição 
conseguem alcançar uma resistência satisfatória, porem é necessário maior tempo 
de estudo para que consiga substituir com as mesmas qualidades os blocos 
convencionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS 
 
______. TIPOS DE TIJOLOS. Disponível em: 
<https://casaeconstrucao.org/materiais/tipos-de- tijolos/>. Acesso: 23 de maio 2017. 
 
______. DESCUBRA QUAL O MELHOR TIJOLO PARA SUA CONSTRUÇÃO. 
Disponível em: <http://www.bonde.com.br/casa-e-decoracao/construcao/descubra-
qual-e-o-melhor-tijolo-para-sua-construcao-247838.html>. Acesso: 23 de maio 2017. 
 
______. DICAS DE REFORMA E CONSTRUÇÃO. Disponível em: 
<http://clickreforma.com.br/dicas.php?dicas&amp;dica_id=12>. Acesso: 23 de maio 
2017. 
 
______. TIPOS DE TIJOLOS SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS. Disponível 
em: <http://docecasaazul.blogspot.com.br/2016/04/tipos-de-tijolo-suas-vantagens-
e.html>. Acesso: 23 de maio 2017. 
 
______. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO – ABRECON. Disponível em: 
<www.abrecon.org.br>. Acesso: 23 de maio 2017. 
 
______. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICA – ABNT. Disponível 
em: <www.abnt.org.br>. Acesso: 23 de maio 2017. 
 
______. TÉCNICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – BRASÍLIA 2009. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=622
-tecnicas-de-construcao&Itemid=30192O>. Acesso: 29 maio 2017. 
 
______. A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO 
CIVIL. Disponível em: <http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/importancia-
da-reciclagem-de-residuos-da-construcao-civil/> Acesso: 29 de maio 2017. 
 
24 
 
______. HISTÓRIA DO ENTULHO. Disponível em: 
<http://www.abrecon.org.br/historia-do-entulho/>. Acesso: 29 de maio 2017. 
 
______. FOCCUS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS. Disponível em: 
<http://foccus.com.br/site/>. Acesso: 29 de maio 2017. 
 
______. RESOLUÇÃO CONAMA N°307/2002. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307>. Acesso: 29 de 
maio 2017. 
 
BAUER, L.a. Falcão. Materiais da Construção Civil – Vol. 2 - 5ª Ed.– Editora Falcão 
Bauer. 
 
MORENO, Emilly Dias Et al. Trabalho de Conclusão de Curso – Reutilização dos 
resíduos da Construção civil. Santos, 2016. 
 
25 
 
 
ANEXO A - Resolução do CONAMA (Art. 3º, Art. 9º e Art. 10º) 
 
RESOLUÇÃO CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 
Publicada no DOU no 136, de 17 de julho de 2002, Seção 1, páginas 95-96. 
 
Correlações: 
Alterada pela Resolução no 348/04 (alterado o inciso IV do art. 3o). 
 
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para 
a gestão dos resíduos da construção civil. 
 
Art. 3º. Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito 
desta Resolução, da seguinte forma: 
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais 
como: 
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de 
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de 
terraplanagem; 
b) de construção,demolição, reformas e reparos de edificações: 
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento 
etc.), argamassa e concreto; 
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em 
concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; 
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: 
plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; 
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas 
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua 
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; 
IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, 
tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à 
saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, 
instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que 
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. 
26 
 
Art. 9º. Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
deverão contemplar as seguintes etapas: 
I - caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os 
resíduos; 
II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, 
ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, 
respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3o desta Resolução; 
III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos 
após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que 
sejam possíveis, as condições de reutilização e de reciclagem; 
IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas 
anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de 
resíduos; 
V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta 
Resolução. 
Art. 10º. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das 
seguintes formas: 
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou 
encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de 
modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; 
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de 
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou 
reciclagem futura; 
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em 
conformidade com as normas técnicas específicas; 
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e 
destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 
 
JOSÉ CARLOS CARVALHO - Presidente do Conselho. 
Este texto não substitui o publicado no DOU, de 17 de julho de 2002. 
27 
 
 
ANEXO B – Fotos das montagens dos materiais e fôrmas 
 
Foto 1 – Materiais de demolição 
 
Fonte: Dos Autores, 2017. 
 
Foto 2 – Materiais coletados para fabricação dos tijolos maciços. (Bloco de concreto, bloco 
cerâmico e materiais diversos). 
 
28 
 
 
Foto 3 – Passo a passo da moagem do bloco de concreto. 
 
 
 
Foto 4 - Passo a passo da moagem do bloco cerâmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Foto 5 - Passo a passo da moagem dos materiais diversos. 
 
 
Foto 6 – Cortagem das fôrmas 
 
 
 
 
 
30 
 
Foto 7 – Fôrma montada 
 
 
31 
 
 
ANEXO C – Tabelas e Gráficos sobre a Composição Granulométrica 
 
Bloco de Concreto triturado 
Tara do prato da Balança: 247 g 
Peso da Amostra: 365 g 
Tyler 
NBR 
(mm) 
Massa 
Retida 
Fração 
Retida 
% Retida 
% 
Acumulada 
% 
Passante 
8 2,360 2,90 0,0079 0,7945 0,7945 99,21 
9 2,000 22,50 0,0616 6,1644 6,9589 93,04 
14 1,180 64,70 0,1773 17,7260 24,6849 75,32 
28 0,600 81,70 0,2238 22,3836 47,0685 52,93 
35 0,425 44,20 0,1211 12,1096 59,1781 40,82 
48 0,300 29,80 0,0816 8,1644 67,3425 32,66 
100 0,150 57,50 0,1575 15,7534 83,0959 16,90 
200 0,075 49,70 0,1362 13,6164 96,7123 3,29 
FUNDO FUNDO 12,00 0,0329 3,2877 100,0000 0,00 
TOTAL 365,00 1,0000 100,0000 385,8356 
Módulo de Finura: 3,8584 
 
 
 
32 
 
Bloco Cerâmico triturado 
Tara do prato da Balança: 247 g 
Peso da Amostra: 314,2 g 
Tyler 
NBR 
(mm) 
Massa 
Retida 
Fração 
Retida 
% Retida 
% 
Acumulada 
% 
Passante 
8 2,360 0,30 0,0010 0,0955 0,0955 99,90 
9 2,000 16,00 0,0509 5,0923 5,1878 94,81 
14 1,180 59,60 0,1897 18,9688 24,1566 75,84 
28 0,600 71,10 0,2263 22,6289 46,7855 53,21 
35 0,425 40,80 0,1299 12,9854 59,7708 40,23 
48 0,300 31,50 0,1003 10,0255 69,7963 30,20 
100 0,150 33,80 0,1076 10,7575 80,5538 19,45 
200 0,075 53,80 0,1712 17,1229 97,6766 2,32 
FUNDO FUNDO 7,30 0,0232 2,3234 100,0000 0,00 
TOTAL 314,20 1,0000 100,0000 384,0229 
Módulo de Finura: 3,8402 
 
 
 
33 
 
Materiais diversos – Argamassa, concreto, tijolos e 
revestimentos cerâmicos triturados 
Tara do prato da Balança: 247 g 
Peso da Amostra: 355,4 g 
Tyler 
NBR 
(mm) 
Massa 
Retida 
Fração 
Retida 
% Retida 
% 
Acumulada 
% 
Passante 
8 2,360 1,80 0,0051 0,5065 0,5065 99,49 
9 2,000 13,90 0,0391 3,9111 4,4176 95,58 
14 1,180 45,60 0,1283 12,8306 17,2482 82,75 
28 0,600 80,50 0,2265 22,6505 39,8987 60,10 
35 0,425 58,00 0,1632 16,3196 56,2183 43,78 
48 0,300 42,50 0,1196 11,9584 68,1767 31,82 
100 0,150 60,10 0,1691 16,9105 85,0872 14,91 
200 0,075 35,90 0,1010 10,1013 95,1885 4,81 
FUNDO FUNDO 17,10 0,0481 4,8115 100,0000 0,00 
TOTAL 355,40 1,0000 100,0000 366,7417 
Módulo de Finura: 3,6674 
 
 
 
34 
 
Material 
Diâmetro 
máximo 
Diâmetro 
efetivo 
Modulo 
de finura 
Massa 
específica 
Bloco cerâmico triturado 2,36 mm 0,300 mm 3,84 1024,00 kg/m³ 
Bloco de concreto triturado 2,36 mm 0,300 mm 3,85 1351,00 kg/m³ 
Material Diverso 2,36 mm 0,075 mm 3,66 1352,80 kg/m³ 
 
35 
 
 
ANEXO D – Fotos da fabricação dos tijolos e processo de cura 
 
Foto 8 – Cimento Portland da marca Cauê 
 
 
 
 
 
36 
 
Foto 9 – Pesagem do cimento 
 
 
Foto 10 – Mistura de agregado com cimento 
 
 
37 
 
Foto 11 – Mistura de agregado, cimento e água 
 
 
Foto 12 – Primeira fôrma pronta com Tijolo maciço de material cerâmico triturado 
 
38 
 
Foto 13 – Segunda mistura de agregado e cimento 
 
 
Foto 14 – Segunda mistura de agregado, cimento e água 
 
 
 
 
 
39 
 
Foto 15 - Segunda fôrma pronta com Tijolo maciço de bloco de concreto triturado 
 
 
Foto 16 – Terceira fôrma sendo montada com materiais diversos triturados 
 
40 
 
Foto 17 – Três fôrmas finalizadas 
 
 
 
Foto 18 – Processo de cura úmida 
 
41 
 
 
ANEXO E – Fotos dos tijolos desenformados e no forno 
 
Foto 19 – Tijolo com resíduo de bloco cerâmico (Sem flash) 
 
 
Foto 20 – Tijolo com resíduo de bloco cerâmico (Com flash) 
 
42 
 
Foto 21 – Tijolo com resíduo de materiais diversos (Sem flash) 
 
 
Foto 22 – Tijolo com resíduo de materiais diversos (Com flash) 
 
43 
 
Foto 23 – Tijolo com resíduo de bloco de concreto (Sem flash) 
 
 
Foto 24 – Tijolo com resíduo de bloco de concreto (Com flash) 
 
 
44 
 
Foto 25 – Tijolos em processo de cura na estufa elétrica 
 
 
45 
 
APÊNDICE A – Ensaio Granulométrico 
 
1. Foi montado o conjunto de peneiras, em ordem crescente da base para o topo 
conforme a foto abaixo. 
 
Fonte: Dos Autores, 2017. 
 
2.Foram colocadas separadamente sobre a peneira superior as amostras 
recolhidas, em seguida as peneiras foram posicionadas sobre o agitador 
mecânico que efetuou a agitação por 1 minuto. 
46 
 
 
 
3. Foi coletado separadamente o material retido em cada peneira e pesado. 
 
47 
 
 
 
 
48 
 
 
 
4. Essas etapas foram efetuadas para as três amostras coletadas (M1), (M2), 
(M3). 
Os dados coletados foram tabelados para facilitar a leitura e a execução dos 
cálculos do modulo de finura. Foi possível observar que a amostra é composta por 
diferentes tipos de granulometria, predominando a areia fina e areia grossa com 
granulometria entre 0,075 mm e 0,600 mm (Ver Anexo C). 
 
49 
 
APÊNDICE B – Resultado teórico da Composição Granulométrica 
 
Para a classificação do tipo de areia é necessário verificar o modulo de finura 
das amostras coletadas, abaixo segue tabela com os valores determinados: 
Classificação pelo Módulo de Finura 
Módulo de Finura Classificação 
MF > 3,9 Muito Grossa 
3,3 < MF < 3,9 Grossa 
2,4 < MF < 3,3 Média 
MF < 2,4 Fina 
 
Os gráficos contidos no Anexo C nos mostram o tipo de graduação que o 
material possui, uma amostra bem graduada possui uma mescla de grãos que 
conseguem ocupar todos os espaços vazios. Uma amostra uniforme possui 
praticamente todos os grãos com o mesmo diâmetro, já uma amostra com 
graduação aberta possui uma quebra na sua graduação. Cada tipo de graduação 
nos da um comportamento de gráfico diferente, conforme segue: 
 
 
 
50 
 
 
 
51 
 
APÊNDICE C – Teste de absorção de água 
 
No dia 13 de Junho foi efetuado o teste de absorção de água, onde as 
amostras de materiais devem ser pesadas antes e depois de ficarem submersas por 
até 24hs. 
Foram coletados três corpos de prova, sendo um de cada material, conforme 
dados abaixo: 
 
Material Peso 
Tijolo Maciço de bloco cerâmico Triturado 2,10 kg 
Tijolo Maciço de Bloco de concreto Triturado 2,60 kg 
Tijolo Maciço de material diverso Triturado 3,10 kg 
 
Para execução deste ensaio os corpos foram secos em estufa, pesados 
separadamente e imersos em um tanque de água por 24h. 
 
Cálculo de absorção 
A= M2 – M1 X 100 
M1 
Sendo: 
M1= massa inicial seca em estufa 
M2= massa final saturada 
 
Material 
Peso 
Seco 
Peso 
Saturado 
% 
Absorção 
Tijolo Maciço de bloco cerâmico Triturado 2,10 kg 2,50 kg 19% 
Tijolo Maciço de Bloco de concreto Triturado 2,60 kg 2,80 kg 7,70% 
Tijolo Maciço de material diverso Triturado 3,10 kg 3,20 kg 3,22% 
52 
 
APÊNDICE D – Teste de resistência a compressão 
 
Foi executado dia 13/06 no laboratório de mecânica da ETEC Aristóteles 
Ferreira o ensaio de compressão dos corpos de provas feitos de material de 
demolição, este ensaio foi monitorado pelo laboratorista Magno. Foram coletados 
três corpos de prova de diferentes tipos, conforme abaixo: 
 
Material Peso 
Tijolo Maciço de bloco cerâmico Triturado 2,10 kg 
Tijolo Maciço de Bloco de concreto Triturado 2,60 kg 
Tijolo Maciço de material diverso Triturado 3,10 kg 
 
A máquina foi ajustada para um valor máximo de pressão de 100kN, devido a 
limitação de capacidade de compressão. Os corpos de prova foram ajustados na 
maquina para que fosse possível uma distribuição uniforme da carga, foram 
colocados diretamente sobre os pratos de compressão. A aplicação dos esforços 
nas peças foi de modo progressivo, e sem choque até a ruptura do material. Os 
resultados alcançados pelos respectivos corpos de prova estão expressos em Mpa, 
conforme: 
 
Material Carga Suportada 
Tijolo Maciço de bloco cerâmico Triturado 0,87 Mpa 
Tijolo Maciço de Bloco de concreto Triturado 1,60 Mpa 
Tijolo Maciço de material diverso Triturado 6,02 Mpa 
 
Rotina de Ensaio: Compressão – Retangular 
Data do Ensaio: 14-06-2017 / 05:21:17 
Formato do Material: Plates 
Equipamento: WDW100EB 
Capacidade: 100Kn 
 
53 
 
 Força 
Max. De 
Cisalhamento 
Rm – 
Resistência 
Max. 
Área Limite de 
escoamento 
proporcional 
Distancia 
de ponto 
de apoio 
Concreto 
armado 
Modulo de 
elasticidade 
na flexão 
Unidade MPa MPa (Nothing) 
Amostra1 -0.00 0.00 Tijolo 
cerâmico 
 
Amostra2 0.87 0.55 Tijolo 
cerâmico 
 
Máximo 
valor 
0.00 0.87 0.00 0.55 0.00 0.00 0.00 
Mínimo valor 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 
Mediana 0.00 0.44 0.00 0.28 0.00 0.00 0.00 
Média 0.00 0.44 0.00 0.28 0.00 0.00 0.00 
Desvio 
padrão (n-1) 
0.00 0.62 0.00 0.39 0.00 0.00 0.00 
Covariância 
(n-1) 
-1.#J 0.00 -1.#J 0.00 -1.#J -1.#J -1.#J 
 
 
 
 Força 
Máxima de 
Cisalhamento 
Rm - 
resistência 
máxima 
Área Limite de 
escoamento 
proporcional 
Distancia 
de ponto 
de apoio 
Concreto 
armado 
Modulo de 
elasticidade 
na flexão 
Unidade MPa MPa (Nothing) 
Amostra1 2.65 1.60 Tijolo de 
concreto 
 
Máximo 
valor 
0.00 2.65 0.00 1.60 0.00 0.00 0.00 
Mínimo valor 0.00 2.65 0.00 1.60 0.00 0.00 0.00 
Mediana 0.00 2.65 0.00 1.60 0.00 0.00 0.00 
Média 0.00 2.65 0.00 1.60 0.00 0.00 0.00 
Desvio 
padrão (n-1) 
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 
Covariância 
(n-1) 
-1.#J 0.00 -1.#J 0.00 -1.#J -1.#J -1.#J 
54 
 
 
 
 Força 
Máxima de 
Cisalhamento 
Rm - 
resistência 
máxima 
Área Limite de 
escoamento 
proporcional 
Distancia 
de ponto 
de apoio 
Concreto 
armado 
Modulo de 
elasticidade 
na flexão 
Unidade MPa MPa (Nothing) 
Amostra1 6.02 5.39 Tijolos 
diversos 
 
Máximo 
valor 
0.00 6.02 0.00 5.39 0.00 0.00 0.00 
Mínimo valor 0.00 6.02 0.00 5.39 0.00 0.00 0.00 
Mediana 0.00 6.02 0.00 5.39 0.00 0.00 0.00 
Média 0.00 6.02 0.00 5.39 0.00 0.00 0.00 
Desvio 
padrão (n-1) 
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 
Covariância 
(n-1) 
-1.#J 0.00 -1.#J 0.00 -1.#J -1.#J -1.#J

Outros materiais